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História Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Se deu mau, Gatinha


Escrita por: FresadelaLuna

Notas do Autor


Adiantei a Fic porque sim uahsuahsuah amanhã eu preciso ficar de folga.

Capítulo 4 - Se deu mau, Gatinha


Fanfic / Fanfiction Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Se deu mau, Gatinha

“Eu posso ver meu amor balançando
Seu Parliament está aceso
E suas mãos estão pra cima
Na varanda e estou cantando
Ooh, baby, ooh, baby, estou apaixonada”

 

 

O beijo dele demorou para ser analisado pelo meu cérebro. Era quente, e deliciosamente problemático. Não havia relutância ali e isso me deixava confusa. Mas eu o deixei me confundir.

Quando ele se separou de mim, eu sorri, e me soltei dele, entrando em meio a multidão. Não porque eu não quisesse estar ao lado dele, mas porque minhas costas começaram a doer de uma forma horrenda e sabia que eu teria que tirar o vestido. Corri para dentro da Mansão, ouvindo vozes vindo de mais um novo discurso e fiquei feliz por todos se entreterem com coisas mais importantes.

Continuei a andar em meio as luzes flutuantes no interior da Mansão e tentei subir as escadas. Tentei, isso mesmo, uma tentativa falha.

Unhas grossas afundaram no meu braço e me puxaram para trás, a mão desocupada arrancou minha peruca e meus cabelos caíram em cascatas pelas minhas costas. Olhei para quem for que tivesse feito aquilo e vi o olhar obscuro de Selina Kyle. Ela nunca foi muito de festas, mas sabia como ser galante quando necessário. Ela estava usando um tomara que caia preto, com ladrilhos percorrendo as bordas, que ia até o tornozelo, dando visão para seus sapatos prateados. Seus olhos completamente negros pareciam me fuzilar. Todo o seu rosto estava nítido demais para mim, devido ao coque alto que usava.

- Sabia que tinha algo de errado com a garotinha delicada.

- Oi, Selina - me soltei de suas mãos - Você emagreceu - sorri.

- O que faz na Mansão Wayne?

- É segredo, gatinha.

- Eu não gosto de segredos, palhaça.

- O problema é seu - dei de ombros, voltando a subir as escadas.

Mas algo chutou minhas costas, me fazendo gemer entre os dentes. Nem ao menos me importei com o impacto que senti contra os degraus.

- Que covardia, gatinha, acertando sua rival desprevenida - virei-me, levantando no mesmo instante.

O espartilho não me ajudava a me movimentar direito.

- Não é covardia acertar uma vadia.

- A benzinho, o que aconteceu com você? Perdeu seu senso de humor? Você está aqui para roubar, e eu para me divertir. Porque não deixa isso de lado, vá embora com o seu rabinho entre as pernas e me deixe em paz antes que eu perca a paciência. Sabe, normalmente eu não me dou ao trabalho de deixar quem me acerta... Vivo.

Selina revirou os olhos e começou a tirar as grandes luvas de couro que iam até o seu cotovelo e as colocou numa pequena prata.

- Eu adoraria ver você revidar.

- Sério mesmo? - apoiei minhas mãos na minha cintura - Ah, calma, já sei por quê! - me aproximei - É por causa do beijo no Bruce, não é? - sussurrei.

Ela me empurrou para trás, me jogando contra a parede, ao lado de uma estárua de soldado medieval.

- Eu não me importo com o Bruce - falou ela entre os dentes.

- É claro que se importa!

Corri em sua direção, chutando seu peito com a maior força que o vestido deixava eu usar.

- Eu não quero brigar com você, eu estou cansada, fiz muitas coisas hoje, que tal deixarmos para outra hora? - indaguei.

Em resposta, ela avançou em minha direção, me jogando no chão.

- Já vi que não - resmuguei, puxando seus cabelos para o lado.

O coque se desfez. Enrolei seus cabelos na minha mão e puxei sua cabeça, batendo-a numa estátua com força. Rasguei parte do vestido, dando mais movimentos para as minhas pernas e enrosquei-me em sua cintura, sentando-me sobre ela e socando sucessivamente o seu rosto.

- Não! - soco - Mexa! - soco - Comigo! - soco - Sua! - soco - Gatinha! - soco - Malvada! - soco.

Suas unhas arranharam meu pescoço e me chutou para trás, batendo minhas contas contra os degraus.

- Você deveria tomar conta da sua vida, palhacinha - ronronou ela, jogando-se contra mim.

- Eu tento - chutei seu abdômen antes que ela conseguisse me acertar novamente - Mas sempre aparece terceiros para me fazer sair da linha - peguei um jarro de porcelana e joguei contra suas costas.

Sequei meu nariz, sem notar que ele estava sangrando. Fiquei ainda mais furiosa por isso. Afora o vestido. Bruce me mataria. Com certeza. Sem notar meu devaneio, Selina agarrou minha garganta e a ergueu contra a parede, tirando meus pés do chão, apertando-a com força.

- Selina? - ouvi uma voz ao fundo.

O rosto da Mulher-Gato se virou em direção oposta.

- O que faz aqui?

Ela me soltou de imediato. Eu comecei a respirar com dificuldades, tossindo, sentindo minha visão acompanhar o andar pesaroso de um homem com bengala.

- Eu vim… Te ver Bruce - ronronou, se aproximando dele, sem se importar com o seu rosto inchado - E fazer algo mais interessante com o bolso dos engravatados do lado de fora.

- Faz dois anos que não nos vemos, Selina, prefiro que continuemos assim - seu olhos caíram sobre mim - Parece que você passou dos limites mais uma vez.

- Ainda achando ruim por eu ter espancado a Talia? - indagou, parecendo indignada - Eu estava fazendo o melhor para você - bateu o dedo indicador no peito de Bruce - E tenho certeza que estou fazendo o melhor agora. O que essa… Coisa está fazendo aqui? - apontou com o polegar para mim.

- Isso não é da sua conta, Selina - empurrou-a para o lado, vindo em minha direção - Você está bem?

Afirmei, secando mais uma vez o nariz e pegando sua mão, me levantando.

- Quando ela te apunhalar pelas costas, eu quero estar lá para ver, morceguinho. Até lá, vou manter distância, não preciso disso - ergueu as mãos para o céu, agarrou a presilha que amarrava o seu cabelo, no chão, e andou para fora da Mansão.

Não deixei com que Bruce me segurasse novamente, então andei com ele ao meu lado, em direção ao meu quarto. Ele me ajudou a tirar o vestido, sem se importar ao menos com a minha nudez. Ele estava preocupado com minhas costas, e o tecido coberto de sangue.

- Eu estou bem - disse eu, me enrolando numa toalha.

- Ela não vai mais aparecer.

- E eu agradeço por isso - assenti - Quando vai acontecer os exames? Pode ser agora?



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