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História Psycho Love (SaTzu) - É tudo uma questão de Negócios


Escrita por: Satellar

Notas do Autor


Adivinha só quem ressurgiu dos mortos!
Primeiramente devo desculpas a todos por demorar 2 fucking semanas para atualizar.
Infelizmente o colégio tem me apertado de uma maneira que vocês não tem noção, não tenho tempo de fazer absolutamente nada ultimamente
Então desde já aviso, se eu demorar para atualizar é porque eu realmente NÃO POSSO, eu sempre tento me esforçar pra trazer um capítulo na data certa mas as vezes é impossível :(
Para compensar a demora, esse capítulo está bem grandinho, então eu agradeceria se manerassem um pouco nos xingamentos rsrs
Enfim, boa leitura amores!

Capítulo 24 - É tudo uma questão de Negócios


_Você tá de brincadeira, né?

_Quê? Não! Eu estou falando muito sério!

Era difícil para Tzuyu acreditar que Sana estava ali na sua frente praticamente pedindo para terminar de arruinar a sua vida se envolvendo com nada mais nada menos que a máfia.

_Nem pensar! Você tá doida? É um risco para nós duas!

_Claro que não! Ouça, Tzuyu, é a maneira mais rápida de eu conseguir achar o assassino dos meus pais!

_Então é isso? Assassino dos seus pais? Porque você não tira isso da cabeça de uma vez por todas?

Sana mostrou ter ficado incrédula, Tzuyu ao perceber seu erro, tentou rapidamente consertar:

_Quero dizer, deixe isso com a polícia! Você ouviu aquela nojenta da Nayeon não é? Ela vai investigar isso

_Você não entende! - Sana agarrou o moletom de Tzuyu e aproximou o rosto dela dos seus olhos faiscantes. - Eu não vou descansar até ter acabado com a vida daquele desgraçado, até ter o sangue dele derramado em minhas mãos, até ter a certeza de que a sua existência miserável não exista mais por minha causa!

Naquele momento Tzuyu teve a certeza, ao olhar para aqueles olhos repletos de ódio e sede de vingança, que a sua Sana de antes jamais voltaria. Sentiu a corda invisível no seu pescoço apertando cada vez mais, jamais imaginaria que a garota estivesse tão obcecada em encontrar o assassino de seus pais desta forma. Mal sabia que estava frente a frente com ele. O que aconteceria se ela descobrisse? Nunca mais olharia em sua cara, ou até na pior das hipóteses, seria morta. Não, Sana não seria capaz de fazer uma coisa dessas por vingança. Seria?

Tzuyu só tinha duas opções; deixá-la seguir seu caminho mas tomando as devidas precauções, ou impedir que isso aconteça para evitar futuras discórdias. Ela escolheu então, a opção que naquele momento parecia mais viável.

_Não

_Não o quê?

_Pode esquecer, não vou lhe envolver nisso

Tzuyu podia jurar que o rosto de Sana estava começando a ficar vermelho.

_E porque não?!

_Por milhares de motivos

_E quais são?!

Tzuyu ficou em silêncio. Manter a boca fechada naquele momento parecia ser uma boa ideia.

_Olha só para você - Sana disse baixinho - está escondendo as coisas de mim outra vez

_Quê?! Não!

_Então me diz qual é o problema! Você acha que eu não sou capaz, é isso?

_Não! Quer dizer, também, me diga Sana, você ao menos sabe segurar uma arma?

_Eu não gosto de armas

_Está vendo?! Me diga se eu não tenho razão!

_Eu prefiro usar facas

Tzuyu sentiu um arrepio na espinha, aquela fala a lembrou de alguém que não deveria em hipótese alguma habitar seus pensamentos mais. Por algum motivo pensou que a firmeza na voz de Sana em dizer aquilo dava indícios de que aquela escolha peculiar vinha de suas experiências anteriores.

_Sana, há muita coisa jogo! Até agora são poucos os que sabem que você está comigo de uma forma mais...íntima. Porque você acha que eu não disse detalhes sobre você ou nem mesmo seu nome para nenhum dos meus empregados exceto o porteiro até agora? 

_Mas todos aqui são de sua confiança! Eu não entendo...

_Não mais, tem alguém infiltrado aqui passando informações pessoais minhas para os meus inimigos, é outro motivo pelo qual de agora em diante você não poderá mais ficar zanzando por ai sem a minha companhia

_Agora isso aqui virou uma prisão, é?

_Não complique as coisas por favor, sabe que eu só quero te proteger

_Se você me deixar entrar e começar a confiar em mim, poderei me defender sozinha! Tzuyu, pense bem! Se por acaso alguém resolver fazer algum mal a mim estando com você eu terei uma maior chance de me defender

_Maior chance de se defender? Do que está falando? Você é faixa preta em Judô, luta melhor do que eu!

_Ah claro, até porque eu teria muitas chances de escapar se por acaso um assassino treinado por anos como o Mark tentasse me matar não é mesmo?

Tzuyu abriu a boca mas sua fala morreu. Ela percebeu o sorrisinho de lado na boca de Sana que percebeu que havia ganhado aquela rodada.

_Nada do que você disser irá me convencer, minha resposta é a mesma. - disse por fim desviando o olhar

_Já chega Tzuyu, estou farta!

