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História Psycho Lunatic - Jenny was a friend of mine


Escrita por: juusynner

Notas do Autor


GENTEEE,
atrasei um pouquinho hoje no horário né? Estou apertada com o "estoque" de textos dessa história, então estou sempre escrevendo o capítulo na semana que eu posto, embora ele já esteja com todas as cenas pensadas. Mas ai eu escrevi um pouco ontem, mas não rendi muito e precisava escrever hoje e junto com isso tinha um trabalho pra fazer. Acabou que terminei o trabalho cedo e fui feliz escrever. AI eu me empolguei e esse capítulo ficou enorme, perto do que eu estou acostumada a postar. Até pensei em jogar uma parte pra semana que vem, mas sinceramente, fiquei até agora escrevendo isso, já atrasou mesmo, pra que guardar de vocês? Quanto mais melhor, né não?

Aaah, eu queria agradecer também pelos leitores novos que estão lendo PL!! Aaaah <3 to tão feliz que mais pessoas estão lendo! Sejam todos bem vindos!

Espero muito que gostem desse <3 (spoiler: ta muito amorzinho)
Boa leitura!

Capítulo 22 - Jenny was a friend of mine


Jenny was a friend of mine

Jenny Was a Friend of Mine - The Killers

(“Jenny era uma amiga minha”) 

POV: Jenny

Jenny - Walk the Moon 

“Jenny got your number, and I’ve got you for the summer

It’s a bummer that things go so fast”

(“Jenny tenho seu número e te tenho para o verão

É uma pena que as coisas passem tão rápido”) 

 

O avião pousou quando eram exatamente 10:35 da noite do dia 19 de junho. Eu estava muito cansada, quase me arrastando pelos corredores do aeroporto em direção à alfândega. Meu coração batia no mesmo ritmo acelerado que estava, desde que eu me despedira da minha família em São Paulo. Ninguém me levara até o aeroporto daquela vez, me deixando ainda mais nervosa. 

Eu não sabia o que pensar daquele “emprego” que eu conseguira e, muito menos, sabia o que pensar do tempo que eu passaria na cidade de Brian, em contato com ele o tempo todo. Michelle era um dos fatores que me importunavam bastante, desde a semana anterior, quando eu recebera aquela ligação. 

Assim que passei pela alfândega, o enxerguei parado no meio do saguão. Um sorriso de orelha a orelha estampava seu rosto, segurando uma placa nas mãos. “A mulher mais linda do mundo”, era o que estava escrito. 

— Sério? — Eu perguntei, quando me aproximei dele. 

— Ahn… Eu te conheço? — Perguntou Brian, fazendo uma expressão de confusão, mas depois caindo na gargalhada quando eu fiquei séria.

— Seu idiota. — Eu disse, batendo em seu braço com a mão espalmada. — Já achei que não era para mim. 

— É claro que é para você. — Disse ele, rindo e pegando a mala de minhas mãos. — Bem vinda a Los Angeles, Jenny. 

— Obrigada. — Eu disse, o seguindo e me perguntando para onde iríamos agora que eu estava lá. Percebi, com certa tristeza, que ele evitara me tocar ali, publicamente, como fizera em Milão. As coisas seriam diferentes em sua cidade natal. 

— Bom, pensei que poderíamos deixar suas coisas onde você vai dormir, para você começar a se acomodar. — Disse Brian, como se lesse meus pensamentos — E ir comemorar no bar mais maravilhoso de Huntington Beach! 

— Johnny’s bar? — Perguntei, colocando meus conhecimentos de fã em ação. 

— Esse mesmo. — Disse ele, sorrindo. — Johnny e Zacky já estão nos esperando lá. Matt não… Matt não vai poder ir. 

— Ah, que pena. — Eu disse, realmente querendo que ele fosse, afinal, era meu vocalista preferido.

A viagem até Huntington Beach não demorou tanto quando eu pensei que demoraria. Fiquei olhando a paisagem, enquanto Brian dirigia, percebi que ele segurava o volante com força, parecendo nervoso. O banco de couro luxuoso do carro, que eu imaginava ser, caríssimo gelava as minhas pernas descobertas e me fazia ficar arrepiada. Uma música do Duran Duran tocava na rádio, o que me fez sorrir para Brian. 

— Me poupe da piadinha com Duran Duran. — Disse ele, revirando os olhos. 

— Na verdade… Eu gosto muito. — Eu disse, sorrindo para ele. 

Brian esticou a mão e apoiou em minha coxa, fazendo a minha pele se eletrizar. Ele riu e eu olhei com curiosidade para ele, tentando entender o motivo da risada. 

— Você está com o vestido. — Disse ele, olhando para mim, enquanto esperava o semáforo ficar verde. 

Eu ri, mas cruzei os braços na frente do meu peito e reclamei:

— Não vai me dizer que só viu agora. 

— Claro que não. — Disse ele — Foi a primeira coisa que vi, assim que saiu por aquelas portas. 

Eu ri, sentindo meu rosto corar e, imediatamente, introduzi outro assunto para disfarçar: 

— Onde eu vou ficar hospedada? É muito longe do estúdio?

— Alguns quarteirões de distância, apenas. — Respondeu Brian, sorrindo. 

— E da sua casa? — Perguntei, olhando para ele. — É longe? 

