1. Spirit Fanfics >
  2. Psycho Love (SaTzu) >
  3. Alvo na mira

História Psycho Love (SaTzu) - Alvo na mira


Escrita por: Satellar

Notas do Autor


Olá meus amores! ESTOU DE VOLTA (Antes de tentarem me matar porque eu sumi por 5 fucking meses eu tenho uma pequena explicação nas notas finais sobre o que aconteceu)
Como eu sei que vocês estão sedentos por um novo capítulo vou deixar o textão pra depois
Aproveitem o capítulo e esqueçam a raiva só um pouquinho :))))

Capítulo 27 - Alvo na mira


O dia estava amanhecendo quando o helicóptero pousou no pequeno heliporto localizado ao redor de uma grande floresta densa. Sana cochilava no ombro de Tzuyu quando Somi saiu do assento do piloto sendo seguida por Chaeyoung:

 

_Que lugar é esse? - perguntou Tzuyu em tom baixo para não acordar Sana.

_Uma pequena floresta no oeste do país, estamos perto do lugar onde moro

_Sua casa é no meio do mato?

_Espere e verá

Tzuyu assentiu e em seguida cutucou Sana.

_Ei, já chegamos

Sana abriu uma palbebra e depois a outra, coçou os olhos, e sorriu.

_Onde estamos?

_Perto da casa da Somi, temos que ir andando

_Mas já?

Tzuyu lhe deu um beijo na testa e levantou logo em seguida. Sana a acompanhou e antes de sairem do helicóptero, entrelaçaram seus dedos.

Chaeyoung permanecia ao lado de Somi, ambas pareciam estar em uma conversa animada enquanto caminhavam pela trilha à frente.

Tzuyu franziu o cenho, não se lembrava de Chaeyoung ter mencionado alguma ex-namorada antes. Ela se apressou um pouco agarrando a garota pelo colarinho do suéter.

_Vai me explicar o que está acontecendo agora?

_Vou sim mas pra quê a agressividade?

Tzuyu a largou e cruzou os braços abaixo dos seios.

_Ok, ok - disse ela ajeitando o suéter - bom, como você sabe eu viajei a negócios

_Óbvio

_Certo...hum...só que houve um imprevisto...com a Somi

_Que tipo de imprevisto?

_Ela, me chamou até...aqui

_E você largou uma viagem importante para vir correndo atrás da ex?!

_Não! Quer dizer..sim! Mas é que parecia ser sério!

_O que está acontecendo? - Somi apareceu ao lado de Chaeyoung.

_Porque você chamou a Chaeyoung aqui, Somi?

_Ah, eu não chamei, na verdade ela veio me fazer uma visita que eu particularmente adorei - disse com um sorriso torto.

Se Tzuyu pudesse soltar algum tipo de raio pelos olhos, Chaeyoung já estaria morta à essa altura.

_Mas, olha, eu me senti mal por não ter te contado, então liguei para avisar só que você não atendeu...foi aí que eu desconfiei que algo estava muito errado.

_Verdade, ela ficou louquinha - comentou Somi.

_Então pedi o helicóptero da Somi emprestado, pois se eu fosse de carro iria demorar demais e provavelmente não chegaria a tempo

_E ela não sabe pilotar, então fiz esse favorzinho - completou ela.

Tzuyu alternava seu olhar entre Chaeyoung e Somi, com uma expressão desconfiada.

_Falta muito para chegarmos? - perguntou Sana que até então se mantinha calada e alheia à conversa.

_Não, por favor me sigam - Somi agarrou Chaeyoung pelo braço e a puxou de forma apressada, Tzuyu e Sana as seguiram.

Foram cerca de 20 minutos de caminhada pela trilha no meio da floresta densa até chegarem no local. A casa de Somi era um grande casarão de traços antigos e rústicos. O terreno era relativamente grande e rodeado por um lago azulado cujas origens Tzuyu duvidava serem naturais. Sana ficou maravilhada com a paisagem um tanto incomum e apontava quase tudo de magnífico que via para sua companheira. A mais nova se divertia com a afobação da garota.

