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História Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Assassino de Aluguel


Escrita por: FresadelaLuna

Capítulo 19 - Assassino de Aluguel


Fanfic / Fanfiction Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Assassino de Aluguel

“Tenho muito a perder

Tenho muito a provar

Deus, não me deixe perder a cabeça

Meu doce amor, você vai me tirar dessa?

Será que nós vamos passar, será que eu vou passar no teste?

Você sabe o que dizem,

Os loucos não tem descanso”

 

 

“Uma semana… Mais uma semana. Eu só precisava aguentar isso e então eu sairia do Arkham… Sairia daqui e eu estaria livre!”

Pensando assim, eu me levantei da privada, na qual eu estive sentada durante meia hora, esperando que o silêncio me acalmasse. Eu ainda usava a mesma calça branca, e no lugar da camisa de força, uma regata bege. Decidi ficar descalça, me sentia melhor assim, acho que de todas as formas possíveis eu tentava me sentir melhor. Alfred ainda não apareceu e isso me deixava cada vez mais apreensiva, de qualquer forma, nada mais tinha a importância que tinha antes. Eu continuava morta para todos e mesmo assim, nada disso me afetava.

Suspirando, abri a porta, mas fechei-a rapidamente assim que o lado de fora começou a se mostrar barulhento.

- É um banheiro, todo mundo aqui tem o direito de usar um! - gritou alguém do lado de fora para o segurança que guardava a porta do banheiro.

Ainda na cabine, meus dedos batiam na madeira, tentando, sem paciência, esperar, como eu, sair dali.

Alguém caiu no chão num grito contido na garganta e a porta se abriu. Pela abertura da porta pude ver um homem de altura grotesca entrar. Sua pele era de um tom verde com marrom, mas não parecia o Killer Croc, parecia outra coisa.

Tampando a boca para não ser ouvida, dei um passo para trás.

Ninguém mataria um segurança para entrar no banheiro.

É sempre assim. Eu estive enfrentando problemas quase toda a minha vida e agora que não queria enfrentá-los mais, eles vinham até mim como um imã.

- Sabe, menina... - gritou o homem, a voz pegajosa, abrindo a primeira cabine de 10, eu estava na quinta - O povo do Arkham nunca foi bom com segredos. - chutou a segunda porta.

Esgueirei-me pela abertura de baixo da cabine onde eu estava, ultrapassando a próxima, até chegar a última.

- Eles sempre trocam os presos por dinheiro.

Uma, duas, três cabines estouradas.

- Quando você sobreviveu, você sabe, o chefe não gostou muito da surpresa - riu uma risada forçada no canto da boca - Se você for esperta, eu te dou um trato rápido, nem vai doer, é só aparecer.

Afirmando para mim mesma, eu já tinha um plano na cabeça, só faltava ter a medida certa para executá-lo, só isso, só…

A cabine estourou a minha frente.

"Ele pulara todas as cabines e viera para a última. Como pode…?"

Suas mãos apertaram os meus ombros, me puxando para fora da cabine, jogando-me contra a parede do outro lado. Da cintura, rapidamente tirou uma navalha com o cabelo enrolado numa fita isolante. Seu punho se fechou em torno da arma branca, prestes a me acertar, mas eu fui mais rápida, acertando seu queixo com o meu cotovelo, fazendo-o cambalear para trás. Torcendo seu punho, o forcei a soltar a navalha. Soquei o seu rosto uma, duas, três vezes até vê-lo de joelhos.

- Essa é a Harley, mas tá se tornando tão normal que até tampo as tatuagens.

- Isso se chama maquiagem, feioso.

Rindo, o homem limpou o canto da boca que sangrava, me olhando de baixo para cima.

- Você sabe que ele não vem!

Se referia ao Batman, ao Bruce, em como ele me deixou... Droga!

Aproximei-me de seu rosto.

- Eu não preciso que ninguém venha! - murmurei.

Estava prestes a me virar atrás dele, para enforcá-lo e desarcordá-lo, e então deixar com que os homens do Arkham fizessem o resto, porém ele socou o meu abdômen, abrindo as feridas das balas que ainda cicatrizavam, jogando-me mais uma vez para a parede, deixando-me escorregar no chão até me deitar, dolorida, sentindo as contusões e lacerações pulsando dentro de mim.

Ele pegou a navalha mais uma vez, o sangue transpassava a minha regata.

- Espero ganhar muito dinheiro com o que eu vou fazer. - a navalha se ergueu para mim, e atrás, quase que na mesma hora, ouvi três disparos.

O corpo caiu ao meu lado, de olhos vidrados e boquiaberto, enquanto o sangue criava uma poça abaixo dele, deixando a mostra, as costas nuas com os três furos dos projéteis. Olhei para quem o havia matado e pude enxergar Gordon correr até mim, tentando me erguer com cautela.

Ele havia tirado o bigode, mas o óculos, a arma e o sobretudo ainda eram seus maiores aliados.

- Chegou tarde! - avisei.

- Pausa para o almoço. Ele te feriu, além do abdômen?

Sorrindo, manquei para fora do banheiro, encontrando o corredor completamente vazio, a não ser pelo segurança com a garganta que ainda sangrava, mesmo ele já estando morto e a outra policial.

- Esse lugar está comprometido - avisou Gordon à Montoya - Precisamos levá-la para outro lugar.

- Eu tenho uma passagem para a Suíça - lembrei-o - Quero experimentar o queijo de lá, pode ser?

Gordon e Montoya se entreolharam, até que ambos afirmaram um para o outro.

- Você parte ainda hoje.

“Eu não teria tanta certeza disso”, pensei comigo mesma.



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