— Você acha que eu iria morar longe do estúdio? — Perguntou ele, olhando para o caminho em sua frente. 

— Qual a distância entre sua casa e o estúdio? — Insisti, querendo que ele respondesse. Eu não estava gostando da expressão divertida em seu rosto e de suas respostas evasivas. 

— Alguns quarteirões.

— Essa foi a mesma resposta que deu para a distância de onde eu vou ficar hospedada. — Eu disse, teimosamente. Quando vi o sorriso de Brian crescer diante da minha observação, eu disse, na minha melhor voz de mãe dando bronca no filho: — Brian Haner. Você não fez isso?!

Ele riu, olhando para mim como uma criança que fez besteira. O semáforo fechara e ele pôde soltar o volante para fazer um carinho em meu queixo. Depois soltou um gemido rouco, que me fez morder os lábios e disse:

— Eu amo você brava.

— Brian, é sério. — Eu disse, enquanto ele sorria — Eu espero muito que você tenha reservado um quarto de hotel para mim. 

— Não é bem um hotel… É mais uma pensão. — Disse ele — E você tem sorte porque só tem um morador lá. 

— Brian! — Exclamei, irritada de verdade. O que Michelle faria?! — Você sabe que eu não posso dormir na sua casa, não é?

— Por que não? — Ele perguntou, o sorriso morreu de seu rosto, quando viu que eu falava sério. 

— Porque você tem uma esposa! — Eu quase gritei quando falei. — O que ela vai pensar quando ver uma outra mulher dormindo na casa dela?!

— Ah. — Brian murmurou, o sorriso voltando ao rosto — Não se preocupe com isso. 

Fiquei em silêncio, tentando entender o que ele acabara de dizer, mas antes que pudesse perguntar qualquer outra coisa, ele disse:

— Chegamos. 

Brian estacionou o carro e ajudou a descer minha bagagem. Estávamos na frente de uma mansão, enorme. O jardim da frente era muito bem cuidado, com plantas de todos os tipos e cores. A porta de entrada de madeira escura, contrastava perfeitamente com as paredes cor creme e as grandes janelas de vidro. Assim que entramos, fiquei ainda mais impressionada. A sala e a cozinha formavam um ambiente só, enorme e com pé direito duplo. A casa tinha dois andares e de um lado estava uma escada que eu imaginei que daria para os quatros e do outro uma porta de correr enorme que dava para a área da piscina e para um terraço. Dali, era possível ver o mar e eu poderia apostar que teria algum modo de acessar a praia direto da casa.

A casa era muito bem decorada e eu me peguei pensando no quanto daquela decoração era dedo de Michelle. Aquela estadia não faria muito bem para mim, com a presença dela tão viva. No dia seguinte eu iria procurar um hotel.

Percebi que existiam vários porta-retratos espalhados pela casa. Alguns do Avenged, vários de Brian com Jimmy e Brian com a família, mas não vi uma única foto de Michelle. Me perguntei se aquilo era proposital.

— Você quer tomar banho antes de ir? — Ele perguntou, colocando minha mala no chão. 

Eu assenti e fui levada até a suíte. A cama de casal foi a primeira coisa que vi: era enorme, impecavelmente arrumada com um edredom preto. Tentei não olhar muito, com medo de encontrar alguma roupa de Michelle perdida por ali. Brian me indicou o banheiro e perguntou, antes que eu entrasse:

— Quer ajuda?

— Ajuda para que? — Perguntei, abrindo a mala no chão e procurando roupas limpas. 

— Tomar banho, é claro. — Ele disse, com as sobrancelhas levantadas. 

Eu revirei os olhos, andando até o banheiro e fechando a porta. Girei a tranca por garantia e entrei no chuveiro rapidamente: já estava muito tarde e eu estava muito cansada, então não queria demorar muito para sair. Enquanto me lavava, percebi o porque Brian não ficara impressionado com o banheiro do hotel de Milão: o da casa dele era maior. Eu tomava banho no chuveiro separado, um espaço tão grande que eu poderia dançar valsa livremente. Ao lado estava uma banheira enorme, e na frente a bancada de uma pia, que se estendia por toda a parede oposta. Percebi que bancada estava vazia, sem nenhum único perfume feminino, apenas uma escova de dentes, um sabonete e um desodorante.

Sai do banheiro e encontrei Brian deitado na cama, com os braços e pernas estendidos, olhando para o teto. Assim que dei alguns passos, ele se levantou rapidamente. 

— Vamos? — Perguntou ele, olhando minha roupa e aprovando com um sorriso. 

— Antes… Posso dizer uma coisa? — Eu perguntei me aproximando dele e apoiando as mãos sobre seu tórax. Ele passou os braços por minha cintura e esperou que eu continuasse, então assim o fiz: — Amanhã eu vou procurar um hotel para ficar. Não acho que é certo eu ficar aqui… Me sinto uma intrusa. Eu não pertenço à esse lugar, Brian. 

— Ei. — Ele disse, levantando meu queixo com a mão e me obrigando a olhar para ele. — Você pertence onde eu pertenço, Jenny. 

— Mas… — murmurei, sem saber direito que argumento usar — Nos vimos há quase seis meses e nem nos falamos nesse tempo. Você não acha que estamos indo um pouco rápido? Eu estou na sua casa… E-eu queria saber o que isso significa. É difícil para mim, Brian... Nós ficamos juntos por dois dias se somar todo o tempo e você está me chamando para dormir na sua casa? Eu nem ao menos achava que você viria me pegar no aeroporto. Eu não achava nem que iria me ligar.

