História Purple Rain - Único

Purple Rain

I only wanted to one time to see you laughing

I only wanted to see you

       Laughing in the purple rain        

O barulho que as grossas gotas de chuva fazia ao se chocar contra o telhado do apartamento, foi o suficiente para eu perder o sono e acordar antes do meio dia, em pleno sábado. Poderia considerar aquilo um pesadelo que estava acontecendo. Já bastava na semana ter que sair da cama, antes mesmo do sol nascer.  Por alguns segundos, cogitei a ideia de poder voltar a dormir, mas a chuva não parava nem um segundo e meu sono era tão leve que Mikey conseguia me acordar com apenas um leve selar em meus lábios.

Infelizmente não fui acordado por beijos e nem sentia a presença do corpo magro do loiro em minha cama. As vezes, acontecia de Mikey preferir dormir em seu quarto, na sua pequena cama de solteiro, ao invés de dividir a minha.

O mais novo deveria certamente estar dormindo. Não tinha o sono leve e conseguia dormir em qualquer lugar, com qualquer barulho. Desejaria ter essa pequena habilidade do meu irmão, mas por enquanto, apenas me levantei da cama e fui em direção ao banheiro.

Sai do pequeno banheiro, indo em direção a cozinha que não tinha nada de luxuosa. Afinal, era apenas eu e Mikey, em um pequeno apartamento no centro da cidade. As pequenas cortinas estavam abertas, deixando a fraca luz do começo de um novo dia entrar e deixar aquele pequeno cômodo menos escuro. Mesmo que a forte chuva que caia lá fora, deixasse esse dia um pouco mais apático do que todos os outros.

Liguei a TV, colocando em qualquer canal que estivesse passando algum desenho. Já que uma animação tosca, é melhor do que os vários noticiários que estavam começando nesse horário. O som animado que vinha de TV, deixava aquele silêncio, misturado com as gotas de chuvas, um pouco mais suportável.

Olhei pela primeira vez para o relógio que ficava pendurado encima da geladeira, anunciando que já passava das nove da manhã. Era cedo, muito cedo. Não tinha nada para fazer nesse dia, Mikey estava dormindo e eu não queria ver o mais novo resmungando pelos cantos da casa que eu acordei ele do seu melhor sono. Isso acontecia...toda vez que eu tinha que tirar o loiro da cama.

De certa forma, queria sua companhia pra afastar aquele tedio que já começava a se instalar no meu sábado, que tinha cara de domingo e a pequena sensação de uma segunda-feira. Olhava para os cantos escuros, para as plantinhas que mereciam um pouco de água se não iriam acabar morrendo e a vontade de tomar um café e sentir seu cheiro me pareceu uma ótima ideia.

Sorri bobo, ao ouvir os primeiros sons que a maquina de café fazia. Mais aquele sorriso era pela ideia, um pouco romântica demais para mim, em fazer panquecas de chocolates para meu namorado que inconsequentemente, era meu irmão.

Mikey adorava coisas românticas.

Eu não.

Mikey adorava quando eu lembrava do nosso primeiro beijo

E eu só pensava nos socos que ele iria me dar após separar meus lábios dele.

Ao invés de socos, recebi outro beijo, dessa vez mais apaixonado que o primeiro.

Não era algo que você olhava para o outro lado da rua e conseguia ver um casal de dois irmãos namorando. Mas eu estava feliz, Mikey parecia feliz e as pequenas dificuldades diárias não se comparavam com a felicidade de acordar com ele ao meu lado.

Abri a geladeira, pegando todos os ingredientes que eram necessários, colocando encima da pequena mesa, que também disputava espaço com algumas das tralhas que o loiro deixava jogado por toda a casa. Sempre possuindo a mesma respostas na ponta da língua, que iria arrumar depois e esse depois, acabava sobrando para mim.

Olhei mais uma vez para o relojo  pendurado na parede. Já passava um pouquinho das dez da manhã. O prato com as panquecas já estava quase cheio, faltando apenas mais algumas porções para estar tudo pronto e eu poder acordar o loiro.

A chuva ainda continua a cair lá fora, parecia estar um pouco mais fraca, mas não era o suficiente para deixar a luz do sol entrar e iluminar esse apartamento escuro. Felizmente, com o barulho da TV alta e todo o restante dos sons que agora haviam naquele cômodo, mal pude perceber o som de uma certa porta abrindo. E só percebi que Mikey já estava acordando, quando senti uma das suas mão se embrenhar no meu cabelo escuro.

