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História Psycho Love (SaTzu) - A Fuga


Escrita por: Satellar

Notas do Autor


Olá meus amores, voltei com outro capítulo!!!!
Muito obrigada pelos +300 favoritos, confesso que fiquei SHOOK, além disso fico muito feliz que estão gostando da fic
Perdão pela demora rsrsrs mas quem é vivo sempre aparece né?
Preparem-se para um capítulo repleto de ação e aproveitem!

Capítulo 26 - A Fuga


_O-o quê?! Como ousa...

_O que é isso? Parece que estou vendo uma carinha de confusão além da típica expressão de fracassada, estou correta?

Tzuyu não respondeu, continuou fitando-a com os dentes cerrados.

_Quer que eu te explique alguns detalhes antes de te matar?

_Poupe suas palavras, eu não quero ouvir nada vindo de você! - cuspiu Tzuyu.

Momo suspirou, contou até três mentalmente enquanto massageava suas têmporas e por fim esboçou um leve sorriso. Sem aviso prévio, ela agarrou Tzuyu com força pelos cabelos e a arrastou cruzando o enorme salão com a garota aos berros tentando inutilmente se soltar. Momo largou Tzuyu contra a parede onde bateu as costas com violência soltando um gemido de dor logo em seguida.

_Acabei de decidir que vou contar, então fique quietinha aí, e preste atenção enquanto eu falar.

Tzuyu pensou em protestar, mas decidiu ficar calada pois no fundo desejava esclarecer algumas coisas a respeito.

_Para começar, saiba que nós iremos tomar o controle de Seoul a partir deste momento

_“Nós”?

_A máfia japonesa, é claro

Tzuyu arregalou os olhos. Todo esse tempo estava lidando com a máfia japonesa? Ela sabia que existia uma rivalidade entre chineses e japoneses há séculos mas nunca achou que as coisas um dia chegariam a esse ponto. Além disso, ela sempre soube que de alguma maneira eles estavam envolvidos na morte do seu pai, mesmo tendo negado inúmeras vezes qualquer envolvimento.

_Surpresa? Confesso que pelo que ouvi de você achei que seria mais esperta. Chou Tzuyu, a filha do grande Chou Yi-Cheng, que lástima

Tzuyu fechou os olhos, aquela frase nunca fora dita com tanta frequência em tão pouco tempo antes, e em todas as vezes sentia algo estranho no seu estômago, uma angústia que nunca parecia ter fim. Apesar de sua fama de inatingível, no fundo ela sempre se sentia de alguma forma insuficiente em comparação a seu pai, sendo cobrada constantemente por isso já que passara a vida inteira vivendo na sombra do mesmo

_Aposto também que você quer saber como irei fazer isto...ou melhor, como já fiz.

Momo caminhou até uma estante quebrada e retirou de lá uma garrafa de uísque completamente rachada, porém ainda inteira.

_Vamos aos fatores principais: consegui construir vários restaurantes pela cidade, expandi meus negócios, apesar de você ter causado aquele incidente desnecessário com meu ramo mais promissor. - Momo abriu a garrafa e pegou um copo com uma parte da borda superior quebrada e soprou dentro do objeto.

_De qualquer forma, a maior parte da economia de Seoul pertence a mim agora, adquiri vários aliados graças a isso, afinal esses ratos coreanos só se interessam por dinheiro não é mesmo? - ela despejou o liquido de forma que apenas 1/4 do copo foi preenchido.

-Não foi difícil comprar a grande maioria dos que diziam ser leais a você até a morte, ainda mais com 50 milhões a mais na minha conta

Tzuyu juntou as sobrancelhas em completa confusão, o que ela estava querendo dizer com aquilo?

_Como você teve acesso a esse dinheiro todo? O Jackson entregou a você? Ou foi o Mark?

_Eu matei Jackson Wang e ganhei de brinde o dinheiro que ele estorquiu de você, não é incrível? Parece até que o universo está conspirando ao meu favor

_Oh, então foi isso

_Me lembro perfeitamente do desgraçado ajoelhado aos meus pés implorando para que eu o deixasse viver "por favor por favor a Tzuyu quer me matar me ajude eu faço qualquer coisa" - disse numa tentativa debochada de imitar a voz do Jackson.

