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História Psycho Love (SaTzu) - O Sequestro


Escrita por: Satellar

Notas do Autor


Olá pessoas lindas e maravilhosas
Felizmente consegui cumprir minha missão de postar no dia certo ( quase que não ia rsrs)
Eu tô MORRENDO lendo as teorias de vocês e quem sabe com esse capítulo as coisas vão clarear um pouco mais
E pela milésima vez eu peço que perdoem os erros acidentais de escrita, não é culpa minha eu juro
Boa leitura!¡

Capítulo 19 - O Sequestro


_O que foi? Porque estão com essas caras assustadas?

Mark deu um passo à frente, elas recuarem imediatamente

_Não se aproxime de nós - advertiu Sana

Ele riu e logo depois manteve sua expressão neutra, encarando Sana fixamente.

_Não consigo acreditar no que eu estou vendo - disse ele tombando a cabeça ligeiramente para um lado - Você é mais linda do que eu me lembrava

Jihyo estava com as mãos trêmulas e o coração acelerado, lembrou-se de que possuía um celular em sua mão. Se fosse rápida o suficiente, poderia mandar uma mensagem para alguém pedindo socorro.

Lentamente ela moveu sua mão tentando esconder o aparelho atrás de Sana para evitar que Mark o visse. Mas não adiantou, ela não havia sido sorrateira o suficiente para ele não notá-la.

_O que você está fazendo aí bonitinha? - ele se aproximou mais, subindo em cima do dono da cafeteria deitado no chão como se ele fizesse parte do piso. - está vendo isso aqui que eu estou segurando? Sim, é uma arma, isso quer dizer que se você fizer alguma gracinha eu estouro os seus miolos

Jihyo engoliu em seco e acabou desistindo de seu plano, torcendo para que Mark não cumprisse a ameaça.

_Passa pra cá - ordenou ele, estendendo a mão

Ela obedeceu e jogou o aparelho para Mark que o aparou. Ele examinou o celular para ver se ela não havia entrado em contato com ninguém e quando se deu por satisfeito atirou o aparelho contra a parede quebrando-o em vários pedaços.

_Diz logo o que você quer! - vociferou Sana, impaciente

_O que eu quero, ah isso é muito fácil, você Sana, é você quem eu quero

Dahyun arregalou os olhos e olhou para Sana que parecia não estar abalada.

_Ora vamos! Sem violência - ele jogou a arma no chão para a surpresa das garotas - Só venha comigo por favor, não vou te machucar se você colaborar

_Você só pode estar louco! Ela não vai a lugar algum com você! - gritou Dahyun, apertando firmemente o braço de Sana.

_Ora, cale a boca!! - berrou Mark e as garotas se encolheram

_Ela tem razão, seja pra onde for eu não vou com você - disse firmemente

_Tudo bem, você quem pediu, eu não queria fazer as coisas assim mas...

Ele arregaçou as mangas até os cotovelos dando indícios do que estava por vir.

Ele avançou contra elas, e por impulso, Sana empurrou suas amigas para trás e se preparou para lutar. Mark foi para cima dela com violência, e graças a sua experiência no judô, Sana conseguiu desviar de vários de seus golpes com facilidade.

Ela se abaixou quando ele acertou um chute no ar. Encontrou uma abertura e lhe deu uma rasteira derrubando-o no chão. Tentou imobilizá-lo mas Mark era tão habilidoso quanto ela, ou até mais. Ele se levantou com um salto para trás tão rapidamente que não deu tempo de Sana chegar até ele para realizar o golpe. Ele passou as mãos pelo moletom que usava e arrumou parcialmente o cabelo.

_Esse nosso segundo primeiro encontro está me saindo melhor do que eu planejava

Ele retirou uma pequena faca do bolso e atirou na direção de Sana, que por pouco não foi atingida. Ao se inclinar para desviar, a faca passou de raspão no seu braço causando-lhe um corte superficial.

_Se controla Mark, não mate ela, não mate ela - repetiu para si mesmo várias vezes

Mesmo com o braço doendo e seu corpo começando a dar sinais de cansaço, Sana não desistiu, dessa vez foi ela quem o atacou com uma fúria repentina incentivada pelo desejo de derrotá-lo. Ela o golpeou com um chute alto que infelizmente foi segurado por ele. Ele empurrou sua perna para longe lhe causando um desequilíbrio, foi nessa hora que ele conseguiu prendê-la entre seus braços. Ela sentiu algo pontudo encostar em sua garganta, a faca dele estava roçando em sua pele.