- O cheiro ta bom. – Senti as suas mãos se afastarem e irem em direção as panquecas que estavam ao lado. – Mas será que o gosto faz jus ao cheiro?

- Fique a vontade pra comer os dois pedaços da pizza de ontem de noite.

- Eu vou comer de qualquer jeito, mesmo se essas panquecas tiverem ruim, eu vou falar que ta bom.- Vi o mais novo abrir a geladeira, enquanto eu finalmente desligava o fogão e olhava com um pequeno orgulho pra aquelas panquecas.

- Isso se chama mentir...- O loiro se voltou para mim, com a garrafa do suco de morango na mão.

- Eu sei. – Soltou uma pequena risada, bebendo mais um pouco daquele suco, deixando duas pequenas marquinhas avermelhadas no canto da sua boca. – Mas isso se faz feliz as vezes, então qual é o problema?

- Então você já mentiu alguma vez na minha frente, Mikey? – Arqueava uma sobrancelha, olhando para o loiro de cima para baixo, focando principalmente no pescoço branquinho dele, que ainda possuía algumas marcas produzidas por mim de noite atrás.

- Em relação a comida? – O loiro parecia avoado, pensando naquela pergunta idiota que foi feita. – Na maioria das vezes, sim. – E aquele sorriso voltou a aparecer em seus lábios.

- Idiota. – Revirei os olhos diante da sua resposta. Mesmo amando muito ele, não era como se fossemos um casal romântico padrão. As vezes, até parecíamos que não éramos companheiros. Isso não me incomodava nem um pouco.

Até gostava.

Ser diferente com Mikey.

Era bom. 

- Por que você não foi dormir comigo ontem?

O mais novo saiu de perto de mim, indo em direção da mesa, pegando as suas coisas que estavam ali e jogando tudo encima do sofá. Se voltando para mim, em seguida.

- Eu cheguei e você já tava dormindo, então preferi não te acordar. – O loiro voltou a caminhar em minha direção, ficando perto suficiente para sentir sua respiração em minha bochecha. – Fiz errado?

- Claro que não. – Estava mentindo, talvez apenas um pouquinho. Me questiona se ele ficava deitado á noite sentindo a minha falta. Talvez não quisesse saber a resposta.

- Então da próxima vez eu vou te acordar, de qualquer forma. – E novamente aqueles dedos embrenhados nos meus fios pretos, fazendo um leve carinho ali que só fazia o meu coração bater um pouquinho mais rápido a cada segundo.

- Se isso significa eu não acordar primeiro e ter que fazer um café da manhã...

- Vai estar bom de qualquer jeito. – Coloquei minhas duas mãos em sua cintura, puxando seu corpo em minha direção. Excluindo aquela pequena distancia anterior.

- Isso é uma mentira, Mikey?

- Talvez. – Dei um breve sorriso antes colocar em contato nossas bocas. Rapidamente sentindo a língua do loiro vir em direção a minha.

Rápido e afoito.

Como sempre.

Enquanto Mikey tomava controle do beijo, eu mantinha minha mão em sua cintura, apertando elas fortemente, sentindo a pele em meus dedos. Enquanto outra mão, ousava ir em direção ao seu tronco, por de baixo daquela fina camiseta que é usada como um pijama.

O mais novo ainda insistia em manter aquele beijo, prologando ele com mordidas em meu lábio inferior, puxando os meus cabelos negros, fazendo mais e mais contato.

- Aqui? – Suspirava rápido por conta do tempo que o loiro não deixava nossas bocas separadas. – Na cozinha? – Fazia um leve carinho nas suas costas, enquanto Mikey apenas sorria bobo, confirmando com o silencio as minhas perguntas.

- Depois a gente come as panquecas. – O loiro já tirava sua blusa, deixando seu peito nu. Enquanto eu, nem sabia o por que de não fazer o mesmo e transar com meu namorado ali mesmo.

- Elas vão esfriar!

- Gerard, eu quero foder aqui e agora mesmo. – Suas mãos frias estavam na barra da minha camiseta, não esperando nem uma resposta minha, tirando ela do meu corpo, deixando assim nós iguais. – Eu juro comer todas essas panquecas, mesmo frias, ok?

- A gente não transou faz nem ao menos duas semanas e você já está assim? – Peguei em suas coxas, fazendo o loiro vir em minha direção, colocando força suficiente para levantar o seu corpo e colocar Mikey sentado encima do balcão frio.

