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História Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Perigos no Arkham part. III


Escrita por: FresadelaLuna

Notas do Autor


Puddins, juro que vou melhorar minhas edições!

Capítulo 13 - Perigos no Arkham part. III


Fanfic / Fanfiction Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Perigos no Arkham part. III

“Deite-me esta noite sobre meus diamantes e pérolas

Me diga como eu sou sua garota favorita”

 

Harley

 

O Máscara Negra não precisou de nenhum prisioneiro subordinado para me jogar dentro de uma cela com portas de aço. Tudo parecia ser de aço, até o chão parecia ser de aço, mas o que não era de aço era a grande cadeira de madeira a minha frente. Uma cadeira elétrica.

Tentei intervir no que ele iria fazer, porque sabia que nada de bom poderia vir de um instrumento de tortura.

- O que… O que você vai fazer? - gritei entre os zunidos que ainda atrofiavam meus sentidos.

- Cala a boca! - gritou.

Seu aperto feria os músculos dos meus bíceps. A força que ele empregava sobre mim… Bem, eu saberia como me livrar dele, mas eu não conseguia, não com a dor que parecia estourar meu crânio. Ele me sentou na cadeira, prendendo meus pulsos com cintos de couro e fivelas de ferro, chutei-o ao ver que ele queria agarrar meus pés, mas ele se desvencilhou, batendo meus calcanhares contra a madeira podre.

- Me solta! - gritei, esperando que ele obedecesse, mas a sua única resposta para a minha ordem foi sua risada de escárnio.

Ele virou o seu rosto mascarado para a câmera acima de nós, quase na ponta do teto, entre a divisa de duas paredes, onde sua luz vermelha piscava sucessivamente, mostrando que ainda estava ativa. Ao lado do dispositivo havia alto falantes, isso significava que assim como o Sr. C podia falar, ele também podia nos ouvir.

A porta de aço foi travada num tranco por algo que não consegui enxergar.

- Quero meus homens aqui - ordenou o Máscara - Se não vou ter um novo brinquedo para brincar!

Virando-se para mim, suas mãos crespas passaram pelos meus cabelos. Sua pele tinha calos grossos, que ao contato comigo, me deixava com uma ânsia de vômito. Virei o rosto assim que seus dedos deslizaram para os meus olhos e queixo. Cuspi em sua mão, e ele, sem hesitar, rapidamente passou-a pela minha roupa. De trás da cadeira havia um capacete metálico, que ele fez questão de por na minha cabeça. Os encaixes grudaram-se em meu crânio, me impedindo de jogá-lo para longe de mim.

Os zunidos, por fim, cessaram.

Respirei fundo assim que o som oco e silencioso tomou conta dos meus tímpanos e eu pude, assim, conseguir ter meus sentidos restaurados novamente.

- Você é um homem sem cabeça, Máscara.

- Isso é para ser uma piada?

- Não, docinho, minhas piadas são mais engraçadas - cuspi mais uma vez, acertando seu pé direito, descalço.

Olhando para cima, como se pudesse achar alguma resposta, ele andou em minha direção, correndo para trás da cadeira.

Meu cérebro evaporou, se mutilou e se contraiu assim que senti a descarga elétrica cerrar o meu corpo ao meio, chacoalhando o sangue em minhas veias e penetrando em meus olhos. A língua tentou enrolar e eu a mordi, impedindo que isso acontecesse. Uma pressão descomunal assolou meu crânio. A corrente se espalhava para as minhas mãos que tremiam e meus pés que se  debatiam. Meus músculos pulavam e contorciam, e eu gritava sem reconhecer o som que saía de dentro da minha garganta. Minha cabeça se debatia contra o metal conforme minha pele parecia queimar, fermentar, dilacerar. Soluços sucessivos engoliam meu desespero e o transformavam em uma encenação desigual de quase choro. Uma fumaça começou a sair do interruptor da minha cabeça e todo o choque pareceu fazer cócegas em mim, me fazendo rir histericamente enquanto a descarga tomava conta do meu corpo. As gargalhadas ecoaram e tudo parou, restando apenas as batidas eufóricas do meu coração e a minha voz que ia sumindo.

- Harley, você é doente.