— Jenny. — Ele disse sério, apertando o abraço ao meu redor — Eu estou te convidando para ficar aqui durante o tempo que você precisar para deixar o estúdio pronto. Depois nós pensamos no que fazer… É tão errado assim eu querer ficar um pouco com você? Eu quero aproveitar cada parte sua. Claro que, se você não quiser, não tem o menor problema, você que manda aqui. 

Eu sorri, sem saber direito como agir. 

— Brian Haner me diz que quer aproveitar cada parte minha e ainda acha que eu não vou querer. — Murmurei, como se dissesse para mim mesma. 

Ele riu diante da minha fala e me puxou para um beijo. Nossos lábios se encostaram, matando as saudades uns dos outros. Eu o beijei calmamente, aproveitando o seu gosto o máximo que pude. A mão grande dele desceu por minha cintura e chegou em minha bunda, ele apertou levemente, pressionando meu corpo contra o dele. Quando senti a sua ereção encostar em minha barriga, não consegui controlar meu desejo por ele e aumentei a intensidade do beijo. Seus dedos ágeis procuraram por minhas pernas, encontrando o meu centro com facilidade. 

Suspirei quando ele afastou minha calcinha alguns centímetros e introduziu dois de seus longos dedos em mim. Enterrei as unhas em seu bíceps e soltei um gemido quando ele moveu a mão dentro de mim, alcançando o meu ponto mais fraco. Antes que eu pudesse sentir todo o prazer me dominar, Brian tirou os dedos. 

— Brian. — Reclamei, fazendo um bico com os lábios. 

— Não adianta me olhar dessa maneira. — Ele disse, me empurrando em direção à porta — Temos uma comemoração para fazer e você deve estar cansada, então temos que ir logo. Vamos ter muito tempo para nós dois depois. 

Eu resmunguei, enquanto era empurrada em direção à saída da casa. 

— Por quanto tempo mais você vai me castigar por ter te mandado embora do meu quarto naquele dia em São Paulo? — Perguntei, quando entrei no carro.

— Até você não me querer mais. — Disse ele, rindo e dando a partida — O que você fez foi cruel.

Seguimos apenas alguns minutos até o bar, que eu vira tantas vezes nas filmagens de DVDs da banda. Sorri quando vi a placa em cima do estabelecimento e entrei, andando ao lado de Brian. Antes de passarmos pela porta, ele estendeu a mão para mim e entrelaçou seus dedos nos meus. Senti meu coração acelerar, sem saber o que pensar, enquanto entrávamos no ambiente escuro. 

Brian cumprimentou quase todas as pessoas ali dentro e me levou até um canto mais reservado, ao lado de uma mesa de sinuca. Provavelmente aquele espaço era exclusivo deles. Zacky e Johnny já tomavam cerveja sentados na mesa e se levantaram assim que me viram. 

— Jenny! — Disse Johnny me abraçando, fazendo com que Brian soltasse minha mão. O baixista ficou olhando para o amigo com uma cara de safado, enquanto me abraçava. 

— Solta ela. — Disse Brian, ciumento, mas com um sorriso no rosto.

Zacky empurrou Johnny e veio me abraçar também, então disse em meu ouvido, falando alto demais: 

— Não liga para o Johnny. Ele já está bêbado. 

— E você não? — Perguntou Brian sorrindo e cumprimentando o amigo com um abraço masculino e bruto. 

Nós quatro nos sentamos ao redor da mesa e conversamos por bastante tempo. Os dois lembraram de quando me conheceram e como eu dera em cima de Brian naquele dia no backstage. Eu ri, me lembrando daquilo e me perguntando de onde eu conseguira coragem para dizer o que disse. Falamos um pouco sobre a minha formação e marcamos uma reunião no estúdio no dia seguinte, para eu conhecer o ambiente e começar o projeto. 

— Meio dia, pode ser? — Perguntou Brian, acenando para o garçom trazer mais cerveja. 

Todos concordaram e assim ficou combinado. Fizemos algumas competições para ver quem esvaziava o copo de cerveja mais rápido, mas era impossível competir com eles. 

— Estou acostumada com cachaça. — Eu disse — Gosto muito de cerveja, mas não consigo virar muito. 

— Cachaça. — Repetiu Johnny, em um sotaque português muito engraçado — É aquilo que tinha na afterparty em São Paulo?

— É. — Respondi rindo e sentindo saudades da bebida. — É bem mais forte que cerveja, mas eu adoro. 

— Vou tentar encontrar para você. — Disse Brian, puxando o meu queixo e depositando um beijo em meus lábios. Fiquei paralisada ao perceber que ele fizera aquilo na frente de Johnny e Zacky, mas aparentemente os dois encararam a atitude com naturalidade e eu fiquei bem mais tranquila. 

Depois de um tempo, decidimos jogar sinuca e, como eu não sabia muito bem, Brian me ajudou. Ele parava ao meu lado, ajudando com a posição dos meus braços e, propositadamente, encostando seu membro em minha bunda. 

— Isso está parecendo filme pornô. — Eu sussurei, rindo. 

