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História Public - Eleven


Escrita por: bossceo

Notas do Autor


Essa fic deveria ter seis capítulos como que eu vim parar aqui???????????? Jesus cristo mastabo né

Então, eu acho que fora esse só vão ter mais três e fim de jogo pra Public. Eu to com ideias demais e acabei apagando todas as fics que eu não ia concluir pra poder colocar elas em prática. ENFIM

Espero que tenham uma boa leitura, té mais <3

Capítulo 11 - Eleven


"Bastardo, kkkk"

"Então, o rosto de Kungie veio à tona. Heol, não estou surpresa"

"Ele é mesmo um estudante de universidade? Olhe para seu rosto, até mesmo suas feições faciais são as de um aproveitador. Jooheon-ah, não confie em qualquer um que se diga seu amigo kkkk"

"É preciso muita coragem para mostrar seu rosto depois de se apoiar tanto no Honey. Espero que seu blog flope de vez, aproveitador"

 

Changkyun soluçou. Aqueles não eram os primeiros comentários que recebia com o conteúdo tão arisco, mas cada letrinha ali inserida parecia lhe dilacerar pouco a pouco. O blogueiro chorava em silêncio, a mão tampando sua boca para evitar que os soluços se sobressaíssem aos sons do cotidiano, sua respiração sequer conseguia se estabilizar devido ao esforço não desejado exigido pelo seu corpo para expressar seus sentimentos. Changkyun odiava chorar e odiava mais ainda quando Jooheon lhe via chorando devido ao constrangimento que sentia. Sempre que era visto em um momento como aquele, suas bochechas ficavam vermelhas e seu olhar se desviava, não queria parecer fraco na frente daqueles por quem prezava.

 

Contudo, o Im não poderia enganar ninguém, nem a si mesmo. Ele se sentia fraco. Tinha plena consciência de que nada daquilo era verdade: não era um aproveitador. Nunca quis que Jooheon falasse aos quatro ventos que se conheciam, não queria ser divulgado, mas o Lee sempre acreditou que Changkyun tinha potencial e merecia ser reconhecido. Contudo, aparentemente, o público do mais novo não concordava com tal afirmativa. Estava lidando bem com os comentários em seu blog. Podia os ignorar ou simplesmente bloquear aquelas pessoas maldosas que tentavam lhe envenenar com palavras rudes, mas era um bocado pior ver aquelas coisas nos comentários de um vlog qualquer de Jooheon. HoneyTV não tinha tantas visualizações ou inscritos quanto HoneyPlay, mas haviam números o bastante ali para que seu rosto, que apareceu brevemente, ficasse conhecido entre as fãs de seu melhor amigo.

 

Changkyun queria apagar sua existência. Nunca havia feito nada de errado e ainda assim cada movimento seu na internet era meticulosamente criticado. Sua motivação pra continuar seu trabalho estava sendo sugada a cada comentário cruel que ali havia, e, mesmo havendo aqueles que achavam absurdo a crescente onda de ódio para com o blogueiro, seu humor não estava dos melhores. Largou seu notebook na cama, sequer lembrando-se de assistir o vídeo em si, seguindo para pegar a garrafinha de água em sua mesa de estudos e edições. Ingeriu o conteúdo em grandes goles, buscando acalmar o estado em que seu corpo se encontrava. Sua vontade mesmo era de tomar um banho e se livrar de toda a sujeira que havia sido posta em aí pelos internautas. De apagar seu blog e de mudar de rosto, sumir e esquecer que um dia teve quaisquer redes sociais. Contudo, aquela não seria uma atitude louvável. Estaria se provando fraco para aqueles que lhe desejavam o mal e, por isso, depositou a garrafinha na mesa com um pouco de determinação.

