História Puro amor-Taekook - Me sentindo um monstro

Era em uma noite fria em 1985   eu era "um garoto qualquer" que em sua vida toda viveu em um quarto.

 Com 18 anos eu já era um monstro sem saber ainda,minha mãe me falava que eu tinha algum problema com sangue,mas não me disse que eu era um monstro.

Despois  de uma briga com ela por questionar a maneira que ela me fazia viver trancado, fuji de casa e fui a um bar a algumas quadras.Era de madrugada,mas como sempre o sono nunca me consumia,sempre eu tinha que dormir por ter que ser assim.Depois de alguns drinks fiquei um pouco zonzo.Talvez eu estivesse bêbado.

A primeira garota que eu vi na rua sozinha, a seduzi e levei ela em um beco,selei nossos lábios desesperadamente,dei selares em seu rosto macio e quente.

Por algum motivo mulheres nunca foram o meu forte.Eram bonitas mas não chegavam a serem atraentes o suficiente para me fazer ficar com tesão.

  Chegando em seu pescoço sentindo sua pulsação, a seguro mais forte e a mordo sem piedade, chupando seu sangue, agarro sua cabeça a segurando forte.

As mãos delicadas da garota tentavam me empurrar,mas quando minhas unhas gravaram sua pela não conseguia mais a soltar.

Escutei um "socorro" fraco,mas nem liguei não era mais eu.

 A minha sede era enorme e insaciável.Rasgo sua pele frágil e delicada jorrando um pouco do sangue na minha roupa,quebro o seu pescoço a derrubando no chão.

Essa foi minha primeira morte por não ter conseguido me controlar.

E pelo menos eu achava que seria a única.

Louco sem saber oque eu tinha feito, ou o porquê de ter chupado seu sangue, saio correndo desesperado.

Minhas mãos tremiam,sangue estavam pela minha roupa e lábio.Tentei ser o mais cauteloso possível, ninguém podia me ver nesse estado.O que iriam pensar?

Nem eu mesmo compreendo o que aconteceu.

 Entro em casa procurando minha mãe, ela me vê ensanguentado.

— Meu Deus!! Você não conseguiu se controlar?–Pergunta chorando e assustada.

— Como assim me controlar do que?–Perguntei enojado de mim mesmo,nervoso grito–Aishi,o que eu fiz mãe?Por quê?

       Ela senta no chão chorando.

— Do monstro que à dentro de você–Falou séria.Um silêncio permaneceu por alguns segundos.

Eu fico em pânico vou até meu quarto e me tranco.

— Tae por favor não faz isso!–Falou chorando batendo na porta.

— ME DEIXE EM PAZ !–Gritei.

Sento no canto da parede e tento dormir, mas passo a noite em claro, pensando naquele bela garota que havia matado e o motivo que ainda não havia compreendido.

Por que eu fiz aquilo?

Monstro!Era isso o que eu era?

          ¶¶ NO DIA SEGUINTE ¶¶

Minha mãe bate na porta me chamando, mas eu não a respondo, até que....ela fala:

— Sua vó está aqui, ela quer conversar com você. 

Eu fico assustado,porque eu não vejo minha vó desde do meu nascimento,agora ela veio me ver, isso era estranho.

As minhas roupas estavam com sangue seco e sujas de barro já que cai diversas vezes vindo pra casa desesperado.Eu não estava nem um pouco adaptável para ver ela pela primeira vez.

Fui até a porta a abrindo, olho para aquela mulher e solto uma gargalhada automáticamente.

— Isso é algum tipo de brincadeira?–olho para aquela mulher que tinha a aparência de uma pessoa com 18  à 19 anos.

— Sua vó irá te explicar–Fala minha mãe.

Eu fico confuso mais deixo aquela mulher entrar em meu quarto.

Minha mãe da um sorriso triste e fecha a porta nos dando privacidade.

Ela começa a me falar oque eu era e o porquê eu tinha feito aquilo, um pouco confuso ainda a pergunto:

— Por que a senhora parece uma garota de 18 anos?–Talvez fizerá muitas plásticas.

— Não envelhecemos.Quando bebemos o sangue de uma pessoa virgem,passamos por uma nova metamorfose pelo nosso corpo, e paramos de envelhecer.Sua mãe tentou te controlar e fazer você ser oque você não é.Por todos esses anos ela te mantia trancado nesse quarto escuro, para você não se alimentar do que você realmente precisava, para viver sem dor, sem morrer, sem a luz do sol, sem amigos.

— Eu prefiro ficar aqui trancado pelo resto da minha vida, do que sair lá fora e machucar pessoas inocentes–Falo bravo relembrando de ontem.

— "Pessoas inocentes" hahaha–Riu sarcastica.São elas que nos manterão vivas eternamente, são elas que nos vêem como monstros.

— Mas nós somos monstros vó–falo chorando. 

— Não somos monstros!–Sua voz engrossou,como um demônio–Somos pessoas doentes–se alcamou–que necessitam de sangue para viver.

Minha vó ri como se fosse algo divertido.

Isso me fez me sentir um monstro e ter medo de mim mesmo.

Quantas pessoas ela matou,quantas pessoas sofreram?

Eu me tornarei ela em um futuro próximo?