_Não faça nenhum movimento, caso contrário, já sabe - ele sussurrou lentamente para ela cada palavra, o hálito quente batia em sua orelha, a raiva agora tinha se transformado em medo, estava nas mãos de um maníaco com uma faca encostada em seu pescoço e não sabia o que iria acontecer daqui pra frente.

Jihyo e Dahyun permaneciam paralisadas em estado de choque, acabara de ver a luta dos dois e agora tinham a completa certeza de que não eram capazes de fazer nada para ajudar Sana. O olhar de Jihyo atravessou os dois por um momento e parou em seu chefe que permanecia deitado no chão sem se mover. Tinha a sensação de que se não fizesse algo logo, o homem não sobreviveria. Analisando toda a situação ela concluiu que estavam completamente ferradas.

_Se as senhoritas me dão licença, eu e a minha mais nova namorada vamos dar um passeio

Ele foi andando de costas ainda segurando Sana firmemente sem dar qualquer brecha para ela conseguir escapar. Jihyo cerrou os punhos e lágrimas começaram a sair dos seus olhos, não podia deixar sua melhor amiga ser levada assim e não fazer nada. Preferia morrer a continuar ali parada apenas olhando.

Ela viu algo no chão que lhe daria uma chance grande de impedir que acontecesse uma desgraça, isso a encorajou a realizar seu plano que estava em mente.

_Jihyo não!!!! - berrou Dahyun ao ver a amiga correr em direção a Mark e Sana, mas ao contrário do que pensava, ela se abaixou e depois se levantou ficando parada no mesmo lugar.

Ela havia pegado a arma do chão e apontado para Mark com as mãos trêmulas e lágrimas escorrendo pelo rosto.

_Larga ela...

_Oh, eu não faria isso se fosse você

_Jihyo, não faz isso - agora era Sana quem pedia, tinha medo de que Jihyo acabasse acertando ela ao invés de Mark, já que a mesma não tinha experiência nenhuma com armas de fogo.

_Você não vai se safar dessa, eu vou te mandar para o inferno!! - berrou ela, Mark arregalou os olhos por um instante e depois sorriu.

_Puxe o gatilho se tiver coragem, bonequinha

Jihyo cerrou os dentes, seu dedo ainda pousado no gatilho estava começando a fazer uma certa pressão. Sua mira estava longe de estar equilibrada, só tinha uma chance. Se acertasse Mark salvaria a amiga e acabaria com isso de uma vez por todas, mas se o tiro pegasse em Sana...

Ela se esforçou para estabilizar a mira, então fechou os olhos e apertou o gatilho.

Mas nada aconteceu.

Ela apertou uma, duas, três vezes e de nada adiantou.

A risada esganiçada de Mark era o último som que esperava ouvir.

_O quão burra você se sente ao descobrir que a arma não está carregada?

Os braços de Jihyo amoleceram deixando a arma cair no chão. Ela não pôde fazer nada, agora observava Mark rir com gosto enquanto Sana estava lá, a mercê daquele monstro que só Deus sabe o que faria com ela quando saísse de lá.

_Sabe, eu detesto armas de fogo, não é como as facas, fazem muito barulho e não são tão divertidas entende? Não é como se você pudesse sentir a sensação de matar alguém com suas próprias mãos, mas são ótimas para amedrontar

Jihyo tampou a boca com as mãos se ajoelhando no chão totalmente incrédula.

_Ah, deixa pra lá, vocês já me encheram o saco

Em um único movimento, Mark empurrou a cabeça de Sana com força contra uma mesa ao lado fazendo a garota cair desmaiada no chão.

_Meu Deus, Sana!!! - Jihyo se desesperou, indo até ela mas Mark interrompeu seu trajeto ao se colocar entre as duas. Ele deu uma joelhada na barriga de Jihyo e depois um soco em seu rosto. Ela caiu no chão encolhida, gemendo de dor.

