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História Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Inimigo nas Sombras


Escrita por: FresadelaLuna

Capítulo 35 - Inimigo nas Sombras


Fanfic / Fanfiction Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Inimigo nas Sombras

“Essa cidade me puxa para o mais próximo do que já estive

Não há nenhuma maneira que eu possa escapar

Sem duvida você sabe que eu poderia trilhar o final mais profundo

Mil anos para sempre em um dia"

 

 

Eu não quis falar com Bruce sobre o que aconteceu, de qualquer forma isso não fazia qualquer sentido para mim, não agora, porque Dick, ao fim da tarde, me chamou na BatCaverna, nos pondo em frente ao painel de controle, onde as telas rodavam diversos vídeos de câmeras de segurança de trânsito.

- Ele passou por aqui! - apontou Dick para um dos vídeos, onde um furgão preto virava a esquina - O Coringa está indo para o Sul de Gotham, conhece alguém que vive lá?

- Fora quase todos os vilões de Gotham que odeiam ele? Não sei dizer… - me afundei na poltrona, ajeitando minha bota.

- Então acha que deve ser uma armadilha?

- Não! - encostei-me no espaldar de couro - Tem um cara… Dizem que ele é um vampiro, um necromante, um profanador dos mortos. Jeff é o nome dele, eles se conheceram faz uns meses atrás, os dois se dão muito bem, parece que nasceram grudados. - emiti um grunhido pelo canto da boca - Jeff é um animal, literalmente, ele tem pele e membros de humanos pendurados pela casa.

- Ele tem sobrenome?

- Bugg. Jeff Bugg.

Dick começou a pesquisar o nome pela tela assim que tirou todos os vídeos de vista.

Transação interrompida”, pude ouvir uma voz feminina e mecânica ressoar pela BatCaverna.

- O que foi isso? - perguntei.

- Não, nada… - Dick, como Asa Noturna, olhou de maneira esquisita para a enorme tela a sua frente - É estranho, porque parece que nosso sistema encontra o nome, mas… Não podemos ver...!?

- Tem certeza? É Jeff Bugg. J-E-F-F B-U-G-G!

- Eu escrevi certo, Harley. - reclamou, parecendo frustrado.

Tentou mais uma vez.

“Transação interrompida. Nosso programa não está preparado para uma pesquisa de porte militar”.

- O quê? - Dick perguntou para si mesmo - Conseguimos hackear software’s bem maiores que de bases militares… Eles devem estar mascarando o IP e usando um Cavalo de Troia como base… Talvez seja por isso que nosso programa está reconhecendo o nome Jeff Bugg como sendo uma pesquisa militar.

- Então vamos até ele! - me levantei, batendo o taco nas minhas mãos - Eu sei onde ele mora!

- É o que teremos que fazer.

Virando-se, ele apertou um botão na chave que estava em sua mão, e dos fundos, além do BatMóvel, sobre uma plataforma de aço, surgiu do chão, até onde estávamos, uma moto azul e preta de porte grande o bastante para carregar três pessoas.

- Eu adoro motos! - sorri - E cadê a sua?

- Essa é a minha. - apontou. - Você vem comigo, na garupa!

- Hum, que menino levado... - sorri, rindo.

Ele, revirando os olhos, pulou dentro da plataforma de metal e eu o segui. Vi-o se sentar primeiro, esquentando o motor da moto, até então começar a pisar fundo no acelerador, cantando os pneus enquanto ela ficava no mesmo lugar.

- Vamos! - chamou-me com um menear de cabeça e eu pulei em sua garupa, pondo o taco deitado entre nós enquanto eu apertava o seu ombro.

A moto foi acelerada em seu máximo assim que ele recuou, deu uma curva deitada e pisou fundo, correndo em meio a escuridão da BatCaverna. A luz dos faróis oscilavam conforme passavam por pedras. E só então pude ver as oscilações dos galhos das árvores e o modo como as rodas pularam para o alto, nos deixando no ar por alguns segundos antes de sermos jogados para baixo, em direção a uma pista negra, em meio a penumbra dos últimos segundos do pôr-do-sol, que se direcionava para a cidade de Gotham. Olhando para trás, só consegui enxergar as copas das árvores verde escura, criando sombras, sem ainda conseguir ver onde se escondia a saída da BatCaverna.