— Se fosse um filme pornô, eu iria te comer em cima dessa mesa assim que o bar esvaziasse. — Disse ele em meu ouvido, colocando o lóbulo da minha orelha na boca e chupando discretamente. 

Eu quase desmaiei ali mesmo com o que ele disse, mas tentei manter a compostura, pois Zacky e Johnny estavam perto. Jogamos por tanto tempo e estava tão divertido, que esqueci de todo o cansado que me dominava antes. Aqueles três eram extremamente divertidos e me entreteram a noite toda, madrugada adentro. 

Um homem mais velho, careca com uma barba branca e comprida apareceu no ambiente. De repente, percebi que o bar estava silencioso, a não ser por nossa conversa alta. 

— Brian. — Disse o homem, cumprimentando o outro com um abraço — Está com sua chave hoje?

Brian assentiu e o homem saiu depois de acenar para todos e me olhar com curiosidade. 

— Chave? — Perguntei assim que ele foi embora e o barulho da porta fechando soou no ambiente vazio.

— Ficamos tanto aqui e até tão tarde que Johnny fez uma cópia da chave para cada um de nós. — Explicou Zacky, mostrando a sua, guardada no bolso. 

Apesar de estar ansiosa para ficar sozinha com Brian, não demorou muito para que Zacky e Johnny fossem embora depois daquilo.

 

“Jenny’s got a body just like an hourglass

But I’m taking my time, taking my time

I wanna be the sand inside that hourglass”

(“Jenny tem o corpo igual uma ampulheta

Mas eu estou tomando meu tempo, tomando meu tempo

Eu quero ser a areia dentro dessa ampulheta”) 

 

Assim que Zacky e Johnny saíram pela porta, e Brian girou a chave na fechadura, ele se virou em minha direção. A expressão em seu rosto já dizia o suficiente e eu ali, sentada em cima da mesa de sinuca, não pude deixar de lembrar de um sonho que eu tivera certa vez. Pouco antes de minha vida virar de cabeça para baixo por causa daquele homem. 

Brian se aproximou lentamente, parecendo um leão que circunda sua presa antes de atacar. Seus lábios estavam levemente esticados em um meio sorriso sedutor e suas sobrancelhas arqueadas. 

— Estamos no meio do bar, Brian. — Eu disse, assim que ele se aproximou.

— Sozinhos. — Ele argumentou, colocando uma das mãos em minha cintura e me puxando para a borda da mesa, para que nossos corpos ficassem colados.

Eu dei risada, revirando os olhos para o que ele sugeria. Quando estávamos juntos, parecíamos dois adolescentes tarados, como ele próprio dissera em Milão. Nos encaramos por alguns segundos, aquele sorriso sedutor não deixara seus lábios, enquanto ele esperava eu responder a sugestão que deixara no ar. 

Antes mesmo que eu pudesse pensar, nossos lábios estavam colados e nos beijávamos com urgência. As persianas estavam de fato fechadas e nós estávamos com a chave do lugar, apesar de saber que mais pessoas possuíam maneiras de entrar, no fundo eu sabia que não teria qualquer motivo para alguém aparecer de madrugada ali. 

Nossos lábios não se descolaram, até que nos separamos para tomar ar. Nossas respirações ofegantes eram condizentes com o estado de excitação de nossos corpos. Eu sentia como se uma inundação tivesse invadido minha calcinha e podia sentir o volume de Brian mesmo sem encostar totalmente nele. 

— Sentiu minha falta? — Ele perguntou, em meio a beijos que depositava em minha clavícula e na base do meu pescoço, arrepiando todo o meu corpo. 

Eu assenti, incapaz de proferir qualquer palavra que não saísse na forma de um gemido. Entrelacei minhas pernas em sua cintura e puxei Brian para mais perto de mim. Senti todos os pêlos do meu corpo arrepiarem, quando ele disse em meu ouvido, com uma voz rouca, inundada de desejo:

— Eu estava contando os segundos para poder fazer isso. 

Ao mesmo tempo que ele falava, puxava a minha blusa por cima de minha cabeça. Deixei que ele tirasse a peça e, antes mesmo que pudesse me recompor, ele já se livrava do meu sutiã e mergulhava os lábios em um dos meus seios. Joguei a cabeça para trás e deixei que o prazer total e completo começasse a me inundar. Não contive o gemido que saiu de mim quando uma de suas mãos habilidosas abriu caminho entre minhas pernas e encostou em meu centro por baixo da saia. 

Antes que eu pudesse raciocinar, ele se afastou do meu mamilo, abaixando com o rosto em direção às minhas pernas. Se livrou da minha calcinha antes que eu pudesse contar até um e introduziu um dedo em mim, sentindo minha excitação. Puxei sua camiseta e dei um jeito de me livrar dela, sem que ele se afastasse tanto do meu mamilo.

— Já conheço bem o seu corpo, Jenny. — Disse ele, puxando lentamente a minha saia para baixo, enquanto mordia o lábio inferior — Mas ainda não sei qual é o seu gosto. 

O modo como sua voz saiu rouca e sedutora já me fez estremecer de prazer, antes mesmo que ele levasse os lábios ao meu centro e iniciasse uma dança com a sua língua que me fez ir ao céu e voltar um milhão de vezes. Eu apertava os seus bíceps musculosos, sem me importar com a altura com que meus gemidos saiam, apenas me entreguei totalmente para aquele homem, que tinha a capacidade de me enlouquecer, como nenhum outro homem no mundo conseguia. 

