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História Psychotic Minds - Stony - Memories


Escrita por: MoonCakez

Notas do Autor


Cheguei gente linda
Desculpem de novo pela demora, eu estava demorando por q a internet estava horríveeeel
Juntei umas ideias e fiz, demorou mas saiu né
Espero que gostem pituchos e pituchas
Xau amores ^^

Capítulo 16 - Memories


Fanfic / Fanfiction Psychotic Minds - Stony - Memories

 

Seus olhos azuis o observaram a desferir socos contra um grande saco de couro. Ele percebera a raiva que estava sendo descontada naquelas batidas agressivas, mas também sentiu uma mágoa constante e avassaladora.

Era exatamente o mesmo que ele sentia.

Sua vontade era de ir até lá, e falar com seu amado. Abrir seu coração. Mostrar a Tony sua mais nova e profunda tristeza:

A partida de Hill.

A descoberta chocante e reveladora de não ser pai da menininha que ele mais ama na vida.

Seu coração batia com força, apesar desses machucados estarem atordoando-o. Eram como lacerações em seu principal órgão do corpo. Pouquíssimo tempo passou desde essas notícias que Maria mandara para ele, e ele parecia abalado como se isso o tivesse consumido por anos. Aquele brilho cor de safira em suas órbitas, agora estava encoberto por um tom acinzentado de azul. A pupila dilatada, as pequeníssimas veias vermelhas pulsando em seus olhos, e as lágrimas quentes e constantes saindo para fora. Sua situação era essa. 

Tony o olhou brevemente, e sentiu pena. Podia não saber de que se tratava, mas seja lá o que fosse, fez Rogers chorar de um jeito que Stark nunca vira antes. 

Steve chegou a abrir a boca, prestes a dizer algo, porém desistiu no meio do caminho. Fechou os olhos, pensou de forma rápida, e simplesmente saiu de lá, deixando o gênio mais confuso do que já estava. Tony sentiu. Sentiu que Rogers queria dizer algo a ele, porém, acabou não dizendo nada. Nem uma mera palavrinha. Aquilo atiçou a curiosidade de Tony, que resolveu sair da sala de treinamento. Viu o loiro subir até seu quarto, e o seguiu levemente em passos silenciosos. Rogers entrou e fechou a porta, batendo-a de modo agressivo. Devagar e calmo, o moreno esgueirou-se para mais perto, inclinando-se contra a parede, quase encostando seu ouvido na mesma. Ele ouviu leves gritos. Gritos de raiva e frustração. Ouviu o estilhaçar de algo sendo jogado contra a parede de dentro do quarto. De repente, tudo se calou por alguns segundos. Logo, um som de choro pôde ser ouvido. Steve estava chorando novamente.

Stark resolveu agir, e abriu a porta. Rogers estava sentado em sua cama, segurando a cabeça com as mãos, e as lágrimas caiam sobre o chão, a favor da gravidade. Olhando para um canto, Tony reparou que haviam cacos de algo quebrado no chão. Provavelmente, Steve lançara um vaso contra a parede por conta da raiva. 

- O que quer? - O loiro falou, ríspido, e nem se deu o trabalho de erguer a cabeça para olhar Tony.

Stark, no entanto, nada respondeu. Apenas deu alguns passos para estar mais próximo de Steve. Agachou-se, podendo então ver o rosto de Rogers. Todo molhado por conta das milhares de lágrimas que saíam. E seus olhos, piores ainda. Vermelhos como o mais puro sangue. 

- Queria me dizer alguma coisa, Ste? - Tony disse, simplesmente. Steve ficou surpreso, e pensou em como o gênio sabia que ele queria conversar com Stark. O loiro então, o olhou nos olhos, cara a cara. O azul e o castanho de suas órbitas se encararam. 

- Não. - Ele disse, seco, após algum segundos. Tony continuou encarando-o, deixando o loiro incomodado - O que você quer, Stark?

- Quero saber o que você queria me dizer.

- Eu não queria te dizer nada, droga. - Steve começou a se irritar com a insistência de Tony.

- Certeza?

- Sim!

- Certeza mesmo? - Tony disse, provocante.

- Pare de encher, eu já disse que não tenho nada a te dizer!

- Nada para me dizer? De verdade?

- Sim, Tony!

- Então isso é uma mentira de verdade.

