1. Spirit Fanfics >
  2. Psycho Love (SaTzu) >
  3. Descobertas

História Psycho Love (SaTzu) - Descobertas


Escrita por: Satellar

Notas do Autor


Olá meus amores sz
Espero que estejam de bom humor nesse exato momento porque a coisa vai ficar FODA até o final do capítulo, Desejo a vocês uma boa sorte na leitura rsrs vão precisar bjs

Capítulo 23 - Descobertas


_Eu estou te dizendo! Ela voltou ao normal de uma hora pra outra!

Tzuyu andava de um lado para o outro tentando explicar a melhora repentina de Sana naquela manhã para Chaeyoung que lia um jornal na mesa da cozinha.

_Não pode ser - ela abaixou o jornal revelando sua surpresa - da última vez que eu a vi parecia uma planta

_Eu sei! Por isso estou pasma até agora, se eu não tivesse visto com os meu próprios olhos não teria acreditado

_Você deu algum remédio para ela? Vai ver melhorou por isso

_Eu tinha planos de ir comprá-los hoje!

_Bom...vai ver ela estava fingindo

_Mas para quê? Se tivesse visto o estado que eu encontrei a casa dela anteontem não diria isso 

Chaeyoung franziu a testa, pegou a xícara de café na mesa e tomou um gole.

_Não sei então, ela é doida

Tzuyu olhou para a garota como se fosse estrangulá-la.

_Não a chame de louca - advertiu ela apontando o dedo.

_Só teremos certeza disso quando ela completar o tratamento

_Que é bem caro por sinal...

_Nesse caso eu acho que o dinheiro que eu mandei retirar do cofre do seu pai na suiça será mais do que suficiente

_Verdade, tinha me esquecido, se esse dinheiro não tivesse caído do céu eu estaria perdida

_Caído do céu nada! Eu tive um baita trabalho para decodificar a senha dos antigos registros do seu pai

_Bom, de qualquer forma foi de grande ajuda

_Espero que não gaste tudo com a Sana

_E você virou o quê? Minha consultora de finanças?

_Tecnicamente isso também é parte do meu trabalho - disse ela cruzando os braços olhando-a com desdém.

_Eu vou pagar os tratamentos dela e é só

_Por falar nesse assunto, onde é que ela está?

_Disse que iria ao jardim, porque plantas a faziam se sentir feliz

_As plantas? Você tem certeza de que ela está bem?

_Ela acabou de voltar ao normal, você queria o quê?

_Tzuyu você está se preocupando demais com essa garota, cuidado para não se desviar demais do seu caminho

_Você sugere que eu a deixe desamparada? Chaeyoung, fui eu que arruinei a vida dela!

_Tá mas...

_Fui eu quem a fez passar por todo esse sofrimento - interrompeu ela

_Não exagera a culpa não é inteiramente sua

_É sim! E de alguma forma eu tenho que devolver tudo que eu tirei dela, e mesmo assim não há nada que pague a morte dos pais...

_Meu Deus Tzuyu, cale a boca! - berrou ela se levantando e agarrando Tzuyu pela gola da camiseta - Você não pode continuar se culpando desse jeito! Isso não irá trazer os pais dela de volta! Você fez o que tinha de ser feito e não há nada que vai mudar isso!

Ela largou Tzuyu e passou a mão pelo cabelo.

_Desculpe, me exaltei um pouco

Chaeyoung voltou a se sentar na mesa e pegou a xícara novamente e bebeu. Tzuyu abaixou a cabeça submersa em seus pensamentos repletos de culpa.

De repente a porta se escancarou e Sana entrou saltitando na cozinha. Chaeyoung se engasgou com o café derramando um pouco em sua roupa.

_Eu ouvi alguém gritando lá de fora, algum problema? - perguntou ela olhando para os lados, curiosa.

_Não é nada demais - disse Tzuyu procurando sinais de anormalidade na garota.

Seu olhar parou em Chaeyoung e depois retornou a Tzuyu. Ela se aproximou da garota e lhe deu um beijo estalado na bochecha

_Acredito em você então, Tzu

Tzuyu franziu a testa inicialmente estranhando novo apelido, mas depois ignorou.

_Tudo bem com você?

_Sim, estou ótima - ela se aproximou de Tzuyu outra vez e sussurrou em seu ouvido - foram as plantas

_É, imaginei que fosse

_Aquele jardim é lindo, e a casa também, é tudo seu?

_Sim, gostou?

_Achei bem legal, a propósito, posso saber como é que eu cheguei até aqui?

Chaeyoung tossiu e voltou a ler seu jornal.

_Você não se lembra? A gente saiu da sua casa ontem, fomos ao psiquiatra e depois viemos para cá, quer dizer...a partir de hoje você vai morar aqui comigo

Sana piscou várias vezes seguidas levando a entender que não sabia o que estava acontecendo. Tzuyu trocou olhares com Chaeyoung que permaneceu calada.

_Não se lembra mesmo disso? Então do que você se lembra exatamente?

_De que eu fui sequestrada - ela começou a contar nos dedos - Um tal de Mark me disse coisas bem estranhas, fui torturada, depois você apareceu e... - ela fechou os olhos tentando se lembrar - e é só

Tzuyu abriu a boca espantada com a naturalidade das palavras dela. Chaeyoung agora largara o jornal de lado e estava prestando atenção na conversa.

_E como se sente em relação a isso tudo?

