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História Psycho Lunatic - You became my favorite drug


Escrita por: juusynner

Notas do Autor


AAAAA, EU VOLTEIII!!
Meu deus um mês sem postar nada, SOCORRO.
Vocês ainda estão ai? Espero que sim... Não me abandonem :/
Janeiro foi um mês doido pra mim. Fui viajar, achei que ia ter tempo de escrever antes de ir ou quando voltasse, mas parece que Janeiro decidiu passar voando e quando eu vi já fazia um mês que eu não postava nada. Além de tudo, veio aquele famoso bloqueio criativo, que resolve aparecer bem quando você tem tempo pra escrever.
Mas enfim, problemas a parte, o importante é que to aqui! <3
Espero muito que vocês gostem desse,

Boa leituraaa!

Capítulo 13 - You became my favorite drug


“You became my favorite drug”

Unstoppable - The Calling

(Você se tornou a minha droga favorita) 

POV: Brian 

 

The Fountain - Bad Omens 

“Could you hold on another day?”

(“Você poderia esperar mais um dia?”) 

 

A maneira como Jenny me olhou naqueles instantes em que minha esposa estava no banheiro me deixou fora de si. Eu desejava beijá-la ali mesmo, segurar sua mão e levá-la até uma das cabines do banheiro para possui-la, como fiz com tantas mulheres antes. Visualizei seu corpo, como eu me lembrava desde aquele momento na piscina, de encontro ao meu, sua mão se apoiando na parede, enquanto eu investia contra ela.

— Brian? — Ouvi a voz de Michelle em algum canto escuro da minha mente, para depois perceber que eu estivera em silêncio, enquanto ela tentava conversar comigo e se despedia de Jenny. — Vamos, querido? Os meninos estão nos esperando, Valary já me ligou três vezes. 

A falsa delicadeza de Michelle fez com que eu estreitasse os meus olhos. 

— Sim, claro. — Eu disse, tentando me recompor — Jenny, foi um prazer conhecer você… Espero te encontrar em Milão. 

Jenny sorriu, se despediu de mim e de minha esposa e começou a se afastar, andando na direção contrária à que tomaríamos. Antes de segurar na mão de Michelle e sair em direção ao estacionamento do aeroporto, olhei para a garota de cabelos cinzas pela última vez, desejando silenciosamente que nos víssemos novamente. Ela sustentou meu olhar por um tempo, até que eu levantei as sobrancelhas, em uma pergunta silenciosa, a qual Jenny respondeu com um discreto aceno com a cabeça. Virei de costas para ela, com um sorriso se formando em meus lábios. 

— A garota parecia familiar… — comentou Michelle quando já estávamos do lado de fora, sentindo o vento frio contra nossa pele. — Você já a conhecia?

Não respondi imediatamente, olhando minha esposa, enquanto fingia confusão, apesar de estar me perguntando se ela se lembrava por causa do vídeo de Jenny entrando e saindo do hotel. 

— Não conheço. — Respondi simplesmente, atravessando a rua ao não ver nenhum carro por perto.

— Bom… — ela disse, me seguindo e fechando o casaco mais firme contra o peito — Se gostou do que viu pode aproveitar à vontade, já que quando você estiver em Milão, eu estarei bem longe. 

Ignorei aquele comentário provocador, agradecendo por ter avistado a banda e poder acelerar o passo, apesar de mancar por causa da bota. Cumprimentamos todo mundo e entramos no carro que nos levaria para o hotel. Michelle ficou ao lado de Valary, conversando com ela e explicando porque atrasamos. Já eu me sentei no fundo, longe de todos, desejando me perder em meus pensamentos.

 

“I wish I hadn’t used you to pull me 

Out of this dark lonely place.”

(“Eu queria não ter usado você para me puxar

Para fora desse lugar escuro e solitário.”) 

 

Começamos a turnê da melhor maneira possível, o show de Londres foi incrível, a platéia estava animada e o teste para o novo palco foi um sucesso. Tirar aquela bota para me apresentar fazia as horas de show serem as melhores do dia, mas era ainda pior quando eu tinha que recolocá-la. Depois que o nervosismo da primeira apresentação passou, conseguimos aproveitar mais e relaxar diante dos fãs. Apesar de tudo estar bem entre toda a equipe e do animo estar nas alturas, o clima estava muito estranho e isso se devia, principalmente, a Michelle. 

