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História Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Você apenas ama para morrer


Escrita por: FresadelaLuna

Notas do Autor


Ouçam a versão de Knocking On Heavens Door nesse cap, pls❤❤❤💕🍮

Capítulo 48 - Você apenas ama para morrer


Fanfic / Fanfiction Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Você apenas ama para morrer

“Tudo a minha volta são rostos familiares
Lugares desgastados
Rostos desgastados
Claro e cedo para suas corridas diárias
Indo a lugar nenhum
Sem expressão
Escondo minha cabeça, quero afogar meu sofrimento
Sem amanhã
E eu acho meio engraçado
Eu acho meio triste
Os sonhos nos quais estou morrendo
São os melhores que já tive
Eu acho difícil te dizer
Eu acho difícil de entender
Quando as pessoas andam em círculos
É muito, muito
Mundo louco, mundo louco”

 

 

Trovões começaram a surgir do lado de fora, ao fundo, enquanto raios desciam pelo horizonte em resposta.

- Harley!? - perguntou Alfred, tentando entender o que estava acontecendo.

- Alfred vai para dentro, Tim e Stephanie também.

- Mas eu posso ajudar! - interveio Brown.

- Agora! - gritei, vendo-a ser levada, mesmo em recusa, assim como Alfred, por Tim.

- Bruce, me escute. - avisou Dick, ficando ao meu lado - Seja o que ele disser sobre a Harley, não acredite nele.

- A Batsy… - sorriu o Coringa, apoiando-se em sua bengala - É incrível como você sempre tem uma maldita sorte! Claro, eu deveria ter me lembrado do cachorrinho que te segue, erro meu, mas, sabe, eu gosto de saber que Bruce Wayne é na verdade o rato de calças… Isso é um tanto, deixe-me admitir! Frustrante! Sim, claro, porque estava tudo sempre abaixo do meu nariz, então eu agora me pergunto: Como eu não consegui notar isso antes!?

Eu não conseguia prestar muita atenção no que ele dizia, pois estava estarrecido demais prestando atenção numa criminosa viva, do que num lunático.

- Você o trouxe aqui! - gritei.

Ela se encolheu atrás do Coringa, segurando firme o taco atrás das costas.

- Ah, não fique chateada com ela! Ela se esforçou muito! Na verdade… Já disse que o plano foi basicamente todo planejado por ela? Claro que levei um tempo muito longo para conseguir isso. Tive que pensar e acredite, foi um porre! - riu.

Eu precisava ganhar tempo, pois sabia que ali, abaixo de uma das mesas, havia uma quantidade viável de batarangues, e eu poderia jogar contra ele, mas antes, precisava que ele continuasse falando.

 

Harley

 

Meu coração batia em disparado quando consegui ver Bruce novamente. Pude ver sua expressão enfurecida contra mim e toda a sua face cansada, e isso me deixava incomodada, porque sabia que eu o deixei assim, mesmo fazendo tudo parte do plano.

- Vamos, deixe com que eu fale. - disse o Sr. C, pegando a arma de sua cintura e a apontando para os dois - Porque nenhum vilão é vilão se não contar os planos, certo? - indagou, rindo - Vamos começar com… Como quebrar as barreiras do Batsy e fazê-lo indefeso. Harley disse que deveria te enfeitiçar, porque olhe bem, ela é irritante, mas tem aquilo que dizem sobre… O que é mesmo? Sexy Appel, isso mesmo! Isso seria fácil, claro, mas então pensei: ela poderia falar para ele assim que fosse pressionada pelo Motoqueiro das Trevas, então decidi usar o Gás do Medo nela! E olhe só! O maior medo dela era perder um bebê que não existia e ser ferida gravemente por mim! HA-HA-HA. GENIAL! - sorriu, andando pela sala como se estivesse num palco, manejando a arma como se estivesse prestes a dispará-la - Então como eu não tinha um plano melhor, fiz o medo dela se tornar realidade! Matei um feto e quase a matei, em troca recebi o Homem-Morcego, tinha que ser certo, porque você não acreditaria numa história sem provas, não é? - esperou uma resposta - NÃO É? - gritou, ficando paciente novamente - Eu sabia que ela iria ficar furiosa, assim como sabia que ela buscaria um último recurso, mas nunca cheguei a imaginar que esse recurso fosse o órfão desprotegido. Sabe… - ele se aproximou, ainda assim ficando a poucos metros de distância de Bruce - Existe um segredo sobre a Harley. - sussurrou - Ela sempre volta! HA-HA! - riu, puxando-me pelo braço - Mas parece que ela teve uma perda de memória como efeito colateral do Gás, porque ela não voltou para mim como espiã confidencial do Moranguinho, ela veio atrás de mim para me matar! HA-HA-HA! Eu fiquei louco com isso no melhor sentido que se possa imaginar! Ahhhh se soubesse o quanto ainda imagino aquela cena no elevad…

Meu taco acertou sua cabeça antes que ele pudesse terminar a frase, eu não podia mais ouvi-lo, não quando eu sabia que o discurso não pararia até deixar Bruce mais confuso do que ele já estava. O Sr. C, atordoado, pressionou a cabeça, chacoalhando-a enquanto se agachava.