_Tudo bem, mas não adianta brigar comigo, se quiser estragar sua vida, ótimo, mas não conte comigo para isso

_Quando vai entender que eu não sou uma criatura indefesa que você precisa proteger?! Não me trate como seu pai tratava a sua mãe!

Tzuyu sentiu uma onda de fúria ating-la e se controlou para não gritar mais alto do que deveria. Ela no era como seu pai. Não mesmo.

_Não ouse me comp...

_Não ouse o quê? Eu posso ser útil para você! Sabe que eu tenho capacidade! Não posso desperdiçar essa chance de vingar os meus pais!

_Você não entende a gravidade da situação! Porque tem que ser tão teimosa?

_Não vou ficar parada de braços cruzados enquanto vejo você se matando por mim e o assassino dos meus pais solto por aí

_Então não fique, quem está te obrigando?

_Tudo bem, não fico nem mais um segundo nesta casa.

Sana saiu da cama num pulo, abriu a porta com fúria e caminhou em passos largos pelo corredor. Tzuyu a seguiu e a agarrou pelo braço.

_Você não vai a lugar algum à essa hora

Sana girou e colocou o braço de Tzuyu nas suas costas em um movimento ousado de imobilização.

_Tente me impedir, então

Ela largou a garota e continuou fazer seu caminho.

Naquele momento Tzuyu só conseguia sentir raiva de Sana, o quanto era cabeça dura para entender que sua vida era a coisa mais preciosa que existia para ela? Por um milésimo de segundo ela se sentiu na pele de seu pai. Sua mãe quase o abandonara porque não queria se envolver com o trabalho sujo dele. Agora Sana estava querendo abandoná-la porque Tzuyu não queria incluí-la nisso.

_Você prometeu que nunca me deixaria - disse num fio de voz enquanto olhava a garota se afastar cada vez mais.

Sana parou e olhou para Tzuyu por cima do ombro.

_E você me prometeu que não iria esconder nada de mim. 

Sana se virou e continuou a andar.

O que fazer?

Ela está indo embora.

Tzuyu observou Sana sumindo do seu campo de visão aos poucos e por um momento viu a sombra de sua mãe no lugar dela. Ela estava a deixando como sua mãe queria fazer com seu pai, como tinha feito com ela. Tinham feito juras de que uma nunca abandonaria a outra mas aquilo tudo parecia ter sido em vão, e tudo isso mais uma vez por causa de suas mentiras.

Ela não podia deixar Sana ir.

Simplesmente não podia

_Espera! - ela correu tentando desesperadamente alcançá-la.

Sana fingiu não ouvir e continuou a se apressar.

_Tudo bem - gritou ela - você venceu, eu vou te ajudar

Sana parou bruscamente e por um minuto Tzuyu achou que a garota estivesse paralisada.

Ela se virou e um grande sorriso estava estampado em sua face.

_Eu sabia que você não me deixaria ir!

Tzuyu piscou várias vezes seguidas e custou acreditar na cara de cínica de Sana.

_Amanhã discutimos isso - disse friamente - agora que conseguiu o que queria, por favor volte para o quarto, está tarde

Ela se retirou com receio e ao olhar para trás, viu Tzuyu sentada no chão com as mãos enfiadas no rosto. Naquele momento ela sentiu uma onda de culpa atingí-la em cheio, começou a se perguntar se teria ido longe demais ao dizer que iria embora daquela forma, mas querendo ou não, aquilo foi necessário para atingir seu objetivo.

Sana esperou Tzuyu voltar para o quarto mas ela não apareceu. Ela se remexia na cama várias vezes tentando achar uma posição confortável para dormir mas de nada adiantaria se Tzuyu não estivesse ali. Ela olhou para o relógio que marcava 4:50 da manhã e levantou-se impaciente calçando suas pantufas de coelho e logo em seguida caminhou até a porta. Sabia que não deveria andar por ai sozinha mas estava de certa forma preocupada com Tzuyu. Ela desceu as escadas sem fazer barulho pensando em possíveis lugares onde ela deveria estar. Viu uma luz fraca emanando da fresta de uma porta atrás das escadas e logo foi até lá. A porta estava meramente encostada, então ela a empurrou um pouco e teve a visão de uma sala completamente desorganizada e cheia de papéis espalhados para todos os lados, mas algo fez o coração de Sana parar por um instante.

Tzuyu estava deitada no chão de barriga para cima com os cabelos lisos e sedosos cobrindo o rosto.

Ela arregalou os olhos e escancarou a porta. Fez menção em correr até ela mas alguém a agarrou por trás.

_Tzu- - ela teria gritado se uma mão não tivesse tampado sua boca.

_Shhh - sentiu um hálito quente bater na sua orelha e se debateu tentando se soltar.

Ela foi prensada contra a parede delicadamente e se deparou com Chaeyoung indicando que fizesse silêncio com o dedo indicador no meio dos lábios.

_Ela está dormindo, não faça barulho - sussurrou ela

Uma onda de alívio a atingiu, ela teve vontade de esmurrar a garota ali mesmo por quase tê-la matado do coração.

_Porque ela está ali? - questionou no mesmo tom.

