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História Psychosis - C4:: Guilt


Escrita por: conjurer

Notas do Autor


CULPA

substantivo feminino

1. responsabilidade por dano, mal, desastre causado a outrem.

2. falta, delito, crime.

"grande é a c. de quem furta"

3. atitude ou ausência de atitude de que resulta, por ignorância ou descuido, dano, problema ou desastre para outrem.


4. fato, acontecimento de que resulta um outro fato ruim, nefasto; consequência, efeito.

Capítulo 5 - C4:: Guilt


Fanfic / Fanfiction Psychosis - C4:: Guilt

Atropelamento deixa ferido paralítico em Phoenix, Arizona

"Segundo civis que estavam próximos ao local do acidente, dois jovens de aproximadamente vinte e dois anos estavam andando despreocupados pela Avenida Sete, de forma imprudente quando um pequeno caminhão acerta Naruto Uzumaki, jogador de basquete amador do time Raposas, filho de Minato Uzumaki, grande advogado de prestígio do Estado de Arizona. A garota foi encontrada desacordada e sem memória do recente acidente e não foi identificada [...]

Sasuke Uchiha não sabia o que pensar sobre o que tinha acabado de ler, colocando a mão no queixo. A pesquisa sobre o amigo de sua paciente o levou até aquela informação, encontrando também algumas imagens curiosas do jovem de cabelos loiros e rebeldes, com os olhos perdidos e entristecidos, sentado em uma cadeira de rodas ao lado de um homem mais velho que ele, com características idênticas às suas, salvo o cabelo levemente mais comprido – provavelmente seu pai –, todo engravatado e com uma feição extremamente séria em frente a uma clínica de Fisioterapia. Podia-se ver claramente que toda aquela falta de privacidade era incômoda.

Havia também uma entrevista em vídeo de poucos minutos com Minato, onde o advogado confidenciava para o repórter estar fazendo o possível para a recuperação de seu amado filho, que sonhava em ser um jogador de basquete profissional.

O repórter perguntava para o respeitável advogado se ele acreditava mesmo que Naruto Uzumaki poderia jogar após um acidente que prejudicara tanto sua coluna. O homem loiro, com uma expressão de raiva se estampando em seu rosto, acabou desferindo um soco forte e repentino na face do jornalista, e então a câmera desfoca com o final do vídeo. Havia pouco mais de dez mil visualizações. Estreitou os olhos. O histórico da paciente Sakura Haruno era como um quebra-cabeças, que ele mesmo teria que achar as peças para montar.

O doutor pegou uma chave minúscula no bolso de sua calça social, abrindo a gaveta de sua mesa onde havia os dados confidenciais de todos os seus pacientes. Procurou pela letra H, buscando o número da matriarca Haruno que ele sabia que tinha visto ali. Discou o número de Mebuki sem pensar duas vezes. Ele precisava de respostas, e somente assim iria conseguir ajudar sua mais nova paciente. O telefone tocou duas vezes, e o homem de cabelos negros aguardou pacientemente com a mão em seu queixo, ainda pensativo.

— Alô, senhora Haruno? Aqui quem fala é Doutor Uchiha, da clínica Arizona. Estou tratando do caso de sua filha... – disse a voz rouca e abafada desse lado da linha.

××××

Mebuki Haruno se encontrava ao lado da cama hospitalar de seu amado marido, quando recebera a inesperada ligação do psiquiatra de sua filha. O patriarca ainda se encontrava internado no grande Hospital da pacata cidade, tendo algumas complicações pela grande perda de sangue no acidente doméstico e a faca ter acertado um ponto complicado em seu estômago. Ele passara por duas cirurgias de emergência naquele primeiro dia, indo direto para a UTI ficar em observação por dois dias completos. 

A matriarca quase não pudera ver o marido nesse meio tempo, tendo apenas alguns minutos de visitas na Unidade de Tratamento Intensivo. Aquele era o primeiro dia de Kizashi Haruno em seu quarto, e isso acalmava um pouco o coração da mulher.

Ela segurava suas mãos embranquecidas e fitava o homem pálido, deitado na cama com tantos aparelhos ligados a si. 

Quem estava tratando de Kizashi era simplesmente a melhor médica da cidade, Shizune, a pedidos de Tsunade Senju, que atendia na parte de psiquiatria naquela instituição. A antiga médica da rosada se sentia de certa forma responsável pela atual situação da família Haruno, e sentiu que era o mínimo que poderia fazer, pagando todas as despesas do senhor de idade.