As quatro garotas cruzaram uma ponte estreita que passava em cima do lago em frente ao casarão. Era possível ver alguns peixes coloridos nadando na superfície.

Ao passarem pela ponte, Somi não tardou em arrastar as garotas para dentro do lugar com uma animação fora do comum.

_É sempre bom ter gente aqui, adoro receber visitas - disse a garota retirando a capa empoieirada do sofá e batendo de leve no mesmo, indicando que se sentassem. E assim o fizeram.

_Querem alguma coisa? Tem chá, água, suco, vodka talvez?

_Estamos bem, Somi - respondeu Chaeyoung com um sorriso.

_Água - disse Sana

_Aceito Vodka - disse Tzuyu recebendo um olhar de reprovação de Chaeyoung. - Ou melhor, água está bom

_Já volto

Somi saiu saltitando pelo cômodo e Tzuyu aproveitou para encarar Chaeyoung.

_Quê? - perguntou a garota se ajeitando de forma incômoda no sofá.

_Qual é a dela?

_Ela é uma amiga minha já falei

_Amiga e ex-namorada, certo? - provocou Sana com um olhar malicioso.

Chaeyoung encarou Sana por alguns segundos e suspirou, e em seguida voltou sua atenção para Tzuyu.

_Eu perderia meu emprego se eu tentasse esganá-la?

_Não mude de assunto! Me fale tudo sobre essa garota, quero saber com quem estamos nos metendo

_Ela é de confiança? - perguntou Sana

_Ok, uma coisa de cada vez -, Chaeyoung respirou fundo e se virou para Tzuyu - O nome dela é Jeon Somi, sim, já namoramos por um tempo mas agora somos só amigas - disse entredentes agora olhando para Sana que parecia satisfeita - e ela trabalha fazendo favores para algumas pessoas

_Ela é prostituta? - perguntou Sana

_O quê? Não!

Tzuyu segurou o riso.

_Pessoas ricas costumam contratar ela para serviços especiais, como assassinatos por exemplo

_Então ela é uma assassina de aluguel? - perguntou Tzuyu.

_Digamos que sim

_Legal! - disse Sana. Tzuyu e Chaeyoung se entreolharam.

_Mas agora me fala que porra aconteceu naquela mansão enquanto eu estava fora?!

_Sehun nos traiu, ou melhor, todo o meu pessoal, eles estavam do lado do inimigo esse tempo todo e conspiraram contra mim, tivemos sorte de sairmos vivas

_Sehun, né? Minha intuição estava certa, nunca fui com a cara daquele imbecil mesmo, e devo admitir que adorei transformá-lo em um queijo suíço

_E não foi só isso, foi tudo organizado pela nossa tão amada inimiga, inclusive fiquei cara a cara com ela

_E então? Quem é ela?

Sana se aproximou das duas, curiosa sobre a conversa.

_Ela é a atual chefona da máfia japonesa, seu nome é Hirai Momo

_Hir-ESPERA, O QUÊ?! - Sana se exaltou e Tzuyu arregalou os olhos, surpresa.

_Máfia japonesa?! - Chaeyoung tampou a boca com as mãos.

_Que foi Sana?

_Momo! Ela...ela...como pode?! Ela é minha amiga, não pode ser!

_Espera, você conhece ela?! -

_Se eu conheço?! Era ela quem me dava carona para o judô, e foi na minha casa aquele dia...

_Espera! Ela sabe que você está com a Tzuyu?

_Não, eu não me lembro de ter mencionado seu nome alguma vez

_Porque não me disse isso antes?!

_Eu não achei que fosse uma coisa muito importante já que Momo e eu não temos tanto contato como antes

Tzuyu se levantou e começou a andar de um lado para outro com um semblante de preocupação estampado no rosto.

_Tzu, se acalma - pediu Chaeyoung

_Eu estou calma, porra!

_Sana não sabia!

_Eu sei que não! Não é sobre isso que eu estou pensando e sim que ela estava praticamente embaixo do nosso nariz o tempo todo e ninguém percebeu nada!

_Ela comanda a porra da máfia que deu um sumiço no seu pai como se fosse fichinha, acha mesmo que eles não estão preparados para tudo e mantém uma discrição?