- Tava com saudades, Gee. – Mikey conseguia manter o pior sorriso no seu rosto e ainda ser extremamente fofo quando quer.

 - Eu também, meu amor. – Voltei a beijar os lábios do loiro, enquanto o mesmo apertava com todas as duas forças os meus fios pretos, enroscando suas pernas em meu corpo, deixando nossos corpos juntinhos .

Dessa vez quem comandava esse beijo sou eu, com direito a alguns mordidas no lábio inferior, deixando a boca do mais novo vermelha por toda a força que era depositada ali. E o mesmo também já começava a deixar marcas no meu corpo, como pequenos aranhões que suas pequenas unhas conseguiam fazer nas minhas costas.

Terminei com aquele beijo, apenas para seguir em direção ao seu pescoço. Mordendo e chupando, deixando algumas marcas pelo meu caminho favorito que é o corpo do loiro. Enquanto Mikey já soltava os seus primeiros gemidos. Sem nem uma vergonha ou pudor, ele não possuía nem um desses dois no momento em que minha língua estava em contato com seu corpo. E eu nunca reclamaria, afinal sua voz, em qualquer estado, estava entre os meus sons favoritos desse planeta.

- Os vizinhos ainda devem estar dormindo, Mikey. – Puxava com toda a lentidão do mundo o calção velho que ele usava, apenas para aquele momento durar o quanto for possível.

- Eu vou aproveitar que ta chovendo e gemer o quanto eu quiser, Gee.

Abri um grande sorriso, sentia um muita saudade dele e do seu comportamento que me levava a loucura de vários modos diferentes.

Dessa vez um Mikey usando apenas sua cueca preta me puxou para mais um beijo. Nunca iria me cansar desses seus ataques repentinos. Um beijo rápido, com direito ao um gemido manhoso pela minha mão que já estava em seu membro duro.

Deixei um selinho na ponta do seu nariz e comecei a passar minha língua por todo seu peito, dando um pouco de atenção para os seus mamilos, recebendo mais daqueles sons que o loiro conseguia fazer tão bem.

O pensamento iniciar de querer ir com calma e apreciar todo aquele momento se foi quando pude ouvir um gemido extremamente manhoso chamando pelo meu nome ao ter o seu membro apertado pela minha mão. Não restou tempo para qualquer outra coisa, apenas eu tirando a box preta do loiro, em seguida, vendo seu membro já melado pelo pouco do pré-gozo que sai.

Mikey era extremamente sensível e eu adorava o fato de que com apenas alguns estímulos nos lugares certos já era capaz de deixar o garoto naquele estado.

Suas mãos já estavam enroscadas no meu cabelo e seus olhos demonstravam um desejo que apenas eu via nesse momentos entre nós dois. Rápido e sem nem um pudor, coloquei seu membro na minha boca, tirando da minha boca por alguns segundos apenas para passar a língua na ponta da glande, em seguida voltando a colocar todo o volume do loiro novamente.

Enquanto uma das minhas mãos apertava as coxas brancas, a outra ajudava com os movimentos no membro. Enquanto Mikey apenas gemia e controla a velocidade dos movimentos com o seu aperto em meu cabelo.

Estava rápido e eu tentava acompanhar aquela velocidade sem engasgar. Naquele tempo e nessa velocidade, faltava pouco para poder sentir o seu gozo na minha boca, já conseguia sentir um pequeno gosto agridoce na minha língua.

Senti um puxão forte em meu cabelo, fazendo eu tirar todo o membro da minha boca. Meu estado estava com uma leve confusão no meu olhar, meu cabelo deveria estar todo desarrumado e um pouco de saliva saia do canto da minha boca.

Mikey desceu do balcão, colocando suas mãos em meus ombros, fazendo eu deitar no chão da cozinha, já começando a entender a ideia que se passava naquela cabeça.

- Hoje vai ser eu que vou fazer, Gee! – Adoro esse tom manhoso que Mikey insistia em usar em todas as vezes em que estamos transando.

Sorri com aquela ideia e apenas deixei minhas mãos na sua cintura, deixando Mikey fazer do jeito que queria. Dois dedos foram colocados em sua boca, chupando com velocidade e deixando eles molhados, para em seguida, ir em direção a sua entrada, fazendo as suas típicas caretas pelo desconforto inicial que sempre acontecia.