_Estávamos organizando umas coisas para a reunião de amanhã com os nossos aliados, mas a doida acabou dormindo, é sempre assim

_Reunião? Ela não me disse nada

_E porque diria?

_Nós concordamos que de agora em diante eu irei fazer parte da...organização, ou sei lá como chamam isso

_Ahh, então foi isso...

_Isso o quê?

_O motivo pelo qual ela estava tão abatida, o que foi que disse pra ela?

_N-nada demais, eu só disse que iria embora caso ela continuasse me tratando daquele jeito, mas eu não estava falando sério, eu nunca a deixaria realmente

_Não deveria ter dito isso a ela, Tzuyu é a pessoa mais forte que eu já conheci na minha vida e não se abala facilmente, mas essa resistência se desmorona quando o assunto é você

Sana franziu a testa.

_Ela gosta de você Sana, muito mesmo

_Eu sei disso, e eu também

_E por acaso já disse isso a ela?

_Já...meio que indiretamente na verdade

_Então da próxima vez seja direta, ela não é segura o suficiente para achar que você não a deixaria entende? Isso a deixa extremamente mal. Veja só a história trágica dos pais dela, não acha que ela tem razão de ser insegura?

Sana mordeu o lábio inferior, realmente percebeu que tinha ido longe demais. Sua vontade era de sair correndo até aquela sala e se desculpar com ela quantas vezes conseguisse até conseguir reconquistar sua confiança.

_Amanhã você fala com ela - disse Chaeyoung como se lesse seus pensamentos.

_Amanhã? Mas...

_Falta menos de uma hora pro sol começar a nascer, relaxa

_Tudo bem então, obrigada Cha...Cha..

_Chaeyoung - completou ela, revirando os olhos.

Sana fez menção em abraçá-la mas Chaeyoung recuou.

_Guarde isso para a Tzuyu, eu agradeço

_Como quiser - ela sorriu e jogou discretamente um beijo no ar e subiu as escadas.

Chaeyoung bufou e limpou o suor da testa.

_Sinceramente eu não sei o que a Tzuyu viu nessa garota

                          * * *

Sana acordou cedo no outro dia, era difícil conseguir dormir bem sem Tzuyu por perto. Não que ela tivesse tido pesadelos ou algo do tipo, eles haviam parado há algum tempo, mas sentia como se faltasse uma parte dela. Estranhava aquilo, ela nunca tinha sido tão dependente de Tzuyu. Antes a única coisa que ela dependia dela às vezes era a carona para o seu treino na academia, mas agora, sentia falta até de sua presença.

Ela sentou na cama e se espreguiçou sentindo cada músculo do seu corpo ganhar vida outra vez. Esfregou os olhos logo e em seguida e olhou para frente com a visão ainda um pouco turva e viu uma linda bandeja arranjada com o café da manhã.

“Ah ela não fez isso”

Se Sana estava se remoendo em culpa antes, agora estava explodindo por dentro.

Mesmo depois de tê-la magoado ontem a noite ela ainda se deu o trabalho de preparar seu café da manhã e deixá-lo na berada da cama. Sentiu-se pela primeira vez como a errada da história e desejou que aquela voz na sua cabeça se manifestasse outra vez para lhe fazer se sentir mal como castigo.

Ela levantou da cama e foi direto ao banheiro realizar sua higiene matinal, aproveitou para tomar um banho rápido e saiu do banheiro enrolada na toalha.

Quando pisou o pé fora do banheiro se deparou com Tzuyu sentada na cama, observando-a.

_Bom dia - disse calmamente, analisando a garota de cima a baixo. Mesmo com uma toalha, Sana se sentiu completamente despida sob o olhar dela.

_Bom dia... - ela ficou desconcertada por um momento observando as feições delicadas de Tzuyu sob os finos raios de sol da manhã que emanavam da janela semi-aberta do quarto. - Precisamos conversar.

_Terei uma reunião hoje à noite e quero que você me acompanhe - interrompeu ela ignorando-a completamente fitando-a com um olhar decido.

_Quer que eu te acompanhe? - Sana parecia ligeiramente surpresa

_Sim, não entendo sua surpresa, não decidimos que você comandaria as coisas comigo?

_C-Comandar?!

_Sim, ou você acha que eu deixaria alguém além de mim lhe dar ordens?

_Eu...eu...espera, você tem certeza disso?

_Esteja pronta às 20:00

Tzuyu se levantou e andou em direção à porta. Sana havia percebido o tom frio na sua voz, isso significava que ela ainda estava magoada.

Sana rapidamente a alcançou antes dela girar a maçaneta da porta e a abraçou por trás.

_Me desculpa, eu fui longe demais ontem, não quis...

_Esqueça isso - ela retirou os braços de Sana ao redor dela cuidadosamente. - Só esteja pronta quando eu vier te buscar, ok?

_Você vai sair?

_Vou ficar o dia todo fora, se precisar de alguma coisa ligue para a Chaeyoung, apenas para ela

_Certo...

_Ah, e não saia do quarto na minha ausência, será que pode fazer isso por mim?

Sana balançou a cabeça positivamente.

Tzuyu passou pela porta e Sana apertou o tecido da toalha sob seu busto com força.