Sehun emitiu um som nasal achando graça na imitação de sua chefe e logo foi repreendido por Jeongyeon.

_Deixa eu adivinhar, Sehun foi uma das suas aquisições da sua preciosa coleção? - perguntou olhando diretamente para seu ex-subordinado.

_Não, ele esteve comigo desde o início, e só facilitou as coisas se infiltrando aqui

Tzuyu sorriu e balançou a cabeça negativamente.

_O que foi?

_Máfia japonesa - Tzuyu riu sem humor - você se deu o trabalho de vir até a Coreia só para acabar comigo? O que você ganha com isso?

Momo forçou uma risada tão alta que Tzuyu jurou ter visto o copo de vidro em suas mãos vibrar. Ela se ajoelhou no chão frente a frente com a garota outra vez sustentando seus olhares de forma intensa.

_Nada é mais satisfatório do que ver a Coreia sob meus pés, é óbvio que esse desejo não surgiu de mim, você sabe muito bem de que nunca fomos com a cara um do outro quando o assunto são negócios

_Meu pai deveria ter acabado com vocês quando teve a chance - cuspiu ela

_É uma pena que ele tenha sido encurralado e morto antes mesmo de pensar em fazer isso - ela se levantou e sorriu.

_Espera! Está insinuando que vocês tiveram algo a ver com isso?! - Tzuyu rosnou, mantendo sua postura rígida.

_Sim - respondeu ela como se fosse a coisa mais óbvia do mundo - Acha mesmo que iríamos ficar de braços cruzados vendo a Coreia e a China se unirem bem embaixo do nosso nariz?

_Senhora...- Jeongyeon lembrou pela primeira vez de que ainda estava ali - desculpe interrompê-la mas precisamos ir, temos compromissos caso ainda se lembre

Tzuyu tentou se levantar mas pensou que talvez seria má ideia, seu maior desejo agora era matar Momo com suas próprias mãos e fazê-la pagar com a vida por tudo que tinha feito, mas naquele momento o mínimo que iria conseguir era uma bala no meio da testa.  Agora estava tudo claro em sua cabeça, tudo aquilo era fruto de uma interminável rivalidade entre as organizações criminosas dos dois paises mais promissores da Ásia, uma guerra indireta começada há muito tempo que acabou com a Coreia envolvida já que a mesma tinha escolhido o seu lado. De acordo com que seu pai lhe explicara uma vez, o Japão nutria um imenso ódio pela Coreia pelo simples fato da mesma nunca ter aceitado subordinar-se a ele, assim como a China, os dois países se encontravam no topo da lista negra da máfia japonesa por décadas. Tudo piorou quando a máfia chinesa resolveu mudar-se para lá com o consentimento do país, assim ficou nítido  a formação de uma espécie de aliança que na visão dos japoneses era inaceitável. Durante muito tempo eles nunca tomaram uma atitude se quer, mas agora com Momo no comando, eles finalmente decidiram agir.

Permanecendo ali sentada, com todos os músculos do seu corpo doendo, sangue escorrendo pela lateral do seu rosto e um desejo de vingança maior do que sua vontade de se reerguer, Tzuyu fez uma promessa:

Caso Sana e ela saíssem vivas dali, não descansaria um segundo se quer até ter a cabeça de Hirai Momo pendurada na parede da sua sala como um troféu.

Tzuyu olhou para cima. Sana ainda estava lá e precisava de sua ajuda. Não havia espaço para pensamentos pessimistas em sua cabeça, apenas queria resgatá-la pois de alguma forma sabia que a garota ainda estava viva. Ela sentia isso. Sem Sana, ela não poderia levar seu plano adiante, pois ela se tornou uma espécie de porto-seguro para Tzuyu e também sua mais nova fonte de energia.

Tzuyu não tinha condições de revidar. Sua pior inimiga estava ali na sua frente com a sua vida em mãos esperando o momento certo para tirá-la de jogada de uma vez por todas para limpar seu caminho. Havia sido traída descaradamente e seu império transformado em ruínas e estava longe da pessoa que mais amava naquele momento. O que mais lhe restava para continuar?

“Talvez assim seja melhor” pensou ela.

