Ele nasceria agora e eu não tinha a menor ideia do que fazer. Eu deveria entrar na sala e presenciar seu nascimento? Ficar esperando atrás da porta? A única coisa que eu tinha certeza era de que eu não devia ficar parado aqui no meio do corredor sem fazer nada.
Aproximei-me até a porta e esperei, esperei e esperei. Foi quando estava quase entrando na sala que ouvi seu choro. Atravessei a porta imediatamente, e meus olhos cravaram em uma das cenas mais lindas que já presenciei. Sua mãe o segurava com delicadeza em seus braços, tentando acalmá-lo, conversando calmamente com o mesmo. Seu pai chorava e acariciava o corpinho do bebê, também conversando. Pude sentir o amor de seus pais pelo filho, a atmosfera ali era radiante e eu já não conseguia conter as lágrimas.
Após muitas e muitas lágrimas derramadas e sorrisos de emoção, a mãe e o filho foram levados para outra sala, mais especificamente um quarto onde eles ficariam por três dias até poderem ir para casa. O bebê já havia tomado um banho dado pela enfermeira e vestido com um macacão estampado de ursinhos. Ele estava mamando em sua mamãe quando seu pai entrou na sala, dando um beijo em sua esposa e sentando-se em uma poltrona ao lado dos dois. Enquanto eles conversavam eu dormi rapidamente. Fui irresponsável, admito, podem me xingar. Quando acordei todos haviam dormido, o bebê em uma caminha ao lado de sua mãe e seu pai na poltrona. Aish ele vai acordar com dor nas costas. Peguei a almofada que estava atrás de mim e coloquei-a atrás das costas do mesmo. Depois fui até o bebê e fiquei observando-o, ele era tão fofinho. Suas bochechas eram bem redondinhas e rosadas, dá até uma vontade de apertar. Segurei sua mãozinha delicadamente a acariciando, e depois de alguns segundos ele acordou. Ele ficou me encarando com um olhar curioso. Espera, ele está me vendo?!
Fiquei com medo de que ele começasse a chorar, mas ele continuou calmo, apenas me olhando. Ele olhava em meus olhos. Eu tinha certeza de que ele me via, mas eu não sabia como. Talvez seja porque ele acabou de nascer e fosse sensível a essas coisas, como os cães e gatos, e essa habilidade desaparecesse conforme ele fosse crescendo. Ele apertou fortemente o meu dedo, me fazendo sorrir, o que levou o mesmo a sorrir também. Ele tinha um sorrisinho doce e banguelinha. Tão fofo.
- Eu prometo te proteger até o fim pequeno Yoongi...até o fim...
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