Algo dizia que aquele “tudo bem” foram apenas palavras vazias, ela ainda não havia lhe perdoado. Em algum momento ela teria que esquecer aquilo, nunca soube de fato se Tzuyu era do tipo que guardava rancor e não queria descobrir isso tão cedo.

De qualquer forma estava ansiosa em relação à essa tal reunião, parecia ser algo importante para Tzuyu e Chaeyoung terem passado a noite em claro naquela sala, e se o universo estivesse conspirando ao seu favor, ocorreria tudo bem.

Ela se trocou rapidamente e teve a sensação de estar se esquecendo de alguma coisa. Olhou para um pequeno criado ao lado da sua cama e mirou seu telefone repousado sobre ele. Ela pegou o objeto e o ligou pela primeira vez desde que chegara lá, olhou o visor e se surpreendeu com as notificações de mais de 100 ligações perdidas de Dahyun. Sana bateu em sua própria cabeça se amaldiçoando por não ter ligado para a amiga. Haviam algumas várias mensagens não lidas de Jihyo, outras 3 ligações de Mina acompanhadas de 4 mensagens perguntando exatamente a mesma coisa:

Onde você está???? Porque sumiu assim???? Me ligue quando puder. Mina

Ela decidiu ignorá-la e discou o número de Dahyun, achava que tinha a obrigação de dar satisfações à amiga já que ambas viviam a maior parte do tempo juntas antes de se mudar. Ela esperou a chamada ser completada, não demorou muito até ouvir o barulho de uma respiração pesada do outro lado da linha.

_Alô?! Sana?! - a voz afobada de Dahyun fez Sana rir

_Eaí!

_Como assim "eaí"? Oh meu Deus você consegue falar! Não estou acreditando como é possivel?!

_Não sei, eu só mexo a boca e as palavras saem, o que eu posso fazer?

_Não brinca comigo! Garota estou a três dias sem notícias suas! Como está? Porque sumiu assim? Está tomando seus remédios? Como foi que melhorou?

_Ei, ei calma! Para que essa curiosidade toda?

_Eu vou te bater se você não me responder

_Relaxa eu tô bem demais até, a casa da Tzuyu é incrível você precisa ver

_Tzuyu...ouça Sana, você precisa saber de algumas coisas sobre ela

_Tá, tá, você pode me contar isso pessoalmente daqui a pouco

_Como é?

_Vamos nos encontrar, não é óbvio?

_Ah...claro, porque não pensei nisso antes?

_Te encontro na frente do café

_Na frente do café? Mas...

Sana desligou o telefone, e se apressou em sair. Começou a cantarolar enquanto recolhia alguns objetos para colocar na bolsa e deu uma última olhada no espelho e piscou para o seu próprio reflexo. Nunca se sentira tão confiante antes como naqueles últimos dias, era como se alguém tivesse renovado suas energias, quem quer que tenha feito isso ela seria grata à essa pessoa pelo resto da vida.

Ao tocar a maçaneta da porta, a voz de Tzuyu invadiu sua cabeça em forma de alerta:

Ah, e não saia do quarto na minha ausência, será que pode fazer isso por mim?”

_Desculpa Tzuyu - disse para si mesma na tentativa de afastar a culpa.

Ela abriu a porta vagarosamente e espiou o corredor. No final dele havia dois homens cochichando e olhando desconfiados para os lados. Ela não conseguiu reconhecê-los pois se encontravam demasiadamente afastados. Sana mordeu o lábio inferior e esperou, não demorou muito até que ambos saíssem deixando o caminho livre. Ela se esgueirou pelos corredores seguintes sorrateiramente e saiu da casa sem grandes dificuldades, a não ser pelo jardineiro que por pouco conseguiu avistá-la e já que não a conhecia a abordou.

_Como assim você não sabe quem eu sou? - disse em tom ligeiramente ofendido

O jardineiro largou a pá em um canto que até então estava utilizando para abrir um grande buraco na terra para plantar uma grande muda de árvore.

_Eu acho que me lembro de você fazendo bagunça com as minhas plantas outro dia, mas fora isso não ouvi a madame citar sobre ninguém novo na propriedade

_Mas que abuso da sua parte! Eu sou uma pessoa muito próxima da Tzuyu, e quer saber de uma coisa? Eu vou contar tudinho sobre a sua insolência para ela quando nos encontrarmos da próxima vez...ah, por falar nela, olha ela ali!

Sana apontou para atrás do jardineiro que olhou com uma cara de espanto procurando Tzuyu. Sana rapidamente aproveitou a distração do homem e o derrubou com um golpe na cabeça. O jardineiro caiu desacordado no chão e ela verificou ao redor se não havia ninguém por perto que tenha visto aquilo. Ela o empurrou para dentro do buraco e despejou toda terra retirada em um carrinho de volta enterrando-o por inteiro.

Quando terminou, arrancou uma linda rosa vermelha do canteiro ao seu lado e a enfiou na terra recém amontoada. Ela sorriu se sentindo orgulhosa da sua “obra de arte” e olhou para o relógio e percebendo que estava muito atrasada. Seu sorriso logo se desmanchou e ela tratou logo de se apressar caso contrário poderia ser vista por alguém e era certo de que Tzuyu seria avisada e no fim de tudo deixaria Dahyun a esperando à toa.