“Talvez eu não mereça viver”

“Talvez eu não mereça amar”

Ela fechou os olhos e uma lágrima escorreu atrevidamente pelo seu rosto.

Estava tudo acabado?

Esse era seu destino?

_Ah, claro, claro acabei me esquecendo...Tzuyu querida, se importa de acabarmos logo com isso? Tenho várias coisas importantes para fazer

Tzuyu abriu os olhos transbordados de ódio e dor e encarou Momo.

_Tenho nojo de você

_Não se preocupa querida, é recíproco

Jeongyeon entregou uma arma para Momo que ao recebê-la apontou diretamente para o rosto de Tzuyu.

_Últimas palavras?

_Vai se foder

Seu dedo foi de encontro ao gatilho.

Houve um barulho.

Mas este não parecia de tiros, muito menos veio da arma de Momo.

Parecia com um barulho de um motor, ficando cada vez mais alto ao passar do tempo.

_O que é isso? - perguntou Jeongyeon olhando para cima em busca da origem do barulho de motor. Momo fez o mesmo.

_Não importa! Tenho que acabar logo com isso! - insistiu Momo tentando ignorar o barulho cada vez mais ensurdecedor ao voltar sua atenção para Tzuyu.

Então ela apertou o gatilho.

Porém, o tiro passou de raspão na bochecha de Tzuyu já que Jeongyeon havia pulado para salvar momo de uma chuva de tiros vinda do céu.

Tzuyu se encolheu e cobriu o rosto com os braços para evitar que os pedaços do teto de gesso que caíam ao ser metralhado machucasse seu rosto.

_O que está acontecendo? - a voz amedrontada de Sehun sobressaiu ao barulho do teto desabando aos poucos.

Tzuyu se arrastou com dificuldade até a os primeiros degraus da escada onde os tiros não haviam acertado o teto ainda. Momo e Jeongyeon acabaram sumindo no meio da confusão e desepero de seus capangas que corriam de um lado para outro como baratas tontas.

Tzuyu começou a subir as escadas de bruço quando sentiu seu pé ser segurado puxado para trás impedindo-a de continuar. Sehun estava puxando seu tornozelo com violência e parecia não se importar em tudo estar desabando ao seu redor.

_Me larga seu desgraçado! - Tzuyu chutou seu rosto de Sehun mas não pareceu surtir efeito algum, já que o mesmo não se abalou por isso.

_Você não vai a lugar algum!! - ele agora puxava o pé dela com as duas mão enquanto Tzuyu se agarrava no corrimão como se sua vida dependesse daquilo, o que não deixava de ser verdade.

Para sua surpresa, houve uma enorme explosão e metade do teto desabou em cima de várias pessoas, e lá em cima Tzuyu pôde enxergar um helicóptero com uma metralhadora acoplada em seu exterior.

E sentada nela, estava Chaeyoung.

Ela atirava sem piedade em tudo que via na sua frente, as vezes tinha medo que por causa da fumaça que dificultava sua visão acertasse Tzuyu por engano, apesar de ainda não ter certeza se ela ainda estava viva.

_Chaeyoung!!! Chaeyoung!! - Tzuyu gritou enquanto tentava se desvencilhar de Sehun, nesse momento um fragmento de gesso caiu em cima do rosto dele fazendo com que sua face parecesse uma batata amassada toda ensanguentada.

_Chaeyoung!!! - Tzuyu não desistiu e depois de acertar outro chute nele, conseguiu fazer com que Sehun parasse de segurar seu pé com um dos braços. Além disso, conseguiu finalmente chamar a atenção de Chaeyoung.

Sem pensar duas vezes, ela virou a pesada metralhadora mirando diretamente em Sehun e respirando profundamente antes de gritar:

_SOLTA ELA SEU TRAIDOR DESGRAÇADOOO!!!

Em seguida uma chuva de tiros atingiu o corpo frágil de Sehun, que prontamente caiu no chão com tantas perfurações que parecia uma peneira.

Tzuyu continuou subindo as escadas, dessa vez com mais motivação que antes uma vez que tinha um helicóptero equipado com uma metralhadora do seu lado.

_Onde você vai?!?! - gritou Chaeyoung

Ela não obteve resposta, mas no mesmo instante pode deduzir exatamente para onde Tzuyu estava indo.