_Foi uma emboscada, ele não teve chance, você sabe disso

_Sinceramente estou cagando se foi covardia o que eles fizeram ou não, não vou deixar você sempre se culpar por algo que não depende só de você

_Tudo sempre depende de mim

_Você tem a mim e a Sana! Como pode dizer uma coisa tão egoísta assim?

_Você não entende! Nunca vai entender!

_O que tem pra entender?! - Chaeyoung levantou do sofá e se aproximou de Tzuyu de modo que seus rostos ficaram a centímetros de distância - Ah eu sou a Tzuyu fodona e não aceito a ajuda de ninguém porque não quero que os outros pensem que sou covarde já que isso faria meu papai se revirar no túmulo

Tzuyu rangeu os dentes e agarrou Chaeyoung pela gola do suéter.

_Não me provoque assim! Ainda dou ordens a você!

_Vai fazer o quê? Me dar um tiro com aquela sua pistola dourada como punição? Ah espera, ela virou cinzas!

De repente Tzuyu sentiu um puxão para trás e quando se deu conta estava sentada no sofá outra vez com um dedo apontado para o seu rosto.

_Nada de brigas aqui, se quiserem fazer isso vão lá para fora - disse Somi com um olhar ameaçador. Ela suspirou profundamente e pegou os copos que havia acabado de deixar na mesinha de centro antes de separar Chaeyoung e Tzuyu.

Chaeyoung sentou emburrada após pegar o copo com água que seria de Sana. Quando percebeu o engano, tratou logo de corrigir seu erro.

_Ah, esse copo é  se... - ela se interrompeu quando percebeu que Sana fitava intensamente suas próprias pernas.

_O que foi? - Perguntou Tzuyu ao perceber que a garota estava calada demais.

_Vocês não perceberam? - disse Sana baixinho - Agora tudo está claro

_Muitas coisas estão claras, especifique - perguntou Chaeyoung, curiosa.

_Foi a Momo que matou os meus pais

_Quê?

Tzuyu engoliu em seco e apertou as próprias mãos.

Aquele assunto outra vez.

_Foi ela, tenho certeza, você lembra do que a Nayeon disse, Tzuyu? Tudo se encaixa perfeitamente!

Tzuyu não disse nada, apenas fitou os próprios pés

_Será que dá pra vocês me explicarem?

_Nayeon disse que o assassinato dos meus pais está ligado a uma máfia criminosa

Chaeyoung arregalou os olhos e fitou Tzuyu que permanecia imóvel.

_Nayeon? A policial?

_Sim, você a conhece?

Por um breve momento Chaeyoung relembrou sua pequena aventura com os policiais na cafeteria há algum tempo atrás.

_De vista, apenas

_É a oportunidade perfeita

Após aquilo, Tzuyu finalmente decidiu se manifestar.

_No que você está pensando?

_Eu sei que você deve ter assuntos pessoais com ela, mas eu também tenho, então vamos pegá-la juntas

_Sana, você tem ideia das coisas que estão em jogo?

_Não vamos começar com isso de novo, você prometeu, lembra?

_Certo, e como você acha que vamos fazer isso?! Estamos completamente sozinhas! Não posso voltar para Seoul porque minha cabeça está a prêmio, é um beco sem saída!

_Não importa! Vamos matá-la de qualquer jeito

_As coisas não funcionam assim, Sana. Você está cega por vingança, precisamos de um plano e não podemos falhar se não morremos

_Ainda temos uma chance - disse Chaeyoung atraindo a atenção das garotas

_Podemos usar o fato da Hirai não saber que a Sana está envolvida com você como vantagem

_Isso! Ponto para a Chaeng! - comemorou Sana.

_E como poderíamos fazer isso?

_Uma emboscada talvez, podemos dar o troco naquela desgraçada e fazer ela tomar o próprio veneno

_E qual seria o meu papel exatamente? - Perguntou Sana com um brilho diferente nos olhos.

_Você seria...hum...a isca...?

_Quê?! Nem pensar - Tzuyu cruzou os braços

_Qual é! É a minha chance de mostrar do que eu sou capaz! - disse Sana balançando os braços de Tzuyu como uma criança agitada.