Ela chegou ao portão e não teve dificuldades ao passar, já que o porteiro já a conhecia e mesmo que desconfiado, abriu o grande portão dando lhe passagem depois de Sana insistir que queria ir a padaria comprar rosquinhas por conta própria.

Ela esperou estar afastada o suficiente da propriedade para chamar um taxí, que rapidamente veio ao seu encontro. Ela o pagou com alguns trocados quando chegaram ao seu destino, e o taxista com cara de apaixonado aceitou as moedas de bom grado.

Sana desceu do veículo com sua saia completamente amarrotada e com o nariz irritado pela fumaça do cigarro do taxista. Lembrou-se de nunca mais pegar um taxi  na vida outra vez.

Pela primeira vez, ela olhou para o lugar onde deveria estar a cafeteria em que antes trabalhava e encontrou uma construção nova inacabada no lugar. Sana olhou para os lados imaginando para onde o estabelecimento deveria ter se mudado mas alguém a abraçou por trás.

_Eu teria te contado se você não tivesse desligado o telefone na minha cara

Sana se virou e deparou com uma Dahyun sorridente lhe observando com expectativa. A garota não tardou em abraçá-la novamente, dessa vez quase a sufocou.

_Olha só para você! Não está mais com cara de morta e nem fazendo sons estranhos!

_Você também está ótima, obrigada pela preocupação

_O que aconteceu para você ter voltado ao normal?

_Se soubesse te contaria, mas por hora não quero falar sobre isso

_Entendo, deve ser difícil para você relembrar sobre o que aconteceu no café naquele dia, confesso que ainda sonho com aquilo

_Por falar em café, o que aconteceu? - disse apontando para a construção às suas costas

_Fechou, o dono morreu e o lugar estava praticamente falido

_E a Jihyo? Para onde foi? 

_Ah, está trabalhando em um restaurante não muito longe daqui

_Que bom que ela conseguiu se arranjar, e você como anda se virando sem mim?

_Melhor do que eu esperava, vou sair do apartamento

_Para onde vai?

_Vou morar com a Jihyo, ela concordou em sustentar nós duas, achou que seria melhor do que eu interromper meus estudos levando em conta que eu não tenho nem um currículo decente para arranjar um emprego

_Sinto muito que isso tudo está acontecendo por minha causa, não foi minha intenção

_Não foi sua culpa, e sim da megera da Tzuyu

Sana piscou os olhos repetidas vezes confusa sobre o que tinha acabado de ouvir. Desde quando Dahyun odeia a Tzuyu?

_Como?

_Escuta Sana, você precisa se livrar dela, é sobre isso que eu queria falar com você, naquele dia na cafeteria...

_Ah, eu já sei

_Quê?! E mesmo assim continua naquela casa?

_E porque não? Ela salvou vocês duas, não?

Dahyun arregalou os olhos e se afastou, ficando um passo de distância da amiga.

_Ela fez uma lavagem cerebral em você, só pode

_Pelo amor de Deus, se não fosse por ela eu nem estaria aqui, e para começo de conversa se eu tivesse escutado ela desde o começo não estariamos passando por tudo isso

_Mas ela não presta!

_E daí? Eu também não

Dahyun franziu o cenho e olhou para Sana como se ela estivesse usando uma enorme melancia na cabeça.

_Eu não acredito no que eu estou vendo! - Sana ouviu uma voz meiga vinda da sua direita e ao se virar se deparou com Mina correndo em sua direção. Ela pulou em seus braços quase a derrubando e por pouco não desequilibrou Dahyun também.

_Eu adoro quando a gente se esbarra assim sem querer - disse Mina sorrindo de forma radiante - por um momento eu achei que você tinha morrido

_Ainda bem que você estava errada - disse Sana, retribuindo o sorriso - como você está? E a Momo?

_Estamos bem, obrigada - Momo apareceu de repente ao seu lado, estava mais elegante do que Sana se lembrava. - É uma surpresa vê-la por aqui, fiquei sabendo que sofreu um acidente grave

_Oh, sim...acidente, claro, foi horrível

Dahyun deu um peteleco em Sana que lhe lançou um olhar de censura

_Olá, Dahyun, não tinha te visto - Momo a cumprimentou e Mina copiou o gesto. - vejo que as duas estão aqui para apreciar o surgimento do meu mais novo negócio

_Oi?

Momo apontou orgulhosamente para a construção.

_Você comprou o lugar? - Exclamou Dahyun com um ar surpreso

_Sim, será outra filial, acho que fica pronto daqui a algumas semanas, viemos aqui justamente para ver como a obra estava andando

_Nossa, você é bem rápida em questão de negócios

_Sempre, eu nasci para isso. A propósito, como é o nome daquela sua amiga que trabalhava aqui? Perguntei à Mina e ela me disse que não se lembrava

_Jihyo

_Essa mesma, diga a ela que quando o lugar ficar pronto ela pode vir trabalhar aqui, sei que fica mais perto da casa dela então pensei que facilitaria as coisas

_Sério mesmo?! - Dahyun parecia espantada e ao mesmo tempo admirada

Momo sorriu e entrelaçou seus dedos com os de Mina.