_O que vamos fazer agora? - perguntou uma garota de longos cabelos pretos e levemente ondulados nas pontas. Tinha traços extrangeiros e ocupava o assento do piloto no helicoptero.

_Esperamos ela voltar, enquanto isso vou meter bala neles! - respondeu Chaeyoung retomando suas atividades com a enorme metralhadora.

Levou menos tempo do que pensava até Tzuyu chegar ao segundo andar, ela ficou de pé e começou a correr de forma desengonçada tomando cuidado para não cair nos buracos que se formavam no piso já que o mesmo estava começando a ceder. Houve outro barulho de explosão e o chão tremeu fazendo Tzuyu inevitavelmente cair. Ela se arrastou outra vez até finalmente chegar ao começo do corredor.

Foi aí então que seu coração errou uma batida quando viu os pedaços de madeira da porta do quarto em que Sana estava espalhados pelo chão.

“Não, não pode ser” pensou ela enquanto seus olhos estavam começando a ficar marejados. Ela se levantou novamente e correu até o quarto pedindo a quem quer que fosse para que Sana ainda estivesse viva, apesar de que no fundo sabia que as chances eram mínimas.

Quando ela entrou no cômodo, teve que piscar várias vezes seguidas para ter certeza de que estava enxergando direito. Podia jurar que seu coração havia parado de bater e sua vida se esvaziado de seu corpo. Ela automaticamente se ajoelhou de forma lenta ao se deparar com a cena pavorosa em sua frente:

Sana estava de costas, suas roupas estavam manchadas de sangue, ou melhor, completamente banhadas. Parecia que a garota havia acabado de sair de um filme de terror dos mais sangrentos. Mas não era só isso, ao seu redor havia várias partes de corpos mutilados. Havia sangue espalhado pelas cortinas, teto, parede, chão e móveis. Os móveis estavam quebrados, vidros no chão, quadros despedaçados. Era uma verdadeira cena de horror.

_S-Sana? - disse Tzuyu em um fio de voz.

Apesar de que deveria ser quase impossível por causa do barulho, Sana atendeu ao seu chamado.

Ao se virar, Tzuyu quase não reconheceu o ser que estava em sua frente. Os olhos estavam fora de foco, era como se ela tivesse perdido sua humanidade. Ela observava Tzuyu como se estivesse em transe, como se a mais nova não estivesse realmente ali. Além ter vários corpos mutilados ao seu redor, ela segurava parte de um braço como se fosse seu mais novo brinquedo. Por uma fração de segundos, Tzuyu jurou estar cara a cara com Mark Tuan.

_O que aconteceu? - Tzuyu perguntou, mas Sana não respondeu.

Então Tzuyu sentiu um pequeno tremor e vários barulhos de tiros. O mundo estava literalmente se desabando ao seu redor e elas precisavam sair de lá rápido.

_SANA ACORDA!

De repente a garota pareceu despertar ao ouvir seu nome tão claramente, o brilho retornou novamente aos seus olhos quando encontrou os de Tzuyu.

_Tzuyu?! Você está viva! - a garota largou o braço como se fosse um objeto qualquer e se atirou nos braços de Tzuyu, que apesar de se sentir um pouco enojada pelo cheiro forte de sangue, abraçou Sana o mais forte que conseguiu.

Tzuyu segurou o rosto de Sana e limpou alguns respingos de sangue e observou cada detalhe do seu rosto como se não acreditasse que ela estava realmente ali.

_O que aconteceu com você? - disse em um sussurro e os olhos de Sana marejaram. De repente ouviu-se a voz mecânica de Chaeyoung vinda do lado de fora.

_Tzuyu! Sana! Se estiverem vivas venham logo, vamos sair daqui! - em seguida houve um ruido ensurdecedor.

_Onde ela achou um megafone?! - perguntou Tzuyu ao identificar o ruido

_A Chaeyoung está lá fora? Achei que tivesse viajado

_Eu também! Mas isso não importa agora, temos que sair daqui! - Tzuyu agarrou o pulso de Sana e a arrastou para a janela que a essa altura já estava completamente destruída. As duas começaram a gritar e fazer sinal com as mãos ao avistarem o helicóptero sobrevoando o ar completamente desnorteado.