_Acho que eu já acabei por aqui - ele olhou mais à frente e viu Dahyun ajoelhada, completamente paralisada. Mark deu de ombros ignorando-a e pegou Sana ainda desacordada e a posicionou em seu ombro como um verdadeiro saco de lixo e saiu calmamente pela porta da frente.

Ouviu- se o barulho da porta se fechando, em seguida, silêncio.

Dahyun continuou parada, ouvindo os gemidos baixos e agudos de Jihyo.

A ficha ainda não havia caído. Sua melhor amiga acabara de ser sequestrada enquanto a outra estava caída no chão machucada. E ela ali ajoelhada, observando tudo como se aquilo tudo fosse um grande show de horrores.

_D-Dahyun, se mexe, me ajuda

Ao ouvir a voz agoniada de Jihyo, ela finalmente se deu conta do que estava acontecendo. Se levantou com as pernas trêmulas e se ajoelhou novamente, dessa vez ao lado de Jihyo.

_O que eu faço? - gaguejou, segurando firmemente a mão dela

_Polícia...liga pra polícia

_Polícia, certo - Dahyun olhou ao seu redor e o único meio de comunicação que estava ao seu alcance era o celular despedaçado no chão - como eu vou fazer isso?!

_Nos fundos...O telefone que usamos para entrega, vai rápido

Dahyun assentiu e correu para os fundos onde estava o balcão e encontrou um telefone de gancho perto da máquina de fazer café.

Ela retirou objeto do gancho e começou a teclar os números, quando parou de repente ao se lembrar de algo:

 ~Flashback~

Quero que me prometa uma coisa

Dahyun sentiu um arrepio pela forma que Tzuyu a olhava.

_S-Sim

_Se algum dia, que eu espero do fundo do meu coração que não aconteça, se você suspeitar de alguém que esteja com intenções de fazer mal a alguma de vocês duas por favor me avise antes de qualquer coisa

Dahyun assentiu lentamente com um semblante confuso

_Você promete que vai me avisar antes de tomar qualquer atitude?

_Sim, eu prometo

O sinal abriu e Tzuyu pisou no acelerador voltando sua atenção para a rua.

_Mas eu ainda não entendo

_Apenas confie em mim e nunca se esqueça dessa promessa

                        ~*~

_O que eu devo fazer? - mordeu o lábio inferior mergulhando em dúvidas.

Dahyun entrou em uma luta interna contra si mesma sobre o que deveria fazer. Seguir o conselho de Jihyo e obviamente fazer o que qualquer outra pessoa em sã consciência faria e chamar a polícia, ou avisar Tzuyu antes?

Depois de alguns segundos tentando se decidir ela finalmente chegou a uma conclusão.

_Espero não me arrepender disso

Ela tirou sua carteira do bolso e retirou de lá o cartão que Tzuyu havia lhe dado cerca de um mês atrás. Sempre o guardara ali para evitar de perdê-lo pois considerava-o importante, afinal se Tzuyu havia decidido dar seu número a ela antes mesmo de Sana deveria ter sido por alguma razão. E ela sentia que agora era hora de fazer o uso desse cartão.

Ela discou os números e esperou a chamada ser completada, torcendo para que Tzuyu atendesse seu pedido de socorro pelo qual havia sido advertida anteriormente.

                            * * *

Tzuyu balançava a taça de champanhe entediadamente. A música monótona dos violinistas presentes do lugar estava começando a deixá-la irritada. Olhava ao seu redor e via diversas pessoas trajando roupas formais e se socializando entre si. Já ela estava sentada sozinha em uma mesa em um canto nos fundos do jardim no qual a confraternização estava acontecendo. Era um evento apenas para magnatas, empresários e grandes autoridades da Coreia do Sul terem a oportunidade de estreitarem seus negócios com pessoas de diversas áreas. Ela não queria estar ali, mas segundo Chaeyoung, era a oportunidade perfeita para conseguir aliados poderosos, o que para Tzuyu não importava naquele momento, não parava de pensar em Sana desde que deixou o apartamento dela noite passada. A única coisa que queria agora era fazer as pazes com a japonesa.

_Vamos, anime-se - disse Chaeyoung sentando ao seu lado

_Como foi? - perguntou Tzuyu sem interesse

_Nada outra vez, é só eu mencionar seu nome que eles logo se afastam

_Aquele idiota - apontou para o prefeito a alguns metros de distância. Ele conversava alegremente com uma mulher. - É ele quem está sujando o meu nome

_Se ao menos pudéssemos tirá-lo do caminho

_Não com a Sana correndo risco

Ela estreitou os olhos, focando na mulher com que o prefeito agora brindava as taças.