- Tony, pare com isso! Que saco, me deixe em paz! - Steve fez uma pausa, e olhou para Stark, que o reprovou com o olhar - Eu não tenho nada para dizer, porra!

Steve, irado, levantou-se e saiu do quarto, passando reto pelo moreno. Tony continuou ali, sem se mover. Rolou seus olhos pelo quarto, e bateu seu olhar em uma carta, que jazia em cima de uma escrivaninha qualquer. Aproximou-se da mesma devagar, pegando-a. Observou a despedida da carta, e viu que ali estava escrito o nome de Maria. Não hesitou em ler. Após ler todo o conteúdo daquela folha de papel, teve uma dose chocante de alívio. Por mais triste que fosse para Steve, para Tony não foi. Ele encontrou notícias ruins, mas que para ele, foram agradáveis. Maria não estaria mais lá. Ela e Rogers agora estavam separados. Uma barreira entrou no meio de seus corações, bloqueando o acesso entre eles. Agora, Stark sabia que o loiro não estava mais em um relacionamento. Estava sozinho, assim como Tony. Essa percepção animou o gênio, que soltou a carta com desprezo, deixando-a cair no chão, como se não passasse de um mísero e inútil pedaço de papel.

- Hill está fora do jogo. - Sussurrou para si mesmo, sorrindo, e saiu de lá.

X

-[5 dias depois]-

A torre estava, como sempre, monotonamente entediante. O clima estava meio "paradão", digamos assim. Apesar dessa moleza e dessa preguiça que habitava a todos, alguns estavam com uma certa inquietação aflorando dentro de seus corpos. De certa forma, com certeza essas pessoas seriam Steve e Tony. Mas não para por aí. Peter também está no meio. Sendo filho de ambos, é claro que ele soube do ocorrido de cinco dias atrás. Hill havia ido embora, e só Parker sabia o quanto isso representava uma chance para poder finalmente unir seus amados pais. Ou, pelo menos, se isso fosse fácil. Mesmo com Maria longe, seria complicado. De um lado, temos Tony: Um cara teimoso, orgulhoso e egocêntrico. Por fora, ele faz jus ao nome. Sua armadura de ferro praticamente impenetrável é apenas um disfarce para o interior sensível dele. Porém, ele nunca entrega os pontos. Já do outro lado, temos Steve: O tal do rapaz que todos achamos ser um santinho, e que sempre segue regras e obrigações. Assim como Stark, Rogers nunca entrega os pontos, mas não é a teimosia que mais domina sua personalidade. É o ciúme. Se tem algo que incomoda ele ao extremo, é sentir ciúmes. Principalmente se for ciúmes de Tony. Por dentro, Steve continua sendo um cara durão, se necessário. Stark e Rogers são como yin e yang. Tony representa a raiva, e a agressividade. Já Steve, a calma e a serenidade. Diferente de Stark, o loiro sabe muito bem como se controlar emocionalmente e manter-se calmo, mesmo sobre pressão.

Porém, ninguém é invencível. Todos temos um ponto fraco.

Parker ansiava por ver seus pais juntos. Estava criando estratégias e planos para tentar fazer com que os dois voltassem a se relacionar, mas todas as ideias que vinham em sua cabeça, eram descartadas. Ele não conseguia encontrar o plano perfeito. Peter não podia falhar. Ele apenas conseguiu pensar em rascunhos, quando na verdade, queria pensar em algo já pronto. Queria ter aquela lâmpada de ideias aparecendo acima de sua cabeça, assim como nos desenhos animados. Ele começou a tentar raciocinar. Até agora, o que aconteceu?

Primeiro, temos o término de Steve e Tony. Trágico.

Em seguida, Stark descobre a doença auto-imune que ele tinha. Isso gera mais problemas.

Depois de tanto ir ao hospital, Tony começa a se precaver e a tomar mais cuidado. Por causa disso, ele parou de beber.

E então, Steve, a beira de um abismo de arrependimento iminente, vai atrás do gênio para pedir desculpas. O pedido então, é recusado.

Tony começa a ter pesadelos e visões envolvendo o loiro. Isso acaba prejudicando-o psicologicamente, e sua doença volta. Pepper começa a cuidar dele.

E depois... Bem... Depois os dois acabaram se afastando, para a tristeza de Peter. Hill foi o ocorrido seguinte. Ela foi embora e deixou Rogers.