Minha esposa praticamente não dirigia sua palavra a mim e eu comecei a desconfiar que só continuava nos acompanhando para me impedir de aproveitar qualquer oportunidade com as fãs — enquanto ela não tinha qualquer noção de que, mesmo sem ela, eu não iria querer mais ninguém, porque toda a minha mente estava ocupada por uma certa garota de cabelos acinzentados. O desconforto que ela gerava quando, conversando animadamente com todos, ignorava qualquer coisa que eu dissesse, era palpável, apesar de todos fingirem que não percebiam. 

Durante aqueles dias que passamos juntos, meus amigos tentaram me questionar sobre o que estava acontecendo, mas eu não queria que eles ficassem fiscalizando o quanto eu bebia, então desconversava e dizia que ainda era sobre a briga do aborto, o que não era totalmente mentira. Finalmente, o dia de partir para a França chegou e Michelle se despediu de mim friamente, levando a bota ortopédica consigo, que já não era necessária, enquanto Valary dava um abraço caloroso em Matt. Nos despedimos delas e seguimos para Paris, em um vôo de algumas horas. Eu não pude deixar de pensar em Jenny, enquanto esperava naquele mesmo aeroporto em que nos encontramos semanas antes.

Livre da fiscalização de minha esposa, cheguei no hotel e, logo, me preparei para descer e explorar o bar. Porém, ao abrir a porta do quarto, me surpreendi ao me deparar com Matthew, Zachary, Johnny e Dan do lado de fora. Eles pareceram  embaraçados por eu ter flagrado-os, mas logo Matt tomou a frente e perguntou:

— E ai cara? Onde você estava indo?

— No bar do hotel, mãe. — Respondi, revirando os olhos, enquanto encostava no batente da porta.

— Então… — disse ele, olhando para os lados em busca do apoio dos amigos — Temos uma coisa para falar com você. 

Eu, já perdendo a paciência, porém razoavelmente curioso, me afastei do batente para que meus amigos entrassem. 

— Pronto. — Eu disse, batendo a porta e me encostando na parede, descontraído. 

— Brian… — Zacky começou, mas logo foi interrompido por Matt:

— Primeiro de tudo, eu quero te pedir para não culpar Michelle ou Valary por isso. Elas querem o seu bem.

Estranhei aquele início de conversa, sentindo que aquilo era muito menos um bate papo e mais uma intervenção. Em minha cabeça, questionei o fato de que Michelle quereria meu bem, mas não expressei esse meu sentimento. 

— Dá para parar de enrolar? — Eu disse, começando a ficar irritado.

— Ficamos sabendo que você provavelmente causou o seu próprio machucado no pé e queríamos saber o que aconteceu. — Disse Johnny, sem rodeios. 

Estreitei os olhos para meus amigos, confirmando minha teoria de que estavam todos lá contra mim. Michelle devia ter falado algo e eu fiquei me perguntando o que, sem me atrever a dar explicações.

— Não estamos aqui contra você. — Disse Matt. 

— Queremos o seu bem. — Completou Zacky. 

— Michelle só queria te ajudar. — Dan disse, em apoio aos amigos. 

— O que ela disse? — Perguntei, sentindo a raiva me corroer por dentro. 

Vi meus amigos se encolherem devido ao meu tom de voz, principalmente pelo modo enojado com o qual eu me referira à minha esposa. Eles sabiam que eu me transformava quando estava furioso. 

— Ela disse que você anda escondendo bebidas em casa e mentindo para todos nós. — Continuou Dan. — Ela só queria que cuidássemos de você enquanto ela não estivesse aqui. 

Fechei a minha mão, pronto para dar um soco e esperei que eles continuassem, esperei pela tempestade, desejando que alguém gritasse comigo, dissesse o quanto eu era burro por me matar lentamente em cada gole. 

— Michelle não disse nada, mas Val ficou preocupada… — disse Matt, mas se interrompeu e eu pude ver o modo como Zacky olhou para o amigo, como se o reprovasse pelo que acabara de falar.

— Ela ficou preocupada com o que? — Perguntei, mas não obtive resposta. — Matthew… Com o que Valary ficou preocupada?

— Ela achou estranho que Michelle não quis contar onde estava quando você se machucou…

— Ela estava no cabeleireiro. — Respondi prontamente — Lembro que aquele dia ela chegou com as unhas pintadas e cabelos arrumados. 

— Valary disse que as duas saíram do cabeleireiro cedo aquele dia, então ela deveria estar em casa quando você se machucou…

— O… O que isso quer dizer? — Perguntei, tentando organizar minha mente confusa. 