_Você acha que pode ser ela?

_Quem? - Chaeyoung olhou para a companhia do prefeito e franziu a testa. - Não mesmo, aquela ali é a Sooyoung Jung, dona da maior exportadora do país.

Tzuyu bufou e tomou outro gole de champanhe comprimindo os lábios.

_Espera, como você sabe que não pode ser ela?

_Não sei Tzuyu, que tal você ir lá e perguntar? - Chaeyoung tomou a taça das mãos de Tzuyu e bebeu todo o líquido até não sobrar mais nada, depois começou a fazer uma imitação ridícula:

_Olá Senhorita, por acaso é você que armou um sequestro para mim e está querendo ferrar com a minha vida?

_Não faça piada com esse tipo de coisa

_Desculpe mas não pude resistir

_Eu vou desconfiar de tudo e de todos até descobrir a identidade dela. Até lá não posso lutar com alguém assim, é como andar em um campo cheio de armadilhas com os olhos vendados

_E você acha que eu não sei disso? O pior é que ela sabe quem é você, e aparentemente conhece até coisas do seu passado, como seu pai por exemplo, já você não faz a mínima ideia de quem ela seja

_Me sinto uma verdadeira idiota por ter achado que isso finalmente tinha acabado

_Não é sua culpa, ela é um adversário forte e sabe muito bem organizar suas estratégias, conseguiu fazer o prefeito de fantoche, vejamos, ela pode controlar  e ser qualquer pessoa

_Quem por exemplo?

_Não sei, sugiro que você repense sobre as pessoas que você confia

_O que quer dizer com isso? Está duvidando de alguém?

_Não sei, me diz você

_Eu não deixo ninguém se aproximar de mim sem ser de minha total confiança, você sabe disso, a não ser é claro, que alguém esteja me traindo

_O prefeito também poderia estar blefando quando disse aquilo, é uma possibilidade

_Com os acontecimentos recentes eu duvido muito que essa gente saiba o significado de blefar

_Suponhamos que seja eu, agora você está ameaçada e de alguma forma sendo rejeitada, esse seria para mim o momento perfeito para te tirar da jogada

_Falando assim nem parece que é minha amiga, ja tem até um plano para me derrotar

Chaeyoung imitou uma risada maléfica de apoiou suas mãos no queixo tentando fazer um ar de misteriosa.

Tzuyu a olhou pelo canto do olho e depois rolou os olhos.

_Qual é, eu só estou tentando te ajudar a pensar, parece que a cada minuto você fica mais chata, relaxa um pouco “chefona” - reclamou ela, voltando a ficar séria

Tzuyu ignorou a reclamação olhou para a tela do celular pela milésima vez naquela manhã.

Nenhuma ligação.

_Não sei porque está esperando ela ligar, se quer falar com ela, liga você 

_Eu odeio você e essa sua mania de saber exatamente o que estou pensando

_Isso se chama dedução minha querida, agora faz o que eu disse

_Não vou ligar pra ela!

De repente seu celular tocou. Tzuyu pegou o aparelho tão rápido que nem se lembrou de olhar quem era.

_Alô?

_Alô, Tzuyu? - disse uma voz trêmula 

_Sana?

_N-Não, é a Dahyun

_Oi, Dahyun como vai?

Seu desapontamento foi tão grande que quase pronunciou “o que você quer?” mas se segurou para não ser indelicada.

_Eu preciso de sua ajuda

_O que aconteceu?

_A Sana...

Tzuyu podia jurar que seu coração tinha parado naquele momento.

_Você disse que era pra eu te ligar quando acontecesse algo ruim - continuou Dahyun - e aconteceu, a Sana foi sequestrada por um maníaco agora a pouco, não sei o que fazer! Estou desesperada!

Tzuyu se levantou de uma vez derrubando sem querer a garrafa de champanhe sobre a mesa, espalhando o líquido por todo o tecido de renda da toalha. Chaeyoung a olhou assustada.

_Onde?

_Eu não sei pra onde ele a levou e...