 

Estalou seus dedos, o pescoço e voltou para sua cama, onde repousava seu computador. Se ele fosse ser odiado sem motivo, aparecendo ou não, que ao menos deixasse de ser um covarde. Mesmo que pouco a pouco, deixaria de se esconder como um criminoso e mostraria que não estava ligando para toda aquela confusão, embora de fato estivesse. Antes que Jooheon aparecesse em seu quarto por provavelmente ter lido as mesmas coisas que ele, logou em seu Twitter para a primeira parte do seu plano. A conta, que costumava ser privada, agora era pública e tinha uma selca de Changkyun na imagem de perfil. Embora extremamente incomodado com o fato de expor sua imagem desse jeito, abriu seu blog e finalmente colocou uma foto sua na sua descrição. Sabia que estaria atendendo aos pedidos de muitos de seus leitores, mas também estaria dando material para aqueles que não agradava.

 

Ainda determinado, se ergueu da cama após desligar o aparelho e foi para o banheiro jogar uma água no seu rosto inchado pelas lágrimas. Ao ver-se no espelho, riu do seu estado deplorável. Seus olhos estavam vermelhos vibrantes e havia olheiras logo abaixo deles. Estava engraçado e acabou se sentindo melhor ao rir um pouco da sua própria situação. Para completar, só precisava conversar com Jooheon abertamente sobre tudo aquilo. Sempre que o amado tocava no assunto, fugia fingindo que estava tudo bem. Talvez explicar como se sentia fosse mais produtivo do que simplesmente abafar tudo e continuar sofrendo em silêncio. Em conclusão, arrumar uma solução em conjunto era melhor que sozinho. Saiu do banheiro logo após enviar uma mensagem para Kihyun, avisando que não iria estar disponível para sair naquela noite de sexta, seus planos eram outros.

 

Bateu na porta de Jooheon, ouvindo uma música baixa e conhecida vinda do interior do cômodo. Logo, a voz melodiosa do melhor amigo se juntou a música pedindo para que entrasse. Assim que Changkyun pôs os pés no cômodo, o sorriso de Jooheon brilhou em seu rosto, e ele não poderia fazer outra coisa senão sorrir também. Prendeu os lábios entre os dentes antes de se jogar na cama ao lado do rapaz que aparentemente conversava com alguém em algum aplicativo de celular. Ficou encabulado de questionar se estava atrapalhando o Lee, mas a proximidade e o calor corporal alheio lhe trouxeram o conforto que precisava.

 

- Você está ocupado, hyung?

- Na verdade não. Eu só estava conversando com Hoseok sobre gravarmos um vídeo antes que ele voltasse para Jeju com Dayoung.

- Oh. - Repousou sua cabeça no ombro do mais velho, interessado no assunto. - Sobre o que vai ser?

- Eu não sei. Ele queria fazer algum desafio pro canal dele, mas eu não sei. Nosso conteúdo é bem diferente.

- Eu posso ajudar. - Sugeriu, tentando introduzir seu assunto e ganhando um olhar curioso do gamer.

- Como assim?

- Hm... Eu posso dar alguma ideia. Vocês podem fazer algo comigo e a Dayoung.

- Espera, você tá' sugerindo aparecer no vídeo?

- Você não precisa ficar tão chocado! - Riu da expressão feita por Jooheon. - Bem, talvez. Eu queria mesmo falar sobre isso. Sabe, vídeos e... Eu e você.

- O que tem de errado com a gente?

- Não, eu usei os termos errados.

 

Respirou fundo, tentando por seus pensamentos em ordem.

 

- Quero dizer sobre nós dois nos mencionarmos e tudo mais. E sobre os comentários que eu ando recebendo.

- Isso continua a acontecer? - O Lee questionou, preocupado.

- Bem, sim. Você falou que eu deveria lhe dizer se me sentisse incomodado e eu estou. Mas não falo isso pra que fique bravo ou que discuta com suas fãs. Eu só preciso da sua ajuda pra que eu não me importe mais, afinal, você também recebe comentários horríveis e lida com eles bem melhor que eu.

- Mas Chang, essas pessoas não podem ser minhas fãs se te magoam. Você é importante pra mim, se elas te ferem, estão me ferindo também.