— Val acha que ela viu você se machucando… E também acha que de algum modo você tenha… Que você quisesse, na verdade, machucar Michelle. — Respondeu Matt, olhando para as mãos, sem se atrever à olhar em meus olhos — Valary achou muito estranho que a irmã não quisesse contar onde estava e também acha que ela está protegendo você.

— Matt… Você está dizendo o que eu penso que está? — Perguntei lentamente, me aproximando dele, agachei na sua frente, para que nossos olhos ficassem na mesma altura e disse: — Matthew Sanders, olhe nos meus olhos agora e me diga que você acha que eu agredi, ou quase agredi a minha mulher. OLHE NOS MEUS OLHOS AGORA, E DIGA QUE VOCÊ ESTÁ ME ACUSANDO DESSA MANEIRA. 

Meu amigo não levantou os olhos, mas eu senti os outros ao lado dele se mexerem desconfortáveis, como se estivessem prontos para me segurar se fosse necessário. Quando não obtive nenhuma resposta deles, fui em direção à minha mochila e peguei o pequeno frasco de bebida que eu levara e que eu enchia nos bares dos hotéis sempre que possível. Tomei um gole desesperado, com vontade de bater neles, que me acusavam daquele jeito, sem saber sobre nem um centésimo do inferno que estava a minha vida em casa.

— Que tipo de monstro vocês acham que eu sou?! — Perguntei indignado, limpando a bebida que escorria em meus lábios. 

— A gente não acha… — começou Zacky, mas eu praticamente nem o escutei, enquanto continuava a falar:

— Que porra de imagem que eu passo para vocês? Só porque eu as vezes preciso de um gole de uma bebida pra acalmar todos os meus nervos? Só porque minha vida com Michelle está uma merda? Só porque eu não tenho a menor vontade de continuar com ela e tenho um relacionamento completamente fodido, diferente do de vocês? Só porque seus casamentos são dignos de um conto de fadas e suas esposas são maravilhosas e toda a vontade de comer alguém aleatório que vocês encontram em turnê sumiu? Pois é, minha vida não é perfeita que nem a de vocês. Quase todos vocês tem filhos, vocês tem alguém em quem podem confiar e eu, ultimamente, só posso confiar que a porra do álcool vai me ajudar a passar por isso sem sentir tanta dor. 

Falei tudo aquilo em um só fôlego, sem olhar para os meus amigos, enquanto andava de um lado para o outro do quarto, libertando todos os meus sentimentos. Quando me dirigi à eles novamente, cada um olhava para um lugar diferente do quarto, mas ninguém ousava me olhar nos olhos. 

— Se vocês querem saber… — eu disse lentamente — Ela não estava em casa naquele dia. Eu estava bebendo, sim e estava um pouco bêbado, mas isso nunca nos impediu de subir no palco e fazer o que deveríamos fazer, então, não, o álcool não me afetou de maneira alguma. Eu sem querer quebrei a garrafa de whisky e, além de desperdiçar tudo, sujei a casa inteira e com certeza deixaria o cheiro como evidência. Sim, eu estava escondendo tudo dela, porque, como eu disse, só o álcool estava me ajudando a passar por tudo e eu não queria parar. Quando fiz essa merda, fiquei tão puto comigo mesmo que chutei o batente da porta. Queiram acreditar em mim ou não, foi o que aconteceu e eu não tenho ideia de onde ela estava. Por tudo o que sei, Michelle provavelmente poderia estar dando para algum cara.

Quando terminei de falar, a raiva me consumiu mais e eu bebi mais um gole, pensando no quanto Michelle era filha da puta por se fazer de vítima. Sentindo vontade de explodir aquele prédio todo, dei um soco na parede e sai rapidamente do quarto, procurando por mais bebida, já que eu virara o último gole do meu frasco em minha boca. Apenas quando eu cheguei no elevador e vi que ninguém me seguia que percebi porque meus amigos pensaram tudo aquilo de mim: eu realmente era um monstro.

 

“What will I have when even the 

Hurt is gone and I can’t feel a thing?”

(“O que eu terei quando até a 

Dor for embora e eu não poder sentir nada?”) 

 

Virei o segundo copo em um só gole e fiz sinal para o barman me servir mais. Enquanto eu via a bebida cair preguiçosamente dentro do meu copo, eu tentava, sem sucesso, afastar todos os pensamentos que me consumiam naquele momento. Eu me sentia traído, não queria acreditar que todos eles se voltaram contra mim e estavam apoiando Michelle daquela maneira. Bebi um grande gole do whisky puro, segurando o copo com minha mão direita e sentindo aquela sensação reconfortante. Pensar em minha esposa trouxe toda aquela raiva de novo e eu tomei mais um gole, tentando esquecer. 