_Onde você está?! - ela alterou seu tom de voz, atraindo a atenção de algumas pessoas inclusive dos violinistas que se atrapalharam ao tocar quando olharam para ela.

_Na cafeteria do centro, minha amiga está ferida eu preciso da sua ajuda!

_Fique onde está, eu já estou indo!

_Por favor vem rápido, vou ligar pra polícia enquanto você não chega

_Não! Nada de polícia

_Quê?! Porquê não?

_Não é necessário, eu mesma vou resolver isso, chego aí em alguns instantes

Ela desligou o celular antes que Dahyun questionasse algo. Ela se virou para Chaeyoung que a olhava atentamente e começou a empurrá-la para sair da mesa.

_Ai! O que aconteceu? Porque essa cara de desesperada?

_O Mark, ele finalmente agiu, acabou de sequestrar a Sana!

_Você tem certeza de que foi ele?

_Dahyun acabou de descrever o cara como um maníaco - disse enquanto andava pelo jardim puxando Chaeyoung pelo braço em direção a saída.

_Agora sim eu concordo com você

As duas andavam cada vez mais depressa desviando de algumas pessoas no caminho. Antes que pudessem chegar ao enorme portão, um homem de cabelos cor de fogo, bem vestido e com um sorriso irritante nos lábios se colocou na frente das duas impedindo-as de continuar.

_Chou Tzuyu, que prazer em revê-la!

_Olá Jay - cumprimentou forçando um sorriso - se não se importa, eu estou com um pouquinho de pressa!

_Mas já? O evento acabou de começar! Não aceito que você vá embora sem antes tomar um drink comigo

Chaeyoung apertou o pulso de Tzuyu como uma forma de aviso para se controlar ao ver que a garota estava começando a tremer de nervosismo.

_S-sinto muito, quem sabe outro dia?

_Ah, mas o que é isso? vai me dispensar assim?

Ele se aproximou dela e passou o braço ao redor do seu pescoço.

_Tenho umas propostas para você, não vai demorar muito eu juro que sou uma ótima compa-

Tzuyu agarrou o braço dele e deu um giro encostando-o em suas costas. Antes que ele pudesse processar o que estava acontecendo foi empurrado para uma grande poça de lama.

Ela continuou a seguir seu caminho  normalmente ignorando os ataques de raiva do homem.

_Ela não gosta que toquem nela, tenha isso em mente da próxima vez - explicou Chaeyoung em vão, já que Jay estava mais preocupado em limpar seu terno branco que agora estava encharcado de lama.

Chaeyoung voltou a segui-la e ambas saíram do lugar sem mais problemas.

_Se eu estivesse com a minha arma eu teria metido uma bala naquela boca de sapo que ele tem

_É nessas horas que eu agradeço que não permitem a entrada de pessoas com armas lá

Tzuyu entrou no carro pelo lado do motorista e Chaeyoung pelo passageiro. Ela rodou a chave na ignição e arrancou com toda velocidade.

_Diga para o Sehun que eu estou indo para a cafeteria, quero alguns dos meus homens lá quando eu chegar

_Entendidio

 Sehun era o novo guarda-costas de Tzuyu, havia substuido Marroni após a sua morte. Ela havia o nomeado como uma espécie de capitão, dando a ele o poder de repassar suas ordens aos demais e tomar algumas decisões específicas por comta própria quando necessário.

Minutos depois Tzuyu estava estacionando o carro de qualquer jeito na frente da cafeteria. E como já esperava, havia outros carros parados lá e seus respectivos passageiros a esperavam do lado de fora.

Ela saiu do carro mas impediu Chaeyoung de fazer o mesmo.

_O que foi?

_Você vai para o meu escritório, vai ser mais útil lá

_Você tá de brincadeira né?

_Eu nunca brinco, você sabe que é sempre o cérebro por trás de tudo, quero que me dê suporte por lá

_É sempre assim, nunca fico pra parte da ação - Chaeyoung bufou e deslizou contra a vontade para o banco do motorista

_Não faça nenhuma besteira - advertiu antes de girar as chaves

_Não farei, agora vá

Chaeyoung foi embora e Tzuyu se dirigiu até a porta principal sendo acompanhada por cerca de seis mafiosos.

Ela entrou no local e se deparou com Dahyun ajoelhada e Jihyo com a cabeça repousada em seu colo.