_Normal, porque está olhando pra mim desse jeito? Por acaso estou com olheiras? - ela arqueou uma sobrancelha tocando suas palpebras de leve

_Não é isso, é que depois disso tudo acontecer você ficou muito mal e até ontem não estava apresentando sinais de melhora

_Melhora? Não me lembro de ter ficado doente

Tzuyu olhou novamente para Chaeyoung que negou com a cabeça.

_Quer saber, deixa pra lá

_Você parece preocupada, o que foi?

_Bem, já que não se lembra eu acho que deveria te contar o que aconteceu depois de...você sabe

Sana assentiu e se aproximou mais se mostrando interessada. Tzuyu contou detalhadamente tudo que havia acontecido desde a sua saida do hospital até hoje de manhã cedo.

_E então você melhorou do nada e é isso - disse por fim sacudindo os ombros

Sana pronunciou um "ahh" e depois seus olhos focaram na xícara de café em cima do balcão.

_Esse Mark...- começou ela depois de alguns minutos em silêncio - ele me sequestrou para te atingir não foi? Só porque você é uma mafiosa?

Chaeyoung arregalou os olhos e enfiou o jornal na cara outra vez. Tzuyu começou a suar frio, suas pernas tremeram e foi obrigada a desviar o olhar rapidamente para qualquer coisa que não fosse os olhos instigadores de Sana.

_Não adianta negar, eu já sei - a garota se apressou em dizer ao ver a expressão apavorada de Tzuyu.

_Eu...eu...é

_Olha, eu não me importo se você é uma terrorista, uma assassina ou uma cafetona e muito menos me nego a vir morar aqui - disse sorrindo - mas eu preciso saber sobre você Tzuyu, é a minha única exigência, não acha que já passou da hora de me contar a verdade?

Tzuyu suspirou e pôs as mãos na cabeça, derrotada.

Finalmente havia chegado aquele dia em que ela não poderia mais esconder sobre si mesma. Sobre o que era.

Chaeyoung espiava pela borda superior do jornal.

_Tudo bem eu vou te contar, não acho justo ficar te escondendo mais as coisas, principalmente por causa do que aconteceu na última vez, então sente-se por favor

Sana assentiu e puxou um banquinho para se sentar de frente para o balcão. Tzuyu fez o mesmo.

_Por onde devo começar?

_Eu quero saber de tudinho

_Certo, lá vai. - ela suspirou e se virou de frente para Sana - Minha família veio da China, de Taiwan. Há décadas a família dos Chou eram ligados com a máfia Chinesa. Meu avô era uma espécie de sub-chefe, e muito competente por sinal. Suas incríveis referências de alguma forma ajudou meu pai a subir mais rápido na chamada hierarquia dos assassinos, até se tornar o chefe da organização de fato. Em uma viagem de negócios para a Coreia, ele conheceu a minha mãe, que era uma simples estudante e não sabia de nada sobre ele...- ela engoliu em seco e depois continuou - eles se apaixonaram e chegaram a noivar, meu pai se mudou para lá por causa dela, sendo assim o controle principal da organização foi transferido para a Coreia. Eles estavam construindo uma vida juntos, mas depois de um tempo ela ficou sabendo que meu pai era um mercenário assassino que comanadava uma das maiores organizações criminosas da ásia e é claro que depois de saber disso ela quis se afastar dele. Mas meu pai não aceitou, ele a amava e garantiu que a protegeria de tudo e de todos. Houve vários atentados contra a vida dela enquanto estava com o meu pai porque eles sabiam que o único jeito de atingi-lo seria fazer mal a sua amada. Minha mãe foi obrigada a aceitar sua proteção quando soube que estava grávida de mim. Quando o meu pai descobriu ele a mandou para Taiwan pois achava que seria mais seguro lá, já que a família dele cuidaria de nós duas e consequentemente ficaria longe de todo o perigo. Então eu nasci lá, fui educada desde pequena sempre consciente do que o meu pai era, minha mãe nunca quis esconder nada de mim, e eu a agradeço muito por isso. Nunca tive amigos na infância, todos da cidade onde eu morava conheciam meu pai e sabiam de todas as coisas horríveis que ele fazia, e de alguma forma projetavam aquilo em mim. As vezes me chamavam de filha do diabo - ela riu sem humor - Aos 12 anos de idade eu voltei para a Coreia com a minha mãe para finalmente conhecer o meu pai. Foi nessa idade que eu percebi que meu destino já estava traçado. Meu pai me explicou que quando morresse eu assumiria o seu lugar e continuaria os negócios da família.

_Então você não teve escolha...

_Não. Meu destino era aquele e eu não podia fugir caso contrário me matariam. A questão é que ele se foi cedo demais. Quando eu completei dezessete, tudo mudou. Meu pai ficava mais ambicioso a cada dia, acabou se metendo com gente mais poderosa do que ele, esse foi o seu maior erro, achar que era imbatível e fechar os olhos para o mundo ao seu redor. Ele foi morto um dia antes do meu aniversário, estava indo para o Japão concretizar uma aliança, nunca acharam o corpo

_Se nunca acharam o corpo como soube que ele foi morto? Ele poderi ter fugido, não?

_Me mandaram as fotos, fizeram questão de registrar cada momento, esse foi o meu presente de dezessete anos, fotos em alta resolução do cadáver do meu pai

_Eu sinto muito

_Não sinta, ele era um desgraçado, merecia morrer - ela fechou o punho com força - dias depois minha mãe desapareceu, me disseram que ela se matou mas eu não acredito, ela poderia ser qualquer coisa, menos uma covarde.

_E você ficou sozinha?

