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História Psycho Love (SaTzu) - Emboscada


Escrita por: Satellar

Notas do Autor


Demorei mas cheguei e.e
Me desculpem pela demora e falta de memória eu realmente tinha esquecido de postar kkk
Mas enfim tem um capítulo novinho para vocês lerem agora, nos vemos lá em baixo \o/

Capítulo 9 - Emboscada


Sana acordou meio zonza e sentindo uma dor forte na cabeça. Percebeu que estava deitada no banco de trás de um carro sendo levada para algum lugar em alta velocidade por um motorista completamente desconhecido por ela.

_Quem é você? E pra onde está me levando?! - perguntou para o homem ao se sentar de forma ereta no banco tentando se recompor.

_Vou te levar para o hospital! Quase te atropelei e suas roupas estão completamente sujas de sangue! - o tremor  na voz do motorista denunciava seu nervosismo.

"Isso é uma péssima ideia."

_Não precisa, eu estou bem - Sana sabia que não estava nada bem, seu corpo todo dóia sem falar na exaustão que estava sentindo desde que saiu praticamente correndo daquela boate. Mas não podia correr o risco de ser pega e jogar por água a baixo todo o esforço que tinha feito para escapar de lá.

_É, estou vendo - riu de forma sarcástica

_Eu disse que estou bem - disse dessa vez com mais firmeza

_Olha aqui moça - ele freou o carro parando no meio da estrada e se virou para encará-la - será que dá pra colaborar? Não quero ficar com a consciência pesada de quase ter atropelado uma garota e a deixado ir sem prestar qualquer tipo de socorro! Agora fica quietinha aí que eu te levo e você vai ficar boa ok? 

_Já que você insiste...

Sana respirou fundo dando ouvidos mais uma vez aquela voz irritante que a controlava cada vez com mais frequência. Desta vez estava pedindo permissão para controlá-la. Ela não estava em condições de tomar decisões sozinha e sua cabeça estava uma bagunça então estava pensando se de deveria aceitar essa proposta. Pensava que talvez seria o melhor a se fazer já que havia se livrado de Marroni e vingado seus pais graças a ela. Então ela simplesmente deu permissão, de agora em diante faria tudo o que seu interior mandasse sem pensar nas consequências de suas ações.

Então ela atendeu ao seu instinto que estava gritando desde que acordou e partiu pra cima do homem o impedindo de ligar o carro outra vez. Ela o arranhou e pressionou seu pescoço contra o volante com toda força que possuia.

_Sua louca me solta!! - ele tentava gritar com o fio de voz que sua garganta permitia tentando se desvencilhar dela naquele espaço tão pequeno.

Sana pressionou o pescoço dele mais forte ainda no volante o sufocando aos poucos.

Ela ignorou a dor que estava sentindo nos braços e sentiu a mesma sensação prazerosa de antes ao matar Marroni friamente naquele quarto.

Ela teve certeza de que o tinha matado quando os gritos dele finalmente cessaram e seu corpo amoleceu sob o dela.

_Espero que não tenha doído tanto assim

Ela abriu a porta do lado do motorista e arrastou o corpo com dificuldade até o porta-malas. Arranjou um jeito de colocar o homem em uma posição que coubesse no espaço pequeno e o fechou.

Ela ligou o carro e começou a dirigir pelas ruas sem saber para onde ir. Flashbacks da morte de Marroni rondavam sua mente, a forma como matou ele, o  cheiro do sangue impregnado em suas roupas, o homem que havia acabado de matar sem motivo algum e que agora estava no porta-malas do carro que tinha acabado de roubar. O que Sana havia se tornado naquela noite?

                          ~*~

Chaeyoung entrou saltitando na sala que mais parecia uma biblioteca com tantos papeis e livros espalhados. Ela fez uma bolinha de papel e jogou em Tzuyu tirando a atenção da garota dos livros.

_Qual o motivo dessa alegria toda?

_Recebi uma ligação de um dos meus olheiros e adivinha o que ele descobriu?