_Mas você não vai conseguir fazer isso se estiver dentro de um caixão!

_Confie na minha capacidade pelo menos uma vez!

_Não se trata disso...

_Se trata do quê então?!

Tzuyu sabia muito bem do que Sana era capaz, as imagens horrendas de vários cadáveres no quarto ainda se mantinha fresca em sua memória. As habilidades de Sana eram monstruosas.

_É só que...você a coisa mais importante pra mim, entende? Eu só...tenho medo que algo aconteça com você

Sana sorriu de leve e acariciou as bochechas de Tzuyu.

_Nada vai me acontecer enquanto estivermos juntas, porque você é meu porto seguro, e eu sinto como se pudesse fazer qualquer coisa quando estou ao seu lado

Elas juntaram suas testas e Tzuyu apertou a cintura de Sana firmemente.

_Se é assim que tem que ser, prometo que nunca vou deixar nada de ruim acontecer com você, mesmo que eu tenha que dar minha vida por isso

_E eu prometo que sempre estarei ao seu lado não importa o que aconteça, sou totalmente sua

Tzuyu sorriu e logo juntou seus lábios com os da garota em um beijo lento e calmo.

Chaeyoung olhou para Somi e a mesma corou, logo depois pronunciou as seguintes palavras de forma inaudível " lembra quando a gente era assim?"

Chaeyoung revirou os olhos e riu.

Sana finalizou o beijo com uma sequência de selinhos e abraçou Tzuyu obrigando-a a rodopiar em uma espécie de dança devido a tamanha felicidade.

_Ai vocês são fofas - disse Somi

_Concordo, nem parece que uma é assassina e a outra uma louca de pedra

_Ah, obrigada! - disse Sana deixando Tzuyu de lado e indo abraçar Chaeyoung. A baixinha deu um passo para trás e balançou a cabeça negativamente para a garota.

_Nada de abraços, temos que planejar nosso próximo passo

_Podemos fazer isso mais tarde, não? Acabamos de chegar - disse Tzuyu sem tirar os olhos de Sana.

_Você é quem sabe, tenho que resolver muitas coisas ainda...Somi? Onde podemos ficar?

_Ah, é mesmo! Esqueci de avisar, lá no segundo andar tem três quartos vazios, podem se acomodar

_Três? Um pra cada? - perguntou Tzuyu sentindo-se incomodada.

_Bom...se quiser pode ficar no meu, é mais espaçoso sabe, não me importaria de ficar lá em cima com a Chae

_Perfeito! - comemorou Tzuyu.

_Vamos lá dar uma olhada Chae?

_É...claro

Somi saiu puxando Chaeyoung pela mão até as escadas, Tzuyu e Sana começaram a rir da cara de desespero da garota.

_E então...o que vamos fazer agora? - disse Sana se atirando em cima de Tzuyu com os braços em volta do seu pescoço

_Hum... uma coisa bem interessante

_Ah, é? - ela mordeu o lábio inferior- posso saber o quê?

_Espera só que eu vou te mostrar

 

                           * * *

Nayeon e Jisoo estavam paradas em frente a uma grande porta de aço. Nayeon tinha o olhar vidrado e suas mãos tamborilavam sem parar na superficie de sua coxa.

_Estamos há uns 10 minutos paradas olhando para essa porta - disse Jisoo se sentindo entediada - podemos entrar agora?

_Espera...só mais um pouco

_Pra quê esse nervosismo todo?!

_Talvez porque atrás dessa porta tem a droga da equipe toda da interpol me esperando e eu não estou nem um pouco preparada para entrar em uma operação desse calibre

_Você só está enferrujada, vai se sair bem, vai ser de grande utilidade para eles

_ Mas e se...

_Já chega, Nayeon

Jisoo abriu a porta de uma vez e deu um empurrãozinho em Nayeon que por pouco não entrou em pânico. Elas entraram em uma sala enorme, onde havia um grande mesa no centro com no mínimo 30 lugares, todos ocupados. O logotipo da interpol se encontrava na parede e também bordado no enorme tapete azul que cobria o chão da sala toda. Quadros dos antigos chefes e fundadores se encontravam nas paredes junto com incontáveis medalhas de mérito. Nayeon engoliu em seco quando percebeu que todos na sala olhavam para ela, a maioria com olhares não muito simpáticos. Se elas não soubessem que todos ali presentes se tratavam de policiais, podiam jurar que estavam em uma reunião com um bando de executivos furiosos por terem feito um investimento ruim..