Depois de alguns minutos de caricias, Brian se afastou de mim, não sem um muxoxo de desaprovação da minha parte, e me puxou para descer da mesa. Enquanto me beijava, deu um jeito de abaixar as calças e a cueca até a altura do joelho. Assim que se livrou da barreira que nos separava, ele me virou de costas e puxou meu quadril em sua direção. Colocou o preservativo rapidamente e me penetrou com facilidade, me completando mais uma vez. 

Nós dois soltamos gemidos quando aquilo aconteceu, enquanto Brian iniciava um movimento lento do seu corpo em direção ao meu. Lento demais. Senti meu corpo se contrair, cada vez que ele se aproximava e se afastava, quase que em câmera lenta. Eu precisava de mais. 

 

“Take it slow

Gonna make it last”

(“Devagar

Vou fazer isso durar”) 

 

— Brian… — murmurei, com a voz entrecortada, quase incapaz de falar. 

— Sim? — Ele perguntou. Eu não via seu rosto, mas conseguia visualizar a sua expressão divertida: ele estava adorando aquilo. 

— Por favor. — Foi tudo o que eu consegui dizer. 

— Por favor o que, Jenny? — Perguntou ele, colando nossos corpos e passando os braços ao redor de minha cintura. 

— Eu não sei. — Resmunguei, sem conseguir pensar com clareza. — Me destrói… Acaba comigo, faz o que você quiser. Só vai mais rápido. 

Brian riu baixinho em meu ouvido, mas não aumentou a velocidade, ao invés disso, sussurrou com a voz rouca e extremamente sexy: 

— Como é que fala?

— Por favor, Brian. 

— Não é disso que eu estou falando. — Ele disse, ainda com a voz divertida. 

Pensei por alguns segundos no que ele queria dizer. Tentei fazer meu cérebro funcionar, enquanto ele investia contra mim e me levava à loucura. De repente, um estalo em minha memória me fez pedir, com a voz mais sexy que pude: 

— Por favor, Syn… Me faça sua. 

Ele riu e disse: 

— Era disso que eu estava falando. 

Antes que eu pudesse pegar fôlego, ele aumentou a velocidade, me pressionando contra a mesa de sinuca. Me segurei da melhor maneira que pude, enquanto nossos corpos batiam em sincronia na madeira. Eu não conseguia pensar em mais nada, apenas no fato de que eu queria ficar ali até o fim da minha vida. O mundo poderia acabar naquele instante e eu não daria a mínima. Ele apoiou a mão ao meu lado, aumentando o ritmo das estocadas e eu apertei sua mão, transmitindo todo o prazer que sentia. Nossos gemidos estavam sincronizados e eu já não sabia se estávamos altos demais, nada mais importava. 

Chegamos ao clímax juntos. Eu estremeci quando o orgasmo me atingiu por completo e soltei um suspiro assim que ele passou os braços por mim, me abraçando com ternura. Depositou um beijo em minha clavícula e se afastou, começando a recolher as roupas espalhadas pelo chão. Ele me entregou minhas roupas, sorrindo sem mostrar os dentes. 

Nos vestimos em silêncio, enquanto nos entreolhávamos de vez em quando. Assim que coloquei os sapatos, Brian me ofereceu a mão. Com os dedos entrelaçados, saímos do bar. Ele trancou a porta atrás de nós e caminhamos lentamente para o seu carro. 

— Vamos para casa? — Perguntou ele, assim que sentei no banco do carona. 

Eu assenti, me perguntando, mais uma vez, onde estaria Michelle. Eu não sabia como conseguiria dormir naquela casa, com o medo constante dela aparecer ali de surpresa. Nós seguimos pelas ruas vazias em silêncio, Brian apoiava uma das mãos em minha coxa despida, enquanto segurava o volante com a outra. 

Assim que chegamos, Brian me levou para dentro me dando a mão. Tive a mesma sensação da primeira vez, de ser uma intrusa naquele lugar, assim que entrei na sala. 

— Vem, preciso te mostrar uma coisa. — Ele disse, me puxando para um dos quartos. Era um ambiente não muito grande, quase todo preenchido por um sofá enorme. Em uma das paredes, estava uma televisão que quase cobria toda a sua superfície. 

— Brian… — eu murmurei, antes de me sentar ao seu lado no sofá. 

— Sim, Jenny? 

— Você não acha que… E-eu não me sinto muito confortável ficando aqui na sua casa. 

— Por que não? — Ele perguntou, levantando a sobrancelha e me olhando como se eu fosse de outro planeta.

— Bem… — suspirei, eu não queria falar aquilo para ele, não depois do momento que tivemos no bar, mas não consegui mais me segurar. — Michelle não pode aparecer aqui?

— Não. — Ele disse com segurança, sorrindo para mim e apontando o sofá para que eu me sentasse ao lado dele. Assim que o fiz, ele continuou: — Lembra que eu disse que iria arrumar minha vida antes de entrar em contato com você de novo?  Michelle está no México e… — Brian se esticou, alcançando um envelope pardo que estava na mesa de centro. Parecia pesado, lotado de folhas. — Isso são os papeis do meu divórcio. Todos assinados. 