- Eu não quero que isso aconteça. Exatamente por isso eu quero aparecer, sabe? - Fungou como consequência do choro de mais cedo. - Eu já chorei muito por esse tipo de coisa e já me escondi demais. Não sou um criminoso.

- Eu sei disso. Mas não quero que você se arrependa e se machuque depois.

- Eu não vou. E estou completamente ciente de que é uma decisão minha. Aliás, meu twitter agora é público e eu coloquei fotos minhas lá e no meu blog. Quero que me conheçam pelo o que eu sou, com o rosto que eu tenho, embora isso ainda me apavore.

- Você sabe que essa foi uma decisão pela qual você pode se arrepender, não sabe? As pessoas podem saber as imagens e fazer publicações maldosas, eu não quero que isso aconteça.

- Eu estou ciente, hyung. – Cortou o mais velho rapidamente em um tom de intolerância. – Pode ficar tranquilo. Sei onde estou pisando.

- Você vai acabar roubando o coração das minhas fãs. – Jooheon fingiu reclamar em tom de ciúmes.

- Claro, eu sou um exemplo de simpatia.

- Você é lindo. E muito talentoso. Eu só grito toda vez que me assusto por que sou medroso.

- Não fale essas coisas como se fossem verdade, hyung. Você sabe que é bom no que faz.

- E você não? Você pode achar que só coisas ruins vão vir caso apareça, mas muitas pessoas vão te conhecer melhor por isso. Sabe, associar um rosto a pessoa e tudo mais é mais valioso que uma mera indicação minha. Espere um pouco que vão ter um monte de garotas afim de você.

- Vou precisar checar alguns espaços na minha agenda. – Brincou. – Ando um pouco ocupado com um certo youtuber.

- Bobo. – Jooheon balançou a cabeça em negação, achando graça do rumo da conversa. – Mas é bem sério. Não faça nada disso caso não queria receber atenção de todos os lados. Boa e ruim.

- Eu estou pronto, hyung. E não fale assim, parece que estou fazendo isso pra ser visto. Eu quero que me entendam como um ser humano e não... Mais números.

- Mas números são bons também.

- São. Nós podemos não falar sobre isso? É um pouco incômodo. Só vamos fazer o que eu pedi antes que eu desista e volte a fraquejar por favor?

- Chang... - O mais velho acariciou o rosto do estudante de engenharia, admirando a sua decisão, contudo, receoso. - Você tem um tempo pra pensar. Hoseok vem aqui amanhã com a Dayoung. Nós podemos gravar alguma coisa com eles, algum desafio com algum dos meus jogos de terror.

- Ótimo. Você tinha me dito que são os que mais fazem sucesso no canal, não foi?

- Sim. E com o Hoseok vai ser ainda melhor. Mas, sabe, se você quiser podemos fazer de um jeito que eu possa te cortar depois, caso a quantidade de pessoas te incomode.

- Não. Eu quero fazer isso e preciso de você comigo. Caso contrário eu vou desmoronar de vez e não quero perder o trabalho de uma vida por estar me tornando vulnerável.

- Eu sei. E não vai, certo? - Selou seus lábios rapidamente aos do mais novo, que se surpreendeu com o ato. As vezes, esquecia que seu relacionamento com Jooheon passava da amizade.

- Obrigado. - Sussurrou contra a boca alheia.

 

O Lee continuou segurando o rosto alheio, roçando seus narizes logo em seguida. Não podia evitar sentir seu coração bater com força contra seu peito toda vez que ficava tão próximo do escritor. Changkyun sentia o mesmo e por isso voltou a selar seus lábios aos de Jooheon. Dessa vez não se afastaram. O contato foi mantido, ambos se movendo lentamente, ainda incertos de o que deveriam fazer com suas mãos. Quando Jooheon repousou a sua mão livre na lateral do corpo de Changkyun que o mais novo se sentiu mais confortável e menos envergonhado. Mordeu suavemente o inferior de Jooheon, que sorriu com o ato inesperado. Não poupou tempo em voltar a sentir a boca alheia, desta vez com as línguas livres para explorarem o que bem entendessem, sem medo algum de estarem passando dos limites um do outro.

