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História Puer Magi Makoto Mágico - Você outra vez - parte II


Escrita por: vccotrim

Notas do Autor


Boa noite.
Desculpem a demora pra postar o capítulo, mas tive um pequeno bloqueio criativo e não sabia o que fazer. E sinceramente, espero que me perdoem, mas este será o último capítulo curto. Sinceramente, pra mim estão curtos, o que não gosto muito, parece que to fazendo trabalho porco, que não estou fazendo o que realmente prometi. Então, a partir daqui, teremos capítulos longos, tipo de 4k a 10k de palavras.
Espero que gostem dessa parte por hora. Boa leitura.

Capítulo 3 - Você outra vez - parte II


A primeira reação de Rei foi o empurrar. Seu rosto estava ardendo, suas pernas começaram a tremer e não pode evitar de levar os dedos aos lábios, ainda podia sentir o toque do beijo, foi caloroso, saudoso, um beijo apaixonado e agradecido, o beijo que somente uma pessoa realmente apaixonada poderia dar. Talvez não apaixonada, alguém que realmente ama o outro. 

O garoto de cabelos vermelhos também reagiu. Primeiro ficou assustado com o empurrão e pareceu querer protestar, porém se interrompeu parecendo lembrar de algo. O que poderia ser? Ninguém sabia. O rosto dele também esquentou, o rubor na bochecha foi crescendo e se espalhando, não conseguia mais manter contato visual com Rei. 

- Bem... E-e-eu... Eu... – começou a gaguejar nervoso correndo os olhos por todo lugar. 

De repente cobriu o rosto com as mãos após um pequeno grito assustado engasgado. Rei procurou ver o que ele tinha visto e logo focou em uma imagem traumática. A turma toda – inclusive o professor – estavam encarando o ocorrido boquiabertos, algumas garotas até estavam com o celular em mãos filmando o ocorrido e tirando fotos. Após um outro clique, ele também desviou a cara imediatamente. Por ele poderia abrir um buraco no chão e o engolir. 

Este estava sendo o pior primeiro possível. 

 

Foi uma grande chatice o período de aula, parecia que estava se arrastando por longas horas. O professor tentou agir normalmente apresentando os dois alunos novatos. Rei finalmente descobriu o nome do garoto estranho, Makoto Masaki. Um nome bonito e sonoro, fácil de se falar e que não tem como esquecer. E jamais esqueceria. Por todo esse longo tempo não teve como evitar o desconforto, todos os outros alunos encaravam os dois, uma espiada aqui e outra ali, todas as atenções estavam voltadas para os dois. Igualmente, não dava para ignorar a existência do outro garoto, Makoto estava sentado na mesma fileira que ele duas carteiras atrás, dava para sentir suas costas ardendo com o outro encarando. 

“Para com isso seu idiota!” – gritava em pensamento. 

Queria poder sair dali correndo, queria voltar pra casa e fingir que o dia não tinha acontecido e ter um novo recomeço na manhã seguinte, mas era impossível. Virou a cabeça levemente para trás no meio da aula de matemática fingindo que ainda copiava a matéria e encarou o garoto com toda raiva que sentia na hora, queria que ele soubesse que estava extremamente bravo com o que ele fizera. Makoto Masaki devolvia o olhar, porém com culpa, seus ombros estavam encolhidos e parecia um pouco envergonhado. Tarde demais, remoeu Rei, a merda já tinha sido feita, não tinha mais como fazer alguma coisa sobre. 

Mesmo assim não perdeu a vontade de falar com ele, a curiosidade era maior. Se tinha uma coisa que odiava era não saber de nada, era estranho ver tudo e não conseguir encaixar as peças. O sonho, Makoto Masaki, o jeito que ele agiu quando se viram pela primeira vez... Não parecia que se viram pela primeira vez. Na verdade, era algo estranho, parecia que ambos viviam em realidades completamente diferentes, e somente o outro tinha acesso. O que estava faltando? O que não conseguia enxergar? Por isso precisava falar com ele. 

E assim que o sinal bateu para o primeiro intervalo depois do que pareceu uma eternidade, pode soltar um longo suspiro e se preparar para a conversa que teria. Não sabia o que dizer e nem por onde começar, mas não conseguia se segura, precisava resolver isso logo. Levantou calmamente e seguiu até a carteira dele, podia sentir os olhares dos outros, mas precisava ignorar, depois veria o que podia fazer para consertar aquilo, agora o mais importante era dar um jeito no assunto inacabado que era Makoto Massaki. 

- Ei – falou para o outro se posicionando na frente dele. – Masaki-san, precisamos conversar agora. 

- Se for sobre mais cedo, eu sinto muito... E-eu não sabia o que fazia... Err 

Evidentemente o garoto estava nervoso, não conseguia terminar uma frase sem engasgar e, novamente, tentava olhar para qualquer direção que não fosse os olhos de Rei. O rosto vermelho também o denunciava. 

- Sabia sim – Rei o respondeu sem rodeios. 

- Não! É que... Entenda... Eu... Bem... Eu só estava feliz por te conhecer... Isso! 

- Pare de tentar me enrolar e vamos logo. Podemos acabar com isso agora mesmo. 

- Desculpa... Vamos pro telhado. Lá teremos mais privacidade. 

- Sim. 

