História Pure Poison - Jantar Beneficente

Travis já foi para o trabalho e estou sozinha em casa, de acordo com Justin preciso de alguns dias de repouso então estou sem trabalhar. Ando de um lado para o outro sem saber o que fazer, ligo a TV e me jogo no sofá, apoio meus pés na mesa de centro e vou mudando de canal incansavelmente, por fim assisto um programa chato e quando vejo já cai no sono. Acordo com o som distante do meu celular tocando e corro apressadamente pela sala para atende-lo

-Hannah? –Ouço a voz de Justin e me arrepio, incrível como até distante ele tem esse efeito sobre mim.  Pigarreio antes de responder

-Oi? –Digo andando até meu quarto.

-Odeio ter que te dizer na última hora, mas preciso de você hoje à noite –ele me diz, ouço barulho de carros e buzina ao fundo e deduzo que ele provavelmente acabou de sair da empresa

-Porque sinto que não tenho escolha? –Rio e sua risada se mistura com a minha

-É um jantar beneficente, e eu realmente não vou levar uma acompanhante que não seja você –Justin diz

-Acho bom –Rio

-A limusine te pega aí as oito –Concordo e olho no relógio. Tenho uma hora e meia para me arrumar.

-Vai chegar uma encomenda aí nesse momento... –Assim que ele diz a campainha toca e eu vou atender a porta, seguro o celular com o queixo e assino um papel que o entregador me estende.

Levo a caixa para a sala e a ponho no sofá delicadamente, levo o celular até a orelha novamente.

-Se arrume e não se atrase senhorita –Ele diz docemente do outro lado da linha.

Nos despedimos e eu encaro a caixa a minha frente, ela é demasiadamente grande, desfaço o grande laço preto que envolve a caixa, abro os dois lados e meus olhos comtemplam o vestido mais lindo que já vi na vida. Tem mais brilho que meus olhos já viram, ele é longo e tem um decote nas costas, uma fenda vai da metade das coxas até o final do vestido, o ponho em frente o meu corpo e o comtemplo pelo reflexo da porta da sacada, o colocando no sofá da sala vou até o banheiro começar a me arrumar.

Me olho em frente ao espelho e acho que nunca me senti tão bonita, meu cabelo está com ondas perfeitas caindo sob meu seio coberto pelo vestido que vestiu meu corpo perfeitamente, a minha maquiagem está impecável e meus olhos brilham. Ouço bater à porta e caminho confiante até lá, o salto preto fazendo barulho ao entrar em contato com o chão, minhas mãos tremem levemente quando as levo para abrir a maçaneta da porta.

Meus olhos entram em contato com o seu que agora me avalia por completo, seus lábios abrem levemente e deixa escapar um leve suspiro, também o avalio, ele veste uma camisa social branca com um terno azul escuro por cima, a gravata também azul tem um nó perfeito.

-Você está perfeita –ele sorri e me entrelaça pela cintura fazendo nossos corpos baterem de frente, seus lábios encontram os meus e me beijam com veracidade, minhas mãos seguram seu terno com uma devida força.

-Adoraria tirar esse vestido maravilhoso se já não estivéssemos atrasados –ele fita meus olhos com um brilho malicioso, meu corpo se estremece.

Fecho a porta do apartamento e vou andando até o elevador enquanto Justin vai logo atrás de mim, a mão na base da minha coluna, os dedos roçando na pele desnuda pelo vestido.

-Eu fiz pagarem por isso –Justin diz e passa a mão pela minha cintura percorrendo o dedo pelos hematomas na minha pele, mesmo com um pouco de maquiagem eles ainda estão visíveis se você olhar bem. Seus olhos são tomados por raiva enquanto ele os analisa

-Tudo bem, já foi –Sorrio e seguro sua mão enquanto saímos do elevador. Uma limusine nos espera do lado de fora, ela é grande e tem uma cor preta reluzente que se destaca na noite.
Justin abre a porta para mim e eu adentro na limusine, ele senta do meu lado logo em seguida e o motorista dá partida.

Quando pisamos os pés do lado de fora os flashes nos atingem sem parar, Justin segura minha mão e me puxa para perto do seu corpo, atravessamos o enorme tapete vermelho e entramos para dentro de um salão luxuoso. As pessoas conversam discretamente em vários lugares, garçons transitam com taças de champanhe nas bandejas e eu pego uma assim que eles passam por nós, pelo visto irei precisar.

A noite passa devagar e tediosa, as pessoas chegam e conversam com Justin que também parece entediado, mas lhe dão a devida atenção, quando Justin diz que a sua acompanhante é “sua namorada” eu apenas sorrio e cumprimento com a cabeça.
Quando a milésima pessoa chega pra conversar com Justin peço licença e caminho até o banheiro sem esperar por reposta, as pessoas me olham quando passo por elas e sorriem, sorrio novamente. Entro no banheiro e encaro meu reflexo no espelho, estou cansada e entediada, por mais que eu tento me encaixar nesse mundo não sou daqui, não pertenço a esse lugar e só estou aqui por ele. Alguém bate à porta e me recomponho, vou até a saída e a abro, alguém me empurra para dentro e segura meus braços, abro a boca para gritar, mas o indivíduo cobre minha boca com a mão, meus olhos encontram o dele e meu coração se acalma ao fitar olhos cor de mel à minha frente.

-O que está fazendo? –Pergunto enquanto liberto meu braço das suas mãos

-Te tirando do tédio –ela anda até a porta e a tranca. Seus olhos estão nos meus enquanto ele caminha com confiança até mim, dou um passo para trás e sinto minhas costas baterem na pia do banheiro, Justin me agarra pela cintura e me senta na pia, nossos lábios se encontram e ele me beija ferozmente, sua mão abre minhas pernas em cima da pia e escorrega até a fenda do vestido, sinto seu toque quente pela minha coxa e estremeço, minhas mãos vão até seu cabelo e o seguram com força, seus lábios descem até meu pescoço e deposita beijos molhados nele, minha boca deixa escapar um pequeno gemido, ele levanta meu vestido enquanto sustenta seu olhar no meu, ele desabotoa sua calça e aproveito para regular minha respiração, mantenho meus olhos nos seus quando sinto nossos corpos se fundindo em um só, suas mãos seguram meu pulso acima da cabeça e seus olhos exalam um brilho malicioso.

-Ahh, meu Deus, como eu te amo –Ele diz enquanto se desfaz junto comigo, seu corpo cai sobre o meu.

-Eu também... eu também... –Respondo enquanto acaricio seu cabelo.