Ao perceberem que o silêncio estava ficando incômodo demais, elas se apressaram e foram de encontro à dois assentos vazios na ponta da mesa.

_Porque eles estão nos olhando desse jeito? - Nayeon cochichava no ouvido de Jisoo.

_Vai ver porque você ficou meia hora  se mijando nas calças lá fora e acabamos nos atrasando - respondeu ríspida. Nayeon a fuzilou pelos olhos.

De repente as duas deixaram de ser o centro das atenções, pois todos se concentraram em um barulho de “toc toc” de saltos ficando cada vez mais alto. Uma grande porta na lateral do salão se abriu e de lá saiu uma mulher de cabelos marrons vestida com um terninho azul marinho cujo símbolo da Interpol estava bordado em seu peito. Pela surpresa das garotas ela possuía fortes traços asiáticos. Ela andou até a ponta da mesa e apoiou as duas mãos na superfície, olhou nos olhos de cada um como se tivesse analizando uma grande jogada de sinuca.

_Aparentemente todos estão aqui -era possível perceber sua posição superioridade em relação aos demais apenas pelo tom grave de sua voz. - Vamos começar a reunião

Ela retirou do bolso um pequeno controle e apontou para a parede, o que Nayeon e Jisoo pensavam que era um simples quadro (enorme, por sinal) acabou se revelando um telão onde havia vários rostos de sujeitos desconhecidos com suas respectivas nacionalidades em cima de suas fotos.

_Sem enrolações, todos vocês sabem o porquê de estarmos aqui

Ela encarou mais uma vez o seu público e tornou a continuar. - Através de anos nossas equipes vem se empenhando para acabar com a grande atividade criminosa na Ásia, mas infelizmente não tivemos progresso significativo... porém, de acordo com nossas investigações recentes há uma chance de finalmente colocarmos nossas mãos nesses bandidos - ela olhou propositalmente para Jisoo e Nayeon - Milhões estão sendo roubados e manipulados por organizações  inteligentes de criminosos através de gerações, e nunca, repito, nunca receberam a devida punição, resumindo, eles nos põe no chinelo

Houve vários cochichos após a última frase.

_Por que o espanto? Me digam uma única vez que em que sentimos ao menos o gostinho de termos uma máfia em nossas mãos

Silêncio total.

_É, foi o que pensei

Ela apertou um dos botões do controle e a imagem do telão mudou e mostrou um mapa da Ásia com várias setas que saiam de países como Japão, China e Rússia, apontadas para a Coreia.

_Esses criminosos são mais organizados do que vocês imaginam, tanto até quanto nós, e de acordo com os nossos registros, o foco agora é a Coreia do Sul.

Um homem sentado à mesa levantou a mão.

_Sim?

_Porque logo a Coreia, comandante?

_Acreditamos que há um conflito ocorrendo nessa região, e , levando em conta os fatos históricos, há uma possibilidade de que seja entre a máfia japonesa e a chinesa

Um grande múrmurio e cochichos preencheram a sala.

_Não tenho muitos detalhes, mas nossas novas agentes podem explicar melhor - ela fez uma reverência diretamente a Nayeon e Jisoo, que demoraram entender que foram colocadas novamente como o centro das atenções.

_Se apresentem por favor - pediu gentilmente.

Jisoo rapidamente se levantou e puxou Nayeon com ela.

_Meu nome é Kim Jisoo, trabalho como delegado-assistente em Busan

_Im Nayeon, sou investigadora criminal em Seoul

_E agora são as mais novas agentes da Interpol, bem-vindas a nossa equipe, meu nome é Jennie Kim, sou a comandante-chefe das operações na Ásia

Elas se aproximaram e apertaram as mãos em um gesto de cumprimento.