_Dahyun, estou aqui!

_Chefe cuidado! - um de seus homens avisou por trás

Tzuyu parou e percebeu que quase pisara no corpo de um homem no chão. Ela o contornou sem problemas e chegou até Dahyun puxando-a pelos ombros com violência.

_Ele disse pra onde iria?

_N-não - Dahyun olhava assustada para Tzuyu, ela não parecia nem de longe a garota que estava acostumada a ver - quem são todos esses caras?

_Não importa, ele disse o que queria com a Sana?!

_Não! Ele simplesmente veio aqui e a levou, ela tentou lutar com ele mas acabou desmaiada

Tzuyu apertou com força os ombros de Dahyun sem perceber, fazendo a garota grunhir.

_V-Você tá me machucando

Ela rapidamente a soltou, chutando uma cadeira do seu lado em seguida.

_Eu sabia que não deveria tê-la deixado sozinha, mas não! Eu é que sou a errada da história né?! - disse furiosa, andando para lá é para cá passando as mãos pelo cabelo. Ela se virou para um dos homens e o agarrou pelo paletó.

_Marroni...não, Sehun - corrigiu-se balançando a cabeça - eu quero cada pessoa ligada a máfia atrás desse fodido, ele está com uma pessoa importante para mim, então eu quero que peguem aqueles carros e...

De repente um barulho de um telefone tocando ressoou pelo lugar. Tzuyu interrompeu-se para escutar, depois foi com a velocidade de um raio até a origem do barulho. Ela puxou o telefone com tanta força que quase o rancou pelo fio.

_Alô?!

_Olá, gostaria de fazer um pedido de um capuccino - disse uma voz estranhamente feminina

Tzuyu franziu o cenho.

_Brincadeirinha! - a voz mudou de tom e agora assumia um caráter masculino - E aí Tzuyu, por acaso está sentindo falta de...alguma coisa?

A mão de Tzuyu apertou fortemente o telefone.

_Fala logo o que você quer Mark, e faça o favor de deixar a Sana fora disso!

_Deixar a Sana fora disso? Mas é graças a ela que eu posso conversar mais intimamente com você

Os homens se aproximavam curiosos,  ao perceber isso, Tzuyu levou o dedo indicador aos lábios insinuando para que todos ficassem calados.

_Eu não estou com paciência para joguinhos Mark, se poupar meu estresse eu posso pensar em não arrancar sua cabeça com minhas próprias mãos

_Arrancar minha cabeça? Uau! Isso não seria legal...seria Sana?

Houve um barulho na linha e depois ficou tudo silencioso. Ouviu-se um murmúrio e logo depois a voz baixa de Sana foi ouvida.

_T-Tzuyu

_Sana! Você está bem?! Fala comigo!

_Nanananão - a voz de Mark agora se mostrava audível - ela acabou de acordar, que bonitinha ainda deve estar sonolenta depois da pancada que recebeu

_Se você tocar nela, eu juro que...

_Vai funcionar assim - interrompeu ele - vamos negociar uma pequena quantia pela vida dela, o que acha?

_Me fale seu preço - disse ela, sem relutância alguma

_Hmmm somando todos os prejuízos que você deu ao meu chefe...que tal uns 50 milhões?

_ Mas isso é quase tudo o que eu tenho! - disse entredentes

_Poxa, achei que a vida dela valia muito mais, ouviu essa Sana? Ela não quer pagar pelo seu resgate

_Não! Eu levo o maldito dinheiro mas eu quero ela sã e salva e sem nenhum arranhão

_Acordo fechado! Foi fácil não?

_Onde eu te encontro?

_Em lugar nenhum, você acha que eu sou burro de deixar meu lindo corpinho exposto a você e seus cachorros sarnentos? Nada disso, você vai depositar esse dinheiro em uma conta no banco, e quando eu tiver certeza de que não está tentando me passar a perna irei deixá-la em um lugar específico para você buscá-la

_Você só pode estar louco! - riu sem humor - Que garantia terei de que você não irá feri-la?

_A mesma que eu terei de que você vai entregar o dinheiro como mandei sem fazer nenhuma gracinha

_Quero falar com ela antes!

_Tudo bem, tudo bem

A linha ficou muda novamente e em seguida ouviu-se uma respiração alta.