_Não totalmente, foi nessa época que eu conheci a Chaeyoung. Ela trabalhava pro meu pai, tinha uma boa relação com ele e depois que ele morreu resolveu dedicar sua vida a mim. - ela lançou um olhar terno a amiga que retribuiu com um aceno de cabeça. - depois disso eu assumi o lugar do meu pai como estava planejado desde que nasci

Ela retirou do seu bolso a Magnum de cor dourada cujo brilho reluzia de forma intensa.

_Ele deixou isso pra mim, era a preferida dele

_Você era tão jovem...- comentou ela

_Sim, mas graças a isso eu amadureci e construí o meu próprio império, assim como o meu pai sempre quis

Sana assentiu lentamente e depois sorriu

_É uma história e tanto, tenho orgulho de você

_Depois de ouvir tudo isso por acaso você não importa que eu...

_Mate pessoas? - completou ela - que nada, eu também já fiz isso então estamos quites, não há nada de mal nisso

Chaeyoung mecheu a boca repetindo silenciosamente "não há nada de mal nisso" e lançou a Tzuyu um olhar de incredulidade.

_Olha, não é bem assim, há consequências, a polícia por exemplo é sempre um pé no saco em relação a isso

_Tem razão, mas se você esconder o corpo em um lugar onde ninguém o achará não há possibilidade de ser pega

Chaeyoung tossiu propositalmente.

_Quem é ela? - interrompeu Sana - é sua irmãzinha mais nova?

_Eu sou mais velha do que ela! - protestou Chaeyoung, irritada

_Não, essa é a Chaeyoung e deus me livre de sermos parentes

_Ah que gracinha, imaginei que ela fosse mais alta

Chaeyoung segurava a xícara com tanta força que Tzuyu imaginou que fosse quebrá-la.

_Não a julgue pela altura, vai por mim. Ela é como se fosse o cérebro da minha organização, ela sabe de tudo que acontece ao meu redor, mais até do que eu mesma

_Ela não seria nada sem mim - disse Chaeyoung estufando o peito.

_Ah, então ela é tipo uma empregada sua?

Tzuyu riu e o rosto de Chaeyoung começou a assumir uma coloração vermelha

_Não, ela está muito acima disso - explicou Tzuyu se divertindo com a cena

_Os empregados dela são um bando de caras idiotas, como o Sehun por exemplo, não me coloque nesse patamar por favor

_Sehun? Quem é?

_Digamos que ele é como uma espécie de segurança e ao mesmo tempo tem o poder de dar ordens aos outros, começou a trabalhar para mim a pouco tempo, substituiu um velho segurança meu que morreu esfaqueado

_Sério? Mas quem o matou?

_Minha inimiga que também é uma chefe poderosa de outra máfia, é uma longa história, posso te contar outra hora

_Ela também tem várias pessoas que trabalham com ela, certo?

_Infelizmente sim, o objetivo deles ultimamente é me destruir, são fantoches dela

_E como vocês, “recrutam” essas pessoas?

_Recrutar? Isso não é um exercito Sana, veja bem, eu tenho poder e influência nessa cidade, o governo está na palma da minha mão, ou pelo menos estava...de qualquer forma, você não acha que cada bandidinho medíocre dessa cidade não adoraria me servir e ganhar em troca proteção e benefícios, e o melhor ainda, sem a polícia na cola deles?

_Isso é realmente impressionante

_Isso o quê?

_Ser poderosa assim - disse sombriamente - matar que você quiser sem se sentir horrível por isso e nem ter que aturar as consequências

Tzuyu engoliu em seco.

_Não é bem assim, controlávamos a polícia antes mas não fazemos isso mais, tenho certeza que de agora em diante minhas atividades não passarão tão despercebidas como antes

_Mesmo assim, a sensação deve ser tão boa, aliás quero te fazer uma pergunta, você já esperimentou usar uma faca ao invés de uma arma?

_Para mim já chega - Chaeyoung se levantou da mesa - vou dar uma volta

_Ah não precisa! Eu já estou de saida - disse Sana se afastando

_Para onde você vai? - questionou Tzuyu com uma sobrancelha arqueada

_Primeiro eu vou tomar um banho e depois pensei em ligar para Dahyun

Tzuyu sentiu uma pontada de raiva ao ouvir aquele nome.

_Tudo bem, o banheiro é lá em cima no 3° corredor à direita

_Certo, onde estão minhas malas?

_Malas?

_Sim, eu preciso das minhas roupas para me trocar, dãã

_E-Eu não...trouxe elas

_Que tipo de idiota traz uma pessoa para morar com ela e não leva as malas? - grunhiu Chaeyoung no fundo

_Não se preocupe, a gente vai no shopping hoje e eu compro o que você quiser

_Ah não precisava mas mesmo assim muito obrigada! - Sana puxou Tzuyu e lhe deu um beijo demorado nos lábios. Chaeyoung fez uma cara de nojo.

A garota saiu saltitando feliz pela cozinha em direção a sala.

_Você é doida de sair com ela sozinha depois de tudo que aconteceu - comentou Chaeyoung

_Ela vai estar comigo esqueceu? Nada de mal vai acontecer enquanto eu estiver presente

_Na verdade, é isso que me preocupa

_Como assim?

_Não se preocupe eu compro o que você quiser - imitou chaeyoung com uma voz exageradamente fina

_Me dê um motivo para eu não enfiar este garfo na sua goela - ela apontava o objeto ameaçadoramente para Chaeyoung

_Ah, eu tenho um! Se você fizer isso não vou te contar as novidades matinais - sorriu ela dobrando o jornal.

