E talvez, só talvez, aquele fosse uma maneira de mostrar que talvez já amasse Jimin, o seu paciente.
Mas são tantos “talvez” que um dia se tornaram numa resposta certa
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Soluços eram a única coisa que se ouvia naquele consultorio.
Soluços de Jimin por finalmente ter partilhado esta história com alguém que não o julgava e por ter de se lembrar de toda a dor e sofrimento que presenciou naquela altura.
Soluços de Jungkook por não acreditar na tamanha crueldade que existia no mundo e só de pensar no facto de, aquele ser indefeso, passar por algo de tamanha crueldade fazia com que Jungkook sentisse um aperto no coração.
Jungkook: Jiminie eu sei que passaste por algo que te transtornou para a vida inteira. -ele disse ainda abraçado a Jimin enquanto fazia um carinho subtil nas costas do paciente.
Jimin: Mas porque me doi tanto? -o peito subia e descia rapidamente tentando controlar as lágrimas.
Jungkook: Uma morte violenta como essa, um suicídio, provoca ondas de choque e quanto mais perto estamos maior o choque. Neste caso, tu viste a tua mãe se matar á tua frente sem puderes fazer nada e, até hoje, culpaste por isso. Talvez seja por isso que te dói tanto. -ele disse apertando mais forte Park. O mesmo já se encontrava mais calmo e, estranhamente, o perfume de Jungkook o acalmava de alguma maneira e para Jimin isso significava algo.
Jimin: Doutor, mas se a minha mãe não me amava, eu não devia me importar com a morte dela… -ele disse num sussurro enquanto exalava o perfume do pescoço do psiquiatra.
Jungkook: Jimin ela pode ter dito isso, mas uma mãe ama sempre um filho mesmo que não o demonstre. Tu amavas á tua mãe?
Jimin: Ainda amo… mesmo depois de tudo. -sussurrou deixando uma lágrima deslizar pelo rosto.
Jungkook: Park, quando amamos alguém ficamos sujeitos ao sofrimento. É essa a triste verdade. Talvez nos partam o coração ou talvez sejamos nós a parti-lo, mas nunca iremos deixar de os amar mesmo que isso nos magoe. São esses os riscos. -ele disse fazendo cafune nos cabelos de Park enquanto sorria por ver que jimin já estava mais calmo.
Jimin: Jeon… -jimin afastou-se e olhou diretamente nos olhos brilhantes do psiquiatra -Obrigado. -ele disse sorrindo sincero e voltando a colocar as algemas.
Jungkook: Só fiz o meu trabalho. -ele disse normal sem reparar que aqueles simples palavras tinham feito o coração de Jimin ficar inquieto. -Bem, a consulta acaba daqui a 5 minutos. E como hoje tivestes duas consultas seguidas vou te recitar um medicamento que te vai ajudar a dormir depois disto tudo. -ele disse sorrindo enquanto escrevia algo num papel.
Jimin: Um calmante? -ele disse frio, afinal já estava farto daqueles tipos de medicamentos.
Jungkook: Sim, mas é só para tomares hoje e quando tiveres alguma crise. Pode ser? -ele perguntou esperando uma resposta de Park.
Jimin: Hmm…
Jungkook: Prometes? -ele insitiu.
Jimin: Ok… -ele sussurrou e depois o psiquiatra estendeu o papel com a medicação. Em vez de Park colocar a mão no papel agarrou a mão do Jungkook levemente, levantou-se da cadeira, esticou-se sobre a mesa até chegar perto o suficiente para o psiquiatra ouvir. -Adorei o teu perfume, acalma-me podes voltar a traze-lo doutor? -ele disse inocente. Jeon ficou sem saber o que falar e por momentos uma memória de si e de sua mãe veio-lhe á cabeça
Era mais um dia e, juntamente com isto, mais uma crise. A mãe de Jeon muitas leves esqueciasse de tomar os medicamentos por sofrer de Alzheimer ainda num estado inicial. Jeon chegou a casa e encontrou a mãe na sala derrubando todo á frente enquanto gritava e lágrimas saiam-lhe pelos olhos e as palavras eram sempre as mesmas. “Calem-se! Estou farta!” “Eu não sou burra”, vozes, vozes essas que eram ouvidas na cabeça na mãe de Jeon por sofrer de esquizofrenia. Jungkook rapidamente se dirigiu até a cozinha para buscar o medicamento de emergência e acabou por conseguir dá-lo á sua mãe. Passado pouco tempo mãe e filho estavam abraçados e a última coisa que a mãe de Jeon disse antes de dormir foi “Gosto do teu perfume, acalma-me.”
Jungkook: Jiminiee… -ele disse num sussurro á espera que Park respondesse, mas já era tarde ele já tinha saído do consultório e levado consigo o papel da medicação. -Obrigado. -mesmo sabendo que o seu paciente não o ouviria, jungkook teve de agradecer por Park fazer com que o psiquiatra não sentisse tantas saudades da mãe.
………….momentos antes………….
Jimin esperava uma resposta do psiquiatra, mas alguém bateu á porta, então, saiu com um sorriso sincero no rosto, aquele sorriso que á muito tempo já não era utilizado por ele. E só hoje já tinham dado dois sorrisos.
E a causa desses sorrisos tem nome…
Jeon Jungkook, o seu psiquiatra.
Leiam as notas finais pff! Nunca vos peço nada kkkkk
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