- Bruce, não acredite nele! - corri em sua direção, mas ele me empurrou.

Dick foi até o Coringa, puxando-o pelos braços.

- Dick e eu precisávamos pegá-lo. Agora ele sabe demais, sabe da sua identidade, sabe de tudo! Temos provas agora para você nos ajudar a matá-l…

- Se você me disser algo que possa ser verdade… Merda, Harley! É difícil tentar decifrar quais partes eu deveria acreditar. É ele ou é você!? - gritou, correndo até uma das mesas, agarrando debaixo delas, três batarangues.

- Nós não temos tempo para isso. Só confie em mim!

Ele me olhou com frieza, e trincou o maxilar.

- Eu confiei!

Me ultrapassando, vi Bruce ir em direção ao Sr. C, que rapidamente deu um jeito de escapar dos braços de Dick, invertendo os papéis, desta vez era ele o agressor, segurando firme a arma na cabeça de Grayson. Rapidamente apertei o bastão contra a nuca de Bruce.

- Muito esperta, docinho. - riu o Sr. C - Mas eu não caio mais nessa.

- Eu vou estar ao seu lado, sempre Pudinzinho - sorri, empurrando Bruce para a frente - Só faça o que eu mandar! - sussurrei - Quando eu contar até três, Dick vai acertar o queixo do Coringa, é o tempo de você fugir e levar os outros para longe.

Vi sua cabeça balançar em negativa.

- Eu te amo, Harley. E é por isso que eu não vou fugir. - murmurou de volta, agarrando firme os batarangues.

- Eu também te amo B-Man, mas não é assim que as coisas funcionam!

- Vai ter que ser!

Sem que eu notasse, Dick já tinha dado partida ao plano ao dar uma cotovelada no queixo do Sr. C, saindo de seu ponto de visão, o que liberava o espaço para Bruce, que atiçou dois batarangues contra seu rival, um se alojou na costela e o outro, no ombro, a diferença era que o do ombro explodiu, abrindo a carne branca, mas não decepando o seu braço. Gritando de dor, vi-o começar a atirar contra nós, sem pensar se me atingiria ou não. Ele correu rapidamente em direção as escadas, se esquecendo que havia a porta de saída. Bruce colocou seu corpo frente ao meu até que os tiros cessaram, sem ter acertado ninguém.

- Ele vai para o topo da Mansão! - lembrei-me - Daqui a pouco irá aparecer um helicóptero, esse helicóptero vai transmitir um sinal ou algo do tipo para uma bomba via satélite!

Bruce me olhou aturdido.

- Dick, contate Lucius Fox, precisamos que ele hackeie as linhas de acesso da NASA e da ARGUS!

Dick assentiu e correu em direção a um dos esconderijos que dava acesso a BatCaverna, enquanto Bruce e eu corríamos escada acima, indo em direção a cobertura.

- Eu preciso vê-lo primeiro! - gritei, tentando alcançar os passos de Bruce - Só assim você vai conseguir tempo!

- Eu não confio em você, Harley!

- Confia sim! - corri com mais vontade - Se não confiasse, não teria me deixado vir com você.

- Tanto faz!

Subimos uma segunda escada que nos levaria a cobertura, onde, assim que chegamos, chovia como no primeiro dia em que apareci na Mansão Wayne. O Coringa ria, esticando o braço saudável para o alto, apontando para mim, enquanto eu deixava Bruce escondido atrás da porta.

- Fique aqui! - murmurei para Bruce.

Sorrindo, ergui o queixo e saltitei em direção ao Sr. C.

- Vamos ter outro dia, amorzinho! - disse eu.

A chuva encharcou o meu corpo e começava a manchar minha maquiagem e a dele.

- Onde ele está? - perguntou ele - O plano era trazê-lo aqui para cima e jogá-lo do alto!

- Ah… Eu dei um jeito nele! - me aproximei, cautelosa.

- Mentirosa! - apontou a arma para mim.