A senhora se dirigiu para fora do enorme quarto com vista privilegiada, que ficava no quinto andar, para poder atender ao número desconhecido em seu telefone celular.

Após sua conversa com o doutor Sasuke Uchiha, a mulher dos cabelos loiros e grisalhos fitava a parede branca à sua frente com os olhos inexpressivos e as sobrancelhas juntas, como se resolvesse um problema muito sério em sua cabeça.

O extenso corredor do Hospital se mostrava bastante iluminado. Era audível os chamados por todo o prédio os nomes dos médicos residentes. “Doutor Yamato, comparecer no quarto 1221. Doutor Yamato…”

Havia também várias enfermeiras correndo para lá e para cá, os designados à limpeza do andar perambulando com uma expressão cansada na frente do quarto de Kizashi, os médicos dando suas visitas diárias aos seus pacientes dos quartos ao lado, às vezes soltando um cumprimento para a mulher estática na cadeira de espera ao lado do quarto do marido. Ela sentia alguns olhares preocupados sobre si, mas não parecia se importar. Estava alheia a todas aquelas pessoas.

Sua filha mostrara desejo de rever o amigo de infância. Depois de um ano completo, ela mencionou o rapaz que antes parecia ter sumido de seus pensamentos: Naruto Uzumaki. O rapaz alegre, brincalhão e amável, que tinha tudo para se tornar o genro que ela tanto almejava para si, agora em um futuro apagado pela crueldade do destino.

Depois da tragédia de sua própria filha, Mebuki não conseguira se concentrar em nada mais além daquilo. Deu todo apoio à família dos Uzumaki após o acidente, claro. Se sentia imensamente culpada, mas em certo momento aquilo sumiu de sua mente... Sua pequena filha, depois desaparecer por uma semana, voltou para seus braços tendo alucinações e crises profundas de depressão, e a matriarca nunca se sentiu tão impotente na vida. A falta de memória impedia tanto a mãe quanto o pai de ajudarem a rosada. Afinal, o que havia acontecido? Onde Sakura havia ido depois do acidente? O que ela havia visto?

Com o celular android em suas mãos, a senhora procurou em seus contatos o número de sua amiga mais antiga. Sabia que era ultrajante seu pedido para Kushina Uzumaki, depois de toda aquela situação do passado, mas o que ela poderia fazer? Era o único modo de ajudar sua filha no momento, dissera o doutor. Sakura precisava rever Naruto, para talvez superar um dos traumas de sua mente confusa. Para lembrar-se de algo até então esquecido. Temia o que aconteceria após a garota lembrar do terrível acidente. A culpa seria tremenda.

Mesmo assim, discou o número dos Uzumaki, se dirigindo até as janelas extensas no final do corredor. Faria qualquer coisa por Sakura. O celular tocou mais de dez vezes antes da voz feminina surgir do outro lado da linha.

— Mebuki? – questionou a mulher, o tom incrédulo muito perceptível em sua voz.

— Boa tarde, Kushina. Estou entrando em contato pois preciso falar com seu filho, Naruto. Vocês dois são os únicos que podem nos ajudar agora. – Mebuki soou confiante ao telefone, mas seu coração estava bombeando rapidamente, com uma das mãos suando ao segurar o celular enquanto a outra se mantinha em punho contra seu peito angustiado.

A linha do outro lado ficou muda por um tempo, podendo se escutar apenas a respiração da esposa de Minato.

— Pode me adiantar o assunto? Naruto não tem parado muito tempo em casa, envolvido no trabalho com o pai, você sabe... Depois de não poder mais jogar. – Kushina disse com seu tom amargo costumeiro, após todo aquele sofrimento.

  — É a Sakura, ela... Gostaria de vê-lo. Eu não sei o que dizer para ela. Minha filha não lembra de nada, Kushina... Absolutamente nada. – a voz da senhora falhou miseravelmente, o tom confiante sumindo ao tocar no assunto da filha com a outra mulher.

— Mebuki, você não espera que eu aceite expor Naruto dessa maneira perto dela, certo? Depois de tudo que aconteceu! – a senhora Uzumaki gritou ao telefone, seu bom senso indo embora com a simples menção da garota Haruno.

As lembranças de um ano atrás vieram a mente das duas, que acabaram perdidas no meio das lembranças do conflito entre as duas famílias.

— Eu sei, Kushina, acredite... Eu sei. Mas eu te peço do fundo do coração, em nome de todos esses anos de amizade. A melhora da minha filha depende disso!