_Não sou adivinha, desembucha

_A localização do armazém onde fica a maior parte do armamento deles! E se tivermos sorte e lá que a mercadoria contrabandeada é guardada!

_Não brinca!

_Descobrimos um jeito de cortar o mal pela raiz - Chaeyoung fez um high five com Tzuyu que estava dando pulinhos de alegria - Agora se eu fosse você eu me apressaria pra bolar alguma coisa com seus homens porque eles não fazem ideia de que nós descobrimos isso e precisamos acabar com essa palhaçada antes que seja tarde demais

_Vou ligar pro Marroni agora mesmo, ele vai amar saber disso, é um ótimo estrategista!

Tzuyu estendeu a mão para a amiga que a puxou de uma vez e lhe deu um abraço apertado a deixando sem graça.

_Bom trabalho Chae

_Vai logo antes que alguma coisa dê errado, você sabe o quanto é azarada

Tzuyu se apressou, pegou sua jaqueta e ligou para Marroni que já estava mais do que atrasado para buscá-la. Ela ligou uma, duas, três vezes mas ele não atendeu. Estranhou o sumiço do homem já que ele nunca se atrasava para os compromissos, principalmete com ela. Então ela saiu pela porta da frente da casa de Chaeyoung e resolveu ir embora por conta própria usando um dos carros da amiga. Com certeza ela não iria se importar.

Tzuyu entrou no carro Palio modelo esportivo e girou as chaves ligando o motor, mas antes que pudesse sair ela viu pelo canto do olho uma pessoa de fora se aproximando do carro. Não teve nem tempo de reagir quando a porta foi aberta bruscamente e ela foi arrancada de lá a força e jogada no chão. Ela se levantou rapidamente e percebeu que havia uma pessoa encapuzada em sua frente vindo em sua direção pronta para uma luta.  Sem pensar duas vezes ela pegou sua Magnum dourada e apontou para o estranho, mas ele foi mais rápido e chutou a arma das mãos dela com um golpe e aplicou um soco no seu abdômen a empurrando para trás com o impacto. Tzuyu se afastou um pouco para tentar se recuperar do golpe e avançou pra cima do encapuzado, dessa vez com mais foco. Ela socou com força o braço dele que serviu de escudo para o rosto, no mesmo instante ele tentou contra-atacar mas Tzuyu desviou dando um mortal pra trás e acertando o rosto do sujeito em cheio enquanto movia seu corpo para trás. O capuz do desconhecido caiu no chão ao ser empurrado revelando que na verdade o estranho se tratava de uma mulher. Ela possuía cabelos loiros e curtos imitando um corte de caráter masculino. A mulher a encarava de uma forma incrivelmente concentrada antes de praticamente correr em sua direção e agarrá-la pela cintura derrubando-a no chão. Ela ficou por cima de Tzuyu e tentou socá-la mas foi impedida pela morena que segurou um de seus socos. Ela deu uma cabeçada da mulher afastando-a na mesma hora. Mas antes que pudesse dar seu próximo golpe, sentiu seus braços sendo puxados para trás por alguém. Ela até se soltou uma vez e acertou alguma coisa ao chutar o ar cegamente por atrás mas logo depois foi imobilizada por duas pessoas que usavam um capuz parecido com o que a mulher usava anteriormente.

_Mas que porra é essa?!

_Fica calada que vai ser melhor pra você - disse a mulher se  aproximando com um sorriso no rosto. Ela socou a barriga de Tzuyu várias vezes fazendo a garota gemer de dor.

_Levem ela - a mulher ordenou

Tzuyu foi carregada até ser jogada em um carro e duas pessoas sentaram do seu lado. Seus braços foram amarrados fortemente por uma corda.