_Tzuyu?! Tzuyu?!

_Sana? É você?

_Me tira daqui por favor! Eu estou com muito medo - a voz de choro da garota apertava o coração de Tzuyu e ao mesmo tempo aumentava sua raiva em níveis exorbitantes.

_Eu vou te tirar daí o mais rápido que eu puder, eu prometo, me diz como você está?

_Minha cabeça dói, está tudo escuro, parece ser um lugar abandonado

Houve um barulho do outro lado da linha e a voz desagradável de Mark estava de volta.

_Sem dar detalhes do nosso esconderijo querida

Tzuyu pôde ouvir a voz esganiçada de Sana no fundo "eu vou te rasgar por inteiro seu filho da puta!" que de alguma forma lhe deu um certo alívio podendo perceber que ela ainda estava em seu estado normal.

_Acho que eu deveria ter colocado uma mordaça nela, mas enfim...quanto mais rápido você fizer, menos tempo ela passará comigo, e lembre-se, nada de gracinhas

_Eu já entendi tudo

_Ótimo, agora se você não se importa poderia fazer o favor de abrir a porta? Tem uma encomenda para você

A ligação foi encerrada e Tzuyu franziu a testa, olhou para a porta e viu através do vidro que havia alguém parado lá fora.

_Chefa tem alguém...- pronunciou Sehun

_Eu sei não sou cega, abra a maldita porta e veja o que ele quer

Sehun abriu a porta e encarou o rapaz vestido de entregador do café.

_Sai daqui fedelho, não tem serviço nenhum para você - disse ele com grosseria

_E-Entrega para T-Tzuyu

Ele estendeu os braços entregando uma caixa pequena. Sehun pegou e chacoalhou o objeto.

_Consegui completar meu s-serviço - disse pausadamente

_Mas porque diabos está falando como um robô?

O rapaz apenas sorriu. Sehun o pegou pelo pescoço completamente irritado, achou que o entregador estava fazendo onda com a cara dele.

_Você tá me achando com cara de palhaço?

Ele sentiu um relevo estranho no lugar em que segurava. Abriu o zíper da gola alta do moletom do rapaz e encontrou uma espécie de relógio que marcava poucos segundos.

Era uma bomba

Sehun arregalou os olhos e empurrou o homem para fora e fechou a porta.

Tzuyu estava tentando ligar para Chaeyoung e Dahyun continuava isolada com Jihyo quando ouviram um barulho de explosão.

Elas olharam para a porta e viram Sehun com uma das mão segurando uma caixa e a outra segurando a porta. O vidro atrás dele estava rachado e manchado com uma grande quantidade de líquido vermelho.

_Entrega para você, Chefa

                           * * *

_A cabeça dele explodiu?! - perguntou Tzuyu abismada já com a caixa em mãos.

_Sim, senhorita, tinha uma pequena bomba no pescoço dele

_Quando eu penso que Mark Tuan não pode ficar mais louco...

_Eu acho melhor a gente limpar aquilo, vai dar problema se alguém ver

_Então vai logo! Está esperando um convite?

Sehun foi acompanhado de alguns homens para fora limpar a “bagunça” causada por Mark. Tzuyu abriu a caixa para ver o que tinha dentro. Havia apenas um pequeno papel contendo alguns números.

_Deve ser o número da conta bancária pra eu depositar o dinhero - deduziu ela

_Tzuyu!

Dahyun foi até ela depois de tomar coragem para finalmente confrontá-la.

_Caso você não percebeu, minha amiga está ferida ali e precisa de cuidados!

_E o que eu tenho a ver com isso?! Chame a droga de uma ambulância estou tentando salvar a Sana!

_Está dizendo que só se importa com ela?! Não foi isso que você me disse naquele carro!

_Dahyun, vai por mim, eu sou a última pessoa que você vai querer irritar

_Lembre-se de que se não fosse por mim você nem saberia o que tinha acontecido!

Tzuyu abriu a boca para argumentar mas por fim teve que aceitar que a garota tinha razão.

_Me desculpe, eu vou ajudá-la, eu estou apenas...nervosa

Tzuyu mandou um de seus homens levar Jihyo, Dahyun e dono da cafeteria para o hospital. Houve certa relutância por parte da garota que inicialmente não aceitou ser levada por um estranho, mas no final sabia que não estava em condições de escolher como deveria ser transportada.

