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História Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Beleza Podre


Escrita por: FresadelaLuna

Capítulo 9 - Beleza Podre


Fanfic / Fanfiction Quando A Piada Se Transforma Em Escuridão - Beleza Podre


“O que eu posso fazer?

A vida é linda

Mas você não faz ideia

Sol e oceanos azuis

O esplendor deles

Isso não faz sentido pra você”

 

 

Eu fui com o Sr. C para que ele não fizesse nada com Bruce, mas agora eu tenho medo do que ele pode fazer comigo.

Ao chegarmos no Túnel do Amor, subimos uma escadaria de pedra, dentro do grande corredor escuro com trilhos enferrujados, e entramos num espaçoso cômodo rochoso, com uma mesa de madeira e uma cadeira estofada logo atrás. Seus capangas entraram e se espalharam ali dentro, enquanto o Sr. C me puxava pelo braço.

Ele se sentou na cadeira, encostando as costas fraturadas contra o espaldar, bateu em sua coxa como sinal para que eu me sentasse nela, e foi isso que eu fiz. Sentei-me em suas pernas, aninhando meu corpo em seu torso, enquanto enroscava um braço em torno dos seus ombros, acariciando sua nuca com as unhas e passando a outra mão pelo seu peito nu.

- O que vocês tem para mim hoje? - perguntou o Sr. C.

Um de seus homens abriu a porta e de lá, alguém trouxe um homem amordaçado. Um pano fora enfiado em sua boca, impedindo que falasse, cobrindo-o com uma fita cinza, seus pulsos estavam presos atrás das costas e seus pés estavam descalços, com cada uma das unhas, arrancadas. Sua calça social preta estava suja de barro, e não havia camisa alguma, apenas a pele parda com uma barriga saliente. Seu bigode negro estava úmido de suor, assim como seu peitoral e testa. Ele piscava, tentando enxergar, através dos olhos castanhos, com coágulos de sangue, onde estava.

- Sabe aquele tempo em que esteve no Arkham? Pois bem, chefe, foi esse aqui que deu a ideia de dividir seu dinheiro com os outros caras do tráfico de Gotham - disse um dos seus homens.

Os olhos do Sr. C escureceram, sua mandíbula trincou. Sua mão agarrou firme a arma de sua cintura e a bateu contra a mesa.

- Isso vai ser muito rápido - consegui dizer, sussurrando em seu ouvido.

- Tem razão - disse para mim - Eu quero ele pendurado, de cabeça para baixo - avisou aos seus homens - Johnny Frost, camarada, ajude.

    Seus capangas pegaram uma corda que estava dentro de um baú, no canto do cômodo, e a amarraram firme nos tornozelos do homem, que gritava em recusa. Havia um gancho acima da parede, perto da lâmpada, no teto, a poucos metros da mesa. Colocaram-no preso ali, de ponta cabeça, enquanto ele chacoalhava o seu corpo para se soltar.

- Podemos ficar sozinhos com ele e nos divertir, só nós dois - ronronei, me aninhando ainda mais em seu corpo.

    Ele riu baixo, e apontou a arma para a porta, como sinal para que os seus homens saíssem.

    Tudo o que saía da minha voz era automático. Eu não queria ficar sozinha com ele, nunca quis, não desde que eu comecei a ter mais tempo com o Bruce Wayne, mas então todos seus capangas se foram e eu fiquei com ele e um homem que seria morto.

- Senti tanto a sua falta, meu docinho - sussurrei.

    Ele riu novamente, mas desta vez prendeu sua palma na minha garganta, apertando-a com força. Sem respirar, tentei tirar sua mão de minha traqueia, mas não consegui. Sr. C me jogou sobre a mesa e puxou meu biquíni para longe, eu nem ao menos havia notado que ainda o estava usando, que nem ao menos troquei de roupa.

    "O quê? Mas… O que ele estava fazendo? Ele nunca aceitava! Ele nunca me quis! Ele só fez isso comigo uma única vez… Então... Por quê…?"

    Tentei chutar seu corpo, mas ele se infiltrou no meio das minhas pernas, deixando-me sem qualquer movimento. Seu aperto tornou-se menos intenso, quando ele puxou sua calça para baixo. Tentei gritar, mas a voz não saía… Eu não queria… Eu não…

    Seus dedos entraram dentro de mim sem qualquer permissão, tentando encontrar algo que eu não podia dar a ele. Então rapidamente senti sua ereção entrar, estancando com força, sem qualquer gentileza ou pudor. Ele sabia que estava fazendo aquilo sem que eu quisesse. Fechei os olhos, tentando evitar fazer careta ou cara de nojo. Sentia-o dentro de mim, mas eu não conseguia sentir nada. Ele batia em minhas coxas e apertava os meus seios, mordia minha barriga, deixando a marca de seus dentes. Mas eu, do mesmo modo, não conseguia sentir nada. Então ele apertou minha garganta com mais firmeza e eu engasgava na minha própria saliva.

    Sr. C ria histericamente, afundando-se em mim. Tentei imaginar então, que ele fosse algo que eu gostasse. Que fosse Bruce Wayne.

- Eu sou melhor do que ele, docinho- gemeu ele entre os dentes, cravando-os em meu pescoço - Sou melhor do que todos que você já encontrou.

    Respirei fundo assim que consegui e então, ao invés dos futuros hematomas que surgiam em meu corpo, imaginei beijos. Os beijos vindo, cautelosos dos lábios de Bruce. Deixei me levar, enquanto ele feria minha pele e arranhava minha carne, enquanto ele tentava encontrar um meio de me fazer gritar enquanto eu mordia os lábios, tentando evitá-lo.

- Acho que ele já viu demais - disse o Sr. C, puxando o gatilho, disparando contra o crânio do homem pendurado de cabeça para baixo.

    O sangue escorreu pelo chão, pingando, e eu estanquei mais uma vez o grito, pelo susto.

    Assim que ele chegou ao seu ápice, chutei seu estômago, jogando-o contra a parede, ele riu alto.

- Você foi ótimo, benzinho - menti, pegando meu biquini e o colocando no mesmo instante - Preciso tomar um banho, se não se importar.

- Corte ele.

- O quê? - olhei-o, arqueando uma sobrancelha.

- Corte ele - jogou-me uma faca, na qual eu a peguei no ar - Quero ver se você ainda é a Harley.

    Sua arma apontava, desta vez, para a minha cabeça.

- Ele já está morto, Sr. C.

- Corte. Ele. - repetiu, dizendo pausadamente.

    Trêmula, enfiei a faca abaixo da barriga do cadáver, descendo-o até o centro de sua costela. O sangue jorrou mais forte, e os órgãos, ainda quentes, caíram no chão, aos meus pés.

    Mal consegui ouvir, em seguida, o disparo.


Notas Finais


É, puddins, não tá easy pra nobody!


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