Se havia algo que eu realmente desejava naquele momento, era Jenny. Ela flutuava por minha mente, indo e voltando, mas eu simplesmente não conseguia parar de pensar nela. Tentei me distrair, tentei contar quantas garrafas estavam expostas naquelas prateleiras do bar, mas eu só conseguia vê-la.

Estava tão absorto em meus pensamentos, que nem percebi quando uma mulher se aproximou de mim. Por isso, sobressaltei quando ouvi uma voz em meu ouvido:

— Passando por maus bocados? — Me virei rapidamente e ao mesmo tempo que era preenchido por uma tênue esperança, eu sentia a mesma ir embora. Aquela voz delicada, o perfume delicioso e talvez as doses de álcool que percorriam o meu sangue, me fizeram acreditar, por um instante, que a mulher que falara comigo era Jenny. Porém, assim que me virei vi que estava errado, já que me via em frente à uma mulher de cabelos pretos, longos e que caiam em cachos por seus ombros, diferente dos cabelos castanho-acinzentados e na altura do ombro de Jenny. Sua pele clara não tinha qualquer semelhança com o tom quase acobreado e queimado de sol da brasileira. Tudo entre elas era completamente diferente, a não ser os lábios. 

— Está tudo bem? — Ela me perguntou, movimentando sua boca pintada com um batom vinho, muito parecido com o que Jenny usara no dia do show. 

— Tudo… ótimo. — Respondi, ainda um pouco distraído e bebendo mais um gole do whisky, enquanto percebia que aqueles lábios iguais não eram suficientes para fazer com que ela se transformasse em Jenny na minha cabeça. Seus movimentos eram tão diferentes, o modo que aquela mulher me olhava era muito mais predatório e menos inocente. Ela usava um vestido preto, colado em seu corpo, que destacava as suas curvas, o perfeito artificio para me atrair. 

— Não parece… — ela murmurou, enquanto acenava para o barman, que rapidamente a serviu com um licor avermelhado, sem nem mesmo que ela pedisse. Talvez ela fosse uma cliente assídua do hotel. — Não vou te dizer meu nome, mas pode me chamar de Louise.

Ela tomou um gole da bebida e olhou em minha direção, sorrindo com o canto dos lábios. Meus olhos estavam fixos nos dela, de um azul claro que prendia a minha atenção. Sua mão percorreu a minha perna, subindo lentamente do joelho em direção ao quadril. Talvez eu precisasse daquilo para esquecer de tudo, talvez eu precisasse de uma mulher estonteante como aquela, completamente diferente de minha esposa e de Jenny.

Com um risonho debochado, ela recolheu a mão, para tomar mais um gole da bebida e continuou me olhando, como se esperasse alguma reação da minha parte.

— Não vai falar seu nome? — Ela perguntou. 

— Brian. — Respondi simplesmente.

— Eu te disse um nome qualquer, e você me responde com o seu nome verdadeiro? — Ela perguntou, com um inglês carregado de sotaque francês.

— Como sabe se é meu nome verdadeiro? 

Louise sorriu, depois pegou em minha mão e me levou em direção à saída.

— Eu preciso pagar… — eu disse, sentindo a tontura gostosa depois de tomar whisky. 

— Eu resolvo isso. — Ela disse, ao mesmo tempo que fazia um sinal para o barman. 

Não tive tempo de ver a reação dele, pois ela me levou para fora do bar, em direção aos elevadores do hotel. Depois de subir diversos andares e caminhar por um corredor comprido, paramos em frente à um quarto que não era o meu. Ela abriu a porta e me puxou para dentro, segurando a gola da minha camiseta. Quando me dei conta, estava com Louise em meus braços, nossos lábios unidos em um beijo quente e gostoso. Também não percebi quando ela tirou minha camiseta e jogou no outro canto do quarto, o que me daria um grande trabalho quando eu a tivesse que recolher apressadamente, não muito tempo depois. 

Apesar de estar um pouco aéreo, estava muito ciente de que eu queria aquele vestido preto longe dali, então logo dei um jeito de alcançar o zíper e me livrar dele. A levei para a cama macia, me postando em cima dela e, ao mesmo tempo que eu segurava seus seios fartos com ambas as minhas mãos, Louise alcançava a minha calça, abrindo o botão. 

Foi naquele momento que algo em minha mente se acendeu. Eu pensei ter visto uma luz vermelha piscar em algum lugar do quarto, mas julguei que era fruto da minha imaginação, entretanto era como se aquilo fosse um aviso do meu subconsciente. Eu iria me arrepender, eu queria Jenny, não queria uma francesa qualquer que aparecera sem mais nem menos em minha frente. Eu queria Jenny, só Jenny. 