_Desembucha

_Acho que alguém - apontou para si mesma - persuadiu um bando de velhos conhecidos seus para comparecerem a uma reunião amanhã à noite

_Meu Deus Chaeyoung, agora o meu desejo de te beijar é maior do que o de te matar

_ Tá, tá, me poupe a bajulação estilo Tzuyu. Eu te peço que esqueça a Sana por um momento e foque em tentar ganhar a confiança dos seus aliados outra vez, as notícias correm rápido, eles sabem que você está mais fraca como nunca esteve antes

_Eu sei, eu sei, mas eu preciso de um tempo para me recuperar, assim eu posso mostrar pra eles que ninguém é capaz de abalar o meu controle

_Eu concordo com você, mas quem garante que eles estão dispostos a te dar esse tempo?

Tzuyu precisaria escolher bem as palavras para convencer seus aliados a não a abandonarem, caso contrário perderia toda a sua fonte de lucro provida dos serviços que fazia clandestinamente ajudando a cobrir fraudes, contornar autoridades, controlar o recebimento de propinas e o mais importantante, perderia sua participação e influência nas maiores empresas do país. E se isso acontecesse, seria de fato a sua ruína.

                          * * *

Tzuyu e Sana passaram a tarde inteira passeando pelo Shopping da cidade. Haviam comprado tantas coisas (principalmente Sana) que Tzuyu mal conseguia andar carregando as inúmera sacolas de compras. Toda vez que passavam em frente a uma loja, sana não media esforços para entrar e sair de lá carregada de mais sacolas.

_Espera aqui que eu já volto - disse ela ao avistar uma loja mais a frente entregando mais uma remessa de sacolas a Tzuyu.

Tzuyu acenou positivamente a cabeça já que sua mão estava muito ocupada para realizar gestos. Ela se sentou em um banco de frente para a loja que sana havia acabado de entrar e colocou as sacolas no chão limpando o suor da testa logo em seguida. Acabara de retirar uma boa quantia do banco e já tinha o pressentimento de que não iria sobrar nada se continuasse nesse rítmo.

Sana entrou alegremente na loja e olhou ao redor imaginando quantas mais daquelas roupas ela poderia experimentar.

Uma atendente logo veio ao seu encontro e teve que se desdobrar em duas para atender as exigências de Sana. Tzuyu observava de longe se divertindo ao ver o quão descabelada estava a atendente após passar apenas alguns minutos na companhia de Sana.

Tzuyu notara uma certa diferença nela desde que tinha voltado ao seu estado “normal”, e por mais estranho que seja, ela parecia mais alegre. Apesar de todas as coisas horríveis que aconteceram com ela anteriormente nada disso pareia ter deixado sequelas, na verdade ela parecia nem mesmo se importar com aquilo. Tzuyu pensou várias vezes em lhe perguntar como conseguia estar tão radiante depois do que acontecera, mas por hora não parecia o momento certo, ela não queria estragar a alegria dela com  mais uma série de perguntas que aparentemente deixavam a garota mais confusa ainda.

Nesse momento ela se lembrou das palavras da psiquiatra:

“Isso depende apenas da Sana, ela precisa se agarrar em algo para entrar em harmonia consigo mesma. Só assim ela poderá voltar ao normal”

Mas em que a Sana teria de fato se agarrado? De acordo com as suas lembranças elas apenas dormiram juntas e nada mais.

Teria sido a presença de Tzuyu motivo suficiente para ela “despertar”?

Antes que pudesse terminar sua reflexão, ela sentiu seu braço ser puxado. Sana estava arrastando-a para dentro da loja com um sorriso radiante no rosto.

_O que foi? - perguntou Tzuyu sentindo borboletas no seu estômago pela forma que Sana a olhava.

_Eu preciso de você, caso contrário não iremos sair daqui hoje

_Para quê?

_Sua opinião

_Para roupas? Esquece, não sou boa nisso

_Ah Tzu, por favor - ela colocou as duas mãos no rosto de Tzuyu e fez o famoso olhar de cachorrinho quando quer pedir comida ao dono.

_Ahh, tudo bem...- disse ainda relutante - isso que você faz com os olhos é covardia, sabia?

Sana lhe deu um beijo na bochecha como forma de agradecimento, pegou uma roupa e correu para o vestiário.

A tarefa que Tzuyu achou que inicialmente seria tediosa, acabou sendo no final das contas a melhor coisa que poderia ter acontecido.

Depois de alguns longos minutos, Sana emergiu do vestiário usando um vestido preto com um enorme decote na frente deixando grande parte de sua pele à mostra e a bela visão de seus seios apertados no vestido. O tecido da roupa era suficientemente colado para realçar suas belas curvas. Como se não bastasse a visão de um corpo que parecia ter sido esculpido pelos deuses, ela havia feito questão de subir o vestido um pouquinho mais do que o normal deixando exposta suas belas pernas torneadas. Tzuyu observou cada detalhe boquiaberta e teve que piscar várias vezes para ver que o que estava vendo ali era real. Sentiu um arrepio e uma pontada em uma certa região perto da virilha e estranhamente o ambiente pareceu ficar mais quente do que antes.

_V-Você, v-você, está l-linda

_Devo estar mesmo para você estar gaguejando assim - disse esboçando um sorriso cínico

Ela deu uma volta e retirou o cabelo das costas de modo que ficassem completamente visíveis, já que o zíper não tinha sido fechado.