Pelo menos por enquanto, essa é a ordem cronológica dos fatos. Mas Parker notou uma coisa ali. Se Steve tinha Maria... Quem Tony tinha?

E foi aí que uma peça entrou no tabuleiro: Pepper. Agora, tudo começou a fazer sentido na mente de Peter. Os cuidados, a preocupação, os presentes... Potts estava se importando de uma forma exagerada com Stark. Parker já notara antes isso, mas não achou que fosse algo importante. 

Steve também notara. E é aí que seu problema com o ciúme se encaixava. Steve sentia ciúmes quando Pepper passava tempo demais com o gênio. Por mais difícil que seja para Potts, ela aprendeu a ser persistente e a não entregar os pontos. E adivinha com quem? Stark, é claro. Ela não deixaria de se importar com Tony, nem se a pagassem.

Agora, temos dois teimosos no mesmo jogo. Parker teria que dar um jeito. Dar um jeito de juntar seus pais, e ao mesmo tempo, não magoar Pepper. Porém, se Potts insistisse em continuar entre os dois, Peter teria que arranjar alguma forma de eliminá-la do jogo.

Teria que dar um xeque-mate

 

X

Steve's P.O.V

Estou deitado em minha cama, olhando para o teto. Já é mais de meia noite, e ainda não consegui pregar os olhos. Eu simplesmente não consigo. Por mais cansado que eu esteja, não consigo dormir. Nem dar um cochilo sequer. Minha cabeça dói, por conta de eu estar chorando a horas. Já troquei de travesseiro umas duas ou três vezes, pois os anteriores acabaram encharcados de lágrimas. Ainda não consegui engolir tudo o que aconteceu. Não entra na minha cabeça. É impossível aceitar isso. É impossível acreditar que não sou pai da garotinha que cuidei desde os seus primeiros meses de vida, e que Hill acabou me deixando. Eu não entendo porque ela me escondeu isso. Mesmo que ela me amasse demais e não quisesse que eu terminasse com ela, ela deveria ter me falado. Coisas assim não podem ser mantidas em segredo.

Saio de meus pensamentos quando ouço batidas leves na porta. Olho para a mesma e vejo-a abrir devagar. Atrás dela, um rostinho familiar aparece. Peter.

- Oi, pai. - Ele sorri fraco - Te acordei?

- Se eu ao menos estivesse dormindo, eu responderia que sim. - Fiz uma pausa, e sentei-me na cama - Entra, filho.

O vi entrando e encostando a porta atrás de si. Em seguida, ele andou até mim e sentou ao meu lado na cama.

- Eu... Estou preocupado com você, pai... - Ele começou a falar, meio sem jeito.

- E por que, Peter?

- Bem, todos sabemos o que rolou nesses últimos dias, e eu sei que isso te abalou bastante... - Ele parou, e olhou para mim - Eu queria saber se posso o ajudar em alguma coisa.

- Ah, querido... Você não precisa fazer nada... Só o fato de estar aqui já me deixa melhor. - O abraço de lado, arrancando um sorriso dele - E sim, eu realmente estou muito mal por causa de tudo o que houve, mas eu não posso fazer nada. Apenas preciso deixar a vida continuar, para mim poder superar isso e seguir em frente, sabe?

- Hm... Que bom que você pensa assim. Tem gente que poderia entrar em depressão por causa de tantas coisas como essa, e você está ai, firme e de pé. Admiro isso em você, pai. Você é capaz de erguer a cabeça e sacudir a poeira, mesmo quando jogam um monte de problemas em cima de você. Você é forte.

- Obrigado filho, mas... Está mentindo. Eu não sou forte. - Parei de falar, e olhei para ele - Eu apenas tento ser.

- E é isso que lhe torna forte, pai. O simples fato de tentar o faz alcançar isso.

Eu, nada disse, apenas o abracei fortemente. Ficamos naquele abraço entre pai e filho por vários e vários segundos, apenas aproveitando aquela oportunidade. 

Se tem uma coisa que eu tenho certeza na vida, é que Peter foi uma das melhores escolhas da minha vida. Eu queria demais um filho, então eu e Tony o adotamos. Eu nunca me esqueci desse dia...

