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História Purple And Pink - Apenas Conhecendo.


Escrita por: _AmatoryCrazy

Capítulo 2 - Apenas Conhecendo.


Fanfic / Fanfiction Purple And Pink - Apenas Conhecendo.

Ino Yamanaka ON 

O calor fazia-me suar ao ponto de encharcar minhas costas. Nenhuma sexta-feira costumava ser tão quente como essa. Minhas mãos mexiam-se com vontade na terra úmida plantando mais uma semente de girassol na estufa de casa. Era assim que eu e minha mãe trabalhávamos. Plantamos nossas flores em casa e vendemos na loja. O dia dos namorados estava próximo, eu já podia ver a correria dias antes e dias depois. Rosas vermelhas e cor de rosa eram as que mais saiam. Gostaria de receber algum dia, ou poder entregar um arranjo enorme para alguém, acho um grande e romântico ato de amor. Tão lindo. 

-Trouxe mais sementes!- Minha mãe anuncia da porta. Limpo minhas mãos em meu avental e vou até ela ajudar com os pacotes. 

-Comprou quais dessa vez?- Pergunto analisando pacotinho por pacotinho. 

-Alteias, Anémonas, Camélias de todas as cores que encontrei, mais rosas...- Ela diz mostrando as fotos e suspirando exausta.- E também algumas cores de cravos. Nunca comprei tantas sementes assim em toda minha vida. 

-Serão muitas encomendas esse ano.- Digo positiva.- Vai valer a pena! 

-Assim espero...-Ela diz colocando seu avental e luvas. Começamos a plantação e adiantamento de arranjos já encomendados. 

Era gostoso passar esse tempo com minha mãe. Meu pai e eu éramos muito próximos, mas ele adoeceu e agora mal nos vemos. Quando resolvi me mudar depois de ter concluído a faculdade, ele tornou-se frio e distante, acho que ele esperava que eu ficasse para sempre morando com ele. Creio que logo ele ira parar com esse terrível drama. 

A melhor parte de trabalhar com minha mãe são nossas conversas e risadas de coisas bobas, gosto mais ainda quando planejamos um café da tarde com bolo de cenoura coberto de chocolate suco de laranja ou café. Me da agua na boca só de me lembrar do cheirinho que sempre domina toda a casa, o gosto de cafeína na minha garganta e minha boca melada de chocolate. Fazemos isso desde quando eu era pequena, sempre guardei as migalhas pra faze-las de massinha, é um costume meu até hoje. 

-"E hoje vamos entrevistar uma das melhores alunas, hoje uma das melhores médicas; Sakura Haruno, em Cuba no hospital..."- Ouvi a repórter anunciar na TV. Já estou acostumada a ouvir o nome da Sakura em todos os noticiários, mas nunca deixei de parar o que estou fazendo por sentir um arrepio percorrer meu corpo a cada vez que isso acontecia. 

-Corre Ino! Sakura logo vai aparecer!- Minha mãe grita me sentando na cadeira. 

Ela sabia, sabia de tudo. Que eu amava Sakura desde ensino médio e aceitou super de boa. Meu pai, apesar de não ter gostado muito, pois queria ter netinhos, aceitou também. Mas os dois disseram que só aceitaria parcialmente se eu não parasse minha vida por causa dela, era pra mim sair com outras pessoas, provar novos sabores e novas sensações. Não sabia se ela voltaria algum dia, mas eu não podia me prender e me isolar por uma incerteza. 

E lá estava ela, com seus conjunto azul do uniforme médico. O sorriso gentil, branquinho e perfeito continuava o mesmo. Seus cabelos rosados estavam presos, agora curtos e seus olhos esmeraldas com o brilho contagiante. Nem mesmo prestei atenção no que ela falava, apenas a observava com atenção suas expressões, sentindo a onda de saudade invadir o meu peito. Solto um suspiro fazendo meu peito subir e descer devagarinho. 

-" Então, está quase terminando seus treinamentos e especialização aqui em Cuba. Pretende voltar para seu país Natal? Sente falta de lá? Quais são os seus planos?"- A repórter pergunta. As unhas da minha mãe estavam encravadas em meus ombros com força, ela estava mais ansiosa do que eu para saber essa resposta. 