_Será que você poderia me ajudar a fechar? - sugeriu ela com um olhar malicioso

Tzuyu assentiu várias vezes com a cabeça e se aproximou.

Quando ela tocou no zíper, Sana virou o rosto de leve e sussurrou:

_Será que você não pode fazer isso no vestiário? Sou muito tímida para ficar com as costas expostas assim no meio de uma loja

Tzuyu engoliu em seco e sussurrou de volta no ouvido dela:

_Claro, estava pensando na mesma coisa - ela percebeu o leve arrepio causado em Sana e sorriu orgulhosa do poder que  os seus gestos tinham sobre ela. Sana puxou Tzuyu pela gola da camiseta até o vestiário mais próximo e praticamente a empurrou para dentro. Deu uma rápida olhada ao redor se certificando de que ninguém estava por perto e entrou e fechando a porta com rapidez.

Tzuyu bateu as costas na parede e Sana a agarrou e começou a realizar uma sequência de beijos molhados em sua nuca. Ela se arrepiou da cabeça aos pés e fechou os olhos apreciando cada toque dos lábios macios dela em sua pele. Sana desabotoou a blusa de Tzuyu com rapidez e abocanhou seus lábios como se fosse a coisa que ela mais almejasse no mundo naquele momento. Tzuyu a ergueu no ar sem interromper o beijo e as pernas de Sana cercaram seu quadril. Sana agarrou os cabelos de Tzuyu e os puxava enquanto a beijava ferozmente, houve um momento em que precisaram parar para recuperar o fôlego mesmo que contra a vontade. Durante esse pequeno intervalo de tempo, seus olhos carregados de desejo e luxúria se encontraram, perceberam que não havia mais nada nesse mundo que queriam a não ser uma a outra. Tzuyu observava o peito de Sana sibir e descer, ofegante, com seus olhos hipnotizantes focados diretamente nela. Estava se sentindo intimidada outra vez, odiava admitir que não era inabalável como imaginava, pensou que se seus inimigos soubessem que Sana causava esse estranho efeito nela com um simples olhar, ficariam invejados. Tzuyu colocou Sana no chão e apertou sua bunda com força por baixo do vestido.

_Tira isso - suplicou ela se referindo a roupa

Sana aproximou a boca da orelha de Tzuyu e pronunciou lentamente cada palavra:

_Tira você

Ela deu uma mordida no lóbulo de sua orelha fazendo o sexo de Tzuyu latejar dolorosamente. Sem pensar duas vezes, ela abaixou as alças do vestido de Sana se deparando com seus seios completamente nus. Se surpreendeu com o quão bonita Sana era, parecia de fato perfeita demais para ser humana. Ela abocanhou o mamilo direito arrancando um gemido alto de Sana. Ela massageou seu seio esquerdo e sugou o direito com vontade. Tzuyu teve que tampar a boca de Sana com a mão livre para impedir que os gemidos dela chamassem muita atenção do lado de fora. Querendo ou não elas estavam em um provador no meio de loja cheia de gente. Tzuyu circulou o mamilo rosado com a língua e lambeu uma útima vez antes de deixar um chupão em cada seio e subiu novamente deslizando a língua na pela pele macia e aveludada de Sana. Tzuyu desceu a última parte da vestido dela, e ao contrário do que imaginava, ela ainda estava usando uma calcinha delicada de renda branca, suas pernas estavam cruzadas numa tentativa desesperada de conter sua excitação. Tzuyu a beijou novamente e dessa vez levou suas mãos até a inútil peça de roupa forçando o elástico para os lados. Sana a ajudou percebendo sua dificuldade de arrancar a peça e logo sua calcinha estava jogada no chão junto com a camiseta de Tzuyu. Explodindo de excitação e desejo, Tzuyu começou a masturbá-la se deliciando com cada gemido rouco da garota no seu ouvido. Sana arranhava suas costas nuas com força, as marcas ardiam tornando tudo ainda mais prazeroso para ela.

Sana não estava aguentando mais sentir Tzuyu brincar com o seu clitóris, precisava se livrar daquele excesso tesão incrivelmente concentrado em seu sexo. Ela agarrou o rosto de Tzuyu e a beijou outra vez sugando o seu lábio inferior e dando uma leve mordida. Em seguida, disse lentamente em meio a um gemido.

_Me fode agora

Ao ouvir aquelas palavras, Tzuyu não pensou duas vezes antes de penetrar com dois dedos a entrada completamente molhada de Sana.

Ela teria soltado um grito agudo de prazer se Tzuyu não tivesse tampado a boca dela. Ela foi alternando entre estocadas rápidas e lentas, diminuindo de propósito quando percebia que Sana estava prestes a atingir o seu ápice. Sentiu as pernas de Sana vacilarem por um momento mas a segurou firme pelo quadril.

_Ma-ma-is rápido - gemeu ela mordendo o labio inferior

E então ela obedeceu, suas estocadas aumentaram de ritmo junto com os gemidos abafados de Sana. Tzuyu se praguejou internamente por estarem em um lugar tão apertado, o que ela mais desejava era ouvir aqueles gemidos deliciosos em alto e bom som. Como se adivinhasse seus pensamentos, Tzuyu acrescentou mais um dedo na entrada apertada do sexo de Sana fazendo seu corpo inteiro tremer de prazer. Os olhos de Sana estavam fechados e sua boca aberta em um perfeito formato de "O". Tzuyu sentiu um líquido quente encharcar seus dedos e o corpo de Sana finalmente relaxar sobre ela. Ela retirou seus dedos da entrada dela e antes que pudesse assimilar as coisas, Sana agarrou sua mão e chupou seus dedos lentamente provando de seu próprio gosto. Tzuyu abriu levemente a boca hipnotizada com a visão que tinha de Sana chupando seus dedos de forma obcena, aquela mulher definitivamente tinha o poder de levá-la do céu ao inferno em segundos. Sana retirou os dedos de Tzuyu da sua boca e lambeu seus próprios lábios antes de beijá-la,  dessa vez com mais calma, mas apesar disso ela não parecia mostrae indícios de ter cansado o bastante, pois agora se abaixava tirando o cinto de Tzuyu com certa rapidez.

