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História Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Apenas Dance Comigo Esta Noite


Escrita por: FresadelaLuna

Notas do Autor


Quanto a este capítulo… Não sei o que falar, apenas sentir!!!❤❤❤
Sem dúvidas um, sem falsa modéstia, dos melhores que eu já escrevi.
Espero que aproveitem! ^^
E por Deus! Ouçam, por essa água de Jesus, a música assim que chegar o momento (vocês saberão quando). Vou até deixar o link aqui!!! Então, por favor! Ouçam! Coloquem até no repetir se possível! É muito importante ouvir enquanto lêem, porque só assim vocês vão se aproximar da sensação que senti ao escrever esse capítulo❤😘

Capítulo 3 - Apenas Dance Comigo Esta Noite


Fanfic / Fanfiction Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Apenas Dance Comigo Esta Noite

“Eu não me importo quantas vezes for preciso para chegar até você
Esta é uma força que nem mesmo Deus pode parar”

 

 

- Isso não importa, Alfred pode desmarcar - disse ele pacientemente, mastigando uma boa quantidade de bacon.

- Ele consegue desmarcar um jantar formal com 600 pessoas em menos de… - olhei para o pulso que não tinha relógio algum - Doze horas? Porque… Bem… Os números estão aumentando e pelo que soube, tem muitas pessoas da alta classe lutando entre si para ver o fantasma, mais conhecido como único herdeiro da família Wayne, já que você não é muito sociável…

- Harley, você é uma monstrinha.

- Eu tento - sorri, me levantando - Se eu for rápida, consigo arrumar tudo até à noite - dei um beijo rápido em sua bochecha e corri para dentro da Mansão, vendo Alfred terminando de lavar a louça - Escute Velhinho, temos menos de onze horas, levando em conta de que damas como eu também se arrumam, para conseguir fazer dessa Mansão gótica um lugar super badalado e formal, como naquele filme em que a mocinha é morta pelo lobisomem, Van Hellsing o nome.

- Do que você está falando? - arrancou suas luvas e as pendurou perto de uma pequena janela acima da pia.

- Hoje teremos um evento beneficente. Não me pergunte como isso aconteceu, é meio constrangedor, maaaaasss queria muito que você me ajudasse nessa - ergui os polegares - Tudo bem?

- Duas últimas perguntas. Primeira: o Patrão Bruce sabe?

Afirmei.

- Segunda: Esse evento terá um tema?

- Huuummm… Não pensei nisso, mas acredito que não. Vai ser de gala, então acho que vai ter todas aquelas coisas de vestidos bufantes e homens engravatados.

- Certo. Então eu cuido do banquete e dos músicos, e você cuida da decoração, tudo bem? O meu não vai demorar, então sei que vou poder te ajudar até os últimos minutos.

Afirmei mais uma vez e corri para a sala.

E assim foi.

Eu não sabia ao certo o que fazer, nem ao menos tinha ideia de como decorar uma Mansão. Cara! Uma Mansão! Se fosse um barraco, tudo bem. O Túnel do Amor? Facílimo… Mas uma Mansão? Seria tão complicado quanto…

Então comecei pelo mais difícil: a iluminação. Não que o cômodo não precisasse de tanto, mas certamente seria a parte principal de toda a casa. Obviamente eles não iriam para os quartos, logo a única coisa que eu deveria realmente me importar seria o térreo. Salão Principal. Sala. E toda a varanda. Certamente nenhum deles caberiam dentro daquela Sala de Jantar por mais grande que fosse.

Decidi parar de pensar e me concentrar por definitivo.

Puxei as quatro cordas de lã, para baixo, e deixei com que as luzes das enormes janelas, em mesma quantidade(que iam do teto ao chão), iluminassem todo o lugar, escancarando as cortinas. Mesmo obscuro anteriormente, nada demonstraria muito trabalho, já que cada canto parecia impecavelmente limpo. Portanto, comecei a empurrar os sofás contra a parede, enfileirados, e ajeitei as estátuas em ordens uniformes, pondo os dois ursos espalhados nas laterais da grande porta de madeira. Deixei as mesas entre as divisas das paredes e fiz com que a lareira queimasse com mais afinco. Coloquei os pequenos objetos em linha reta, um ao lado do outro, sob as pequenas estantes, e empilhei papéis dentro de gavetas já completamente lotadas. A Sala estava pronta e muito melhor do que eu esperaria.