_Sim

_Momoring é muito generosa, por isso que eu amo ela - Mina deu um beijo estalado na bochecha de Momo que corou.

Sana sorriu e Dahyun fez uma cara engraçada. Depois de acertar algumas coisas relacionadas a construção, Momo levou todas elas de carro até o boliche um pouco afastado do centro da cidade. Se Sana soubesse que seria tão divertido teria procurado Dahyun antes, era bem melhor do que ficar sozinha naquela mansão fantasmagórica. Apesar de estar se divertindo como nunca sentiu falta de Tzuyu, teve certeza de que se a garota estivesse ali com ela seria bem melhor. Ao pensar nisso ela se lembrou de algo que em hipótese alguma deveria ter esquecido.

_Que horas são? - perguntou a Mina que observava Momo fazer um Strike com empolgação nos olhos.

_19:40

_Strike!!! - Momo gritou indo ao encontro de Mina e a erguendo no ar em comemoração.

_Meu Deus, eu preciso ir

_Quer que eu te leve?

Sana nem ao menos ouviu Momo lhe oferecer uma carona. Enquanto atravessava o hall as pressas, avistou Dahyun carregando vários copos de refrigerante com dificuldade e lhe deu um breve aceno de cabeça ignorando o semblante confuso da garota.

Quando pisou o pé fora do lugar, percebeu que havia três carros pretos parados em sua frente, e escorada no veículo do meio, de braços cruzados, estava Tzuyu lhe observando com um olhar carrancudo.

Sana se aproximou dela como um cachorrinho com o rabo entre as pernas.

_Como me encontrou?

_Acreditaria se eu dissesse que este é o último lugar em Seoul em que eu não procurei?

_Olha, eu não tive a intenção de...

_Eu não estou brava com você, realmente cheguei a conclusão de que não posso te impedir de ir onde quiser e muito menos fazer o que quiser, mas custava ter me avisado?

_Você não iria gostar se soubesse onde eu estava indo

_E desde quando você se importa com isso? Sabe que eu te acompanharia aonde quer que fosse, não sabe?

Sana assentiu e não foi capaz de olhá-la nos olhos. Se Tzuyu já estava decepcionada com ela antes, agora deveria estar odiando-a. Ao contrário do que esperava, Tzuyu aproximou seus rostos com as mãos e a beijou delicadamente. Os braços de Sana se fecharam em volta do pescoço dela e suas mãos apertaram firme a cintura da garota contra seu corpo. Ela finalizou o beijo em meio a um sorriso, e Sana teve certeza de que não importava se acabara de ter a melhor tarde da sua vida, nada se comparava a fazer as pazes com Tzuyu.

_Eu fiquei preocupada, droga, você nem imagina as coisas que eu pensei que poderia ter acontecido com você quando eu cheguei em casa e não te encontrei lá

_Eu perdi a hora

_Acredite, eu sei muito bem disso, agora vamos entrar, temos uma reunião para ir hoje à noite, esqueceu?

Tzuyu abriu a porta do carro para Sana entrar e logo em seguida entrou no veículo.

_Com quem estava?

_Com a Mina,Momo e Dahyun

_Ah, Dahyun - Tzuyu parecia ter engolido algo extremamente amargo ao pronunciar o nome da garota.

_Eu ainda não entendi porque de uma hora para outra vocês passaram a se odiar

_Longa história, depois te conto 

Sana sorriu e balançou a cabeça negativamente.

_Além disso, vou ignorar o fato de que você tentou enterrar o meu jardineiro vivo 

_Quê?! Como soube?

_Câmeras de segurança, minha casa é cheia delas, você deveria saber que nunca poderia ter saído de lá sem ser vista

_Foi mal, ele está bem?

_Não precisa fingir que está preocupada caso contrário não o teria golpeado na cabeça

_Foram os...impulsos

_Sei 

Tzuyu começou a rir e Sana lhe deu um soquinho no ombro.

_A propósito, pode fazer um favor para mim? 

_E qual seria?

_Quero que você vá com aquele vestido que comprou no shopping

_Claro, mas porque logo aquele? - disse em um tom malicioso

Tzuyu aproximou sua boca da orelha de Sana e sussurou:

_Você fica gostosa pra caralho usando ele - em seguida deu uma leve mordida no lóbulo da orelha da garota que se encolheu.

_Tem certeza de que precisamos mesmo ir à essa reunião agora?

Tzuyu riu e entrelaçou seus dedos com os dela firmemente.

_Sim, e quem sabe depois podemos ir fazer alguma coisa que seja...interessante para nós duas, o que acha?

_Sou toda sua - Sana mordeu o lábio inferior, e ao ver aquilo, Tzuyu começou seriamente a repensar na urgência daquela reunião.

                          * * *

Sana aparentava estar nervosa quando chegaram ao local. Suas mãos tremiam levemente e ao perceber isso, Tzuyu lhe deu um beijo nas costas da sua mão e com apenas um olhar lhe garantiu que as coisas iriam ocorrer bem.

No hall de entrada do prédio luxuoso, Tzuyu e Sana tiveram que deixar qualquer tipo de objeto que poderia ser letal em um recipiente guardado por um homem de terno que parecia estar bastante assustado. Medidas de segurança como esta era comuns em reuniões que envolviam pessoas poderosas para evitar conflitos armados em um ambiente como aquele. 