_Nayeon, gostaria de falar em particular com você, poderia me acompanhar por favor? - disse Jennie apontando o caminho com o braço - Se não se importa Jisoo, poderia situar seus novos colegas sobre alguns detalhes da operação enquanto fico ausente por um instante?

_S-sim

Jennie entregou o controle para Jisoo e logo depois conduziu Nayeon pela mesma porta em que havia entrado instantes atrás.

Nayeon entrou em uma sala digna de ser o gabinete do presidente dos Estados Unidos. Tudo parecia ter custado uma fortuna, desde os móveis refinados até as cortinas de seda da cor azul marinho. O ambiente transmitia uma sensação estranhamente agradável e calmo.

_Quer vinho? Água? Alguma coisa?

_Não, obrigada

Jennie se apoiou na mesa colocando uma perna sobre a mesma. Ela se serviu de vinho e tomou um gole da bebida antes de falar com Nayeon.

_Me conte tudo que você sabe

_Minha colega já não lhe contou?

_Ela me contou algumas coisas na pequena reunião que tivemos antes, mas aposto que sua versão deve ser bem mais interessante

_Ok...

Nayeon começou a contar suas experiências desde que chegou a Seoul, o caso da tragédia no restaurante, o assassinato misterioso de Marroni, o incidente na cafeteria. Jennie ouvia tudo atentamente sem interromper. Quando Nayeon terminou, ela finalmente se pronunciou.

_Então quer dizer que a polícia pode estar encobrindo as provas ou protengendo alguém...é isso?

_Acredito que sim, a pessoa que está por trás disso tem esse poder

_Se não me engano você mencionou que isso pode ter alguma ligação com o prefeito?

_Sim, as condições dos casos arquivados mudaram completamente quando o velho prefeito saiu e entrou o novo

_Certo, então temos um ponto. Nosso primeiro passo será interrogar o ex-prefeito e o atual, precisamos de nomes o mais rápido possível.

_Mas...

_Não se preocupe, terá todos os recursos possíveis a sua disposição

_Não é isso, eu não sei se sou apta para fazer isso

_Você é Im Nayeon, certo? A melhor delegada que Busan já teve, as histórias sobre você não mentem

_Esse é o problema

_Fiquei sabendo sobre o seu trauma daquele incêndio que aconteceu

_Por favor não quero falar sobre isso

_Ok Nayeon, é o seguinte, eu confio 100% na sua capacidade, sei tudo sobre seus maiores feitos em sua carreira, mas tenho que avisar que simplesmente não tolero que meus agentes deixem suas emoções interferirem no seu trabalho, se não estiver em condições avise-me e imediatamente estará fora

_Não...eu já superei esse assunto, só não gosto de falar sobre ele

_Certo, vou confiar em você e precisa fazer o mesmo

Nayeon sorriu fraco e desviou o olhar.

_Vamos reabrir a investigação na boate em que Marroni foi assassinado, a morte dele me intriga 

_Fizeram uma investigação meia boca quando o crime aconteceu, mas como você já sabe, não deu em nada

_A diferença é que agora não iremos envolver a polícia de Seoul no caso, na verdade, quero que eles fiquem o mais longe possível, não confio em autoridade nenhuma de lá

Nayeon levantou as sobrancelhas.

_Sim, você será uma agente dupla, terá de manter total sigilo, tenho certeza de que alguma coisa passou despercebido por nós, e eu vou descobrir

_Certo, eu juro que irei manter completo sigilo e darei o meu melhor

Jennie sorriu ao ouvir aquilo.

_Mais uma vez, seja bem-vinda 

Então apertaram as mãos, selando uma parceria incrivelmente poderosa.

 

 

                           * * *

_Me sinto idiota por achar que você estava falando sério quando disse que iríamos nos divertir - disse Sana enquanto desviava de um soco quase certeiro de Tzuyu.