  — Onde ela está? – a ruiva perguntou confusa. A muito tempo não tinha notícias daquelas pessoas, e até preferia assim.

— Na Clínica Psiquiátrica Arizona.

  A loira escutou o ofegar do outro lado da linha e estremeceu com a reação da antiga amiga. Sim, sua linda garotinha estava internada. Era inacreditável, e às vezes a mulher se sentia como em um terrível pesadelo, desde aquele dia, há um ano atrás. Ela só queria poder acordar.

— Eu vou falar com ele. Mas não prometo nada. — disse enfim a senhora Uzumaki, desligando a ligação logo em seguida, sem ao menos se despedir. 

A senhora de certa idade virou-se de costas para a linda paisagem da janela do quinto andar, se sentindo um pouco mais esperançosa. Sabia que poderia contar com Naruto. O simples toque no nome de Sakura bastaria para o jovem querer ajudar, e sabia que isso não era justo para ele, mas... Que escolha tinha? Se ao menos Sakura não houvesse profanado aquelas palavras na direção do rapaz...

×××××

A casa de Naruto Uzumaki era de certa forma um pouco grande demais, na opinião do rapaz. Havia mais de cinco quartos, sendo que os residentes eram somente três: seus pais e ele próprio. Possuía uma decoração moderna e bonita, com alguns objetos coloridos, ao gosto de Kushina. Seus cômodos eram todos vastos, e sempre perfeitamente limpos. Os móveis eram todos feitos sob medida, para dar um ar mais homogêneo ao ambiente. De todos os quartos, quatro deles eram suítes – contendo um banheiro muito bem arrumado –, e apenas um quarto era mais modesto, a pedido de Minato. Era onde seu avô, Jiraiya, costumava ficar, sempre que aparecia em suas visitas inesperadas.

O velhote odiava “muita frescura”, como ele mesmo costumava chamar as exigências da dona da casa, preferindo levar uma vida mais simples e sem muitas regras. Era isso que o loiro amava mais em seu avô, e o amor pelo basquete viera exatamente por influência de Jiraiya.

Ele tentava não pensar muito nisso, depois de ter ouvido as duras palavras de seu médico lhe dizendo que não poderia mais jogar basquete. Mas era inevitável pensar no esporte, sabendo que o velho estaria para chegar essa semana. 

O futuro advogado, treinado pelo próprio pai, chegara em casa cedo naquela tarde. Sua perna esquerda ainda incomodava quando se esforçava demais, e particularmente o loiro andou de lá para cá no escritório de seu pai, ajudando-o a resolver alguns casos judiciários muito importantes. Então pediu a Minato na maior cara de pau para que o liberasse, e o seu pai, duro por fora mas sempre extremamente preocupado com o bem estar do primogênito, aceitou o pedido.

Chegou em casa abrindo a porta e jogando suas chaves e aparelhos celular na mesinha ao lado da entrada, como sempre fazia. Desfez o nó da gravata cara e totalmente sem graça pra ele, junto com o paletó arrumado demais, deixando ambos jogados no sofá. Ele sabia que sua mãe detestava bagunça, mas nunca foi um cara muito organizado, e se dirigiu à sua parte favorita da casa: a cozinha.

Sua mãe parecia o estar esperando ali. Minato havia avisado que ele estava para chegar, e, de costas para o filho, ela se segurava no mármore da pia, sem saber como começar o que tinha para dizer a ele. Naruto apenas encarou as costas da mãe, que vestia um de seus costumeiros vestidos colados ao corpo, bem jovial, dessa vez usando um da cor bordô que contrastava bem com seus cabelos de um vermelho vívido.

— Olá, mãe. Pedi para sair mais cedo hoje, espero que você não se importe..

A mãe do rapaz de 23 anos sempre fora muito explosiva, a personalidade extremamente forte tornava difícil a convivência em seu lar, caso as coisas não saíssem como ela desejava. 

No acidente do ano passado, a calma do lar fora interrompida. A matriarca espumou de raiva ao descobrir que Naruto estava com a amiga de infância naquele momento, justamente tentando animar a garota que já estava num estágio inicial de depressão e se trancando em casa de maneira suspeita, o que era “bobagem de adolescente” na opinião da senhora Uzumaki. Isso só tornou a convivência de mãe e filho ainda mais difícil.