-"Saudades eu tenho muitas, dos meus pais, dos meus amigos, de tudo...Mas, me adaptei muito bem por aqui pretendo continuar a morar e trabalhar em Cuba, todavia pretendo voltar para matar as saudades assim que concluir tudo o que eu tenha a fazer por aqui. E claro, pra isso tenho que ter grande esforço e foco, nada poderá me atrapalhar, eu espero."- Ela finaliza com um sorriso e eu também.

-"E sobre seu relacionamento? Tem ajudado ou atrapalhado em seus afazeres?"."- A repórter diz dando uma risada extrovertida. Sim, Sakura estava namorando e já se faziam 6 meses. Não divulgaram quem era por questão de privacidade, mas estou louca pra saber quem a tirou de mim. Não que eu não esteja sozinha sem sair com ninguém, mas prometi a mim mesma que não teria nada serio até que Sakura e eu nos resolvêssemos. Estou a esperando como ela ordenou, espero que ela não se esqueça disso, porquê eu não me esqueci. 

A entrevista prossegue normal falando sobre sua fama e todo aquele assunto entediante de sempre. Me pergunto se ela não enjoa de sempre responder as mesmas perguntas em todas as entrevistas e se não cansa de ficar sorrindo com aquele sorriso perfeito, suas bochechas não doem? 

Bufo irritada. Como conseguia ser tão perfeitinha? Tão simpática, gentil, paciente. Eu já teria perdido a minha cabeça com tudo isso. Literalmente. A pressão, as entrevistas, os estudos, tudo em si, não a cansa? Sei que ela parece ótima, mas não da pra saber os sentimentos e emoções pela televisão. Me sinto agoniada por não saber o estado dela, está realmente tudo bem como ela transparece? 

-O que foi Ino?- Minha mãe pergunta desligando a TV depois que a entrevista acaba.- Não gostou da entrevista? Achei que tivesse ficado feliz em saber que Sakura estava voltando... 

-Ela não está voltando, ainda vai esperar concluir tudo em Cuba, o que provavelmente vai demorar muito ainda. E sim, gostei, mas é que... 

-Esta preocupada com alguma coisa?- Mães. 

-Ela, apesar de estar impecável, parece estar cansada. Me imagino como me sentiria sendo divulgada pela mídia mundialmente de 5 em 5 dias sem pausas, sobrecarregada é bem pouco para o argumento que eu usaria pra definir. Sakura, será que ela esta bem mesmo? 

-Mas é claro que está Ino-chan! Sakura-chan é forte, destemida, esforçada. E além de tudo, é honesta e responsável consigo mesma, se estivesse sobrecarregada, certamente daria um tempo para tudo isso. Ela está bem, não se preocupe.- Ela faz cafuné em meu cabelo depositando um singelo beijo no topo da minha cabeça. Amava tanto minha mãe, a forma, o dom que ela tinha de me acalmar, era sobrenatural. 

-Você está certa, ela saberia a hora de parar.- Sinto meus dedos entrelaçarem com os da minha mãe enquanto nos duas suspiramos preocupadas. Em um espalmo de mãos, ela me desperta. 

-Bem, são 16 horas. Está na hora do nosso café!- Ela tira o avental e desfaz seu coque bagunçado com fios loiros pérolas molhados de suor.- Mas antes, uma ducha rápida. Vamos, Ino-chan? 

-Sim!- Levanto da cadeira estralando minhas costas e braços. Tiro meu avental e refaço meu rabo-de-cavalo. 

Mesmo minha mãe me tranquilizando, eu estava inquieta. Não consegui parar de pensar na hipótese que eu mesma criei, será que ela estava tão focada em todos que se esqueceu de si mesma? Será que esta se tratando? Com saúde? Comendo todas as refeições direitinho? Minhas pernas balançavam freneticamente enquanto eu cortava as cenouras inventando paranoias na minha cabeça sobre esse assunto. 

Alguém toca a campainha e tirou de meus vagos pensamentos. Paro o que estou fazendo para lavar minhas mãos e rosto ajeitando meu cabelo pela milésima vez. Limpo a garganta e dou uma ultima checada no espelho, vou até a porta e a abro com um sorriso gentil no rosto. 

-Olá, Ino-chan!- Hinata diz meiga de olhos fechados e sorriso esbelto. 

