História Shard - E p í l o g o

1 ANO DEPOIS

Justin continuou vivendo a vida. De um jeito feliz, por sinal.

Comandava a sua empresa normalmente, e era elogiado por todos por ser um ótimo patrão.

Depois de um mês que soube da morte de Querubim, resolveu adotar uma criança, uma garotinha de seis anos chamada Liriel. Seus grandes olhos azuis lembravam muito os de Querubim e os de Daniele também.

Ele deixava Liriel aos cuidados de uma empregada de confiança, quando estava muito atarefado, e além do mais, Liriel já ia para a escola e ficava até as três da tarde, a hora em que Justin saia de sua empresa, a buscava e eles passavam o resto do dia juntos.

Ele encontrou o amor, de alguma forma. O amor entre um pai e uma filha, e esse amor era imenso.

Por mais que sua vida estivesse perfeita, ele sabia que faltava algo, ele sentia isso.

Justin estava saindo da cafeteria com um café em suas mãos, havia acabado de deixar Liriel na escola e sentiu vontade de tomar apenas um simples café, por mais que já tivesse tomado seu café da manhã junto com Liriel, como sempre fazia.

Quando estava saindo do estabelecimento, trombou com uma mulher e derrubou seu café no chão.

— Oh, me desculpe, eu sinto muito — ela disse se agachando no chão e recolhendo o que havia sobrado do copo de café.

— Está tudo bem — Justin disse.

Analisando a mulher, ele pode perceber que ela tinha provavelmente vinte e cinco anos e carregava uma mochila em suas costas. Em sua mochila, ele pode ver um currículo em uma pasta, pois sua mochila estava entreaberta.

— Procura um emprego? — ele disse.

— Sim, acabei de chegar na cidade.

— Minha secretária teve que se demitir por problemas técnicos, eu tenho uma vaga, se quiser, é claro — disse dando de ombros.

— Qualquer coisa — ela disse sorrindo. — Qual é a sua empresa?

— Bieber’s Car.

— Já ouvi falar muito de sua empresa, são tipo, os carros mais fodas do mundo. Desculpe-me pelo o meu palavreado, mas, você é o dono de lá? — assentiu. — É óbvio que eu aceito trabalhar lá.

— Se quiser eu te levo lá de carro, depois que eu te pagar um café.

— Não posso aceitar, eu que derrubei o seu.

— Mas eu não ligo de te pagar um — sorriu —, e, se eu fosse você eu aceitava.

— Tudo bem — riu.

E lá se começa outra história de amor, mas, dessa vez, com um final feliz.

FIM