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História Purpose - Memória celular


Escrita por: LeidyBieber

Notas do Autor


Acabou de sair do forno hahaha
Podem Ler ♥
Me desculpe se houver erro.

Capítulo 16 - Memória celular


Fanfic / Fanfiction Purpose - Memória celular

-Então doutor, o que minha filha teve? - olhei para a minha mãe e em seguida para o doutor.
- Parece que alguém não tomou os remédios adequadamente, mas por sorte não foi isso que causou a falta de ar. Você saiu para algum lugar público, Hope?
- Sim, mas ela foi com a máscara. - Respondeu minha mãe.
- Na verdade, eu tirei no restaurante e  não coloquei mais.
- Quando nós falamos para usar por exemplo uma máscara Hope, é porque sabemos dos riscos de alguma bactéria ser inalada. - ele me olhava.- Vai ficar tudo bem, só continue usando a máscara.
- Quando vou poder ir embora?
- Amanhã! Esse resto na noite você passará em observação.
- Obrigada doutor. - agradeceu minha mãe antes que ele saísse. - O que deu em você para não usar a máscara?
- Eu só fiquei desconfortada, algumas pessoas me olhavam estranho. Parecia que eu tinha uma doença contagiosa.
- A sua saúde é mais importante.  - ela se aproximou da cama. - Não faça mais isso.
   O resto da madrugada demorou passar, mas também não acreditei quando recebi alta e pude ir embora.
  Só recebi mais instruções do Doutor Chastain quando ele chegou no hospital, e que se eu continuasse agindo assim poderei causar um episódio de rejeição, coisa que eu não queria.
- Depois você acha ruim quando fico no seu pé te cobrando sobre os remédios, das atenções que deve ter. - minha mãe abriu a boca meia hora depois que saímos do hospital.
- Eu sou bem grandinha mãe, pra saber o que eu devo ou não fazer.
- Tão grandinha que foi parar no hospital por uma bobagem. - eu não disse mais nada.
   Não queria admitir mas ela tinha razão, por uma bobeira minha eu fui parar no hospital. Eu não poderia simplesmente acabar com a minha chance de viver pelo o modo que as pessoas me olham. Eu lutei, fiquei anos na fila de espera para um transplante, e agora só tenho que cuidar desse coração pra sempre.
     
            [...]

- Como você está?  - Beck estava me fazendo essa pergunta pela milésima vez em três horas em casa.
- Meu Deus Beck, eu estou bem.
- Olha isso. - ela me entregou algumas folhas enquanto se arrumava no sofá.
- E isso é...? - perguntei confusa.
- A pesquisa. Passei horas pesquisando lembra? - assenti- Levei um tempo até descobrir como fazer a busca, mas acabei me deparando com isso.

  Ela parecia contente consigo,e como se eu estivesse entendido tudo ali.
- Certo. - eu disse.- E o que é " memória celular " ?
- É o que está acontecendo com você.  Os episódios de semelhanças com a Jane. - ela me encarava.- Você sabe, as coisas estranhas que você faz, mas que parece ser ela agindo, não você.
- Igual aquele dia do beijo. - disse. Peguei uma das folhas de papel e li em voz alta. - As vezes, um fenômeno relatado por pacientes de transplantes é que começam a ter memórias que pertenciam ao doador ou a forma de agir seja semelhante a ele.
- É mais comum em transplante de coração. - Beck disse.
- Continue.  - senti um arrepio em todo o meu corpo.
- Imprimi histórias de alguns casos. Neste aqui o homem recebeu o coração de um cara e acordou com vontade de tomar cerveja e fumar um cigarro. Ele nunca tinha fumado ou bebido antes. Nesse outro caso, um homem recebeu o coração de uma mulher, e agora ele compra coisas cor-de-rosa e usa o mesmo perfume que a sempre usava antes de morrer.
   Aquela história causou um grande efeito, mesmo tão pouco tempo eu via minhas semelhanças com a Jane.
- Acho que você deu sorte de ter recebido o coração de uma mulher.- Beck me disse.  - Você poderia ter acordado querendo jogar futebol ou pescar.
  
   Apenas sorri achando engraçado.

- Você acha que isso é que está acontecendo comigo?
- Parece lógico. Um receptor disse ter vistos luzes brilhantes e sentindo dor em sua pele, e mais tarde descobriu que seu doador tinha morrido entoxicado pela fumaça de um incêndio.
- Uma vez eu tinha um sonho.  - comecei a contar. - sonhei que estava acompanhando um desfile em Paris. Varias pessoas aplaudiram quando pronunciaram meu nome.  Eu não contei pra ninguém. Não acho que à importância nisso, mas agora tudo se encaixa.  - Seria possível ouvir uma formiga andando na sã naquele silêncio enquanto Beck me olhava. - Foi só uma vez. - me defendi.
   Beck guardou os papéis e ficou ainda sentada ao meu lado.
- Achei que com essa pesquisa, você poderia entender um pouco o que está acontecendo com você.
- Porque o doutor Chastian não mencionou isso?
- talvez a ciência real acha que isso não se passa de um monte de merda. Você sabe, eles acham que isso não é possível.
- Esta sendo bem real pra mim. - disse.
- Mas deve que isso uma hora passa, não creio que vai pra vida toda.
- Na sua pesquisa você descobriu como um receptor pode esquecer um doador? O que ele deve fazer para que essas memórias celulares o deixem em paz?
- Pelo o que eu li, esta síndrome não é aceita no meio médico. Não sei como você pode perder as memórias dela amiga. Eu gostaria de saber, mas não há nenhuma pesquisa sobre isso.
- Então, simplesmente vou ter que aguentar ela na minha mente , para sempre?
   Como seria a minha vida tendo Jane na minha mente tentando de Alfie modo continuar viva, mas em mim, no meu corpo?
- Como eu disse, talvez isso desapareça com o tempo,  a medida que voce for ficana do mais forte e sua vida for mudando.
   Coloquei minha cabeça pra trás e fechei os olhos tentando assimilar tudo.

- Eu sei que ela era uma pessoa maravilhosa. Sei que o Justin a amava ou ainda ama. E sei que ele só está aqui porque eu lembro a Jane de algum modo. Eu entendo que ele sente falta dela. Mas apenas quero que ele se lembre...que eu sou a Hope Hastings. É quem eu sempre serei, e eu quero ser assim para sempre.


Notas Finais


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Obrigada por lerem ♥
xoxo


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