Me levantei abruptamente, observando a expressão decepcionada no rosto de Louise. Achei minha camiseta no outro canto do quarto, a vesti e disse, enquanto fechava o botão da calça:

— Desculpa… Eu não posso fazer isso. Sou casado. Michelle…

 

“I wish I had not held

Held on to you so long”

(“Eu queria não ter segurado

Segurado em você tanto tempo.”) 

 

O toque do telefone me acordou cedo naquele dia. Depois de sair quase correndo do quarto daquela mulher desconhecida, eu fui até meu quarto, agradecendo silenciosamente por meus amigos não estarem mais lá. Fiquei tão perdido em pensamentos, lembrando da sensação que eu tive na noite anterior, que nem me preocupei em beber mais e acabei dormindo razoavelmente cedo. Por isso, quando o meu celular tocou as 9 da manhã do dia seguinte, eu não tive dificuldade de atender e não sentia qualquer indício de ressaca.

— Alô? 

— EU NÃO ACREDITO NO QUE VOCÊ FEZ. — A voz gritada de Michelle me obrigou a afastar o telefone da orelha e eu logo desconfiei que ela se referia à discussão com os meus amigos. Quando eu achei que estava seguro, aproximei o celular do rosto novamente, apenas para ouvir mais um grito, em uma voz levemente chorosa: — EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ ME FAZ PASSAR VERGONHA DESSA MANEIRA. E ALÉM DE TUDO FOI FILMADO. COMO EU VOU EXPLICAR ISSO PARA A MINHA FAMÍLIA?

Encarei o telefone por um instante, sem entender sobre o que Michelle estava falando. 

— Espera um segundo… Sobre o que você está falando? — Perguntei confuso. 

— Mas é claro que você não viu! Deve estar com uma ressaca do cacete e provavelmente iria dormir até três da tarde. — Minha esposa respondeu em um tom sarcástico — Entra no seu instagram e você vai entender, depois me liga de volta.

A ligação terminou antes mesmo que eu pudesse responder qualquer coisa. Ainda muito confuso, abri a rede social e fui inundado de notificações assim que o fiz. Não precisei procurar muito para achar um vídeo que estavam me marcando e me sobressaltei ao perceber que era uma gravação do dia anterior, no quarto de Louise. Foi quando eu percebi que aquela luz vermelha não fora imaginação e provavelmente a mulher postara aquilo porque devia me conhecer, daí o fato de que ela sabia que Brian era meu nome verdadeiro, e com certeza ficara furiosa porque eu a recusara.

Entendi a perturbação de minha esposa ao ligar o som do vídeo e ouvir uma série de gemidos femininos e os meus próprios, enquanto eu, já sem camisa, levava a francesa para a cama, depois de arrancar seu vestido de maneira quase violenta. Continuei assistindo o desenrolar dos acontecimentos, até que eu disse, em uma voz baixa: 

— Desculpa, não posso fazer isso. Sou casado. Jenny…

Me sobressaltei ao ouvir o nome que saíra da minha boca e assisti novamente ao vídeo para ter certeza. Eu tinha certeza que dissera Michelle quando saíra, mas aparentemente não e, ao ler a legenda daquele vídeo, eu percebi toda a fúria de minha esposa:

 

“Supermodelo francesa é filmada em momentos íntimos com o guitarrista da banda Avenged Sevenfold, Synyster Gates. Mas para a surpresa de todos, ele recusa no último momento e alega que é casado, como todos sabemos com Michelle Haner. Porém, antes do vídeo acabar podemos ver que ele diz o nome de outra mulher: Jenny. Quem será essa sortuda misteriosa?”

 

— Caralho… — murmurei, discando o número de Michelle, mas com os pensamentos ocupados por Jenny. Como será que ela reagiria àquele vídeo, com menos de duas semanas para o show de Milão? 

Eu provavelmente arruinara tudo, antes mesmo que começasse.

 

“Would you had been there when I came home?”

(“Você estaria lá quando eu voltasse para casa?”) 


Notas Finais


E ai o que acharaaam??
Capítulo todo narrado pelo nosso lindo Brianzinho. Ele se metendo em confusão como sempre. Será que esse homem não consegue ficar um segundo sem se ferrar?
Como será que Jenny vai reagir ao vídeo heinnnn? Façam suas apostas.
E comentem <3 quero saber o que acharam e se ainda estão vivas hahaha

Beijoooos,
Juu


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