Rei saiu andando na frente para sair da sala, não queria lidar com os olhares curiosos outra vez, porém parou na porta ao se lembrar de que não conhecia o caminho, então esperou por Makoto que o guiou pelo caminho. Em base, Makoto também não deveria saber o caminho pro telhado, era um novato, e lá estava ele o guiando como se fosse um veterano. 

Chegando no telhado não havia mais razão para esperar, Rei lançou sua primeira pergunta sem hesitar. 

- Makoto Masaki, quem é você? Como sabia quem eu era? E porque fez aquilo? 

- Perguntas difíceis de responder... – Makoto respondeu em um longo suspiro. 

Makoto não sabia por onde começar, quanto mais ensaiava as palavras, mais escapuliam, fazendo sua boca se mexer em vão. Sabia que estava deixando Rei irritado, mas não sabia realmente o que dizer, a situação era muito mais complicada do que parecia. Deveria ter imaginado isso antes de ter feito o que fez. Agiu por impulso, não conseguiu conter a alegria em seu peito por rever Rei Toujou bem novamente, era um verdadeiro milagre, seu desejo tinha se realizado. Tentou esconder o nervosismo permanecendo de costas para Rei e escondendo as mãos nos bolsos da calça, ali poderia mexer os dedos agitados sem problemas, entretanto não conseguiu se conter antes de começar a balançar sobre os pés. 

“O que devo dizer?” – pensava afoito. 

- Qual razão que as tornam tão difíceis de responder? – indagou Rei cruzando os braços sobre o peito deixando uma carranca ainda mais séria no rosto. 

- Eu não deveria ter feito aquilo, sinto muito. 

- Não deveria mesmo – Rei continuou o repreendendo. – Nunca se sai beijando estranhos por aí, ainda mais os que nunca encontrou pela frente, sabe o tamanho do problema que arranjou para mi-... Digo, nós. O tamanho do problema que arranjou para nós dois? Mas... Você sabe que esta não foi a primeira vez que nos vimos, era evidente, já devemos nos ter visto em algum lugar. De onde me conhece? De Paris? Estudamos na mesma escola, é isso? Você é um maldito stalker por acaso?! 

- Não! Eu não sou um stalker, eu-... 

- Por favor, não trate meu precioso novato como um stalker nojento. 

Quem se pronunciou interrompendo a conversa foi uma garota baixa de rosto sereno, o longo cabelo loiro preso em dois rabos de cavalo cacheados. Atrás dela estava uma pequena menina de aparência fofa espiando com seus curiosos olhos cor de âmbar, o cabelo platinado estava preso com uma fofa fita rosa. Ambas carregavam um bento, porém a comida deixou de ser a prioridade quando a mais velha escutou as acusações sobre Makoto Masaki. 

- Perdoe a minha grosseira – ela voltou a falar. – Meu nome é Mami Tomoe, e sou a veterana do Makoto-san. 

A garota pequena olhou um pouco tímida agora, mas seguiu os passos de Mami, a outra saiu se trás dela e se apresentou. 

- Sou Nagisa Momoe. 

- Espera, vocês se conhecem? – Rei perguntou surpreso. 

Isso era estranho demais, como que os dois poderiam se conhecer antes de frequentarem a mesma escola? Talvez fossem amigos de infância, mas pelo tratamento com certeza não, era uma relação recente. “Como?”, era a pergunta que vivia se repetindo no seu cérebro. Será que estava ficando louco? Aquilo já era estranho demais. Estava se sentindo desprotegido, parecia que todos sabiam mais sobre tudo que ele, que haviam detalhes da vida que ele nunca teve ciência. 

- Desde quando vocês se conhecem? – Rei perguntou finalmente com um tom sério demais. Não queria ter soado grosseiro, porém não ligava também, queria as respostas, queria tudo que precisava para seguir com seu dia em paz r saber quais decisões tomar para concertar as consequências do desastre da manhã. 

Ao invés de responderem, todos voltaram ao silêncio de antes. Mami pareceu um pouco confusa antes de parecer arrependida do que havia falado, tinha acabado de cometer um erro sem perceber, pirou uma situação que já estava ruim. Nagisa Momoe se restringiu a desviar o olhar e mexer as mãos nervosas na saia do uniforme. Rei acabou ficando irritado com essa atitude delas, não aguentava mais, aquilo já estava ficando irritante demais! Qual o problema de simplesmente falarem a verdade?! O que sabiam que ele não podia?! 

“Francamente, qual o problema deles!” 

- Rei... – quem chamou foi Makoto Masaki. 

Quando se virou para ele viu que estava segurando algo na sua mão, uma pequena joia oval de armação de ouro e uma gema avermelhada dentro, um rubi talvez. Ele não soube como reagir, primeiramente, por um momento pensou que estava sendo subornado, mas logo o pensamento se desfez quando continuou a raciocinar sobre. Não tinha visto Makoto em nenhum momento com aquilo, não tinha usado na sala e nem percebeu algum volume dos bolsos da calça dele. De onde tirou a joia então? E com que intuito esticava ela na sua direção com a mão aberta? 

A gema ganhou um brilho mágico, pareciam que uma luz acendeu dentro dela e lançava uma luz límpida de dentro dela. O brilho azulado foi ganhando intensidade, um vento forte soprou no telhado. 

- Por favor, me perdoe. 

Não houve tempo para responder, porque agora ele nem mesmo se lembrava do que tinha acontecido. Na verdade, foi como se aquele momento nunca tivesse acontecido. 


Notas Finais


Obrigado por ler.


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