— Você vai se separar de Michelle?! — Não consegui conter o tom surpreso em minha voz, pelo menos fui bem sucedida em disfarçar o sorriso. 

— Jenny? Quem você pensa que eu sou? — Apesar do tom ofendido, um meio sorriso estava em seus lábios. — Acha que eu ia trazer você para cá, trair minha esposa descaradamente e te obrigar a viver em segundo plano?

— Você está se separando dela por minha causa? — Eu quase gritei quando fiz aquela pergunta para ele. 

— Não totalmente… — Respondeu Brian — Você já deve saber sobre o aborto, que foi um dos principais motivos, mas eu diria que você teve uma influência bem grande.  

— Mas… Mas e se eu não quisesse? Digo, se eu não quisesse você. 

— Era um risco que eu precisava correr. — Ele respondeu, pegando minha mão e beijando as pontas dos meus dedos com os lábios úmidos. 

De repente, uma dúvida apareceu em minha mente e eu perguntei, com a voz desconfiada:

— Michelle sabe que eu existo?

— Sim. — Ele respondeu, como quem não quer nada, soltando minha mão e se ajoelhando no chão perto de um armário que ficava embaixo da televisão. 

— Ela sabe que…? Sabe que…?

— Jenny. — A voz de Brian pareceu impaciente, quando ele se virou para me olhar. — Ela não importa agora, o que importa sou eu e você. Só isso. E queria te contar que, depois de ficar todo esse tempo sozinho, eu adquiri um novo hobby. 

— Synyster Gates tem hobbies. — Eu disse, tentando esquecer aquela mulher loira, que teimava em voltar para minha mente — Quem diria…

— Você acha que eu sou o que? Um alienígena que só toca guitarra? 

— Pra ser sincera… Sim. — Respondi rindo, enquanto via Brian revirar os olhos. 

Ele não disse mais nada, apenas abriu o armário, revelando um Playstation 4 brilhante e diversas prateleiras cobertas de jogos. 

— Você joga playstation? — Eu quase gritei, rindo de imaginar que ele ao menos sabia o que era aquilo. 

— As vantagens de ser solteiro por alguns meses e não ter mais o que fazer. — Respondeu ele, pegando alguns jogos e me mostrando. — Esses são meus preferidos. 

— GTA, Call of Duty, Battlefield, Guitar Hero e Need for Speed. — Eu disse, enquanto olhava as caixas. — Eu adoro todos! 

— Você também joga? — Ele perguntou animado, se sentando ao meu lado. 

— Jogo desde criança. Meu pai sempre jogou e isso acabou me influenciando. — Eu disse. — Alias, foi um jogo de Need for Speed o responsável por eu conhecer o Avenged, sabia?

— Sério?! — Ele perguntou, surpreso. — Qual quer jogar comigo?

— Guitar Hero é injusto, já que você é a personificação do Guitar Hero. — Eu disse, fazendo Brian rir. — Então vou escolher o de corrida, porque sou muito boa. 

— Veremos. — Ele disse, levantando as sobrancelhas e me entregando o controle.

Ganhei cinco partidas, das cinco que jogamos. Quando estava prestes a vencer mais uma vez, Brian puxou o controle da minha mão e esticou o braço acima da cabeça para tirá-lo do meu alcance. 

— Me devolve! — Eu gritei, escalando seu corpo para tentar alcançar. 

Passei minha perna por seu quadril, sentando em seu colo enquanto tentava pegar o controle. Consegui alcançar, quando Brian abaixou os braços e segurou minha cintura. Ele me olhou como se me devorasse com os olhos e sorriu sedutoramente. Em alguns instantes, os controles e o jogo foram esquecidos e começamos a nos beijar com urgência. Em poucos minutos, eu estava completamente nua, sentada no colo de um Brian igualmente sem roupas. Enquanto ele se derramava dentro de mim, tentei não pensar na loucura que estava acontecendo em minha vida. Eu estava pelada, totalmente nua, sem um pedacinho de pano cobrindo o meu corpo, na casa de Brian Haner Jr. 

Quando achávamos que tínhamos terminado e nos vestíamos novamente, ele me olhou mordendo o lábio inferior e descobrimos que, na verdade, ainda não tínhamos terminado. Foram necessárias mais duas vezes para que, finalmente, nos déssemos por satisfeitos, ou apenas ficássemos extremamente cansados, a ponto de não conseguir sair do lugar. Dormimos ali mesmo, abraçados um ao outro, depois que Brian foi buscar um cobertor para nos enrolarmos. 

Nunca me senti tão em paz quando naquele momento, enquanto seus braços me envolviam por trás, eu sentia seu corpo quente de encontro ao meu e meus olhos se fechavam. 

 

“I’ve been dreaming that we could

Dreaming that we could be sticking together”

(“Eu estive sonhando que poderíamos

Sonhando que poderíamos ficar juntos”) 

 

No dia seguinte, acordamos tarde. Senti Brian se mexer ao meu lado e abri os olhos devagar, sem querer acordar. Aquela noite foi uma das melhores que eu já tivera, dormira um sono sem sonhos e estava totalmente descansada. 

— Bom dia. — Ele disse sorrindo, plantando um beijo em minha bochecha. 