De dois dedos, agora eram três. Fazendo movimentos enquanto Mikey já voltava a gemer pelas sensações que o próprio causava em si mesmo. E eu, que mantinha minhas mão em sua cintura até no momento, fui em direção ao seu membro que estava esquecido, começando a masturbar o loiro lentamente, tornando tudo mais intenso para o próprio.  

- Ta tudo bem? – Acelerava os movimentos, dando mais e mais prazer para Mikey, mas não o suficiente para fazer o loiro gozar.

- E-Eu to bem, G-Gerard. – O mais novo movimentava o seu quadril com velocidade, já começando a se acostumar com aquela invasão no seu corpo. – Só e-espera um pouquinho.

Mantinha os movimentos bem devargazinho no membro do moreno. Apenas parei no momento em que senti uma das suas mãos tirar todo o restante da minha roupa que ainda usava, libertando meu membro daquele aperto que estava me incomodando desde o momento em que comecei a ouvir os gemidos de Mikey.

E sem esperar absolutamente nada, comecei a sentir meu membro ir entrando em contato com o loiro, que descia sobre o meu pau lentamente, apertando suas mãos em meus braços, descontando a tesão na minha pele.

- Vai no seu tempo, Mikey. – Apesar de ter um comportamento afoito no inicio, Mikey acaba se animando demais e no final da noite – ou dia – acaba dolorido por ele mesmo.

- G-Gerard...- Mikey já estava quase no final, mas foi impossível evitar que o loiro não acabasse por colocar todo o restando do meu membro dentro de si em uma única fez, fazendo um gemido mais alo que todos os anteriores ecoarem pelo apartamento. – E-Eu... Quero muito você, agora!

Um pouco de suar já escorria pelo canto da sua testa, ele já deveria estar cansado e o seu membro ainda escorria apenas o pré-gozo pelos meus estímulos anteriores. Iria tomar partida e começar a me movimentar, mas o loiro conseguia ser bastante persistente quando queria, começando os movimentos por si só. Subindo e descendo e mantendo esse ritmo apenas para rebolar no meu membro no final.

Tentava auxiliar os seus movimentos com minhas mãos, enquanto uma se mantinha na cintura a outra ia em direção ao seu membro, tocando ele com rapidez dessa vez.

Mikey continuava naqueles movimentos, acelerando o ritmo e depois diminuindo, apenas para voltar com rapidez em seguida. Se agarrando em qualquer parte do meu corpo e marcando ele como seu.

Com mais alguns movimentos foi capaz de achar o seu ponto especial. Fazendo o loiro deitar sua cabeça no meu ombro, suspirando pesadamente, rebolando devagar apenas para manter aquela sensação que estávamos sentindo.

- Eu te amo pra caralho, Gerard. Tipo, muito mesmo. – Não olhou nos meus olhos, apenas ouvia sua voz pesada, enquanto eu passava meus dedos pela sua pele.

- Eu também te amo muito...nas mesmas palavras. – Vi o loiro erguer sua cabeça, olhando para mim diretamente, levando sua boca em direção da minha, incitando um beijo calmo e sem pressa igual aos anteriores. – Deixa o resto comigo.

Segurei nas costas de Mikey, fazendo o loiro se deitar no chão, ficando por cima daquele corpo magro e já marcado por mim e pela minha boca. Sorri pela visão que tinha e dei mais um leve selar em Mikey, antes de voltar com os movimentos em seu anterior, acertando naquele lugar que fazia o loiro agarrar os meus braços.

Já estávamos no nosso limite e Mikey foi o primeiro a gozar, deixando aquele liquido se esparramar em sua barriga. Enquanto eu, continuava a estocar com rapidez e força no seu interior, que logo em seguida, deixei o meu gozo no interior do loiro.

Segurei em seu corpo, saindo do mesmo, vendo o meu esperma escorrer do seu interior. Olhando para o rosto cansado e vermelho do loiro que tinha os olhos fechados e respirava fortemente.

Sorri com aquela imagem também. Aquela era uma, de várias outras fotos da minha coleção pessoal que eu mantinha em segredo. Os pequenos momentos, em que eu achava Mikey a pessoa mais linda desse planetinha. Guardava todas essas ‘’fotos’’ pessoais no meu acervo e não conseguia esquecer de nem uma.

- Satisfeito?

- Muito. – Falava entre um sorriso e outro.

- Com fome, Mikey?

- Tanta fome que agora eu posso comer as suas panquecas sem fazer careta feia. 

- São as melhores panquecas do mundo. - Levantei do chão, olhando ao redor para o pequeno estrago feito na coxinha.

- Não poderia duvidar disso.