Depois que as duas foram embora, Tzuyu finalmente pôde ligar para Chaeyoung, que atendeu o telefone exigindo que fosse informada sobre tudo que havia acontecido. Depois de contar tudo sem interromper, Chaeyoung deixou-se respirar.

_Puta que pariu, Tzuyu é muito dinheiro

_Eu não me importo! É a vida de Sana que está em jogo

_Tudo bem, então o que você quer que eu faça?

_Deposite a quantia como o combinado 

_Não acredito que você vai mesmo depositar esse dinheiro 

_Se eu não fizer isso ele vai matá-la!  E você tem que descobrir onde eles estão para que eu possa impedir isso

_Como eu vou fazer isso?!

_Ela mencinou que o lugar parecia abandonado e escuro, não sei, dá seu jeito!

_Bom, na cidade não deve ser, ele não seria tão burro 

_Descubra, não importa como, não quero deixá-la um segundo a mais com ele

_Mas pelo que você me contou ele não iria fazer mal a ela, foi o combinado não?

_Ele não vai cumprir isso eu tenho certeza, eu sei tudo sobre aquele bastardo, ele mata e tortura por prazer e desde o início ficou obcecado pela Sana, ele não vai conseguir se controlar

_E o que você pretende fazer?

_Simples, eu o encontro antes e faço ele se arrepender de ter nascido, até lá eu deixo as coisas com você

_Não se preocupe, vou dar o meu melhor

_Eu sei que vai, eu confio em você

                           * * *

Mark andava em círculos ao redor de Sana. Ele havia acabado de amordaçá-la e agora a garota olhava para ele como se pudesse matá-lo apenas fazendo isso.

_Está confortável nessa cadeira? Eu juro que não amarrei com muita força

Sana grunhiu e se remexeu tentando se soltar, o que não surtiu efeito algum.

_Ah, eu conheço esse som, tinha uma garota aqui antes de você que fazia a mesma coisa e agora ela está enterrada do lado de fora - ele segurou o queixo de Sana e a olhou nos olhos - Tenho certeza de que você não vai querer acabar como ela

Ele a soltou e foi até a janela cujos vidros estavam quebrados e observou a vista de fora, alguns minutos se passaram até que ele começou a gritar sem motivo algum.

_Eu estou entediado! Você consegue acreditar nisso?!

Sana o olhou assustada e permaneceu calada.

_Quer saber, que se dane!

Ele tirou a mordaça de Sana que logo movimentou a boca várias vezes tentando fazer com que a sensação de dormência passasse. Mark a olhava atentamente, e então sem hesitar, ela cuspiu no rosto dele.

 Ele se afastatou instantâneamente com as mãos no rosto. Quando as retirou, olhou para ela com o rosto sério.

_SOCORRO ALGUÉM ME AJUDA EU FUI SEQUESTRADA POR FAVOR ALGUÉM - ela começou a gritar desesperadamente e Mark balançou a cabeça negativamente

_Porque será que elas sempre gritam mesmo sabendo que não vai adiantar nada? - perguntou a si mesmo tampando os ouvidos.

Sana só parou de gritar quando suas cordas vocais não permitiram mais. Ao perceber isso, Mark se aproximou dela novamente, só que dessa vez tomando uma distância segura.

_Será que agora você pode conversar um pouco comigo?

_Eu preferia morrer - disse com a voz rouca - a ter que gastar minha saliva com um lixo feito você

Mark se levantou e acertou um tapa com toda força que possuia no rosto dela. Sana abaixou sua cabeça e começou a dar risadinhas.

_Se você não quer conversar tudo bem, vamos pular essa parte 

Ele colocou a mordaça de volta nela e dessa vez não houve qualquer sinal de resistência.

_Eu preparei uns joguinhos para passar o tempo, tenho certeza de que a gente vai se divertir muito


Notas Finais


Se caso tiverem dúvida ou não entenderem alguma parte da história comentem que eu vou responder, ou posso pelo menos tentar explicar ( o que estiver ao meu alcance é claro)
O próximo capítulo é o mais decisivo da história até agora, só AVISANDO mesmo adoro despertar a curiosidade alheia rsrs
Até semana que vem amores!


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