O grande relógio, ao lado do urso empalhado, no canto direito da porta, badalava, mostrando as horas que corriam.

Descrevendo, parecia muito prático, fácil, mas estátuas e animais pesam. Sofás de madeira pura? Mais ainda. Eu estava sendo lerda, demorando demais para uma criminosa ambiciosa.

Fui para o Salão Principal, onde Bruce me viu noite passada, e eu arrumei o tapete vinho no chão encerado. Abri a porta da Mansão para arejar o lugar. Uma quantidade grotesca de pó se espalhava pelo ar, me fazendo tossir e espirrar descontroladamente.

Nesse meio tempo em que eu ajeitava as estátuas e os grandes quadros, Bruce passou. Fingi não notá-lo, mas mesmo de olhar desconfiado, tive quase certeza de tê-lo visto sorrir pelo canto da boca, negando com a cabeça enquanto subia lentamente pelas escadas.

Alfred dizia palavras de baixo calão gentilmente para o telefone ao meu lado, reclamando da irresponsabilidade de uma grande empresa gourmet não ter serviços a pronta entrega.

Suspirando, ele desligou o telefone.

Olhou para mim, limpando a testa suada com um lenço.

- Pelo visto teremos que fazer nós mesmos quinze patos assados - sorriu - Mas uma orquestra cancelou com o vice prefeito da cidade para vir tocar aqui, então acho que está tudo bem.

Sorri.

- Sempre pensa em tudo, Velhinho. Eu já arrumei os dois cômodos que vamos usar aqui dentro…

- E vi que fez um ótimo trabalho.

- Mas a varanda… Bem… Tem mais mesas e mini palcos, iluminação e outras coisas para comprar de última hora?

- Na verdade… Tenho algo melhor.

Quando Alfred disse algo melhor, poderia jurar que era um aquário gigante com golfinhos de tutus saltitando conforme eram ordenados. Mas o melhor dele realmente era mais adequado. Ele me levou a um alçapão num pequeno quartinho além da varanda, perto de uma pequena flora selvagem.

- Patrão Bruce nunca mais fez festas na Mansão, ele disse para jogar tudo fora, mas achei que algum dia nós voltaríamos a usar…

Ao abrir a porta, cadeiras brancas (como a que eu me sentei, de espirais de ferro que iam do espaldar, as pernas), com mesas longas eram cobertas por lonas decorativas de tom creme e bege, delineadas em suas bordas com pequenas lâmpadas automáticas. Atrás, havia cabos com balões dourados e um pequeno palco com banquinhos rústicos.

- Essas coisas são perfeitas para um culto satânico - disse eu, vendo-o me olhar espantado - Eu adorei!!! - gritei, correndo para dentro do cômodo - Venha! Me ajude a pegar essas placas de aço. Isso vai ser Legen… Espere um pouquinho… Dário!

Como dois bons futuros pedreiros que somos, começamos a carregar cada objeto para o centro da varanda, a intenção seria por todos juntos e os montando em seu devido lugar aos poucos. Quando completamos as mesas, as lonas e as cadeiras, terminamos por carregar os banquinhos. Eu, saltitante, e Alfred, ofegante. Assim que chegamos no momento de carregar o pequeno palco, notamos o quão pesado era aquele pedaço de madeira.

O sol já se punha no horizonte e o vento frio começava a dilacerar toda a região numa relva enevoada.

O objeto era mais pesado que qualquer um que já carregamos. Esse nós colocaríamos definitivamente no lugar desejado.

Ofegantes, começamos a carregá-lo arrastando nossos pés.

- Como os super heróis conseguem força mesmo? - disse eu entre os dentes - SHAZAM! Ao Infinito e Além…? Pelos Poderes de Grayskull! Já sei! Me faça ficar com raiva!

- Você é a moça mais bem humorada que conheço, Srta. Harley, não posso fazer isso.