_O que está fazendo? - perguntou ela vendo a garota se livrar do seu cinto e abrir o seu zíper.

Sana a olhou e sorriu, a visão do sorrisinho safado que ela deu a fez sentir arrepios outra vez, tinha uma pequena noção do que aconteceria dali em diante mas só de pensar nisso sua pressão começava a subir.

Sana abaixou sua calça jeans e deu um beijo por cima do tecido de sua calcinha completamente encharcada. Ela mordeu a lateral do tecido e foi abaixando-o lentamente até que o quadril de Tzuyu ficasse totalmente descoberto.

Tzuyu corou, nunca havia se sentido tão exposta na vida, geralmente era ela quem fazia essa parte e não o contrário. Percebeu que Sana a olhava com admiração, como se fosse uma obra de arte exposta apenas para ser apreciada por ela, e era de fato o que Sana estava pensando. Nunca se cansava de admirar o quão bela Tzuyu era, desde que a viu pela primeira vez e agora mais do que nunca. Sentia que Tzuyu a pertencia e o mais importante, estava se entregando completamente de corpo e alma a ela.

Ainda ajoelhada, Sana deu leves beijos no sexo molhado de Tzuyu a excitando ainda mais, se é que era possível. Sem aviso prévio, ela enfiou a lingua em sua intimidade e em seguida começou a fazer movimentos circulares repetidamente. Tzuyu mordeu o lábio tão forte para conter um gemido que sentiu um leve gosto de sangue na boca. A língua de Sana serpenteou em sua entrada explorando cada centímetro de sua boceta encharcada que se contraria involuntariamente a cada movimento. Não demorou muito até que o orgasmo viesse com força. As mãos de Tzuyu apertaram as raízes do cabelo de Sana o mais forte que pode, receando um pouco tê-la machucado, mas a garota não se importou. Sana limpou todos os resquícios de prazer de Tzuyu com a língua finalizando seu trabalho e se levantando com dificuldade apoiando as mãos nas paredes do minúsculo cubículo. Ao se reeguer, olhou para Tzuyu com expectativa, procurando indícios de que havia se saido bem em sua tarefa.

_Você...é...mesmo...a...Sana...que eu...conheço? - questionou ela com a respiração descontrolada.

Sana lhe respondeu com o outro beijo delicioso colando seus corpos suados novamente e os encaixando perfeitamente. Tzuyu apertou fortemente seu quadril pressionando-o contra o dela. Aquela sensação de ter a pele nua de Sana em contato direto com a sua era sem dúvidas, a melhor experiência que já teve em toda sua vida. O cheiro de Tzuyu parecia mais inebriante ainda para Sana, que se permitiu descansar sua cabeça por um instante na curva do pescoço da mais nova quando finalizaram o beijo aspirando todo aquele perfume natural característico. Queriam permanecer assim para sempre, aproveitando o máximo do corpo uma da outra até que elas ouviram uma voz do lado de fora.

_Senhorita Sana? Suas compras já estão no caixa, já está pronta?

Era a voz da atendente. Foi aí que elas cairam na real, estavam em um provador no meio de uma loja.

_Meu deus! - exclamou Tzuyu, Sana  rapidamente tampou sua boca

_Shhh - disse ela, colocando o dedo indicador no meio dos lábios

_Você sai primeiro, depois eu vou, para não levantar suspeitas - sussurou ela com um certo tom de preocupação na voz

Sana concordou silenciosamente e começou a procurar suas roupas.

_Você viu minha calcinha? - perguntou ela baixinho recolhendo sua roupa do cabide

_Está procurando isso? - Tzuyu balançou na frente dela a peça de roupa que se encontrava em estado deplorável.

_Quer saber, esquece

Ela vestiu sua roupa rapidamente e Tzuyu fez o mesmo. Antes de sair, elas trocaram olhares maliciosos e Tzuyu não pôde evitar de sorrir. Sana saiu primeiro a deixando encostada na parede com um sorriso bobo no rosto.

Sana saiu atordoada da cabine de roupas com as pernas ainda bambas. Ela passou pela vendedora que a olhou um pouco desconfiada e se vangloriou internamente por ter conseguido chegar até o caixa. Esperou sua vez chegar atrás de uma moça à sua frente que já terminava de passar o cartão na máquina. Ela ainda estava sorrindo abobadamente encarando a mulher do caixa que lhe lançou um olhar carrancudo. De repente, sentiu uma mão no seu braço e ao se virar deu de cara com a face inesperada de Nayeon.

_Sana? Você por aqui? Há quanto tempo! - ela abraçou a garota que retribuiu o gesto com boa vontade

_Verdade, você sumiu!

_Você tá brincando né? Quem evaporou foi você quando eu ainda estava trabalhando como investigadora

_É mesmo! - ela bateu em sua própria testa ao se lembrar que havia fugido de Nayeon para não acabar encurralada naquela investigação sobre Marroni - mas não vamos falar disso agora, o que anda fazendo?

