História Quando ficamos tão coloridos? - "Adaptações para uma Mewniana"

Star ☆

Observava sem nenhum interesse o que se passava na tela da Tv.Nem os meus programas favoritos e idiotas me faziam dar risada,e muito menos me faziam parar de pensar no que tinha acontecido em Mewni,a poucos dias atrás.Eu não era mais uma princesa,não  podia usar magia... Quem eu era agora?

Marco disse que eu teria que me adaptar a tudo isso,mas não se sou realmente capaz de conseguir essa façanha,afinal coloquei fogo na casa apenas tentando fazer um bolo,imagina o que mais posso fazer sem estar sob o olhar de  Glossarik ou com a minha varinha em mãos.Não saberia viver assim.

–Marco,desculpe de novo...–Me virei para o olhar,esse que estava atrás de mim,apesar de sentado na mesma cama.

–Tudo bem,não foi sua culpa... Quer dizer,não fez por mal.–Disse ele, vasculhando sua carteira.

–Hm... Quanto tempo ficaremos nesse hotel?–Perguntei,ainda o olhando,mas ele não me olhava de volta.

–Não sei... O bastante para consertarem a casa,tipo,um bom tempo por se dizer.–Ele suspirou.–Só espero que meus pais não cheguem agira de sua viagem ao México.–Me olhou.

–Eu... Sinto muito mesmo Marco, eu não... Não queria te prejudicar...–Disse,o olhando.ame sentia horrível.

–Relaxa,Star... Não foi sua culpa, eu já disse.–Ele disse,agora a me olhar. 

–Se... Se eu tivesse a minha varinha eu poderia consertar,poderia deixar tudo novinho de novo,eu poderia... –Antes que eu terminasse de falar,ele me interrompeu.

–Mas você não tem varinha,não tem poderes mágicos e não pode fazer nada além de destruir ainda mais as coisas e me dá o maior trabalho...!–Ele alterou sua voz,estava irritado.

–Eu... Eu sinto muito... –Baixei um pouco a cabeça,encarando agora o meu colo e minhas mãos sobre o mesmo, fechadas em punhos.Queria chorar.

Ele suspirou.

–Eu vou tomar banho,já volto...–Disse ele,pegou uma toalha limpa no guarda roupas e seguiu ao banheiro, fechando logo a porta.

Encarei a porta fechada por alguns breves segundos.Mordi o lábio e tentei me conter assim que senti meus olhos marejarem.Me senria horrivel,a pior de todas as pessoas.Como fui capaz de destruir tanto a vida de Marco? Logo ele que sempre me ajudou.Eu não queria mais o irritar assim.

Levantei as presas,procurei e mais que rapidamente encontrei papéis e canetinhas.Escrevi um curto bilhete,o dobrei e o deixei sobre a mochila de Marco.Coloquei tudo em seu lugar,e logo em seguida segui a porta.Olhei para trás mais uma vez assim que abri a porta,e saí em seguida,o deixando para trás.

-☆-

Seguia pela rua que mal conhecia.Estava frio,afinal já era noite e as noites na terra são realmente frias quando se vaga nelas sem um bom casaco para se esquentar.As luzes inuminavam meu caminho nos becos escuros onde passava,estava um pouco assustada em vagar por ai sozinha.

A rua estava desértica,só podia-se ouvir o arrastar do andar de uma pessoa uma vez ou outra depois de muito andar.Não sabia para onde ia,mas com certeza não queria voltar para continuar chateando o Marco mais uma vez com minhas idiotices e minhas ações que só o dão prejuízo.

–Olha o que temos aqui...–Ouvi uma voz sarcástica dizer,em seguida senti alguém segurar em meu braço com certa firmeza,me assustando.

–Q-quem...?–Forcei um pouco minha vista contra a escuridão daquele lugar,e naquela entrada de beco ví alguém estranhamente conhecido.

Ele era um garoto aparentemente, porém possuia algumas coisas a mais,como um par de chifres e um terceiro olho no meio de sua testa.Suas roupas estavam rasgadas como sempre,e seu cabelo se mantinha arrepiado como sempre.Eu não o via desde o baile da lua azul afinal.

–Olá princesa,não lembra mais de mim? Que ofensa!–Sua gargalhada irônica me fez automaticamente lembrar daquele ser que lá estava.

–Tom? Mas o que esta fazendo aqui na cidade? Não deveria estar no submundo escravizando as pobres almas perdidas?–Perguntei,confusa.

–Ah,isso... Eu fui invocado e agora estou por aqui,é uma coincidência muito boa não acha?–Perguntou ele e sorriu sacana.

–Pois eu te garanto que não fui eu que te invoquei...–Disse e fiz ele largar do meu braço quase que em automático.

–Eu sei,e isso é uma pena... Mas enfim,o que esta fazendo por aqui a essas horas e nesse escuro? Não tem medo que demônios te peguem?–Ele disse e sorriu ironicamente.

–Não tem graça nenhuma,Tom... –Disse,o olhando.–E eu... Resolvi dar uma volta por ai,apenas isso... É um pais livre.–Completei.

–Aham,sei... Então,já que esta sozinha e não parece tee rumo algum, o que acha de darmos uma volta por ai? Pode ser divertido.–Ele disse e me estendeu a mão,sorridente.

–Eu não sei... O Marco pode não gostar que eu saia por ai com demônios  e tudo mais...–Enrolava,porém estava pensativa sobre aquilo.Ele não deixaria.

–E desde quando a princesa de Mewni tem que pedir permissão para um simples terráqueo para o que quer que seja?–Perguntou ele,rindo.

–A partir do momento em que eu deixei de ser princesa e passei a ser cuidado por um terráqueo...–O respondi,logo suspirando.

–Você esta brincando não é mesmo? Por que você faria algo assim por uma vida miserável dessas?–Ele me perguntou,rindo e levando na brincadeira aquilo que disse.

Eu apenas o observei.

–Você... Esta mesmo falando a verdade? Você não é realmente mais uma princesa?–Perguntou,me olhando como se ainda não acreditasse.

–Sim,Tom... Eu agora sou apenas mais uma 'terráquea' qualquer,não tenho nada de especial.–Disse,ainda o olhando e cruzando os braços,me abraçando de certa forma.

–Me desculpe,eu não sabia... Hm, o que acha de irmos tomar um bom sorvete e conversamos um pouco? Parece que precisa desabafar.–Ele disse,pegando minha mão.

–Eu não seu,Tom... Marco pode não gostar desse meu sumiço bem do nada...–Dizia eu,o olhando.

–Marco não está aqui agora,mas eu estou.Qual o problema? É apenas um sorvete,nada mais.–Ele disse e sorriu de lado,acariciando minha mão.

–Hm... Você tem razão.Obrigada Tom.–Sorri minimamente.–Vamos tomar um sorvete...–Disse e ele riu.

–Acompanhe-me my lady...–Ele disse e abriu um portal,por onde sua carruagem negra puxada por seu cavalo mordo sairam de imediato.

Tom abriu a porta e me ajudou a subir com cuidado,em seguida entrou e ordenou ao cavalo que nos levasse a sorveteria mais próxima,missão essa rapidamente obedecida.O que eu não sabia era que esse simples fato iria causar um grande problema e uma tremenda confusão que eu sequer podia imaginar entre Marco,Tom e eu.