Bufei, mal notando que já havíamos chegado ao lugar desejado. Ao abaixarmos o pequeno palco, notei que a lua já estava em ascensão, o que mostrava que logo os convidados estariam chegando.

- Velhinho, é hora do show e o momento da sua abertura. Tome um banho e fique bem bonito para as coroas.

- Mas, Srta…

- Arlequina! - ergui o indicador para o céu - Agora ande! Terminarei antes do que imagina.

Ele fez uma leve mesura e entrou na Mansão. Eu, transpirando, olhei para a baderna a minha frente, apoiando minhas mãos na minha cintura. Suspirei e comecei a obra.

Arrastei mesas e ordenei as cadeiras. Finquei as hastes de ferro e deitei as placas de aço sobre elas, inserindo os buracos nos encaixes, alisei a lona sobre elas no mesmo instante e fiz o mesmo com a lateral do palco, usando a ajuda de um dos bancos para fazer isso no alto.

Peguei algumas pedras jogadas ao fundo da quartinho onde estavam todos esses equipamentos de festas e criei uma trilha, desde o contorno que dariam na Mansão, até o palco e as mesas. Coloquei os bancos em pequenos degraus para posicionar os instrumentos, vendo rapidamente as sombras dos músicos se aproximando.

Eles pararam assim que me viram.

- Ah, não se assustem! - ergui minhas mãos - Eu sou apenas um delírio da imaginação fértil e pervertida de vocês. Podem encontrar os seus lugares!

Eles voltaram a andar e começaram a arrumar seus apetrechos no palco. Me detive em ajudá-los, apenas peguei cerca de cinco extensões e interliguei uma a outra, podendo assim, encaixar os fios das lâmpadas.

Me certifiquei de ficar nas sombras quando acendi as luzes. E por Deus! Estava incrivelmente lindo! Magnífico! Digno de um lindo festival de luzes. Sem que eu notasse, as lonas se entrelaçavam sobre a trilha em fios dourados de piscas piscas amarelos, o que dava um tom mais rústico e interiorizado para uma festa tão conceitual e delicada.

Nem eu mesma acreditava que havia harmonizado todos esses toques juntamente com o Velhinho.

Eu sou demais!

Corri para dentro da Mansão. Pelo visto eu seria como uma Cinderela. Arrumaria tudo e seria trancada dentro de um dos quartos de hóspedes.

Alfred experimentava a textura da massa de uma torta de amora quando se aproximou de mim.

- Eles trouxeram os quinze patos.

- Eu havia me esquecido deles.

- Ah, bobagem! - ele coçou a garganta e me levou para um canto da cozinha, o mais próximo da porta de saída, sem que ninguém pudesse me ver, me notar ou me reconhecer - Escute, Srta. Não pense que porque estamos fazendo algo juntos que somos amigos, ou pior! Melhores amigos. Fiz isso pelo Mestre Bruce e sei que ele pediu para eu ser cauteloso a respeito de vossa senhoria e é o que farei - respirou fundo, seu cabelo estava puxado para trás, coberto cuidadosamente de gel, suas roupas, engomadas, davam destaque a grava borboleta preta que usava para combinar com seu terno, calça social e sapatos - Mas…! - escolhi-me - Não acho justo você não participar deste evento, afinal, você me ajudou em boa parte dele - minha expressão, de triste, tornou-se sorridente - Então suba essas escadas. Você vai achar um baú com um lindo vestido da Sra. Martha que encontrei e uma peruca para ajudar em seu disfarce. Espero que aproveite a festa! - sorriu.

- Ahhhhhh!!! Obrigada, obrigada, obrigada, Velhinho! - beijei sua bochecha, correndo para fora - Aliás! Adorei o cheiro de lavanda!

Subi em disparada pela escadaria e corri para o meu quarto. Vi a porta do quarto de Bruce entreaberta e pude vê-lo arrumar a gravata enquanto olhava para o espelho, completamente apresentável e arrumado para o momento. Não perdi tempo em admirá-lo, apenas segui para o meu dormitório e fechei a porta.