Porém, Sakura facilitou tudo para eles. Não havia jeito certo de começar aquele assunto, então ela decidiu ser direta e bem clara com o jovem.

— Mebuki ligou. – a ruiva disse, ainda de costas, sem querer mostrar o desgosto que tinha ao lhe contar aquilo.

O loiro parou na outra ponta da mesa que havia entre eles, seu rosto passando à uma máscara de dúvida e curiosidade.

— É sério isso? O que ela queria? – indagou à sua mãe, transparecendo a confusão no seu tom de voz.

Um ano foi suficiente para cortar todos os laços com a família Haruno. Sua mãe fez questão daquilo.

— A filha dela queria ver você. – a senhora enfatizou o verbo no passado. Naruto sabia o que aquilo queria dizer. 

— Parece que ela não se lembra de nada, e desejava sua visita por algum motivo.

O coração do loiro bateu descompassado com a lembrança de sua amiga de infância. O amor que ele nutria por ela jamais fora embora, mas as palavras cortantes da menina ainda doíam como cortes recentes. Doíam mais do que o próprio acidente.

Porém o filho único dos Uzumaki nunca fora muito sensato a respeito dela, então tudo o que ele deseja era vê-la também, pois era o que a mesma queria. Ele iria realizar o desejo de Sakura, mesmo que aquilo significasse passar por cima da vontade da mãe.

— Sakura quer me ver? Onde ela está? – perguntou, franzindo o cenho e apertando as mãos em punhos.

 Sua vontade de correr até a amiga fez com que sua voz saísse em tom de urgência. Kushina virou para encarar o filho, indignada. Não sabia o que responder, e se irritava com a facilidade em que o filho perdoara as palavras cruéis da garota. Oras, a culpa dele ter perdido seu sonho era toda dela!

— Responda, mãe, ou eu irei atrás dela do meu jeito! – ele ameaçou, fazendo sua mãe bater com força na mesa à sua frente.

— Que merda é essa, Naruto? É só essa garota estalar os dedos e você corre atrás?

— Mamãe...

— Ela está num manicômio! – gritou a mulher, tapando a boca rapidamente quando o arrependimento tomou conta de seu corpo. 

Aquilo só serviria como mais um incentivo para o filho, e Kushina sabia bem disso. Naruto arregalou os olhos em descrença, incapaz de acreditar naquelas palavras, incapaz de achar um motivo que fosse para Sakura estar em um lugar daqueles. Ele não foi capaz de dizer mais nada, seu corpo apenas respondia por ele, em automático. O rapaz fez o mesmo percurso que seus pensamentos, indo pra longe das acusações da mãe em direção a saída, pegando as chaves e correndo para o carro, o cenho franzido e a expressão horrorizada com as possibilidades. Sempre se deu bem com os pais da amiga, e não entendia o porquê deles tomarem tal atitude. Ele precisava saber.

Havia seguido as regras de seus pais por tempo demais, e independente do que a rosada lhe disse, ela precisava do Uzumaki naquele momento. E o loiro não iria desapontá-la.

×××××

Pain estava sentado em uma cadeira desconfortável, no meio de uma sala escura, com luzes neon iluminando parcialmente os vidros bizarros e de conteúdos duvidosos, dando um ar macabro para aquele ambiente – mas que não afetavam em nada o ruivo, que acreditava ter lugares piores que aquele para se estar. Ele próprio já havia presenciado alguns.

Fora levado ali por uma enfermeira de confiança do seu psiquiatra. Sempre soube que Orochimaru tinha um esconderijo dentro da Clínica, mas nunca pensou que seria em um lugar tão óbvio: o porão.

 O fato do Diretor não descobrir isso só mostrava o quão incompetente ele era. Os olhos do ruivo vagavam pela sala, encontrando alguns desenhos bizarros de cobras e seres humanos se fundindo, e uma prateleira cheia de crânios o encarando. E era ele que estava internado como louco naquela instituição, pensou sarcasticamente.

— É um prazer vê-lo com um semblante tão divertido hoje, Yahiko. – provocou Orochimaru, caminhando calmamente até a grande cadeira atrás da mesa de madeira em seu esconderijo.

— Não me chame assim. – Pain rosnou para o homem de cabelos longos e olhar predatório.

  — Tudo bem, Pain. Vamos direto ao assunto. Chamei você aqui hoje não para uma consulta, mas para uma... informação. – os olhos do Doutor brilhavam excitados para o ruivo à sua frente, deixando o paciente desconfortável com a expressão perturbada do homem que dizia ser um psiquiatra.

