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História Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Bar Mitzvá


Escrita por: FresadelaLuna

Capítulo 38 - Bar Mitzvá


Fanfic / Fanfiction Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Bar Mitzvá

“Eu estou fora de mim por você

Como uma onda, eu fui puxado para dentro

É um sentimento que eu não posso lutar

Como um incêndio, profundo

Você está levando meu coração pela tempestade

Estou perdido em seu amor, perdido em seu amor

Eu não posso segurar mais

Estou dilacerado por você

É um feitiço que não pode desfazer

Oh, eu não sei como escapar

Eu estou muito fundo para sair”

 

 

A luz do sol deslizava nas ondas transmitidas pelas cortinas de seda transparente da janela ao lado da cama, criando um tapete claro sobre o carpete cinza. Um dos espelhos do guarda-roupa estava quebrado, trincado, mas sem qualquer caco no chão, havia um telefone caído para fora da mesinha, pendido por um cabo e duas garrafas de vinho que se esvaziaram perto da porta. Meus pés eram a única parte do meu corpo, afora os ombros para cima, que estavam descobertos. Desta vez Bruce ficou na cama, ele ainda estava dormindo quando decidi olhar com mais atenção para todo o estrago que fizemos. Era engraçado o modo como seus olhos fechados ainda assim pareciam me espreitar. Sua barba estava começando a crescer e meus dedos deslizavam por elas, encontrando uma aspereza gostosa que fazia tempos que eu não sentia. O contorno das dobras do sorriso se suavizavam conforme chegava perto dos lábios semi abertos, que vez ou outra murmuravam algo que eu não conseguia entender, assim como quando ele franzia a testa, e eu fico procurando identificar os sonhos que ele tem… Eu estou ferrada por gostar dele e sinto muito por isso, mas eu adoro estar ferrada.

Deitada, virada para ele, senti seus braços envolvendo meu corpo, pondo minha perna sobre a sua cintura, beijando a minha testa ainda de olhos fechados.

- Há quanto tempo eu dormi?

- Tempo o bastante para ver que Alfred vai odiar ver um carpete manchado de vinho. - murmurei, beijando seus lábios suavemente.

Ele sorriu, esfregou os olhos e me encarou, respirando fundo.

- Não fizemos uma grande bagunça. - ele analisou o redor rapidamente.

- Acha que conseguimos piorar este quarto antes do café da manhã? - perguntei, deslizando minha mão pelo lençol, segurando seu membro.

Ele sorriu, mas se levantou, andando nu até a frente do guarda-roupa.

- Eu adoraria, mas tenho que ir para as Empresas Wayne.

Erguendo-me, deixei com que o sol  esquentasse o meu corpo, me espreguiçando conforme o via tirar um terno de dentro do porta-cabides.

- E eu tenho vários nada para fazer.

- Você pode falar com o Alfred.

- Ele faz massagem?

- Ele pode chamar um massagista. - sorrindo, o vi andar até o banheiro.

Andei até o espelho, envolta dos lençóis e encarei meu reflexo recém acordado. Era uma mistura estranha de pós-sexo, apreensão e felicidade. Apreensão porque eu tinha medo do que eu pudesse ver por baixo dos lençóis. Portanto, assim que me livrei dos lençóis, consegui enxergar as silhuetas do meu corpo, não havia mudança alguma, e não era um tipo de mudança em deformidade que eu estava pensando, e sim física, pela primeira vez, olhando os meus braços, pernas e as cicatrizes nas costas, não encontrei nada de anormal além de três chupões sobre os seios, afora isso, nada de marcas de dentes, nada de marcas de unhadas ou hematomas causados por socos, era apenas o reflexo de algo sem violência. E isso me deixava com medo.

- Harley, está tudo bem?

Olhei para Bruce instantaneamente, e para disfarçar, abri a porta do guarda-roupas, coloquei uma de suas cuecas e vesti uma camisa polo azul clara que chegava um pouco acima das coxas.

- Está tudo bem. Só vendo como eu fico maravilhosa a cada dia. - sorri.

-*-

Era estranho se sentar numa mesa com quatro rostos diferentes e mesmo assim, muito conhecidos. Tim ficou a minha frente, ao lado de Dick, enquanto Alfred servia panquecas amanteigadas para cada um na cozinha. Eu sorri e agradeci quando Alfred me serviu, mas os olhares sobre mim me deixavam um tanto desconfortável.

- O quê? - perguntei assim que abocanhei uma maçã.

- O… Botão da… - Tim apontou para o seu próprio peito.

Olhei então para a camiseta polo e rapidamente a abotoei, ao notar que parte dos chupões estavam amostra.

- Eu bati eles… - disse sorrindo. - Na boca do Bruce… - sussurrei.

- Onde…? - Alfred tentou entender.

- É Top Secret. - mordi mais um pedaço da maçã.

- Bem que eu ouvi barulhos de algo quebrando no quarto noite passada. - interveio Dick.

- Até parece que vocês nunca transaram na vida. - retruquei, revirando os olhos.

- Eu nunca. - disse Tim.

- Isso é... Maravilhoso!!! A gente podia fazer um Bar Mitzvá versão sexual, ia ser incrível!!! Super nudez para tudo quanto é lado! Imagine a Stephanie saindo de biquíni dentro de um bolo!? - gritei nas últimas palavras, empolgada.

Tim me olhou com os olhos arregalados, saindo da mesa.

- É brincadeira. - ri, puxando-o para se sentar de novo, voltando ao meu lugar - Mas isso não te impede de pensar sobre o caso…

Bruce entrou pela porta e todos decidiram ficar quietos. Ele, sorrindo, sentou-se ao meu lado, me dando um beijo na testa.

- Então é verdade! - Tim pareceu impressionado.

- O quê? - indagou Bruce sem entender, ajeitando a lapela do paletó.

- Nada, Patrão Bruce. -Alfred se sentou na ponta da mesa, arrumando a panqueca sobre o seu prato - É só conversas aleatórias.

- Eles acham que você não transa. - sussurrei perto do seu ouvido - Você tem que ser muito puro para eles acharem isso.

- Eu não tenho tempo, é diferente.

Sorri.

- Velhinho, soube que você faz ótimas massagens. - virei-me para Alfred.

- Nada disso, eu disse que ele poderia chamar uma massagista. - interveio Bruce.

- Só de sentir as mãos do Velhinho passando pelas minhas costas eu já fico louca. - pisquei para Alfred, sorrindo, vendo-o tossir de constrangimento.

- Pelo amor de Deus, vocês parecem a encarnação de adolescentes bem doidões. - reclamou Dick.

- Eu gosto de parecer uma adolescente doidona. - retruquei, fazendo um biquinho.

- Tudo bem então. - sorriu Bruce - Porque hoje vamos jantar sozinhos…

- Vamos? - sorri, virando-me para ele.

- Vamos.



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