Nunca antes fora tomado por agonia tão grande como aquela, que gritava e clamava por clemência em seus ouvidos dia e noite, como prelúdio da morte que assolava nas horas mais indesejadas; e era reflexo prismático daquele seu anseio por dias melhores, ao menos mais felizes.
A tinta falhava sob a folha espessa, encharcada de sangue carmim e lágrimas transparentes que manchavam o carpete, mesmo que incolor.
Angustia que o perseguia.
Nem mesmo flores para os mortos servia como oferta agradável aos céus; por isso, ajoelhado rezava por sua alma corrompida.
Ensina-me a ser pleno como você, Deus.
A encontrar a saída daquele labirinto; era sufocante, claustrofóbico. Consumia-se em cinzas mesmo sem perceber, caminhava sob ossos com os pés descalços.
Perdoe os meus pecados.
Os gritos intensificavam.
Abandonava o papiro gasto e rastejava, fugindo, pois tinha medo de acatar os desejos mais obscuros de seu coração.
E era sempre meia noite, mesmo durante o meio dia.
Dita o caminho pro paraíso, ó Deus.
Os pés cansados de tanto caminhar; desaba em meio a relva que o consome.
Deus o abandonou.
Sobrou apenas vestígios de ossos e pó, estes que um dia compuseram seu eu.
Mas Min Yoongi não existia mais.
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