 

Changkyun queria esquecer-se daqueles problemas, mesmo tudo estando conversado com Jooheon, estava ansioso para por em prática. Por isso, beijar o amado lhe parecia um passatempo perfeito para deixar toda e qualquer ansiedade de lado. Suas mãos foram para a nuca do mais velho, abrindo um pouco mais sua boca e sentindo seus pulmões carentes de oxigênio. Quando se afastaram, os lábios estavam levemente rosados e úmidos, deixando Jooheon com uma aparência ainda mais fofa que o natural. Changkyun não conseguia se conter diante daquela cena e mal deu tempo para que recuperassem o fôlego. Acomodou-se melhor na cama, quase sentado nas pernas de Jooheon e voltou a lhe beijar, arranhando sua nuca toca vez que o Lee lhe imitava e mordia seus lábios.

 

O escritor ficou com a cabeça leve quando sentiu um aperto mais forte em seus quadris, arfando entre o contato das bocas que parecia não ter fim. Jooheon sequer pensava direito no que estavam fazendo e no que aquilo iria dar, apenas seguia com os comandos que seu corpo lhe dava assim como correspondia de acordo com as reações do Im. Foi questão de tempo para que Changkyun estivesse de fato em suas pernas e Jooheon nunca se sentiu tão nervoso. Ter o Im em seus braços era como ter alcançado um pedaço dos seus sonhos. Afastou seu rosto da face alheia, deixando um olhar confuso na feição do escritor. Jooheon sorriu lhe dando um selar demorado enquanto acariciava a sua bochecha com o polegar. Seu maior desejo naquele momento era fazer o amado feliz, ou ao menos um pouco mais relaxado em relação ao seu trabalho na internet e por isso tentou formular algo rápido em sua mente.

 

- Você quer sair?

- Eu ia sair com o Kihyun. - Comentou brevemente e acabou sendo vago.

- Oh, você não deveria se aprontar?

- Não, eu vou ficar em casa. A não ser que você vá sair, é claro. Eu queria passar um pouco de tempo com o hyung.

 

Jooheon quase se encolheu na cama com a inocência explicita naquelas palavras. As vezes Changkyun parecia um poço de fofura e o Lee sempre queria apertar qualquer parte do corpo alheio só pra conferir se ele era mesmo de verdade. Encostou sua cabeça na cabeceira da cama, observando os lábios vermelhos e levemente inchados do melhor amigo. Era gratificante ouvir coisas como aquelas e quem seria ele para negar um pouco de seu tempo para Changkyun.

 

- Eu não tenho muito que fazer, pra ser sincero. Quer comer porcaria e ver um filme?

- Não. Eu queria ver você gravando. - Respondeu sincero.

- Você quer gravar comigo agora? - O mais novo arregalou os olhos e deu uma risada nervosa.

- Tipo... Agora mesmo?!

- É. Você quem disse que gostaria de sair da sua zona de conforto.

- Eu não disse isso! Aliás, eu nem tenho uma zona de conforto, eu sou desconfortável o tempo todo, Jooheon.

- Tudo bem. Eu me sinto orgulhoso, se alguma forma. Gosto de te ver passando por cima disso.

- Não me deixe envergonhado, idiota. – Changkyun revirou os olhos e Jooheon riu se divertindo com a irritação repentina.

- Vamos fazer assim... Voltamos pro plano original. Amanhã os pombinhos vem pra cá e a gente combina alguma coisa interessante. E como eu não tenho nada pra gravar agora, tenho uma ideia muito boa de como gastar nosso tempo.

- Hm? Qual?

 

Jooheon sorriu em perversão antes de voltar a beijar aquele quem tanto amava, recebendo um sorriso de volta entre o carinho. Nada podia ser tão recompensador quanto fazê-lo sorrir agora.


Notas Finais


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