_Anda rápido, não podemos ficar muito tempo com ela aqui - o homem que estava no lugar do motorista avisou 

_Então vai logo seu verme tá esperando o quê?! - a mulher se pronunciou de forma dura e grotesca assustando o próprio comparsa

Tzuyu estava sendo sequestrada e pensou que deveriam ter armado alguma emboscada para Marroni antes dela. Era a única explicação para o fato dele não ter aparecido no horário correto deixando as coisas bem mais fáceis para eles.

_Onde está o Marroni?!

_Quem? - o homem a sua direita perguntou

_Cala a boca - a outro encapuzado da esquerda o reprendeu

_Calem a porra da boca vocês dois! - a mulher gritou deixando o silêncio predominar no carro - enquanto a você, Chou Tzuyu, deveria estar rezando pela sua vida ao invés de fazer perguntas idiotas

_Foi ela né? Ela quem mandou vocês para me sequestrarem! Digam de uma vez seus desgraçados! 

O carro arrancou rapidamente e logo em seguida alguém colocou uma espécie de fita em sua boca impossibilitando sua fala.

_Mexeu com a pessoa errada, garota - Tzuyu sentiu o tom de deboche na voz da mulher a levando a confirmar suas suspeitas.

"Se aquela cadela quer guerra, é o que ela vai ter" 

Ela já havia passado por situações parecidas ou até piores que essa e felizmente havia tido a sorte de ter saido viva de todas elas, então o que precisava fazer era pensar com cuidado antes de fazer qualquer movimento. Ela lembrou que tinha um canivete escondido na sua cintura e movimentou suas mãos discretamente até perto dele. A mulher que representava a maior ameaça estava do lado do motorista, então Tzuyu teria um tempo extra até que a mesma reagisse. Então com apenas um movimento ela pegou o canivete e cortou a corda fina que prendia seu pulso. Os homens tentaram segurá-la mas ela conseguiu socar um deles o tirando da jogada por um tempo. Então ela abriu a porta do carro em movimento e empurrou o  outro homem para fora dele. Mas logo depois ela também foi empurrada pelo cara que até então havia se recuperado do soco e que agora estava segurando-a pelo pescoço deixando sua cabeça praticamente para fora do carro. Mas Tzuyu tinha uma arma em sua posse e não hesitou em usá-la. Ela enfiou o canivete na barriga dele e conseguiu inverter as posições e também aproveitou para jogá-lo para fora do veículo ainda em movimento. Mal teve tempo de se recuperar e sentiu o cano de uma arma em sua cabeça.

_Larga esse canivete agora - a mulher disse pausadamente com o dedo no gatilho da arma.

Tzuyu esboçou um sorriso sarcástico deixando a loira confusa.

_Mexeu com a pessoa errada, garota - ela imitou a fala anterior da mulher e atirou o canivete como se fosse um dardo na mão do motorista fazendo-o tirar as mãos do volante. O carro se desgovernou pelas ruas e acabou batendo de frente com um poste.

                         ~*~

Tzuyu acordou sentindo uma dor enorme na perna direita. Ela estava dentro dos destroços do carro com a perna presa entre um dos bancos. Ela tentou uma, duas, três vezes até conseguir tirar sua perna de lá. Usou um pedaço de ferro solto que encontrou para arrombar a porta do seu lado e conseguir sair do veículo. Ela tentou se manter em pé e conseguiu com muito esforço, mas estava mancando devido ao ferimento em sua perna e tirando isso havia apenas alguns arranhões. Ela se aproximou da frente do carro e percebeu que o motorista ainda se encontrava lá totalmente sem vida com a cabeça descansada no volante, enquanto o banco do lado estava vazio. A mulher com certeza havia escapado devido ao rastro de sangue na rua mas Tzuyu não estava em condições de segui-la. Seu celular estava completamente em pedaços. Agora ela só precisava encontrar alguém que a ajudasse, então seguiu em frente em passos lentos e arrastados a fim de encontrar alguma alma viva pelas ruas naquela hora da noite.