_Ah, eu estou trabalhando na polícia de Seoul agora, ando muito ocupada ultimamente

_Prendendo muitos bandidinhos hein? - ela deu um soquinho no ombro de Nayeon que sorriu

_Bandidinhos nada, eu diria mais bandidões

_Sério? Ultimamente Seoul anda muito violenta, mas conta aí, que tipo de bandidões você anda perseguindo?

_Eu adoraria te contar mas não posso revelar informações

_Ah não! Agora você me deixou curiosa! 

Nayeon relutou em oferecer qualquer informação à Sana. Mas de alguma forma sua consciência pesou, já que a operação em que acabara de ser envolvida estava ligada diretamente com a morte dos pais de Sana. Ela sentiu que era sua obrigação dar pelo menos uma pequena explicação à ela.

_Bom, talvez eu possa falar só um pouquinho.

_Diz, diz!

_Tem a ver com o assassinato dos seus pais.

Para a surpresa de Nayeon, Sana não se abalou

_E se tudo der certo, poderei descobrir quem os matou - continuou ela

A mente de Sana não só deu um nó como virou uma verdadeira confusão.

_Espera...como assim descobrir quem os matou? - sua expressão agora revelava surpresa - você não disse que tinha sido aquele cara, como é o nome mesmo? Marroni?

_Não, eu te mandei uma mensagem esclarecendo tudo quando você desistiu da investigação lembra? Não queria ter feito as coisas daquela forma mas eu não consegui ter contato com você pessoalmente, inclusive isto está bem claro no dossiê que eu lhe informei que havia feito mas você nem ao menos se deu o trabalho de buscá-lo

Sana fechou os punhos e uma conhecida sensação negativa se apossou do seu corpo. Mas seu sorriso continuou intacto

O assassino dos seus pais ainda estava vivo.

Ela matara a pessoa errada.

_Ah claro! Que memória horrível a minha! - riu forçadamente - claro que o assassino dos meus pais continua por aí e eu confio em você para pegá-lo! E me desculpe por ter sumido de repente, eu só queria dar um tempo para aquilo tudo, eu estava ficando louca!

_Fico lisonjeada, sempre foi meu desejo ajudá-la, fique tranquila que irei fazê-lo pagar por tudo

_Só por curiosidade...por acaso já tem uma pista? Um nome?

_Não...quer dizer...

_O quê? O quê?

_Escute Sana, eu não deveria...

_Fala por favor, eu prometo que não vou te perguntar mais nada! Meus pais foram brutalmente assassinados por ele!- disse ela balançando o braço de Nayeon.

Ela suspirou e fechou os olhos tomando coragem e refletindo internamente se deveria dizer algo. Jisoo provavelmente a mataria se abrisse a boca.

_Tá, tá, há suspeitas de que há uma máfia envolvida nisso e é só...não irei te contar mais nada

Sana paralisou.

Uma máfia? Como a de Tzuyu?

Contrariando mais uma vez as expectativas de Nayeon, Sana sorriu.

_Muito obrigada por contar, ficarei mais tranquila agora

Nayeon assentiu e logo depois teve que voltar para dentro da loja pois segundo ela teria esquecido de comprar algumas meias.

_Então significa que ainda não acabou - disse Sana para si mesma - quantas pessoas terei de matar até conseguir achar o culpado? Segundo a Tzuyu há um grande número de membros em uma máfia...- ela passou a língua pelos lábios - mal vejo a hora de começar a caçar todos eles

Enquanto falava sozinha, a vendedora a olhava com um certo medo, ela pegou o vestido rapidamente e passou no caixa e colocou junto das outras sacolas querendo se livrar de Sana o quanto antes.

_Deu 4,528$ moça - anunciou ela com um tremor na voz

Sana retirou o cartão do bolso e lhe entregou. A mulher o passou pela máquina e efetuando o pagamento.

A garota espiou pelo ombro e viu Tzuyu se aproximando. Estava elegante como sempre, não mostrava se quer indícios da pequena brincadeira que tiveram no vestiário.

_Está pronta?

_Sim - ela pegou as sacolas e dividiu metade do peso com Tzuyuu que não se importou em adicionar mais umas sacolas a sua carga total. Enquanto andavam Tzuyu notou uma coisa: Sana estava mais calada. Depois do acontecimento no vestiário ela achou que a garota agiria de uma forma diferente, mas ao contrário do que pensava, ela parecia estar focada em alguma coisa já que seus olhos não passavam do chão. Pensou inclusive se tivesse feito alguma coisa que a garota não tivesse gostado

_O que você tem?

_Eu? Nada - disse ela se virando para Tzuyu e sorrindo, voltando logo depois ao seu humor habitual.

Quando elas estavam perto da porta de saída do Shopping, Sana escutou uma voz conhecida vindo detrás chamar por ela. Por um momento pensou que tivesse voltado a ouvir vozes, mas ao se virar, viu Nayeon vindo apressada em sua direção com uma sacola na mão.

_Você esqueceu isso! - disse ofegante entregando a sacola a ela - achei que nunca te alcançari...- a voz de Nayeon morreu quando viu por quem Sana estava acompanhada.

Seus olhos instintivamente encontraram os de Tzuyu.

Ela se inrijeceu no lugar e Tzuyu lhe lançou um olhar habitual de desprezo. Sana agradeceu Nayeon e olhou para as duas sentindo um clima pesado no ar.