Joguei-me dentro do chuveiro assim que entrei no banheiro. Cerâmicas brancas e box de vidro me esperavam juntamente com uma banheira, mas não era momento para conseguir um tratamento de beleza, então, assim que tirei o roupão e as roupas de baixo, me deixe ser engolida pela água quente. Só então, com a ardência nas minhas costas, que pude lembrar das feridas. As gases grudaram nas feridas, pesando conforme a água escorria e se estatelando no chão que eu pisava ao se desgrudar de mim. O engraçado é que eu não sentia absolutamente nada enquanto arrumava e carregava o peso. Suspirei, puxando as fitas que as prendiam na minha pele, me ensaboando enquanto isso. Molhei meus cabelos, mas não os lavei. Analisei meu corpo e sorri aliviada por não haver sangue em lugar nenhum.

Sai, nua, para o quarto.

Eu gostava de me secar naturalmente.

Abri o baú sobre a cama e tirei de lá um lindo vestido de cetim, longo, que ia até meus pés, era de um marrom escuro com camadas mais claras desse mesmo tom, nos babados. Era um vestido vitoriano de mangas até abaixo do meu ombro com babados brancos e um decote visível. Havia um espartilho acoplado ao tecido e as costas eram completamente cobertas. Ainda no baú, arranquei duas sapatilhas beges, provavelmente Alfred sabia o estado dos meus pés.

Suspirei ao ver a peruca preta curta até a altura do queixo.

O relógio frente a minha cama mostrava ser nove da noite.

Aprontei a me vestir, engolindo a dor ao sentir o tecido enroscar nas minhas feridas. Coloquei as sapatilhas e peguei um estojo de maquiagem, novamente, de dentro do baú.

“Nada de pancake branco hoje, Harley. O Velhinho pensa mesmo em tudo”.

Pintei meus lábios de vermelho assim que passei uma base no rosto, botei ruge nas minhas bochechas, delineei meus olhos e minhas sobrancelhas, passando uma máscara nos cílios.

Por um instante me peguei rememorando um dos dias em que me via em frente a um espelho quebrado, usando tinta branca para tampar os hematomas que o Sr. C deixava no meu rosto. Mas logo rechacei a memória.

Coloquei a peruca e respirei fundo, sentindo meu estômago roncar.

- Bom, Harley - suspirei, olhando para o meu deslumbrante reflexo enquanto passava as mãos pelo vestido, do estômago ao fim da barriga - Você vai conseguir - sorri para mim mesma - Bruce não negou sua entrada no evento, e o Velhinho também não, então seja a melhor - pisquei para mim mesma e sai pelo quarto, segurando uma pilha de folhas que imprimi na noite passada.

Como? Não me façam perguntas difíceis.

Ao descer as escadas, convidados com roupas de gala entravam na Mansão e sorriam entre si. Alfred corria os olhos por todos os lados enquanto carregava sua bandeja com taças de champanhe para os convidados. Parou de procurar quando se encontrou comigo, já na ponta das escadas.

- Você está magnífica! Cobriu bem as tatuagens.

Sorri.

- Eu tento - ajeitei a franja volumosa.

- Patrão Bruce está subindo ao palco - disse ele ao ver todos indo para os fundos da Mansão - Vamos?

Assenti, segurando seu cotovelo.

- O que é isso?

- Só… Partituras. Eu ouvia essa canção desde criança e adoraria ouvi-la novamente - disse eu.

Ao chegarmos na varanda, o espaço que deixei para as danças estavam recheados de homens e mulheres de todos os tipos e idades.

Espremi-me entre todos até me ver frente ao palco. Passei, por entre as sombras, chamando o maestro com um “Psiu”. O homem, já velho, se virou para mim com curiosidade.

- Sabem tocar isso aqui? - apontei para os papéis e ele deu uma breve olhada, assentindo - Quero que essa seja a primeira música a ser tocada. E nem venha me dizer sobre o cronograma de vocês - disse eu, logo ao notar que viria uma negativa - Se não eu juro que estripo todos vocês! - ele permaneceu espantado e eu sorri - Bom trabalho - pisquei, ao vê-lo pegar as partituras.

Assim que me afastei e me infiltrei na multidão, Bruce já estava no final da metade do seu glorioso/grandioso discurso.