_Droga! - Tzuyu voltou para o interior do cômodo a procura de algo que pudesse chamar atenção de Chaeyoung mas no chão não havia mais do que corpos vários móveis destruidos e algumas armas largadas.

"Armas, é isso!".Tzuyu teve uma ideia.

Ela recolheu três pistolas do chão e voltou a se juntar a Sana.

_Tome, pegue essa - disse entregando uma glock para a garota

_Para quê? Não tem ninguém aqui, e além disso eu não sei usar esse treco

_Não é para atirar em ninguém e sim para chamar atenção do helicóptero!

Então Tzuyu carregou sua arma e a de Sana e a devolveu novamente.

_Atire!!

As duas começaram a puxar o gatilho várias vezes repetidamente, o barulho dos disparos fazia eco que provavelmente poderia ser ouvido por toda propriedade, o lado bom disso era que não foi preciso muito esforço para chamar a atenção do helicóptero que já se virava na direção das duas, já o lado ruim é que agora todos os inimigos ao redor sabiam sua localização.

_Como vamos entrar nisso?! - Sana questionou com um certo medo em sua voz.

_Vamos pular

_O quê?! A gente vai morrer!

Tzuyu largou a arma no chão completamente descarregada e se aproximou de Sana colando seus corpos e segurou o rosto da garota com as duas mãos.

_Você confia em mim?

Sana engoliu em seco, os olhos de Tzuyu a fitavam de maneira fria e objetiva, e naquela troca intensa de olhares incertos, Sana soube que a única forma de sairem vivas dali era seguindo o plano louco de Tzuyu, mas apesar de ainda estar com o pé atrás, ela confiava sua própria vida em Tzuyu.

Ela balançou a cabeça lentamente ainda sustentando seu olhar, Tzuyu deu um meio sorriso e em seguida beijou-lhe a testa.

_Eu te amo

Sana sentiu algo em seu interior vibrar, seu coração acelerou de uma forma inexplicável e um grande sorriso se formou em seus lábios. Já imaginara essa cena acontecer de diversas maneiras em sua cabeça mas nenhuma delas poderia imaginar que aquelas três palavras fariam uma explosão de felicidade bem maior que o esperado acontecer.

Ela sabia que nunca em seu maior estado de loucura imaginaria que o primeiro "eu te amo" que receberia de alguém na vida seria em meio a um combate entre máfias rivais onde sua vida estava em jogo. Mas apesar de tudo, ela sentia o mesmo, e vinha esperando por esse momento desde que se conhecia por gente e Tzuyu era mais do que a pessoa certa para compartilhá-lo com ela

_Eu também te amo, muito

Tzuyu sorriu de forma radiante e olhou para os lados timidamente como se não acreditasse no que estava ouvindo, Sana podia jurar que havia visto seus olhos marejarem por um segundo.

Aquele momento estava sendo uma benção para as duas, Sana finalmente sentia que Tzuyu era a pessoa certa desde que a conheceu, algo em seu peito gritava isso todas as vezes que seu olhar cruzava com o dela. Tzuyu olhou novamente para Sana, não acreditando que era capaz de amar alguém daquela forma, e agradeceu mentalmente a garota por ensiná-la o verdadeiro significado de amar.

Mas infelizmente, este belo momento durou pouco, pois as duas foram acordadas para a realidade quando ouviram a voz de Chaeyoung vinda do megafone:

_O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO SUAS GRANDES IDIOTAS?! POR ACASO QUEREM MORRER?! DEIXEM O CASAMENTO PARA DEPOIS! SUBAM!

Ela empurrou com o pé uma corda de cima do helicóptero. Tzuyu se afastou de Sana e subiu em cima da sacada, ela estendeu a mão para a garota que já se deu conta do que tinha que fazer. Sana subiu com a ajuda de Tzuyu que mantinha os olhos fixos na corda que estava cada vez mais perto a medida que o helicóptero se aproximava.

Ao observar ao redor, Sana avistou vários faróis que se destacavam em meio a escuridão que banhava todo o jardim. De repente, ela viu uma especie de projétil luminoso voar pelo céu e passar perigosamente perto do helicóptero. Sana não conhecia muita coisa sobre armamento pesado mas aquilo era óbvio demais até para ela identificar.

