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História Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - A palavra "casa" te lembra alguma coisa?


Escrita por: FresadelaLuna

Notas do Autor


Desculpem Puddins, mas não é hoje que acontecerá a treta maligna! HASUHAUSHAUSHAU!!!

Capítulo 7 - A palavra "casa" te lembra alguma coisa?


Fanfic / Fanfiction Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - A palavra "casa" te lembra alguma coisa?

"Linhas brancas, querido, tatuagens

Não sei o que significam

Elas são especiais, só para você

Palmeiras brancas, preparando pó em cima do fogão

Preparando sonhos, transformando diamantes em neve

Eu sinto você, querido, sinta-me

Aumente a temperatura, amar você é de graça

'Eu gosto baixo, gosto muito baixo'

Mas você já sabe disso..."


 

“Estava tudo perdido. Entendem isso? Perdido! Ele sabe onde eu estou agora! E principalmente, pode estar a um triz de conseguir descobrir que o Bruce é o Batman! Menina burra, burra! Droga! Ele não podia, não, claro que não! Onde já se viu? Ah meu Deus ele pode sim! Claro que pode! Como não? Ele pode tudo! Burra, burra, burra!”, pensei comigo mesma, indo de um lado para o outro, sem parar, sem ao menos hesitar, apenas caminhando, sem notar que a minha frente, se encontrava uma confusão iminente.

Dick Grayson e Tim Drake, assim que souberam sobre a matéria que rompeu pelas redes de Gotham City, esqueceram-se das capas e dos heróis, estavam ali, diante de Bruce, que se segurava na bengala, os olhando fixamente, enquanto os ouvia, histéricos, apontando para mim.

- Ela é uma criminosa, Bruce! - esbravejava Dick, os cabelos escorridos de suor, enquanto o colarinho da camiseta branca saltava de seu corpo - Desde quando você tem menos consciência que nós? Pensei que fosse mais esperto!

- Bruce, é a Harley, esqueceu? - disse Tim, com mais calma - O que você estava pensando?

- O Coringa escapou do Arkham, ele a tirou de Belle Reve, arrancou seu filho e a mutilou. Eu decidi que ele tem que ser pego curte o que custar - seus olhos endureceram, causando-me arrepios - Não estamos mais falando de um maníaco por controle, Agente do Caos, e sim de um assassino.

- Oi????? - disparou Tim no mesmo instante - Desde quando você descobriu isso? Porque desde antes de nos conhecermos, ele existia, ele matava, ele estripava e usava seus capangas contra você!

- O que ela fez com você? - reclamou Dick, vindo em minha direção, apontando o dedo na minha cara - Isso mesmo, sua vagabunda, o que você fez com ele?

Dei passos largos para trás conforme ele avançava em minha direção.

- Deixe ela em paz, Dick! - avisou Bruce.

Mas um dos meninos prodígios não ouviu, ele continuou a avançar em minha direção até que eu encostasse as minhas costas na parede. Eu poderia acertá-lo, poderia sim, sem dúvidas, ele estaria morto nas minhas mãos em poucos segundos, mas então eu soube que não poderia fazer isso, não se isso fosse atingir Bruce diretamente. Ele foi bom para mim, não poderia, em momento algum, fazer isso com ele!

No entanto, Dick parecia não se importar, ele gritava e esbravejava, mas eu não ouvia. E porque ouviria? Ele me chamava de puta, e nada era menos ofensivo que isso, ao menos eu não me ofendia, de certa forma, achava até graça.

- Você vai sair daqui agora! - gritou.

Consegui ouvi-lo por fim. E então, o que veio em seguida, talvez tivesse me deixado com medo, se não tivesse sido terrivelmente sexy.

Bruce veio rapidamente em meu encalço, bateu com a bengala no peito de Dick, como um aviso para que ele se afastasse de mim, porém, o garoto retribuiu-lhe o mesmo olhar escuro, avançando em direção a ele, o empurrando.

"Esse moleque não notava que estava enfrentando um semi-deficiente? Que coisa mais feia!"