                          ~*~

Sana parou em um bar que chamou sua atenção por ser movimentado demais para aquela hora da noite. Vendo pela quantidade de motos do lado de fora, deduziu que aquele era um daqueles bares típicos onde grupos motoqueiros costumavam se reunir para beber. Sem se importar em achar um lugar para estacionar, ela abandonou o carro no meio da estrada e entrou no lugar.

Uma música alta do gênero rock clássico tocava nas caixas de som espalhadas por todo o bar. Os frequentadores eram exatamente o que ela havia imaginado: barbudos, musculosos e grosseiros.

Ela passou reto por eles sem se importar com a sua aparência horrível ou com as piadinhas de extremo mau gosto. Entrou no banheiro onde tentou remover as manchas de sangue seco da sua roupa. Ela praticamente tomou um banho com a agua da torneira e se secou com papel higiênico. Enquanto isso se esforçava para não desmaiar com o cheiro horrível que predominava no banheiro.Depois de ter feito isso ela voltou e se sentou num banco em frente a uma bancada de bebidas onde ficava o barman. Em cada lado seu havia um brutamontes se afogando na bebida. Ela analisou todas aquelas garrafas contendo liquidos de diferentes cores e fez seu pedido.

_Me dá a mais forte que você tiver

_Tem certeza? - homem desconfiou do pedido da menina devido a sua aparência que era jovem demais para estar em um bar daquele tipo naquela hora da noite.

_Pareço estar brincando?

_Você quem manda

Sana enterrou as mãos no rosto sentindo uma dor de cabeça enorme, ela só queria fazer aquilo tudo parar e voltar a ser como era antes. Torcia para que a bebida ajudasse já que sempre ouvia de suas amigas que o álcool era o melhor remédio para um coração partido, então isso deveria funcionar com outros sentimentos certo?

O barman lhe entregou um copo pequeno que continha um líquido marrom nele.

Os dois homens que estavam sentados do seu lado levantaram bruscamente e se afastaram. Sana ignorou aquilo virou o copo engolino o liquido extremamente amargo de uma vez sentindo sua garganta queimar por dentro.

Estranhamente aquilo a fez se sentir um pouco melhor, o álcool realmente era uma coisa ótima e pensou o porquê de ter evitado aquilo sua adolescência inteira.

_Quero mais um - pediu entregando o copo novamente ao barman que riu da menina já imaginado como aquilo iria terminar.

_Achei que não gostasse de bebidas - Sana virou o rosto e viu Tzuyu sentada ao seu lado com o braço na bancada apoiando o rosto, parecia estar ali a observando há algum tempo.

_Tzuyu? É você mesmo ou o álcool já tá fazendo efeito?

_Eu mesma em carne e osso - ela girou o banco em 360° e curvou o tronco como se estivesse fazendo uma reverência.

_Porque será que a gente se encontra sempre assim do nada?

_Sei lá, vai ver você é uma daquelas stalkers malucas e vive me seguindo por aí

_Eu poderia pensar o mesmo de você

O barman entregou a outra dose para Sana que olhou para o líquido com receio

_Mas que merda é essa que você tá bebendo? - Tzuyu tomou o copo das mãos da garota e cheirou o líquido fazendo uma cara de desgosto - Yang o que deu pra ela? 

Ver Tzuyu chamando o barman tão intimamente levou Sana a pensar que a garota era uma velha frequentadora do bar, o que era estranho já que Tzuyu não tinha a mesma configuração social que o resto daqueles caras.

_Elapediu a dose mais forte, apenas atendi ao pedido - disse o homem enquanto limpava os copos com um pano.

_Traz algo de qualidade por favor, e de preferência uma garrafa, eu e minha amiga vamos passar um bom tempo aqui

Tzuyu piscou para Sana que retribuiu com um sorriso, pelo visto as duas ainda teriam uma noite bem longa pela frente.


Notas Finais


Aquela vontade de dar um pequeno spoiler sobre o que vai acontecer a partir daqui mas vou deixar vocês curiosos mesmo :)))))
Não percam o próximo capítulo da novela, até mais!!¡!


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