As duas estavam em uma pequena área atrás do casarão com a aparência de um estábulo, havia várias placas de alvos pregados nas pilastras que sustentavam o lugar, todos eles levemente amassados denunciando o demasiado uso ao longo do tempo. Através de uma porta que levava à uma sala a parte, havia uma pequena área destinada ao treinamento de tiro ao alvo, aparentemente houve um insvestimento maior na construção dessa parte pois seu interior era revestido com aço. Segundo Somi, ela emprestaria o local para Tzuyu e Sana treinarem o tanto que puderem, pois de acordo com o que Chaeyoung falara, elas precisariam estar preparadas para qualquer coisa quando voltassem à Seoul. Tzuyu decidiu testar as habilidades de luta de Sana, e apesar de estar com altas expectativas, a garota sempre superava todas elas. Seus reflexos e agilidade eram quase anormais, foram poucas as vezes que Tzuyu conseguiu tocá-la e percebeu que era praticamente impossível vencê-la e isso a deixava tranquila de certa forma.

_Tudo bem! - disse Tzuyu em tom ofegante após desviar de um chute alto da garota - Puta que pariu, Sana! Você é uma máquina de luta

_Obrigada, e você não é tão ruim!

Tzuyu se sentou em uma pilha de feno e tomou um gole de água da sua garrafinha. Sana andou até ela cantarolando e parecia não apresentar nenhum sinal de cansaço.

_Ficamos umas três horas lutando, como ainda não se cansou?

_Ah, eu não me canso assim facilmente

_Quando você é faixa preta no judô isso significa que lutar se torna algum tipo  de brincadeirinha?

_Sabe que eu nunca pensei nisso? Acho que você deveria tentar aprender, talvez te ajudaria a ficar menos lenta

_Vai ter revanche Minatozaki Sana, me aguarde

Sana riu e deu um beijo estalado na bochecha de Tzuyu, que virou o rosto e fingiu que estava emburrada.

_Não se preocupe, amor, só porque não consegue me vencer não significa que você seja menos durona

Tzuyu se virou para ela e a agarrou pela cintura, revertendo as posições e deitando-a no feno, ficando por cima de modo que estavam extremamente próximas

_Ainda bem que sabe que não há faixa preta de judô no mundo que tire a minha coroa de durona

_É um título um tanto quanto importante para você, né?

Tzuyu mordeu o lábio inferior de Sana de forma lenta sem tirar o contato visual.

_Vou te mostrar no que eu realmente sou boa

_Jura? - os olhos da garota brilharam

_Aham

Ela se levantou e puxou Sana pelo braço, a garota abriu um sorriso imaginando que finalmente teria o que queria, porém sua animação não durou muito já que Tzuyu estava levando-a até a sala de tiros.

_Você tá brincando né?!

_Não, porque eu estaria?

Ela entrou no lugar e abriu um armário grande de ferro, revelando um grande arsenal com diversos tipos de armas como rifles, fuzis, pistolas, bestas e facas.

Tzuyu pegou uma pequena pistola e a carregou com a munição também presente no armário.

_Me faz lembrar da minha Magnum - disse enquanto analisava a arma

_Onde está?

_Eu a perdi

Sana notou um certo tom de tristeza na fala dela, aquela arma significava muito para Tzuyu, ela sabia disso.

_Meus pêsames, ela era até bonitinha

_É só uma arma de qualquer maneira - ela entregou a pistola para Sana com a punhadura virada para ela.

_O que eu faço com isso?

_Atira

Sana alternou seu olhar para os alvos com silhueta humana à sua frente e a arma.

_Não mesmo

_Porque não?

_Eu não vou usar esse treco, esquece

_Mesmo que você não goste, tem que aprender a usar

Sana olhou para o armário e algo nele lhe chamou atenção.

_Posso usar isso? - ela retirou de lá um conjunto de facas da cor prata de médio porte.

_Sana...nem tudo se resume à ataque corpo a corpo

_Mas quem disse que precisa ser corpo à corpo?

Ela se pôs a frente e mirou com precisão nos alvos, atingindo quase todos em lugares que seriam letais em seres humanos de verdade.

Tzuyu se aproximou dela com os braços cruzados aparentando uma professora analisando o desempenho do aluno.

_É, nada mal

_Tenho muitos talentos, sabia?

Tzuyu pegou outra faca no armário e uma pistola

_A menos que você carregue um arsenal grande de facas em algum lugar eu sugiro que você sempre leve uma arma consigo, já que é muito mais rápido para recarregar e causa mais estragos

Ela apontou a pistola para os alvos e começou a atirar de forma rápida e certeira, atingindo todos com uma precisão incrível.

