-Eu sabia que você não iria conseguir segurar o choro. - Falo Kai levantando do sofá e desligando a televisão. - Está tarde. Vocês estão com fome? Acho que vou fazer lámen. - Concordamos com a cabeça e seguimos Kai até a cozinha.
O cheiro das verduras e do macarrão infestavam toda a cozinha criando uma sensação maravilhosa. Estou sentado no balcão perto de Kai o vendo cozinhando, enquanto BaekHyun está sentado na mesa segurando a foto de uma vela em seu celular.
-A apresentação do trabalho já vai ser semana que vem. Vocês estão preparados? - Kai pergunta ainda mexendo na panela.
-Claro Hyung! O texto está perfeito e "fora do esperado" como professor gosta. Se nossa nota for ruim acho que poderá ser considerado uma blasfêmia! - Baekhyun exclama desligando o seu celular e o deixando de lado na mesa.
-Desde quando você usa palavras como "Blasfêmia" Baek? Ou melhor, você sabe o que "Blasfêmia" significa? - Pergunto rindo.
-É uma palavra legal Soo, isso que importa. - Ele olha emburrado para baixo, fazendo um biquinho.
-Sinceramente, eu estou com medo. Não sei se conseguirei ler lá na frente para todo mundo. Só a ideia de o fazer é assustadora! - Respondo a pergunta de Kai.
-Eu acho que vai dar tudo certo. Como o Baek disse, o texto está perfeito, não tem como aquele cara não gostar. E não precisa se preocupar, eu estarei com você, e o Baek também. - Baekhyun faz barulho de vômito ao fundo.
-Vocês são tão fofos que dá vontade de me jogar da ponte de Rio Han enquanto eu vômito. - Baek exclama dando a língua. Meu deus, essa criança tem realmente quase dezessete anos?
-Cala a boca e come Baek! - Kai bagunça seu cabelo e distribui os pratos na mesa.
Assim que acabamos de comer, a campainha toca. A mãe de BaekHyun havia vindo o buscar, então ele se despede com um breve abraço e segue saltitante até o carro.
-Já que Baek já foi acho que vou indo também. - Estou colocando meus sapatos quando Kai segura meu pulso.
-Você vai sozinho? - Ele pergunta preocupado. Concordo com a cabeça. - Mas está tarde... Eu vou te acompanhar!
-Como você mesmo disse: Está tarde. Não é necessário, eu posso ir sozinho.
-Sua casa nem é tão longe, eu vou com você. eu insisto.
Quando vejo já estamos a algumas quadras da casa de Kai, andando em silêncio pela rua. Como já se passava das onze da noite, a rua era iluminada penas pelos postes, e estava silenciosa assim como nós. Estou com os braços cruzados até que Kai os puxa e segura minha mão. Continuamos apenas andando.
-Isso não é errado? - Pergunto.
-O que é errado?
-Nós dois. Tipo, nós acabamos de nos conhecer e já estamos namorando. Não fez nem uma semana que nós nos conhecemos e já estamos namorando. Isso não é estranho e errado? - Paro e o encarro. Ele me olha, bagunça minha franja e nós seguimos caminhando.
-Mesmo com esse pouco tempo você sente que realmente gosta de mim? - Ele encarava seus sapatos.
-Mesmo com esse realmente muito pouco tempo eu posso te afirmar com toda a certeza que nunca havia sentido oque eu estou sentindo agora por outra pessoa. - Solto. Isso realmente saiu de minha boca? KyungSoo seu brega. Kai encara as estrelas sorrindo.
-E mesmo com esse pouquíssimo tempo eu posso afirmar com todas as letras que você é uma das melhores coisas que já me aconteceu. Se esse sentimento é reciproco de ambas as partes, não há tempo que possa dizer que isso é certo ou errado. - Quando percebo estamos parados em frente a minha casa. - Chegamos. Viu como foi melhor do que você ter vindo sozinho. Boa noite Kyung. - Ele sela brevemente seus lábios em minha testa.
-Boa noite. - Estou entrando quando ouço novamente a voz de Kai.
-Espere! Eu preciso te contar algo antes que eu perca a coragem. - Ele grita me chamando com o mão. Me aproximo dele novamente, ele chega perto de meu ouvido. - Eu amo Do KyungSoo. - Ele desce seu rosto rapidamente deixando um breve beijo em minha bochecha.
Antes que es possa absorver aquilo, vejo um Kim JongIn correndo pela rua de volta a sua casa. Vejo a pessoa que me ama correndo pela rua com suas bochechas que a pouco eram morenas, rosa como as de um bebe. E vejo um Do KyungSoo parado em frente a sua casa com a mão em seu rosto tentando absorver exatamente o que ele havia acabado de ouvir.
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