Elas foram sozinhas até o elevador, que parou na cobertura do prédio onde havia um longo corredor com apenas uma porta. Tzuyy parou em frente à ela e acariciou carinhosamente os cabelos de Sana que olhava fixamente para o lugar. Sem mais delongas, ela abriu a porta e as duas entraram juntas.

Tzuyu assumiu novamente seu ar de superioridade e com a mão repousada na cintura de Sana, se dirigiram até a grande mesa que se encontrava no centro da grandiosa sala. Rapidamente todos os olhares do lugar se voltaram para elas, afinal Tzuyu era a mais aguardada daquela reunião.

Havia cerca de quatro homens e cinco mulheres sentados confortavelmente em suas respectivas cadeiras, ambos trajados formalmente. Não se deixaram intimidar pela presença de Tzuyu já que não paravam de murmurar entre si um segundo se quer. Tzuyu puxou uma cadeira para Sana se sentar e ela agradeceu a gentileza com um gesto de cabeça, logo depois a mais nova se sentou ao seu lado.

De repente, um silêncio imediato preencheu a sala. Tzuyu limpou a garganta e olhou para Sana, que parecia estar um poço de nervosismo já que não parava de balançar seus pés por baixo da mesa.

_Seja bem vinda novamente, Tzuyu - disse um homem robusto de cabelos brancos e longos com um notável sotaque espanhol.

_Muito obrigada, Sanchez, é uma honra vê-lo novamente - ela olhou ao seu redor mais uma vez percebendo os olhares de indignação sobre ela - todos vocês, na verdade

_Posso saber quem é ela? - uma mulher ruiva cujo nome era Yeri se pronunciou em um tom arrogante.

Tzuyu levantou uma sobrancelha e retornou seu olhar a Sana. Ela sorriu e pousou a mão sobre a perna da garota por baixo da mesa.

_Ela é minha acompanhante, na verdade bem mais do que isso

Sana e Tzuyu conectaram seus olhares e por um momento esqueceram-se de que estavam em uma reunião.

_Não acho que seria uma boa ideia deixá-la participar-

_Eu decido onde a minha mulher irá permancer - disse fria e seca. Houve um pequeno murmúrio e a mulher ruiva revirou os olhos e permaneceu calada.

_Podemos ir direto ao assunto certo? - Sanchez abriu sua pequena mala e retirou de lá alguns papéis e os atirou em cima da mesa. - Está aqui os prejuízos do último mês, Tzuyu, creio eu que você já arranjou um jeito de reverter essa situação, afinal para que outro motivo reuniria todos nós aqui?

Tzuyu esticou o pescoço tentando ler o que estava escrito nas letrinhas miúdas do papel e logo depois abaixou a cabeça fazendo uma cara de tédio.

_Olha, a culpa não é minha...

_Como tem a coragem de dizer isso?! - Sooyoung exclamou, irritada. Seu rosto estava tão vermelho quanto seus cabelos.

_Você é a ponte que sustenta os nossos negócios, se você ruir nós todos caimos, não finja que não tem nada a ver com isso.

_Escutem aqui, eu posso reverter essa situação, só preciso de um pouco de tempo, apenas confiem em mim...

_Não podemos - interrompeu um homem magricela na ponta da mesa - seria arriscado demais, infelizmente você não se mostrou digna de nossa confiança, nossa estabilidade está abalada

_Mas eu estou sofrendo ataques! Vocês sabem muito bem disso

_Sim, eu ouvi falar - disse Sanchez coçando a barbicha - e devo ressaltar que estou curioso quanto a essa sua “adversária”

_Ela está assumindo o controle - disse Sooyoung, estava visivelmente se esforçando para não sorrir.

_Não, ela não irá assumir droga nenhuma enquanto eu estiver viva

_Creio que até sobre isso não pode nos dar nenhuma garantia, já que até agora seus esforços não valeram de nada.

Sana sentiu um aperto na sua perna direita.

_Você está certa, Sooyoung, a propósito como vai o estovo do prefeito? Vi vocês dois conversando na confraternização outro dia, o papo dos dois parecia estar bastante agradável ao meu ver

_Isso.Não.Lhe.Interessa - disse entredentes

_Isto já está passando dos limites, esse assunto não tem nada a ver com o propósito dessa reunião - disse Sanchez em meio a uma tosse proposital

_Mas vocês tem que admitir que eu tenho razão! Nossa economia está caindo demais desde que tudo isso começou, temos que tomar providências.

Todos na mesa pareciam ter concordado.

_O que estão querendo dizer com isso?

_Não é nada pessoal, Tzuyu, mas veja o nosso lado, somos todos mulheres e homens de negócios, temos nossos próprios interesses

Todos presentes na mesa balançaram a cabeça exceto Sana e Tzuyu.

_Não vamos continuar apostando em algo que pode ameaçar nossas empresas, iremos obviamente, atrás de algo que nos dê segurança

_Estão querendo dizer que irão desfazer a nossa aliança?

Todos ficaram em silêncio. Tzuyu estava incrédula.

_Se fosse competente isto não aconteceria - bradou a mulher ruiva de braços cruzados

Sana fechou os punhos, Sooyoung estava começando a dar-lhe nos nervos.