Flashback On~

Eu e Tony saímos de nossa casa, procurando por orfanatos na cidade. Estávamos muito empolgados com a nossa possível criança, que a partir daquele dia, seria parte da família. Paramos o carro em frente a um local de aparência antiga. Um casarão que deve ter sido muito bem cuidado para estar em tão bom estado até hoje. Adentramos em uma grande porta, onde fomos recepcionados por uma das donas do local. Ela tinha uma cara simpática, e aparentava ter uns 45 anos de idade. 

Seu nome era Amélia. Ela nos levou até um local onde estavam a maioria das crianças que moravam naquele orfanato. Muitas ficavam brincando pelo lugar, pulando e rindo com os coleguinhas. Amélia nos perguntou se tínhamos preferência por meninos ou meninas, e dissemos a ela que iríamos amar o que viesse. Ela sorriu e se retirou do local, nos deixando a vontade para observar os pequenos. Tony as analisava, uma por uma, rindo das fofurices de algumas delas. Elas realmente eram muito fofas. Então, reparamos em uma criancinha, de uns 5 ou 6 anos de idade, que estava sozinha no canto da sala. Tony começou a observá-la. O pequeno menininho estava quieto, observando as outras crianças brincando. Fiquei um pouco mal por isso. Uma criança não deveria estar tão solitária, isso não faz bem para elas. Crianças devem brincar e se divertir, fazer amiguinhos, e dar risadas até a barriga doer. 

Eu e Tony nos aproximamos do garoto. Ele se virou para nós, e pudemos ver seus olhinhos grandes e brilhantes nos olhando com esperança. Aquilo me comoveu, e senti como se meu coração estivesse explodindo. Olhei para Tony, e ele olhou para mim.

- É ele. - Stark disse, simplesmente.

- Com certeza.

Nós não precisamos fazer mais nada, além de olhar através dos olhos daquele menino. Apenas sentimos. No final de tudo, saímos de lá todos alegres e de coração cheio, de mãos dadas com o nosso novo filho.

O seu nome? Peter. O pequeno Peter Parker.

Flaskback Off~

Foram bons momentos. Tão bons...

Isso me faz lembrar o Tony... O como foi engraçado vê-lo tentar cuidar de Peter pela primeira vez. Vê-lo dando de comer ao pequeno, e no final, acabarem em uma guerra de comida. Sinto saudades dessa época. Da época em que éramos felizes, como uma família. Uma família que acabou sendo destruída.

Destruída por mim.

Eu trouxe o caos e a tristeza. O rancor e a mágoa. O arrependimento e a dor. Eu fui o grande problema em questão. Eu, sozinho, consegui desequilibrar a estabilidade entre mim e Tony, e gerei uma era interminável de revoltas. Talvez, se eu não tivesse sido tão idiota ao ponto de cair no papo da Hill, todos nós estaríamos bem agora. Todos juntos, como antes. A família estaria formada novamente. 

- Pai? O senhor está bem? - De repente, uma voz corta minha conexão com essas tão dolorosas memórias que envolviam minha mente.

- Ah... S-sim, filho, estou... - Respondo fraco, saindo de meus pensamentos.

- Não quero vê-lo mal. Isso me magoa, pai... - Peter me puxou para outro abraço, só que dessa vez, mais emotivo e forte. 

Não percebi de imediato, mas comecei a chorar. Em meio ao abraço, vi que eu estava molhando a camisa de Peter com minhas lágrimas. Ele, porém nada disse. Apenas continuou ali, me dando apoio, enquanto eu despencava. 

- Coloque tudo para fora... Chorar é bom, pai. Pode chorar...

Ficamos naquele abraço por um longo tempo, enquanto minhas lágrimas ensopavam cada vez mais a blusa de Peter. De súbito, ouvi um ruído leve, e virei meus olhos para a porta. Meus olhos se arregalaram. 

Tony.

Tudo o que vi, foi Tony parado, com os olhos vermelhos e algumas lágrimas leves escorrendo por suas bochechas. Peter também olhou, mas nada fez. Apenas ficamos nos encarando.

Apenas nós três. A família maravilhosa que eu consegui estragar.

 


Notas Finais


Hehehe
Steve imerso nas mais profundas memórias
Tony tá dando uma de espião, toda hora tá ai ouvindo através das paredes
Espero q tenham gostado :)
Bye bye coisinhoooos


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