Tim tentou intervir, dizendo que estava tudo bem, mas não estava, na realidade, desde que vim para cá, nada parecia certo, e agora, novamente, havia algo que me deixava cada vez mais com um peso na consciência. Pois bem, não me sinto muito confortável quando me culpam!

Bruce pegou Dick pela camisa e o jogou para longe, mas Dick correu em retribuição, sendo atingido no queixo por um soco. Atordoado, Bruce achou ali a alternativa para acabar com tudo aquilo de uma vez por todas. Num impulso de defesa, puxou Dick pelos braços e o jogou contra a mesa de madeira do Salão Principal, deixando-o deitado sobre ela, enquanto apertava firmemente os tecidos de sua roupa, olhando fixo para um par de olhos completamente vidrados de raiva.

- Ela não me fez nada! - bramiu Bruce entre os dentes - É só uma estratégia.

“O QUÊ?”

Dick cuspiu sangue para o lado, caindo no carpete.

"Alfred não vai gostar nada disso."

Neguei com a cabeça para mim mesma.

Tim tentou separá-los assim que conseguiu se recompor.

Tudo pareceu acontecer em horas.

Minutos.

Segundos.

Tic-Tac.

- Vocês precisam parar! - gritou Tim, puxando Bruce para longe de Dick.

Bruce sentou-se na mesa no mesmo instante, limpando o canto da boca com as costas da mão, respirando fundo, tremendo, pensando fortemente em me dar um soco. Eu aceitaria isso de bom grado. Quem sabe eu não tomaria vergonha na cara?

Tic-Tac.

- Bruce, entendemos você - prosseguiu Tim, afastando cada vez mais o Batsy do outro novo Batsy - Você só fez porque queria pegar o Coringa, está tudo bem, está tudo bem.

Tic-Tac.

- Não é, Dick? - ele virou o rosto para Dick, que revirou os olhos.

- Tanto faz.

Tic-Tac.

- Quero que vocês dois voltem para o que realmente é importante - ordenou Bruce - Está tudo sob controle...

Tic-Tac.

- Harley e eu vamos saber o que fazer - olhou para mim.

“Harley e eu…”, suspirei por dentro. Meu Pudinzinho nunca disse “Harley e eu”.

Tic-Tac.

- Não podemos. Você agora… Esta Mansão - adiantou Dick - É alvo total do Coringa agora.

Tic-Tac.

- Vocês estão ouvindo isso? - perguntei, batendo em meus ouvidos, tentando entender se era só eu quem ouvia.

"Esse som já estava me irritando."

Tic-Tac.

Ninguém me ouviu.

- Alguém? - nenhuma outra resposta.

Eles estavam falando entre si.

Ninguém queria me ouvir, não era possível!

Tic-Tac.

Decidi gritar.

- VOCÊS OUVIRAM IS…

A explosão veio como que de imediato. Primeiro, lentamente, como se um predador cauteloso, logo em seguida, as janelas explodiram em cacos minúsculos que acertou o corpo de todos os quatro que estavam ali… Bem... Cinco, pois Alfred entrou no Salão assim que tudo explodiu. A lufada de vento nos envolveu, nos empurrando com força contra o chão, que amorteceu nossa queda devido ao carpete.

Não havia indícios de fumaça ou qualquer fogo, apenas riscas de sangue nos corpos de quem fora atingido, incluindo Bruce que já estava totalmente ferrado. Alfred sangrava pelo nariz. Meu braço fora cortado e ainda havia cacos fincados na pele. Os meninos foram os menos feridos, não sei exatamente o porquê, talvez porque eles tivessem sugado o preparo do Batman.

Suspirei, sentindo um arrepio eriçar minha nuca.

Homens mascarados entraram pelas janelas, segurando fuzis capazes de perfurar um avião. Meu Pudinzinho veio logo em seguida. Segurando sua bengala, andando com cautela enquanto vinha descalço, entre os cacos, sem se importar em cortar os próprios pés. A calça do Arkham prendiam-se ao seu corpo, como se tivesse se infiltrado no meio de algum lago. Os cabelos caiam nos olhos. Um sorriso borrado tornou-se rapidamente uma expressão frígida, assim que passou os olhos pelas vítimas caídas no chão e pousou em mim por último.