Passei meu rosto no ombro, tentando limpar as lágrimas que saíram involuntariamente. Cuspi no chão ao sentir o gosto ferroso, vendo como a saliva misturava-se ao sangue. Meu nariz fez cócegas e eu o contorci, os pingos escalates caíram na minha camisa de força, o sangue parecia mais presente em mim do que antes.

- Eu? Eu sou louca, você é doente. - eu ri - “Huh, tenho uma máscara, huh ela tem poderes psíquicos, huh vou acabar com Gotham e virar um gangster.” - tentei imitá-lo.

- Eu não falo assim - se defendeu - Cale a boca!

- “Nossa, como eu sou malvado, vou eletrocutar a mulher do cara que me faz cagar de medo.”

- Eu já disse para parar! - avançou em minha direção.

- E você vai fazer o quê? - me joguei para frente, ainda presa, erguendo meu rosto para ele - Vai me matar? Se for, fique a vontade, sempre quiseram isso - revirei os olhos.

 

Batman

 

- É bom conseguir pegá-la, Batsy - consegui ouvi-lo conforme eu andava pelos corredores, segurando minha costela esquerda que fora fraturada, mancando enquanto me escorava na parede - Se não todos eles vão sair do Arkham!

- Merda! - rugi entre os dentes, ao sentir a pontada aguda em minha espinha.

Meu traje exoesqueleto não parecia mais fazer tanto efeito. Lucius Fox disse que ele era capaz de aguentar o peso de um caminhão de duas toneladas, mas agora, após eu derrotar todos os vilões, não me parecia mais tão resistente assim.

- Olhe, estou te dando mais tempo, o relógio corre, tic-tac, tic-tac - riu - Vamos, está quase lá!

Em meio as paredes vermelhas, pude ver o rastro de sangue. Pensei, de início, que fosse o sangue de qualquer prisioneiro, até notar que eles me davam direções em linhas disformes e trêmulas, em finuras como os dedos de uma mulher. Segui-os, notando que, no início em que o sangue falhava, nas riscas seguintes, ele se intensificava, e assim, sucessivamente.

'Só podia ser a Harley… Só podia ser!"

As marcas de sangue pararam numa marca de mão numa porta de aço. Os choques elétricos e a risada que vinha de dentro só deixou com que meu pensamento estivesse mais certo.

"Eu a encontrei!"

 

Harley

 

- Você é alguma espécie de frouxo com máscara de caveira? - indaguei.

Soube que não quando seu punho se afundou em minha mandíbula, jogando minha cabeça contra a madeira. A região latejava sem que eu pudesse cessar a dor. Ele iria me dar um outro soco, mas a porta caiu sobre ele, na realidade, explodiu sobre ele, jogando-o-, juntamente com o aço, contra a parede atrás de mim, estourando seu corpo, espirrando sangue para os lados. Um dispositivo em forma do símbolo do Morcego, rodou pelo chão

- Eu errei quando disse que ele era um homem sem cabeça - ri - Ele é um homem estourado.

    A luz vermelha entrou em contraste a luz azulada de dentro da cela e a manta negra me cobriu. As fivelas foram soltas e eu arranquei o capacete de ferro da minha cabeça. Olhei para um Bruce fatigado, que respirava com dificuldades, fechando e abrindo a boca, segurando firme sua costela.

- Meu Deus! - consegui dizer, segurando a região fraturada junto com ele, apoiando seu braço em meu ombro - Precisamos sair daqui!

Sentindo o peso de seu corpo, carreguei-o para fora, mesmo que minhas pernas bambeassem devido a descarga elétrica.

- Não podemos! - disse ele, quase sem forças - Precisamos chegar ao painel de controle do  Arkham!

- Não, não podemos, precisamos sair daqui - disse eu, tentando levá-lo em direção a saída do Arkham.

- Se sairmos, esta noite, milhões de pessoas podem morrer! - negou entre os dentes, puxando-me para o lado oposto.

Suspirando, sequei minha testa, aceitando a ideia.

- Tem razão - tossi - E o que pretende fazer?

- Precisamos encontrá-lo e depois…

- Matar ele! - completei.


Notas Finais


Gente, já tem 50tinha favoritando, eu to tipo, aiiiiii jesussssssss, que venham mais <3 <3 <3


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