Nos levantamos rapidamente, quando Brian olhou o celular e viu que já eram onze e meia da manhã e tínhamos marcado meio dia com os meninos da banda. Eu tomei banho e me troquei, enquanto ele preparava uma xícara de café para nós dois. Engolimos a bebida rapidamente e saímos, meus cabelos ainda estavam um pouco molhados quando sai do carro. 

Entramos no estúdio deles meio dia em ponto. Eu já comecei a observar o ambiente, analisando com meu olhar profissional cada canto do espaço. Assim que passamos pelo hall, consegui ouvir vozes do lado de dentro, onde ficavam as salas de gravação. Zacky e Johnny já estavam lá, mesmo que não tivesse nenhum carro estacionado na frente. 

Assim que eu ouvi uma terceira voz, paralisei no meu lugar e o mesmo fez Brian. Era Matt quem falava e ele não parecia muito feliz. 

— Jenny. — Brian disse, puxando minha mão, para que eu olhasse em sua direção. 

Porém, assim que me virei, ele não teve a chance de dizer nada, porque a porta de onde vinham as vozes se abriu e Matt apareceu no hall, onde eu e Brian estávamos parados, lado a lado. A expressão no rosto de Matt se fechou, ele franziu as sobrancelhas, enquanto seu olhar passeava por meus cabelos molhados e ia até nossas mãos entrelaçadas. Fiz força para me soltar do toque de Brian, porque eu não gostava nada da maneira com que o meu vocalista favorito olhava para mim, mas ele não deixou que eu soltasse. Segurava minha mão com força quando disse:

— Matt, não te esperava aqui. 

— O que é isso? — O vocalista perguntou com rispidez, quase interrompendo o amigo. Zacky e Johnny seguiam logo atrás dele e eu pude perceber um olhar apreensivo de ambos em minha direção.

— Essa é Jenny. — Apresentou Brian, apontando para mim. 

— Sei quem ela é. — Disse ele. O modo como Matt me encarava me deixou completamente triste e com o sentimento de que eu era uma intrusa ali mais forte que nunca. O meu vocalista preferido me olhava como se eu fosse uma sujeira no carpete. 

— Ela também é nossa nova arquiteta! — Disse Johnny, interrompendo o diálogo tenso. 

— Brian… — disse Matt, seu tom de voz alertava algo. 

— Você disse que o estúdio estava precisando de uma reforma. — Disse Brian, se afastando um pouco de mim e pegando um pedaço da tinta da parede que descascava — E eu concordei. Por isso convidei Jenny. Ela é arquiteta! 

— Brian, ela provavelmente nem se formou na faculdade ainda. Como vai poder fazer uma reforma aqui? — Ele perguntou, lançando um olhar estranho em minha direção, depois disse para mim: — Desculpa por isso, Jenny. É que Brian anda meio aéreo ultimamente e…

— Eu posso fazer reformas. — Respondi profissionalmente — Desde que não mexa com a estrutura da construção.

— E eu não estou aéreo ultimamente, Matt. — Disse Brian, parecendo ofendido não por si próprio, mas por mim. Ele apontou o indicador em minha direção, enquanto falava pomposo: — Jenny entende muito bem de acústica e você mesmo disse que precisávamos melhorar o isolamento das nossas salas. “Eles estão velhos e precisam ser modernizados”. Foi exatamente o que você disse. Jenny teve aula com o arquiteto que projetou a melhor sala, acusticamente falando, da América Latina. E fez um curso em Milão sobre design de interiores com foco sabe em que? Acústica. 

Eu olhei Brian surpresa, nunca tinha contado aquilo para ele e não fazia ideia de como ele descobrira. 

— Jenny. — Disse Matt, ele sorriu e fez uma expressão amigável para mim, por um momento voltando a ser o vocalista que eu amava — Eu não duvido de suas capacidades você com certeza é incrível, mas…

— Matthew, podemos conversar? — Interrompeu Brian, apontando a sala atrás do amigo. Depois, se virou em minha direção e disse, depois de depositar um beijo em meus dedos: — Se importa de esperar aqui fora um instante, Jenny?

— Não, pode ir. — Eu disse, minha voz soava triste até para meus próprios ouvidos. 

Antes da porta se fechar, Zacky colocou a cabeça para fora e disse, sorrindo para mim: 

— Está tudo bem, fique tranquila.

 

“Oh and Jenny why aren’t we,

Jenny why aren’t we g-getting together?”

(“Oh e Jenny por que nós não

Jenny por que nós não estamos juntos?”) 

 

POV: Brian 

This Time - 3 Doors Down

“Don’t go out the same way you did last time

You’ll break when you fall

Don’t make the same mistakes you did all over”

(“Não vá para o mesmo caminho que seguiu na última vez

Você vai quebrar quando cair

Não cometa os mesmos erros novamente”) 

 

— Que porra é essa, Matthew? — Perguntei, sem esperar um segundo depois que Zacky fechou a porta e já andando em direção à ele. 

— Eu que pergunto, Brian. — Ele disse, dando dois passos para trás, se afastando de mim. — Você acha que pode trazê-la assim, como se nada tivesse acontecido?

— Até onde eu sei, quem manda na minha vida amorosa sou eu! — Eu disse, apontando o dedo indicador para o meio do rosto de Matt. O sangue começava à subir minha cabeça, mas eu não queria subir o tom de voz, ou que aquilo virasse uma discussão muito calorosa, pois não queria que Jenny ouvisse a briga. O isolamento acústico realmente não era muito bom.  “Que grande ironia” Pensei. 