— E qual informação eu poderia ter de útil pra dar a você? Estou trancado aqui há dois anos. – resmungou o ruivo, impaciente. 

Estava no horário de seu café, e estava perdendo o tempo que teria o quarto livre só para si naquela sala abafada com o doutor patético.

— Sua colega de quarto. Você pode me confirmar que é mesmo Sakura Haruno? – perguntou o homem , sem mais delongas.

Isso fez com que Pain ficasse surpreso. O que seu médico queria com a garota de cabelos róseos? E porquê ele mesmo não confirmava isso com o Diretor Hatake?

— Sim, é esse o nome de minha nova colega de quarto. E daí? – o rapaz perguntou num rosnado, a voz rouca ecoando alto pelo porão. — Você trabalha aqui. Porque eu que tenho que te dar essa informação? 

Orochimaru gargalhou com a resposta de Pain. Então a garotinha realmente fora parar ali, que obra do acaso! Ainda por cima, estando louca! Ouvira as enfermeiras comentando sobre o pequeno surto da nova paciente na sala de Sasuke Uchiha, mas jamais imaginou encontrar a moça naquele lugar. Aquilo só facilitava os planos dele. O moreno de olhos com uma cor exótica tirou dois comprimidos de Vicodin do bolso da calça, depositando por cima da mesa na frente de seu paciente.

— Isso é tudo que você precisa saber. Dois comprimidos que irão tirar cada pensamento ruim a respeito de si por algumas horas. Aproveite.

Com o dedo indicador o doutor perturbado chamou a enfermeira para dentro da sala, para que ela levasse o rapaz de volta à sua rotina. Yahiko foi embora sem pestanejar, afinal, ficou surpreso demais com a atitude do médico. Dando-lhe um remédio daquele para ele sem nenhuma receita? Não iria reclamar. Apenas colocou um deles na boca – engolindo em seco e guardando o outro em seu bolso para depois – e se deixando ser arrastado pela enfermeira atraente.

××××

Sakura dormira por várias horas após a injeção dada pela enfermeira, e finalmente a rosada abriu os olhos, no início da noite, ouvindo vozes conversando em um tom alto do lado de fora de seu quarto. Estava incomodada com o barulho excessivo que fazia doer sua cabeça, latejando forte.

  Sua visão embaçada a impediu de ver quem era, através das grades. Coçou os olhos com as costas das mãos para enxergar melhor, lembrando de uma sonho muito estranho, onde ela ficava deitada em uma cama, amarrada até o pescoço e vários cabos estavam conectados em sua cabeça. A lembrança do sonho deu arrepios na garota.

Haruno sentou-se na cama, ainda meio tonta, mas a imagem que viu em sua porta, entre as grades, a chocou. Não era sábado, ela não poderia ter dormido por tantos dias, e mesmo assim encontrara a visão de sua mãe conversando com seu doutor do lado de fora do quarto. Mas o que mais chamou a atenção de Sakura não fora os dois parados ali – em uma discussão que ela não entendia –, e sim dois pares de olhos azuis a fitando tão intensamente, a saudando de forma tímida. De certa forma, ele parecia receoso com a reação dela.

Ela o encarou de volta, incrédula. Estava sonhando novamente? Nada daquilo parecia real. Isso estava sendo uma situação atípica naquela instituição. Ninguém recebia visitas fora do dia de visitas, não? A Haruno percebeu seu amigo de infância caminhando com dificuldade, de forma estranha, a perna esquerda meio que se arrastando pesado. Isso tirou todo e qualquer ar da garota, que encarou aquelas pessoas com várias perguntas não feitas em seu olhar. Afinal, o que havia acontecido com seu melhor amigo? E o que ele fazia ali uma hora dessas?



Notas Finais


Geeeente, que capitulo foi esse xD Desculpem por sumir durante todos esses dias, estava meio perdida nessa história mas finalmente me achei, e estou amando ela. Dedico esse capitulo á Heloísa, minha amiga maix linda que me ajuda tanto todos os dias, e me ajudou muito nesse, inclusive me incentivando a continuar.

Acho que ao invés de responder algumas dúvidas, apenas aumentei o número de perguntas né? Espero que vocês não me odeiem por isso. Juro que tudo será respondido na hora certa.
Vejo vocês nos comentários meus amores <3
(Não revisei ainda, queria postar de uma vez ;-; mas já vou corrigir qualquer erro, peço desculpas se houver.)


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