História Quando ficamos tão coloridos? - "Uma pônei furiosa e uma decisão"

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A claridade da luz que entrava pelas grandes janelas atingiu meus olhos e o incomodo me  fez despertar. Pisquei algumas vezes antes de abrir meus olhos,esfregando os mesmos na tentativa de conseguir enxergar mais nitidamente.Sentei,bocejei,e só então percebi e me lembrei do ocorrido.

Se alguém entrasse agora no quarto,encontraria uma garota descabelada e sonolenta ao lado de um garoto também descabelado e com as roupas amassadas.E para completar, ambos com "pouca roupa" sobre uma cama.A situação era outra para quem estava por fora,e eu sabia qual era. 

Preciso sair daqui... 

E no mesmo instante a porta foi aberta com violência e uma certa cabeça de pônei,sendo perseguida por alguns guardas,adentrou o quarto com rapidez.Me assustei com tal cena,uma no qual minha melhor amiga estava sendo perceguida e adentra o quarto onde eu e Marco estavamos. 

–Pare em nome do rei!–Um dos soldados gritou,apontando uma lança para cabeça-pônei. 

–Me deixa em paz cara!–Retrucou cabeça-pônei,sendo encurralada. 

–Você não pode entrar!–Devolveu o soldado no mesmo tom. 

–Mas eu já entrei!–Rebateu a pônei estética. 

–...Insolente!–O soldado ameaçou machucá-la com sua lança. 

–Eu já disse que sou amiga da princesa!–Ela fastou para trás. 

–Ah,claro.A princesa nunca teria uma amiga da ralé como você.–Debochou o soldado. 

–Como é que é?!–A pônei bufava pelas narinas,irritada com o que ouviu. 

–Você me ouviu,agora se retire do quarto do príncipe Marco e duma daqui antes que te jogue na masmorra!–Ameaçou.

–Marco,me ajude antes que eu perca a minha paciência e...!–Enfim ela nos olhou.

Todos nos olharam. 

–Nos desculpe princesa,nos não sabíamos que estavam juntos.–Os guardas viraram os rostos,constrangidos. 

–O-o que? N-não é isso...!–Balancei as mãos,corada. 

–Desculpe senhorita,só vamos levar a meliante.Não vimos nada.–Disse o outro,também constrangido. 

–E-espera,não é nada disso que estão pensando! E-eu...–Gaguejava. 

–Marco Díaz!!–A pônei gritou, enfurecida,e voou em ataque ao pescoço de Marco. 

Cabeça-pônei arrrnessou Marco da cama e pulou sob ele. 

–O que é isso?! Socorro!–Marco se debatia enquanto cabeça-pônei o acertava com uma escova que havia pego com rapidez na bancada. 

–Seu desgraçado! Eu confiei em você e você se aprovrita da minha amiga!–Gritava e batia nele. 

–Ela esta atacando o príncipe!–Se alarmou um dos soldados. 

–Não interfiram!–A pônei os encarou com um olhar em chamas e uma aura de raiva ao seu redor. 

–E-eita...–Os soldados se entreolharam sem saber o que fazer. 

Balancei a cabeça. 

–Tudo bem soldados,fizeram um bom trabalho,agora podem se retirar.–Disse mantendo a calma. 

–Mas princesa,ela esta... –Começou um dos soldados,mas o impedir de continuar. 

–Eu a conheço,esta tudo bem.–Observei Marco sendo espancado.–Eu dou meu jeito.–Completei. 

–Hm... Como quiser.–Eles se entreolharam e logo sairam do quarto. 

–O que foi que eu fiz?!–Marco perguntou choroso,e eu acabri por rir. 

XXX

Horas depois tudo estava bem mais calmo.Acabei por convencer Cabeça-pônei de que nada demais havia acontecido e que Marco não era o tarado aproveitador que ela pensava que ele era,e Marco estava melhor depoisde alguns corativos feitos e remédios para dor de cabeça.