-Hey, Ino!- Kiba diz com as bochechas coradas. 

-Boa tarde, Hinata-chan, Kiba-kun!- Abro totalmente a porta os abraçando com força.- Que bom que vocês vieram!  

Eu e Hinata não somos amigas próximas, mas vivemos juntas desde Kiba e eu começamos a sair de vez em quando. Não era nenhum compromisso sério, estava longe disso. Estamos apenas...curtindo a solteirice juntos. Certo, é estranho eu amar uma garota e sair com garotos, mas eu sinto em meu peito que não teria olhos, nem mesmo conseguia me imaginar com outra mulher além de Sakura. Gosto de sair com Kiba, ele é divertido e atrapalhado, em dias difíceis é ele quem sempre me arrancava os sorrisos mais dóceis e alegres. Mas nada nem ninguém superava o que Sakura me fazia sentir, mas isso, é outra historia. Um segredo a sete chaves. 

-Estava com saudades Ino!- Kiba  diz enquanto agarrava com força a minha cintura. 

-Mas, nos vimos semana retrasada Kiba-kun...-Digo entre risos. Ele é grudento, mas é um amor. 

-Eu sei, eu sei.- Antes de me soltar ele beija minha bochecha com força. 

-Bom, vamos entrar, sim? Estou terminando a receita do bolo.- Eles entraram calmamente já indo em direção a cozinha. Hinata se ofereceu para ajudar com a cobertura e Kiba a untar a forma enquanto eu preparava a massa. O tempo correu e logo nos encontrávamos sentados esperando o bolo assar conversando sobre assuntos banais. 

O bolo logo ficou pronto e o atacamos com vontade. Lambuzamos a boca, bochecha, testa, roupa, cabelo com o chocolate e coco ralado que estavam como cobertura do bolo. Comemos metade da forma inteirinha sem protesto, só pararam porque eu  tinha que voltar ao trabalho depois das seis. Limpamos as mesas e balcões deixando tudo impecavelmente perfeito. Se eu me esqueci de minha preocupação com Sakura? Óbvio que não. 

-x- -x- -x- 

Sakura ON 

Através da grande e larga janela de vidro de correr eu via o céu cinzento e as poucas gostas de chuva que caiam sobre as calçadas cimentadas. Minhas mãos estavam ocupadas secando meu cabelo com a toalha e minhas pernas entrelaçadas, ou como chamamos, em "indiozinho". Suspiro sentindo aquele cheiro de chocolate quente e café vindo da cozinha até mim. Como amo esse cheiro impregnando minhas narinas. 

-Pensativa de novo?- A voz sexy e fria dele ainda me causavam arrepios.  

Aaaah, ele. O cara que me fazia a mulher mais feliz nesse país. Meu quase namorado, quase só meu. Sim, você não entendeu errado, "quase só meu", "quase meu namorado". Certo, ele pode chamar o que temos de namoro mas, um relacionamento aberto, para mim, não é um relacionamento. Não completamente. 

Ele e eu temos muito em comum! Além de nossos interesse e objetivos se interligarem, eu e ele temos uma certa conexão fora do trabalho. Algo excitante e perigoso, me leva a loucura. Não é só isso, ele é tipo o cara perfeito, só que chato, pessimista, arrogante, frio, sério, certinho e muito, muito mas muito tentador. Sim, tentador, quase ninguém resiste, eu mesma, depois de três anos tentando, não resisti. Ele provoca, atiça, excita, enlouquece...E como eu amo tudo isso. 

Se eu gosto mesmo dele? Gosto, gosto muito, mas não sei se eu seria capaz de fazer o que ele planeja para nós no futuro; namorar, noivar, casar, filhos. Segundo ele, sou a primeira mulher que o fez pensar em casamento e essas coisa clichês, que fofo. Mas para ser sincera, não me imagino tendo esse tipo de futuro, esse tipo de vida com absolutamente ninguém. Sou muito ocupada, quase não tenho tempo nem para pensar em mim mesma, imagine para imaginar ter uma família ou um marido. 