- ...ente que eu estou aqui. Agradeço a presença de todos vocês. Aproveitem a festa - assentindo com a cabeça, ele pendurou o microfone numa haste de ferro e andou, ainda segurando na bengala, enquanto cumprimentava os homens com um aperto de mão, e as mulheres, com um aceno.

Todos deram uma salva de palmas a ele, e eu também.

Seu semblante descontraído foi jogado para dois meninos de cabelos escuros e queixos retos do outro lado do evento, vestidos formalmente. Eles murmuraram algo para ele e se afastaram para longe sem serem percebidos.

Ao retroceder para o meio rico, Bruce se deparou comigo. Não exatamente comigo, mas com o vestido. Ele se aproximou depressa e cuidadosamente apertou meu braço com força.

- O que faz com o vestido da minha mãe?

- E-eu pensei que poderia vir.

- Pois pensou errado. Pode voltar.

- Eu adoraria, mas não quero.

Seus olhos se escureceram sobre mim. Ele estava prestes a me puxar para longe. Eu sabia disso. Mas antes que isso acontecesse, a orquestra iniciou seu trabalho.

A melodia fluiu pelos ares e eu, numa mesura, convidei Bruce Wayne para uma valsa.

Muitos, ao nos ver, assobiaram e nos deram espaço. Pude ouvir até mesmo suspiros românticos. Ao sorrir, ele revirou os olhos e assentiu para mim, pegando-me pela mão e me carregando até o centro da área. Uma mão se encaixou na minha cintura e a outra no meu ombro. Fiz o mesmo. Sua bengala caíra no chão e eu a chutei para trás para que ninguém percebesse.

- Problemas com a Família Perfeita da Ilha do Caos? - indaguei.

Por mais que ele estivesse lento, não podia negar que conduzia muitíssimo bem.

- Isso não é da sua conta.

- Hummmm… Arisco. Gosto de caras assim.

- Assim que acabar essa valsa, você vai entrar na Mansão, tirar essa roupa, colocar aonde a encontrou e vai dormir.

- Não seja o Batman agora - sussurrei em seu ouvido, me aproximando de seu corpo - Seja o Bruce… O que ele faria se visse uma dama misteriosa na sua frente?

Ele resmungou algo e me girou nos braços, me aproximando com força.

- Pachelbel, Canon in D Major - disse eu - A melodia mais linda que já ouvi.

- Você é louca.

- Então acho que você é mais louco que eu - sussurrei - Vamos… Só dance comigo esta noite… Está tão bom assim… Você sabe… Apenas um dia harmonioso em meio a uma vida infernal.

- Eu preciso voltar para o meu quarto.

Tentou se desvencilhar, mas eu o puxei para mais perto.

- Pensei que você só tivesse medo de morcegos, mas pelo visto tem medos de mulheres também.

- Não é medo. É precaução.

- Eu já disse - girei entorno dele, valsando de um lado para o outro, sentindo suas mãos quentes e seu cheiro intoxicante de hortelã - Só seja o Bruce - apertei-me ao seu corpo, sentindo a quentura que ele emanava - Eu não vou arrancar nenhum pedaço seu… Embora eu queira - mordi sua orelha e girei mais uma vez, sendo pega em seus braços.

- Você está usando o vestido da minha mãe.

- A dona Martha tinha um belo gosto para roupas - sorri - Mas se esse é o problema, eu vou embora.

Dei meia volta, pronta para entrar em meio a multidão. Mas ele sabia, assim como eu, que todos especulariam o porquê da dama misteriosa ter partido no meio da dança. Então ele segurou e me puxou pelo pulso, forçando um sorriso.

- Você é um péssimo mentiroso.

- Este é o Bruce.

Toquei seu queixo, deslizando meus dedos para a sua nuca.

- Eu gosto dele - murmurei - Eu gosto de como ele parece ser mais afetuoso, mesmo que eu goste de pensar como seria beijar o Cavaleiro das Trevas… Estou esperando você me dizer: “Então porquê não experimenta?” - me aproximei de seus lábios, sentindo minha respiração secar minha boca.

E sem notar qualquer relutância vindo de sua parte, eu o beijei.


Notas Finais




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