Agora estavamos tomando um chá –Que odeio.–em uma sala decorada e florida preparada para encontros calmos.Observava Marco fazer careta por causa do chá que bebia e Cabeça-pônei ao seu lado,comendo apenas os docinhos.Parece que nós três estamos no lugar errado.

–E então CP,o que veio fazer por aqui? Aposto que não veio apenas me espancar.–Dizia Marco. 

CP? Que intimidade é essa? 

–Isso foi só um fato.–Disse enquanto comia.–Eu vim tirar vocês daqui... Ou querem mesmo continuar a parecerem o Ken e a Barbie? 

–O que quer dizer?–Perguntei. 

–Star,fala sério.Esse lugar não combina com vocês.–Falou a pônei com calma.–Você pode até aprender a se portar,mas olha o Marco.Ele não sabe nem segurar uma xícara.–Disse. 

–Hm...Olhei para Marco e depois voltei o olhar a ela.–Nunca disse que queria ficar aqui...–Disse.

–Então por que continua por aqui? Por que não voltou para a terra?–Perguntou a pônei.

Respirei fundo. 

–Meus país saberiam de tudo.Que Marco não é um príncipe,que já o conhecia,que ele é apenas...–Dizia. 

–Comum?–Perguntou Marco, agora me olhando nos olhos. 

–Marco,não me entenda mal...–Disse enquanto o olhava.

–Você quer que eu fique aqui para sempre? Fingindo?–Me senti tensa quando ele me perguntou. 

–Não,não.–Falei em minha defesa.–Eu só não sei como fazer isso... –Murmurei. 

–Star,Cabeça-pônei esta certa. Deviamos ir embora.–Marco dizia.–Devíamos ir para a terra,lá não precisamos fingir nada para ficarmos juntos.–Me olhava. 

–M-mas os meus pais...–Comecei. 

–Dane-se.–Ele bateu as mãos na mesa.–Você não quer ficar comigo onde seremos mais felizes? 

–Eu quero,Marco.–Disse.–Mas não posso sair quando e como quiser.Eu ainda sou a filha deles.–Expliquei. 

–Vamos dar o nosso jeito.–Disse e tocou meu rosto.–Estrelinha...–Sussurrou. 

–H-hm... Me ajuda a falar com eles então?–Perguntei.

–Claro que sim,estou do seu lado...–Disse e sorriu para mim,gesto que devolvi no mesmo instante. 

–Bleh! Que melosidade mais desnecessária!–A pônei balançava sua cabeça.–Vão me fazer vomitar! 

Marco e eu nos olhamos e assim começamos a rir.Me encostei dele que Mr abraçava de lado e continuamos a comer e fez ou outra,enquanto conversavamos,bebiamos o chá.Bem, parece que meus pais vão ter que descobrir toda a verdade sobre Marco, o que me deixava apreensiva. 

XXX

Mais tarde,a noite e em meu quarto,encarava o teto branco e bolava na cama enquanto tentava cair no sono. Marco e eu havíamos combinado de falar com meus pais assim que papai voltasse de sua viagem repentina,e isso tirava um pouco meu sono.Estava com medo que nos separacem. 

Eles sempre foram bastantes rígidos com minhas escolhas,quem dira com a ideia de voltar para a terra para ficar com um "simples humano".Papai e mamãe nunca entenderiam,tenho a certeza que não.Eles me assustavam um pouco,e talvez or isso tivesse um certobmedo de confrontá-los. 

Ele poderia ser apenas um cara comum,sem riquezas e sem poder,mas era ele com certeza que eu amava e queria ficar.Marco estava se esforçando,eu sei que ele odeia mentir, mas mesmo assim o fez por minha causa.Ele me ama,eu sinto,e sei que o que eu sinto é o mesmo sentimento. 

E agora,o que será que vai acontecer quando descobrirem?