Enfim, de um jeito ou de outro, nós nos cuidamos, nos entendemos. Agimos como um verdadeiro casal, rola até um ciúmes e discussões, mas é complicado. É como se uma parte de mim não pudesse ser totalmente entregue a ele, que é o que ele quer, que eu seja sua por completo. Porem, em minha mente, em meu coração, eu sei que isso é tudo passageiro e que algo grande e verdadeiro me espera. Então não posso, não quero e nem vou me deixar levar ou me entregar completamente a ele, mesmo que eu sinta as vezes que talvez pudesse dar ou ser o certo. Me sinto feliz, satisfeita com essa vida que tenho agora. E como eu disse, não me imagino nesse tipo de mundo, pelo menos, não com ele. 

 As mãos dele em meus ombros massageando ali de uma forma tão gostosa e indescritível que me fazia soltar gemidos manhosos. 

-Um pouco. -O respondo esboçando um sorriso esbelto. Seus lábios roçam no meu pescoço e logo ele se afasta. 

-Não deveria, você é capaz de enlouquecer com seus próprios pensamentos.- Solto uma risada me virando enfim para a sala aconchegante e moderna do apartamento. 

-Fez café pra mim?-Digo em um tom provocador arqueando as sobrancelhas. 

-Não.- Ele pega a xicara de porcelana branca.- Fiz pra mim. 

-Então, o chocolate é meu?!- Digo me levantando mas ele pega a caneca com o chocolate e bebe um gole. 

-Não, fiz pra mim também. 

-Nunca faz nada pra mim, mesquinho.- Murmuro indo pra cozinha com um bico formado nos lábios. 

-Ei.- Olho para ele, que me puxa com força selando nossos lábios rapidamente em um beijo demorado e instigante fazendo com que eu fique sem folego.- Eu to brincando, o chocolate é seu, bobona. 

-O-obrigada.- Minhas bochechas rosam por segundos enquanto me afasto dele. Pego a caneca de sua mão e inspiro aquele cheirinho gostoso. 

-Hmmm...-Fecho meus olhos, assopro e bebo sentindo o chocolate invadir minha boca e descer pela garganta a esquentando. 

 -Mas, por que chocolate quente, e não café?- Pergunto inocente. 

-Porque você anda bebendo muita cafeína ultimamente no hospital, vai ficar toda problemática depois. 

-Não diga isso, oras...-Resmungo ainda deliciando meu chocolate quente.- Sei me cuidar. 

-Que seja.- Ele da os ombros e se senta no sofá ligando a TV. 

-Ei...-Digo me aproximando cautelosamente de seu colo me deitando feito um gato manhoso. Dou um peteleco em seu nariz chamando sua atenção e sorriso sapeca. 

-Que?- Sua voz irritada, ainda sim irritada, me excita. 

-Me beije.- Digo puxando seu rosto para o meu forçando um outro beijo intenso. Sinto até mesmo a atmosfera mudar e meu corpo se aquecer por dentro completamente. A mão fria dele toca em minha barriga por debaixo da blusa subindo para meus peitos os apertando com força em seguida  em direção ao centro das minhas calças me fazendo suspirar. Aah cara... 

-Sakura...-Ele diz enquanto mordo seu lábio inferior com força instruindo a mão dele aos lugares em que eu ansiava por seu toque. 

-Hm? 

-Não...Não, não agora.- Suas mãos me afastam e sinto minha face avermelhar-se por completo. 

-Por que não?- Me sento piscando meus olhos ainda tentando me recuperar. 

-Não foi pra isso que te chamei aqui, não dessa vez.- Ouço ele bufar e o observo coçar a nuca.- Precisamos conversar, agora. 

-x-x-x- 

Hinata ON 

Cinco e meia da manha, o sol ainda nascia na cidade de Konoha. Levantei sonolenta indo para o banheiro fazer minha higiene matinal como de costume. Amarro meu cabelo em um rabo-de-cavalo mal feito e coloco um shorts e uma camisa que ia até minhas coxas da cor azul escuro. Alonguei minha coluna e desci as escadas roubando um pão com manteiga de amendoim e engolindo um suco de laranja. Aqueci minhas pernas, enfiei os fones de ouvidos na minha orelha e comecei a correi pela aldeia. 

Fazia um calorzinho de 26º graus, as brisas vezes viam gélidas, vezes refrescantes. O suor em minha pele escorria por todo meu rosto grudando minha franja em minha testa, o corpo também, senti minhas costas molhadas durante todo o percurso. 