_O que está fazendo aqui? - perguntou diretamente a Tzuyu

_Estou andando pelo Shopping que por sinal é um espaço público, porque a pergunta? Vai me prender por isso, oficial?

_Vou lhe dar um conselho: Não me provoque, caso contrário irá se arrepender amargamente

_Vem cá, que parte do capítulo eu perdi? Porque estão olhando desse jeito uma para outra como se fossem se matar?

_Porque está andando com ela, Sana?

_ Porque a Tzuyu é minha namorada - o coração de Tzuyu errou uma batida ao ouvir Sana pronunciar aquelas paradas em alto e bom som. - o que você tem contra isso?

_Nada, apenas perguntei

_E você? De onde a conhece? - perguntou Tzuyu a Nayeon

_Fiz uma investigação para encontrar o assassino dos pais dela há um tempo atrás, nos tornamos próximas

_Ah...espera, O QUÊ? - ela se virou para Sana com um ar espantado - porque você nunca me contou isso?

_Eu não te conhecia na época e de qualquer forma não conseguimos achá-lo então achei que não faria diferença se te eu contasse

_Você deveria ter me contado! Como assim não faria diferença?!

_Tzuyu se acalma, se você quiser eu te conto tudo em detalhes, eu hein

_Não o achamos ainda - corrigiu Nayeon presunçosamente - mas como eu disse a ela anteriormente, é questão de tempo até eu por ele atrás das grades - ela observou a expressão espantada de Tzuyu - ou talvez ela, ninguém sabe ao certo

Tzuyu engoliu em seco e depois sorriu.

_Boa sorte fazendo isso, e sugiro que continue o seu trabalho fora do meu caminho, vamos Sana - ela puxou Sana que deu um aceno de despedida antes de desaparecer pela porta.

_Tzuyu...então esse é o seu nome huh? - disse Nayeon para si mesma com um sorriso de satisfação no rosto.

                          * * *

Tzuyu teve que parar em frente ao portão da sua casa quando um segurança apareceu ao lado da janela do motorista solicitando sua atenção.

_Chefa, apareceram duas garotas aqui enquanto você estava fora - cochichou ele

Tzuyu olhou pelo retrovisor e percebeu que Sana estava ocupada demais cantarolando e tentando fazer tranças no seu próprio cabelo para prestar atenção na conversa.

_E o que elas queriam? - perguntou ela em um tom similar

_Elas estavam com algumas bagagens e diziam que queriam ver a Senhorita do banco de trás.

_Sei, sei, já tinha previsto isso, e o que você fez?

_Expulsei as duas como você mandou

_Certo, bom trabalho, caso elas voltem aqui novamente faça a mesma coisa entendeu?

_Como desejar

Ele acenou e o portão se abriu e Tzuyu adentrou com o carro no terreno da gigantesca propriedade.

Já dentro de seu quarto, Tzuyu estava deitada confortavelmente com Sana em sua cama. Ela acariciava o cabelo da mais velha enquanto assistiam um filme sobre um serial killer que ao contrário dela, Sana estava achando interessantíssimo. De repente Sana deixou de prestar atenção na televisão e se sentou no quadril de Tzuyu ficando de frente para ela. Percebendo o olhar instigador da garota, ela já se preparou para a série de perguntas que viriam a seguir.

_Tzuyu, eu quero te perguntar uma coisa - disse Sana confirmando suas suspeitas.

_O quê?

_Você me disse hoje cedo que tinha alguém querendo te destruir, quem era exatamente?

_Ah, isso...- ela coçou o queixo e pousou sua mão na cintura da garota - um monte de pessoas na verdade, mas tem alguém em especial que é tão poderoso quanto eu...e está fazendo coisas terríveis para me prejudicar, seu sequestro foi uma prova do que ela é capaz de fazer

_Ela? Então é uma mulher? Por acaso essa pessoa...comanda uma máfia também?

_Não sei se podemos chamar seus capangas de mafiosos mas, acho que chega perto disso

Ao absorver aquelas informações, a mente de Sana começou a trabalhar.

Segundo as suspeitas de Nayeon, o assassino de seus pais estava envolvido com a máfia. Até um tempo atrás Sana só sabia da existência de uma, que por acaso Tzuyu a comandava. Então agora ela acabara de descobrir que existia outra que segundo a mesma estava fazendo coisas horríveis para atingi-la. De acordo com a sua cabeça, e somando 2 2, logo pensou que o assassino do seus pais estaria nesta máfia na qual Tzuyu estava tentando combater. Era a única explicação lógica que pôde pensar, afinal, se o assassino estivesse entre a máfia de Tzuyu ela provavelmente saberia, não é?

_Eu quero te pedir um favor - disse por fim após uma longa reflexão

_Qual?

_Eu quero matar o assasino dos meus pais com as minhas próprias mãos...

Tzuyu arregalou os olhos e sua respiração parou por um instante.

_E para conseguir fazer isso preciso de sua ajuda - continuou ela - eu quero me tornar um membro da máfia


Notas Finais


Como essa é a primeira fic que eu escrevo, consequentemente é o primeiro hot ( espero realmente que não tenha ficado tão escroto como estou pensando) então isso significa que eu ainda irei melhorar muito, então RELEVEM
Minha vontade é soltar um spoilerzão mas meu bom senso não deixa, então eu só posso dizer que FIQUEM ATENTOS porque quando vocês menos esperam os acontecimentos serão revelados de uma forma bombástica.
Então até o próximo capítulo, mal posso esperar para o próximo sábado chegar :)))


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...