- Achou que poderia escapar assim tão fácil, docinho? - indagou, pondo-se a sua frente - O que eu tenho que esse carinha rico e bonito não tem? - perguntou ele, olhando com desprezo para Bruce - Até tenho uma bengala! Qual é benzinho! Procurasse alguém mais…

- Mas Pudinzinhooooo… - me aprontei a levantar, correndo em sua direção.

Mas eu não consegui chegar nem meio metro de sua senhoria. Ele me deu um tapa. Um tapa ardente e quente que me doeu até a alma.

Caí no chão.

Bruce tentou se levantar, olhando com raiva para o Coringa, mas com pena para mim.

Neguei minuciosamente, para que ele não fizesse nenhum movimento brusco, sem que o Sr. C notasse.

Ele ficou quieto.

Seus punhos se fecharam, quase prestes a socar o Mr. J.

- Você me trocou, Harley - sorriu, rindo - Por um Playboyzinho!

- Nã-não Pudinzinho! - fingi sorrir, arrumando o cabelo, tentando me mostrar apresentável.

Ergui-me, abrindo os braços para o céu.

- Eu vim aqui porque eu sabia que você viria atrás de mim - desconversei rapidamente, indo em sua direção, desfilando como um suicida anda para a morte - Eu sabia que você me amava, Pudinzinho!

- Amar você? - agarrou-me pelo cotovelo com violência, me puxando para perto dele - Você é minha, só isso menina! - disse entre os dentes.

- Eu… - me desvencilhei de seu toque - Eu agora sei disso, benzinho. Que tal irmos embora agora e deixar esse pobre rapazes sofrendo pelo dinheiro que perderam por se envolver com o Rei do Crime - disse em seu ouvido, me referindo ao prejuízo das janelas, acariciando seu pescoço com as unhas - Você já sabe… Eu tenho uma coisa para você. Podemos ir embora agora, para o Norte de Gotham, huh? Armas no Verão… Tomando Pepsi Cola na praia… Fico toda arrepiada - sussurrei as outras três palavras.

Ele não dizia nada, estava atento aos movimentos de todos os quatro à nossa frente

- Podemos ir… Ou sermos presos… A prisão não é nada para mim se você não estiver comigo- imitei uma voz chorosa - Você gosta de sua bebezinha, como você gosta de suas armas, não é? - murmurei, enfiando a mão em seu terno, passando os dedos pelo seu peitoral quente.

Eu sabia que ele estava me ouvindo.

- Linhas brancas, papaizinho, sobre a mesa - sorri - Você cheira tãoooo bem… Cheira como um campeão

Um som oco estalou, e eu sabia que se tratava da clareira que estava sendo aberta para as escadarias, em direção a BatCaverna. Então virei o seu rosto para mim, sem que ele pudesse ver.

Seus capangas pareciam não entender muito bem o que estava acontecendo, muito menos Dick e Tim, mas Bruce e Alfred sim…

E eu também.

- Vamos dançar a noite toda. As pessoas nunca morrem em Gotham sem que tenham um motivo, é o que todos dizem - murmurei - Pense como seria descobrir que você matou a Família Wayne por uma garota? Todos vão rir de você - beijei seu queixo com delicadeza - Você acredita em mim, não é, querido?

Seus olhos procuravam os meus, e o encontraram.

Ele procurava algo em mim.

Ele procurava a verdade.

Não quis entender.

Eu não era mais dele.

- Vai ser como os velhos tempos - sorri, beijando sua boca, sentindo sua língua procurar a minha como se estivesse faminta por ela.

Meus punhos se fecharam atrás de suas costas, insinuando para Bruce que aquilo não era algo que eu realmente queria… Mesmo que eu não devesse satisfação alguma para ele.

Coringa se separou de mim, segurou-me pela cintura e piscou para Bruce.

- Não se metam mais no meu caminho, eu não costumo ser piedoso.



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