Correr me fazia relaxar, esquecer meus problemas. Ainda tenho trauma daquela noite, os flashbacks viam constantemente em minha cabeça. O quarto escuro, o som alto que vinha da sala, a chuva lá fora e todos os adolescentes desesperados gritando feitos loucos. A minha primeira festa no ensino médio, meu primeiro beijo erótico, a minha primeira vez chapada, minha primeira vez de tudo. Mas nunca, jamais, em quaisquer circunstância eu me esqueceria daquela noite, em que minha mãe invadi-o o quarto em que eu estava com um adolescente tão doido quanto eu.  

Eu só queria saber o que aconteceu com aquele garoto, não me lembro de nenhuma semelhança sua, apenas de sua voz rouca e sedutora. Lembro de sua mão em minha coxa e seus lábios colados no meu pescoço e minhas unhas encravadas em seus ombros escorregando até o fim de suas costas. Os nossos gemidos misturados e a sensação de me sentir completa, em êxtase. Essas sensações foram apenas com aquele garoto, que mesmo não sabendo nada sobre ele, me apaixonei imediatamente. 

Não foi só sexo, não mesmo. Conversamos depois do efeito do esctasy e da bebida meio que passarem. Ele, atencioso e gentil, me tratou de uma forma que nenhum outro garoto tinha me tratado mesmo naquela situação, com respeito e reconhecimento. Rimos, falamos sobre nossos planos depois do ensino médio, metas, decepções amorosas, os pais que enchiam o saco, a vida social, a escola. Enfim, passamos mais de duas horas deitados debaixo dos lençóis agarradinhos recebendo e fazendo cafuné um ao outro, apenas nos conhecendo e reclamando da vida alheia.  

Tínhamos realmente muito em comum, ele era um cara interessante e diferente de muitos outros. Eu estava encantada, a voz dele, os braços quase musculosos, as mãos grandes e quentes, abraço protetor e perfume de madeira queimada me fazia ir aos delírios, nem se fala da forma de como ele faz... achei que ele fosse o meu primeiro amor. Loucura? Sim, provavelmente. Mas ele foi o primeiro a me fazer sentir como se eu pudesse ser eu mesma, sem medo, sem insegurança, ele me fez livre. 

Mas, tudo isso foi a mais de 5 anos atrás. Eu nem mesmo sabia o nome dele, nem nenhuma característica de seu rosto. Apenas me lembro da maneira apaixonada que me encontrei em apenas algumas horas com ele. Isso, nós dois, nunca aconteceria. Ele foi deixado para trás com o meu passado, agora moro em outra cidade, conheço novas pessoas e... 

-Ai!-Sinto trombar com algo forte de frente caindo de bunda no chão sentindo-a totalmente dolorida. 

-Ei, olha por onde anda!-Uma voz fria e séria vem la de cima. Cubro meus olhos com as mãos fazendo sombra pra mim conseguir de quem se tratava. 

-Sinto muito!- Digo acanhada vendo o grande homem de pele bronzeada e cabelos loiros me encarando obscuro. 

-Carentes.- Ele resmunga frio e sai andando com os ombros relaxados e mãos dentro do bolso da calça. 

Panaca. 

Me levanto limpando minhas calças e amarrando o cabelo de novo voltando a correr na direção contraria daquele cara sem olhar para trás e novamente trombo mais uma vez em alguém.  Porém apenas batemos os ombros. 

-Oh, foi mal!- Levanto meus olhos para encara-lo e vejo um cara albino de olhos negros cheios de vida. Senti meu coração acelerar ao ver o seu sorriso enorme. 

-N-Não foi nada.- Sorriso sem graça me sentindo minúscula. 

-Certo, te vejo por ai.- Ele sai correndo sem nem mesmo me olhar. O sigo com os olhos vendo ele ir atrás do panaca, digo, o outro homem com quem eu havia trombado antes. 

Continuando, não acho que eu o encontrarei novamente, pelo menos não nessa vida. Tudo está tão diferente, e houve tantas mudanças com esse passar do tempo...Só acho que, o que for pra ser, será. Então, tudo o que tenho que fazer é viver, e aguardar o meu grande momento. Só espero que não demore tanto.



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