As ruas da cidade pareciam mais perturbadas de noite do que de dia, drogas eram distribuídas em cada esquina, assim como as prostitutas, que independente do carro, se for homem ou mulher, os paravam. As avenidas eram cruzadas por nomes bizarros e as pontes, na maioria das vezes, era repleta por automóveis decrépitos em engarrafamentos de horas a fio. Chegamos ao Sul não muito rápido, mas também não muito lento, aliás, na moto do Asa Noturna, tudo parecia mais meio a meio, como se ele estivesse tentando chegar ao preparo do Batman, mas ao mesmo tempo sendo pego pelo pé do outro lado invisível que o impedia, sem que ele soubesse qual era. Eu sabia. E tinha um nome. Barbara Gordon.

Assim que chegamos a rua deserta onde morava Jeff, um calafrio percorreu a minha espinha, a moto foi estacionada em um beco escuro para não darmos indícios de que estávamos atrás dele. Com isso, fomos andando calmamente, como se fossemos duas pessoas trajadas de forma engraçada andando por uma das ruas mais perigosas de Gotham.

- É aquela ali! - disse eu, apontando com o meu taco, fechando um dos olhos - A que tem cara de que vai vir correndo atrás da gente que nem A Casa Monstro!

Dick tirou da cintura seus dois bastões e os juntou, formando uma barra de aço firme, negra e azul.

- Qual é a das cores sempre combinando com tudo? - perguntei - Sabe, preto e azul, preto com cinza, preto e vermelho...? Vocês são muito góticos!

Ele não teve tempo para responder, porque assim que chegamos em frente a casa, fomos pegos por algo, literalmente invisível, era como uma explosão magnética que nos atiçou para trás, em direção a um furgão preto. Assim que notei qual carro acertamos, levantei-me e ajudei Dick a se levantar. Demos um recuo rápido antes de enxergarmos cerca de quatro capangas vindo atrás de nós.

- Parece que era uma armadilha. - cantarolei num murmúrio pelo canto da boca. - Como eles souberam da gente?

- O nosso dever de casa sobre Jeff Bugg fez isso.

Todos os homens seguravam facas ao invés de armas de fogo, o que transformava o serviço em algo muito mais fácil. Batendo com o taco contra o queixo de um dos homens, deixei-o tonto a ponto de vê-lo largar a faca, pulei em seu joelho, me impulsionando para cima, onde me sentei atrás de seu pescoço e o joguei no chão com o meu peso, puxando seu braço em minha direção, estalando os músculos e trincando os ossos, ele rugiu alto entre os dentes, tentando se soltar, mas eu o pressionei com mais força, deixando-o desacordado. Assim que me levantei, tive que arrancar a pistola do meu coldre, atirando contra a cabeça do segundo capanga que vinha em minha direção. O corpo caiu.

- O que você fez? - gritou Dick, socando o rosto de um dos homens, enquanto pressionava seu pé no pescoço do outro, já no chão - Nós não matamos!

- Desculpe promovedor da ordem, mas eu não tenho muita escolha.

Dei meia volta, indo em direção ao furgão, vendo o vazio, mas com um apito vermelho que zunia alto.

- Passarinho, acho que isso aqui vai explodir!

Ouvi um quebrar de osso e algo caindo no chão. Dick apareceu do meu lado, mas pegou meu pulso assim que viu o que era, jogando-me para trás, enquanto se deitava no chão. O som da explosão flamejante tomou toda a base da rua na parte de trás. Assim que me virei, vi as chamas se erguendo e a fumaça cinzenta tomando forma, ricocheteando em meio ao vento frio. Tentando me levantar, olhei para a sombra escura que se formou a minha frente e a expressão séria que caiu sobre Dick e eu.

- Ah, não... Batsy!


Notas Finais


Okay, Jeff Bugg foi uma invenção minha, ele tem uma história incrível que está na minha cabeça, qualquer coisa eu dou um espacinho para ele ^^


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