_Não podem fazer isso! Vocês sabem muito bem que eu posso me reerguer, lembrem-se de quem eu sou filha!

_Chou Yi-Cheng ficaria amargurado se estivesse vivo, imagina só, ver sua própria filha arruinando o império que sua família sustentou durante decadas, que decepção

Tzuyu abriu e fechou a boca seguidamente em busca do que falar, mas por fim se calou, no fundo pensava a mesma coisa.

_Não fale como se soubesse de algo sobre a família dela - disse Sana sombriamente

_E quem é você afinal? Olhe aqui eu posso muito bem falar o que eu quiser e...

Sana ergueu o olhar para a mulher, que se calou imediatamente ao perceber seu olhar ameaçador. Tzuyu também percebeu e tratou logo de acalmar a garota.

_Tudo bem Sana, ela está certa, não precisa ficar assim

_Não, ela não está! Você é uma pessoa incrível e competente, não acredite em nada que esses velhos caducos dizem

_Que insolente, Tzuyu eu sugiro que você controle esta menina - disse Sanchez em tom visivelmente irritado.

_Era de se esperar que você estivesse na companhia de um tipinho desses, francamente, você nunca esteve tão abaixo, eu sinto pena

Sana se enfureceu de vez e empurrou Tzuyu para sair do seu caminho e partiu para cima da mulher. Ela a jogou sobre a mesa e subiu em cima dela arranhando seu rosto com suas unhas. Todos ao redor se afastaram e uma confusão tomou conta do lugar. Uma mistura de gritos e exclamações de horror prencheram o lugar enquanto sana tentava esfolar a mulher com suas próprias unhas. Tzuyu conseguiu tirá-la de cima da ruiva e segurou Sana firmemente pelos braços

_Matem-na! - berrou Sooyoung com o rosto banhado em sangue.

Dois grandalhões se aproximaram mas Tzuyu sacou uma pequena arma e apontou para eles.

_Toquem um dedo nela e eu acabo com a raça de todos vocês

_Ainda teve a coragem de vir armada para uma reunião como esta! - gritou o homem magricela em tom acusador apontando o dedo para Tzuyu.

De repente um longo silêncio se acomodou no lugar, era possível ouvir a respiração ofegante de Sooyoung e os olhares de reprovação caiam em cima das duas como bigornas.

_Vejo que chegamos a uma conclusão - Disse uma das mulheres ali presentes.

_Até nunca mais, Tzuyu - disse Sanchez acenando uma das mãos e saindo pela porta de trás.

_Você está morta - berrou a mulher apontando o dedo para Sana e depois se retirando com as mãos cobrindo o rosto. Tzuyu fechou os olhos e suspirou completamente derrotada.

_T-Tzuyu...eu

_Vamos para casa.

                           * **

Já passava das 2:00 da manhã e Tzuyu ainda não tinha conseguido pregar o olho revivendo várias vezes a cena da briga com Sana algumas horas atrás quando sairam o fiasco que tinha sido aquela reunião. 

Está tudo arruinado, eu sabia que isso nunca daria certo”

“Você queria que eu deixasse aquela desgraçada ofender você daquele jeito?!”

“Quem se importa com o que aquela mulher diz enquanto havia milhares de coisas em jogo naquela reunião?!”

“Eu me importo! Se você quisesse mesmo tomar as rédeas da situação não deixaria que ela te tratasse daquela forma”

“Pare de dizer as coisas como se soubesse de algo!”

“Você mesma disse que estariamos juntas nisso a partir de agora mas continua me tratando como uma pessoa ingênua”

“Talvez achar que você seria capaz de se comportar tenha sido o meu erro!”

Depois disso Sana apenas a deixou falando sozinha e se trancou em um quarto de hóspedes. Tzuyu estava irritada e ao mesmo tempo preocupada, queria ligar para Chaeyoung mas lembrou-se de que a garota tinha ido viajar naquela mesma noite. Estava com uma Sana furiosa dentro de casa e um império se desmoronando a sua volta e por hora estava por conta própria. Pela primeira vez desejou que seu pai estivesse vivo para aconselhá-la sobre o que fazer. Rapidamente repeliu seu pensamento imaginando que deveria estar extremamente desesperada para pensar em algo como aquilo.

Tentou fechar os olhos novamente, e por um milagre estava caindo no sono aos poucos. 

Até que houve um chiado alto vindo de um rádio - comunicador perto de sua cama.

Tzuyu rapidamente saltou da cama e correu até o criado onde o objeto estava. Ela apertou o botão e repondeu ao chamado:

_Estou ouvindo...

_CHEFA! A PROPRIEDADE FOI INVADIDA, ESTAMOS SENDO ATACADOS! REPITO, ESTAMOS SENDO ATACADOS!


Notas Finais


Minha próxima semana ainda continuará apertada então não sei ao certo quando irei atualizar novamente :(
Mas quando tudo estiver tranquilo outra vez podem ter certeza vai ter capítulo novo.
O próximo capítulo é particularmente um dos mais emocionantes que eu já escrevi, então desde já eu digo para prepararem o coração porque aí vem bomba e altas revelações.
Até a próxima semana(ou não), beijos!!!


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