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História Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - O Garoto Caracol


Escrita por: FresadelaLuna

Notas do Autor


Eu queria dizer que esse cap veio como uma ideia estranha de um sonho que tive essa madrugada, segundo my dream, era uma ideia para uma historinha pr'um filme do Tim Burton, e no caso eu estava conversando com ele sobre esse projeto uhsaufhaushfauifhasuihgaisuhgauisd!!!!
Então, assim, não briguem comigo, só achei que se encaixava completamente e perfeitamente com a fic!!! <3 <3 <3

Capítulo 43 - O Garoto Caracol


Fanfic / Fanfiction Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - O Garoto Caracol

“Compartilhei meu corpo e minha mente com você

Está tudo acabado agora

Fiz o que eu tinha que fazer

Porque você está tão longe de mim agora

Compartilhei meu corpo e minha vida com você

Esse jeito acabou agora

Não há mais nada que eu possa fazer”

 

 

- Já ouviu… Sabe? Sobre um garoto? Existem vários garotos, é claro, mas esse… Ah, minha querida palhacinha, esse é especial! - sorriu - História são boas de contar, eu adoro como são feitas, degrau por degrau, meticulosamente, claro que umas nem tanto, mas sempre tem um Q de moral. Como Chapeuzinho Vermelho ou João e Maria, mas pense, tudo tem um início, meio e fim e isso, ahhh… Isso me enlouquece! HA-HA! Você não adivinha porquê? - sorriu para mim, seus jeitos e trejeitos me deixava zonza, ele se movia de um lado para o outro, balançando as mãos e movendo os quadris, andando sempre como se estivesse em uma corda bamba - EXATAMENTE PORQUE SEMPRE TEM QUE TER UMA ORDEM! O que é uma ordem? É apenas o fiapo de uma linha costurada em forma contínua, mas e quando a gente a estoura? Isso mesmo, ela se parte! Se perde! Ela procura sem razão, alguma coisa que a possa ajudar em seu rumo, e é aí que a minha adorada bonequinha entra! -se aproximou, passando os dedos pela minha testa, colocando as mechas do meu cabelo pra trás da orelha - Você é essa linha que se partiu e eu a fiz mudar de lugar então… Ah! Sim, me esqueci! A história sobre o garoto!

Meus braços ardiam, tentando se soltar da corda grossa e gasta, sem hesito. Tentei me mover, mas eu estava pendurada de ponta cabeças, olhando como se o Sr. C estivesse flutuando pelo teto.

- É trágico, claro que é trágico! Que história eu conseguiria contar se não tivesse uma tragédia? Um acidente ou assassinato? É o que faz tudo ter graça! HA-HA-HA!

Gritei para ele, tentando dizer que eu já estava zonza, que tudo parecia girar, mesmo eu tentando me manter quieta para não me ferir mais. Vezes o Sr. C parecia se duplicar, outras, triplicar, e na maioria das vezes, tornava-se apenas um borrão de vozes distorcidas como se eu estivesse num Chapéu Mexicano de um Parque de Diversão qualquer e houvesse girado nele por tanto tempo que a única coisa que se podia ouvir eram as risadas estrondosas e macabras de palhaços deformados.

- Ora, Harley! - riu alto, gargalhando, tampando os olhos enquanto tentava se conter - Ora… HAHAHAHAHAHAHAHA - tossiu - Me… Me deixe continuar HAHAHAHAHA… Se visse como está a sua cara! HAHAHAHAHA Você sempre me fez rir! Certo, certo, tudo bem, tudo bem…! - fungou, mantendo-se sério de repente - Há um garotinho, frágil, como todos esses garotos de histórias amorais… Enfim, ele era indefeso demais para cuidar de si mesmo, principalmente quando perdeu os seus pais… Sim, sim, terrível. Terrível! Mas bem, isso não faria ele se tornar o que se tornou! Mas deixemos isso de lado. Ele cresceu solitário, ou ao menos ele se achava assim.

Ouvi um estrondo do lado de fora, pude imaginar, como uma nuvem de desejo, que Bruce, como Batman, tivesse descido no cômodo destruído ao lado, completamente polvoroso e com vontade de me resgatar.

- Ele era muito rico, muito rico mesmo, e tinha um bichinho de estimação que ele vestia de terno e gravata, apenas para aumentar sua luxúria, não acha muito egoísmo?

Meu coração disparou, afundando e gelando.

- Ah! Isso te lembra alguém, não lembra? Ah, eu sei que lembra! Bem, continuemos! O garoto cresceu tórrido em sede de vingança, claro, queria matar quem matou os seus pais, ele chamava isso de Justiça, eu chamo isso de “Pisar no calo do Palhaço”. Tudo bem, encontrou o assassino, mas ele só era um contratado e ninguém nunca soube quem o ordenou a matá-lo e blá blá blá. Que história cansativa eu decidi te contar, não? - suspirou, parecendo cansado - De qualquer forma, o garoto que era um covarde e não tinha nenhum pudor, vivia voando por sobre a cidadezinha dele com o intuito de prover a Lei! Sim, essa coisa pequena que todo mundo dá importância. Falando nisso, sabia que a inimiga da Lei, conhecida como Caos, foi o primeiro deus primordial a surgir no universo? Portanto a mais velha das formas de consciência divina! A natureza divina de Caos é de difícil entendimento, devido às mudanças que a ideia de "caos" sofreu com o passar das épocas.

- Isso me lembra uma pessoa que tem um sorriso metálico e um passado não identificado. - consegui enfim dizer.

Frustrado, o Sr. C cortou uma fita e a colocou na minha boca.

- Ah, você sabe como é. - sorrindo, criou uma boca na fita com um batom vermelho que ele tinha - Às vezes me lembro de um jeito, outras vezes de outro. - se distanciou, analisando-me de forma controvérsia - Mas se eu quero um passado, prefiro que seja de múltiplas escolhas HA-HA-HA!

Mais outro barulho. Eu poderia quase ter certeza de que o Batsy vinha em nossa direção, tomando sua visão noturna e identificando, em seus sensores de movimento, onde nós estávamos.

- Okay, tudo bem. Deixe-me continuar! - sentou-se em seu calcanhar, apoiando os braços armados com revólveres, nos joelhos - A questão é… Esse menino não aprendeu a amar, na verdade, ele nunca descobriu nem o significado desta palavra. Umas vezes ele dormia com uma, outras vezes com outras… Mas nunca. Ouça bem! Nunca, conseguiu sentir algo assim, até que uma criminosa apareceu na sua vida. E não digo de uma garota vestida de vinil e chicote, uma assassina ou uma reprodutora de vegetais… Digo uma criminosa louca, se é que você me entende.

Engolindo a seco, tentei suspirar, me manter quieta, mas meu coração batia em disparado. Ele podia ver, pelo modo como o meu peito se mexia, que eu estava esperando que tudo acabasse de uma vez.

- E esse mesmo garotinho, com o passar do tempo, a partir de uma convivência, muito curta por sinal, com essa criminosa, foi criando uma crosta protuberante nas costas e foi cercado de coragem e determinação. Essa crosta dura foi feita para protegê-lo, as vezes acho que essa casca já existia, só era invisível e essa mesma garotinha fez com que ela ressurgisse a vista. Consegue me entender, benzinho? Eu sei quem esse garotinho é. Essa é a piada! Eu o chamo… Atenção, não ria! - levantou o dedo indicador, esticando o braço, parecendo sério - O Garoto Caracol!



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