— Brian, você não entende que eu não estou preocupado com você? — Ele disse, dessa vez se aproximando — Na verdade, agradeço que a banda está em hiato, porque não estou querendo nem olhar pra você ultimamente. Você me enoja. 

Franzi as sobrancelhas e espalmei as mãos para cima, em um gesto de indignação. 

— Matt… Ele está muito melhor agora. — Defendeu Zacky, se postando ao nosso lado e parecendo pronto para separar uma briga, caso aquilo fosse necessário. — Não está bebendo e…

— Como eu disse… — falou Matt, dirigindo um olhar irritado para Zachary — Não é com ele que estou preocupado. 

— Ah, é com Michelle. — Eu disse, sem perceber que aumentara o tom de voz. — A santinha do pau oco, que, por um acaso, não estava dando para o vizinho e não engravidou dele, enquanto casada COMIGO. 

— Também não é com ela que estou preocupado. — Disse Matt, baixo o bastante para que eu não escutasse direito.

— COM QUEM, ENTÃO? — Gritei, sem nem pensar que Jenny poderia ouvir. 

— Com ela. — Meu amigo respondeu, apontando para a porta. Seu dedo não indicava nada, mas tudo ao mesmo tempo: ele apontava para onde estava Jenny. Quando eu fiquei em silêncio, estagnado em meu lugar, ele continuou falando baixo: — Você a tirou de sua cidade, de sua família, de seus amigos e de sua vida. Você a arrastou quilômetros até aqui, com a praticidade de um cartão de crédito e de uma ligação internacional. Agora, o que ela tem? Ela tem esse projeto e você. Só isso. 

Eu fiquei em silêncio, controlando minha respiração, junto com o impulso de dar um soco em Matt. 

— Você sabe quanto uma reforma desse tamanho pode demorar? — Continuou ele. — Meses. Pode até ultrapassar um ano, Brian. Vamos apostar quanto tempo você vai se entediar e fugir para as suas prostitutas de Las Vegas? 

— Matthew… — eu sussurrei, apertando minhas mãos em punho. Como eu queria bater nele até que todos os seus dentes voassem, mas ao mesmo tempo me controlei, porque Jenny estava do lado de fora e eu não permitiria que ela visse aquilo. 

— Em quanto tempo vai deixar ela sozinha aqui? Trabalhando, enquanto você come uma outra mulher qualquer? Em quanto tempo a “salvação para os seus problemas” vai parar de ser Jenny e virar outra mulher?

— Matt. — Foi Johnny quem alertou. Ele, assim como meus outros dois amigos, sabiam bem demais qual era a minha expressão quando eu ficava furioso e estava prestes a explodir. 

— Matthew. — Eu disse me controlando — Vai embora. A partir de hoje, todas as vezes que eu te encontrar você é o meu colega de trabalho. Apenas. Qualquer relação de amizade que existiu entre a gente não existe mais. Você não vai me insultar assim. 

— Como você pode fazer isso sem nem pensar nas consequências, seu idiota? — Ele perguntou, levantando a voz. — Ela não tem culpa de nada, mas mesmo assim você a arrastou para cá. Você vai acabar com a vida dela, seu desgraçado. 

— Vai embora. — Eu disse, apontando a porta e virando de costas. Não queria mais olhar para o rosto dele. 

Ouvi a porta bater e suspirei de alivio. Nos últimos meses eu errara muito, principalmente com Matthew, mas se existia algo que eu tinha certeza, total e completa, era de que meu lugar era com Jenny e nenhuma outra mulher mudaria aquilo. Passei a mão no rosto e respirei fundo algumas vezes, me acalmando, enquanto sentia o olhar de Zacky e Johnny em minhas costas. Sai da sala com um sorriso sincero no rosto, a melhor sensação do mundo era saber que minha vida podia estar um inferno em todos os aspectos, mas eu a tinha ali. 

Paralisei perto da porta, quando vi Matt entregando um guardanapo com algo escrito para Jenny. Ela assentiu e o guardou no bolso. Eu franzi as sobrancelhas para o homem que eu pensei que era meu amigo e parei protetoramente ao lado dela, depois depositei um beijo em seus lábios, sentindo o olhar furioso de Matt sobre nós. 

 

“You stand divided now

Which road will lead you there

Last time you fell and you hit hard”

(“Você está dividido agora

Qual estrada vai levar você lá

Da última vez você caiu e bateu com força”) 

 


Notas Finais


E AI O QUE ACHARAM? Ufa, esse foi comprido! Mas gente... Não foi amorzinho? Fala sério esse casal, coisa mais fofa! Fiquei tão entretida que não percebi que tava escrevendo loucamente.

Alias, esse capítulo foi amorzinho e foi hot também né? Eu tava no clima para algo assim e não esperava nada diferente do reencontro dos dois.

Me contem ai o que acharam e o que vocês acham que vai acontecer agora! Indiquem pras suas amigas/amigos leitores e vamos todos nos amar juntos, igual Jenny e Brian!

Espero muito que tenham gostado! Qualquer erro me avisem, revisei esse capítulo morrendo de sono hahaha

Beijooos,
Juu


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