_No meu caso, como útimo recurso eu utilizo a faca

Ela girou 180° e atirou a faca no alvo, que como os outros, foi acertado em cheio na cabeça.

Sana estava de boca aberta com as habilidades à distância de Tzuyu, então, por fim, decidiu seguir o conselho dela.

As duas passaram o resto da tarde treinando tiros, ao contrário da luta, Sana foi um completo fracasso em tudo que fazia, Tzuyu tentava de todas as formas fazer com que sua mira ficassse estável mas a garota era agitada demais para isso. Então deu-se por vencida e a deixou usar as facas até terminarem.

Enquanto observava o treinamento de Sana, Tzuyu estava escorada em uma espécie de corrimão um pouco longe da área de tiros. Ela sentiu passos atrás dela e rapidamente se virou, encontrando Chaeyoung vindo a seu encontro.

_Como está?

_Bom, ela é perfeita usando facas mas é um completo desastre com armas

_Não foi isso que eu quis dizer, como você está?

_Viva - ela olhou para Sana - isso que importa

_Me desculpa por aquilo lá na sala

_Tudo bem, já esqueci

Chaeyoung relaxou os ombros.

_Mas que não se repita, ou não irei perdoar da próxima vez

_Não vai acontecer novamente chefia, só estava um pouco estressada

Tzuyu sorriu fraco e voltou a olhar para Sana.

_Como ela está lidando com isso tudo? - perguntou Chaeyoung seguindo o olhar de Tzuyu.

_Bem...até demais, isso me assusta

_Tem algo que quer me contar?

Tzuyu suspirou e fechou os olhos. Flashs daquela noite passar pela sua mente lhe causando arrepios. Chaeyoung percebeu o incômodo da amiga e percebeu que se tratava de algo sério.

_A Sana, fez coisas...terríveis

_Você falando isso? Deve ter sido algo grave

_Ela matou uns cinco ou seis caras de uma vez e os mutilou

Chaeyoung abriu a boca em completo espanto.

_Como ela fez isso?

_Bom, ela é faixa preta em judô mas...as mortes deles foram cruéis demais e quando eu a encontrei não parecia ser a minha Sana, entende? Parecia que tinha outra pessoa dentro dos olhos dela

_Isso é macabro

_Me lembrou o Mark

_O quê?

_Ela estava com os olhos dele entende o quanto assustador é isso?

_Isso deve ter sido coisa da sua cabeça

_Não é, na verdade eu queria que fosse

_Ela parece normal para mim, um pouco mais violenta, mas normal

_Ela está normal, só que algo dentro dela mudou, eu sinto isso e acho que sei como aconteceu

_Como?

_Ele a levou, passaram horas naquela casa no meio do nada não posso imaginar o que ele fez com ela

_Mas ele está morto agora, e o Jackson também, de certa forma não há mais perigo

_Não é isso, a questão é que o Mark se foi e levou uma parte da Sana com ele, e sinceramente, devo admitir que tenho medo do que essa outra parte que ficou é capaz de fazer

                          * * *

 


Notas Finais


Primeiramente gostaria de pedir minhas sinceras desculpas por ter abandonado a fic por um tempão, a questão é que simplesmente tive que tirar um tempo para mim e cuidar de algumas coisinhas por fora. Além disso devo admitir que o bloqueio de criatividade me afetou muito a ponto de não ter animação para continuar ( e eu agradeço muito pelos favoritos e comentários que POR ACASO tomei um susto ao ver que tinha +400 favs, vcs são incríveis, sério). Mas agora voltei a me animar mais para escrever e pretendo continuar a fic normalmente
Obs: um agradecimento especial a minha namorada incrível que puxou minha orelha e me motivou a continuar (te amo bb).
ENTÃO EU ESPERO DE VERDADE QUE VOCÊS ME PERDOEM E CONTINUEM DANDO APOIO A FIC
É isso, e mais uma vez obrigada por não desistirem de mim ( e os que desistiram sinto muito porque eu voltei com força total)
Até o próximo capítulo!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...