_Tzuyu, eles tem lança-foguetes! - avisou ela rapidamente.

Tzuyu arregalou os olhos quando avistou os carros se aproximando e se esforçou para esticar seu corpo mais ainda  para alcançar a corda.

_Porra, Chaeyoung vem logo!!

A companheira de Chaeyoung de havia deixado o helicoptero parado para que a menor pudesse ver melhor o que estava acontecendo. Ela pegou um binóculo e apontou o objeto para os faróis a distância.

Foi possível enxergar quatro caminhonetes vindo em alta velocidade com pessoas armadas em cima gritando completamente exaltadas, entre eles havia uma em especial que ao invés de ter um homem mascarado em cima como os outros três, era uma mulher loira de cabelos curtos com um lança foguetes apontado na direção do helicóptero. Chaeyoung não sabia como, mas ela percebeu que estava sendo observada pois deu uma piscadela antes de lançar outro projétil.

Chaeyoung largou o binóculo e tratou de avisar a garota que estava no controle da aeronave a tempo de desviar por pouco do projétil recém-lançado.

Graças a essa aproximação repentina,Tzuyu alcançou a corda e puxou Sana pelo braço que rapidamente também se agarrou nela.

_Vai!! Vai!! - Tzuyu gritou o mais alto que pode e o helicóptero começou a se afastar do lugar com as duas penduradas na corda.

Do outro lado do jardim os carros se aproximavam cada vez mais. Momo se encontrava sentada no banco da frente do terceiro carro e permanecia atenta a toda movimentação a sua frente como se estivesse focada em realizar alguma jogada de um jogo de xadrez.

_Maldição! - ela bateu o punho com força no banco assustando o motorista.

_Madame?

_Fique quieto e dirija mais rápido! - disse entredentes.

Momo retirou seu celular de uma bolsinha portátil amarrada em sua perna direita onde ficava também uma grande faca com kanjis dourados entalhados no metal reluzente cor de ouro que simbolizava sua linhagem assassina. Ela discou um número e em seguida não foi preciso esperar muito para que a voz mau-humorada de Jeongyeon fosse ouvida.

_Estou ouvindo, senhora

_Pare o que está fazendo imediatamente

_O quê? Aquele helicóptero está na minha mira, mais um tiro e ele já era!

_Não vou repetir, apenas obedeça

_C-Como quiser

Jeongyeon largou o lança foguetes de lado e bufou. Aquela teria sido sua grande chance se não tivesse sido interrompida.

Chaeyoung suspirou aliviada quando Tzuyu e Sana finalmente conseguiram subir no helicóptero e fecharam a porta.

_Graças a deus, achei que iríamos morrer - ofegou Sana

_Ainda não acabou, eles têm um lança-foguetes! - lembrou Tzuyu e a expressão no rosto de Chaeyoung mudou de alívio para pavor

_Relaxa, já vou tirar a gente daqui - disse a garota desconhecida e Tzuyu a olhou de forma desconfiada.

Ela se virou para Chaeyoung e apontou para a garota com o dedo polegar

_Quem é essa?!

_Ela? Bom...

_Meu nome é Somi, sou a ex da Chae

Tzuyu ergueu as sobrancelhas em surpresa e abriu a boca no formato de um perfeito "o".

_Prazer em conhecê-la meu nome é Sana - ela foi até Somi e logo estendeu a mão para a garota que a olhou com um semblante confuso. Quando se deu conta, Sana foi arrastada de volta para os fundos do helicoptero por Chaeyoung.

_Nada de apresentações! Não agora

_Chaeyoung mas que porra...? Você não tava viajando? - perguntou Tzuyu cruzando os braços.

_Agora não Tzuyu, quando nossas vidas não estiverem correndo perigo eu conto tudo, ok?

Tzuyu pareceu concordar para o alívio de Chaeyoung. Ela pegou o binóculo do chão e apontou em direção aos carros que para a sua surpresa, haviam parado. Dessa vez eles estavam ficando cada vez mais distantes a medida que o helicóptero se afastava. Então ela pode ver Momo saindo de um deles e seus olhares se encontram mesmo que não tivesse sido intencional. A expressão no rosto de Momo era de raiva, mas quando Jeongyeon cochichou algo em seu ouvido, ela voltou a olhar para o helicóptero com a mesma serenidade de antes, porém um sorriso ameaçador brotou em seus lábios, o que fez Tzuyu se arrepiar de uma maneira nada boa.