- Ah, Pudinzinho, olha como o dia está lindo! - ri - Outros como esse estão por vir! Eu sinto... - coloquei sua mão em minha coxa esquerda - Isso!

Você é uma puta mentirosa!

- Não! Não sou! - reclamei, puxando-o para mais perto de mim, sem piedade pelo braço fraturado, ele fez um barulho de dor com a língua ao se aproximar e eu sorri, deslizando sua mão para o interior das minhas coxas - Venha aqui papai, me beije, beije meu pescoço e deixe suas marcas de amor em mim... - mordi seu lábio inferior, lambendo sua língua, pressionando seus dedos contra mim, ainda sobre o tecido - Toque-me com essas mãos frias, toque em cada centímetro da minha pele, assim… Mostre-me o quanto você me ama... - murmurei, beijando-o - Me faça implorar por mais, me faça tremer, me mostre quem tem o controle. - abracei-o - Eu vou ser uma boa menina, eu juro… - não havia notado, que com aquele simples gesto, dei brecha para que o Sr. C visse atrás de mim, para Bruce. Com isso, sua mão boa agarrou os meus cabelos e me jogou no chão.

- Você é uma vadia porca, docinho! Não sabia que eu havia te educado tão bem! - com voracidade, bateu o cano da arma na minha boca até que eu a abrisse, deixando o metal alojado ali dentro - Poderia dizer até que estou orgulhoso, mas estou sentido demais por ter sido enganado! NÃO SE APROXIME! - gritou para Bruce, que parou na metade do caminho - Se apaixonou mesmo por ele? Que comovente!

Tentei dizer algo, mas o som saiu abafado, até que o Sr. C, curioso, arrancou a arma da minha boca.

- Pode repetir?

- Eu disse que sempre te enganei! - gritei, chutando seu joelho, jogando-o para trás. Levantando-me, segurei o taco com firmeza, acertando sua cabeça novamente - Eu sei o que você pensa de mim, Pudinzinho! - cuspi a última palavra - Você acha que eu sou apenas um boneco. Uma boneca que é rosa e luz. Uma boneca  que você pode organizar de qualquer maneira que você  gostar. Você está errado. Muito errado! - bati mais uma vez contra a sua cabeça, enquanto o sangue se misturava a chuva e ele ria.

Achei que estava dada por vencida quando ele continuou agachado, mas fui jogada para trás ao ser quase atingida por uma das balas que sobrara em seu revólver. Bruce tomou a posição de ataque, jogando-se contra o Coringa. Ambos começaram uma luta corporal, que mesmo o Sr. C estando sem um braço funcionando, conseguia manter. O combate quase que no mesmo patamar. Não havia mais balas, então o vi ter que improvisar, novamente, com uma faca. A cada corte no ar com a lâmina era um pulo de recuo para trás. Bruce, na defensiva, conseguia acertar socos no rosto e estômago do palhaço, até conseguir torcer o pulso do adversário, assim, se livrando da arma. Sr. C chutou-o para o chão e caiu sobre ele, começando a socar o rosto de Bruce enquanto a mão fraturada pressionava sua garganta. Bruce, por sua vez, lembrou-se do batarangue ainda no corpo do Coringa, e com precisão, afundou-o para dentro da costela, em direção ao abdômen do inimigo, obrigando-o a parar com as agressões. Foi tempo o suficiente para que Dick aparecesse, juntamente com Jim Gordon. Os trovões haviam calado o barulho das sirenes do carro. Bruce se levantou, ainda segurando o terceiro e último batarangue. Eu, esperando que isso não acabasse desse jeito, avancei contra o Sr. C, tomando o seu corpo enquanto começava a socá-lo, sem me importar se poderia estar novamente envenenado, pressionando o batarangue contra seus órgãos com um dos joelhos.

- Sabe o que dizem sobre a vingança? - gritei - Hã? - Não conseguia ouvi-lo responder - Ela é uma puta! - berrei, assim que pude vê-lo começar a rir.

Bruce me tirou de cima do Coringa, que mesmo ferido, se levantou como um rei, mostrando o metal em forma de morcego que segurava nas mãos. Bruce não tinha mais o batarangue com ele. Como ele…?

- Ninguém é tão esperto assim. - sorriu o Sr. C, com o rosto deformado, escorrendo sangue e pedaços de pele.

Os trovões pareciam mais estrondosos quando o Sr. C, segurando firme o objeto, correu até nós. Bruce colocou-se na minha frente e rapidamente intervi sua proteção, pondo-me a dianteira, segurando minha barriga assim que pude sentir...



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