_Para onde vamos? - Sana perguntou a Chaeyoung que permanecia ao lado de Somi.

_Pra um lugar fora de Seoul

_Espera, para onde? - Perguntou Tzuyu ocupando um dos assentos de trás.

_Minha casa - respondeu Somi - É um lugar seguro

_Porque não vamos para sua casa? - perguntou Sana outra vez para Chaeyoung

_Bom, na minha garagem não cabe um helicóptero

Sana pronunciou um "ahh" e sacudiu os ombros, indo fazer companhia para Tzuyu no banco de trás.

_Tudo bem com você? - a mais nova perguntou.

_Sim, é bom saber que conseguimos escapar, por um momento achei que nunca iríamos nos encontrar novamente.

Tzuyu sorriu fraco e entrelaçou seus dedos nos dela e beijou as costas de sua mão. Sana descansou sua cabeça no ombro dela e se permitiu fechar os olhos por um instante, estava exausta. Tzuyu encostou sua cabeça na dela e ficou observando suas mãos juntas e imaginando o que faria se tivesse perdido Sana. Na verdade ela também havia pensado isso quando a viu com sangue nas mãos, foi uma sensação terrível vê-la naquele estado e o pior ainda não reconhecê-la como a sua Sana. Mas por enquanto deixaria aquele assunto para depois, apesar de que ela continuava surpresa pelo fato de que a garota tinha dado conta de vários homens provavelmente armados sem a ajuda de ninguém.

                           * * *

_Minha senhora...eu não entendo - Jeongyeon encolheu-se e olhava para o chão fitando os próprios pés.

_Eu já disse que quero matá-la com minhas próprias mãos, caso contrário ninguém mais pode

_Agora ela está livre, o que a senhora vai fazer?

_Vou caçá-la, todos os meus subordinados estão em alerta, serei avisada sobre cada passo dela em Seoul

_Mas e se...

_Calada! Tenho tudo sob controle

De repente, o celular de Momo começou a tocar e foi atendido rapidamente de má vontade.

_Oi?

_Momoring? 

Momo relaxou sua expressão ao ouvir a voz doce e sonolenta de Mina, um leve sorriso preencheu seus lábios.

_Oi, meu amor, acordada a essa hora? 

_Senti sua falta...porque não está aqui do meu lado?

_Estou trabalhando, avisei a você que iria voltar tarde - disse ela mordendo o lábio inferior - já estou voltando para casa 

_Promete?

_Prometo

_Que bom, está ventando muito e a janela faz um barulho esquisito...

_Não vai me dizer que está com medo

_Medo, eu? Imagina...só vem logo

_Tudo bem, tudo bem , já estou indo

_Tô te esperando, toma cuidado, te amo 

_Também te amo, meu amor

Momo desligou o telefone e percebeu que Jeongyeon a fitava com curiosidade.

_Perdeu alguma coisa aqui?

_Não é isso, é que nosso compromisso...

_Pro inferno esse maldito compromisso, Mina precisa de mim agora

Jeongyeon assentiu e entrou dentro de um dos veículos, Momo fez o mesmo e aos poucos os carros foram deixando a propriedade um por um.

_Só por curiosidade, você também viu uma garota com a Tzuyu?

Jeongyeon franziu o cenho e logo confirmou:

_Sim, elas fugiram juntas no helicóptero

_Quem é ela?

_Eu não sei, não consegui ver

_Não me lembro do Jackson ter mencionado outra garota, será que perdi alguma coisa?

_Se a Tzuyu se deu o trabalho de subir lá em cima para se encontrar com ela, deve ser uma pessoa muito importante

_Hmmm, interessante, quero que descubra quem é essa garota o mais rápido possível

_Sim senhora

_Tenho um leve pressentimento de que se conseguirmos capturá-la, a Tzuyu estará em minhas mãos novamente


Notas Finais


Espero que tenham gostado e perdoem os erros rsrs
Por favor comentem bastante suas teorias sobre a história (sério, eu me divirto muito com isso principalmente com a inocência de alguns)
Até o próximo capítulo!! ❤❤❤


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