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História Quando nos Vênus, Juro a Marte - Prólogo: Em tsurus e almas gêmeas.


Escrita por: bullshift

Notas do Autor


(EU NÃO DEVERIA ESTAR POSTANDO OUTRA FANFIC SEM NEM MEXER NAS OUTRAS MAS EU SOU UMA VAGABUNDA E É ISSO AÍ)
Bom, esse plot tá comigo tem um mês, eu acho. Desde que eu decidi fazer o Jungkook tatuado e misturar isso com uma ideia de almas gêmeas esse prólogo saiu, então... É isso.
Mente aberta, ok? Eu tentei fugir um pouco do clichê e tamo aí pra isso, galeres.
Boa leitura!

Capítulo 1 - Prólogo: Em tsurus e almas gêmeas.


Fanfic / Fanfiction Quando nos Vênus, Juro a Marte - Prólogo: Em tsurus e almas gêmeas.

Se considerava, de longe, alguém azarado.

Encarava seus tênis novos enquanto choramingava baixo, tentando andar o mais rápido que conseguia sem pisar nas poças repletas de lama. Jimin não era alguém fresco, mas poxa! Era um par novinho e branco, ainda por cima! Tantos dias na semana para exibir o presente e decidiu logo o dia mais chuvoso, para variar. Só poderia ter muita falta de sorte mesmo.

Park Jimin voltava de seu treino diário de dança quando o céu resolveu despencar sobre Seul, a capital. Era somente mais um daqueles dias repetitivos que tanto possuía em sua rotina, ele até mesmo sabia o que viria a seguir: 1. Lavaria os tênis novos antes que a cor da terra pegasse no tecido. 2. Encheria a tigela de comida do seu gato. 3. Comeria qualquer coisa rápida já que Taehyung chegaria tarde em casa. 4. Escreveria cartas em papéis de tsurus para a sua alma gêmea. 5. Dormiria imaginando se ela ou ele morava no mesmo país que o seu ou se era alguém estrangeiro e interessante.

É, era normal o moreno sonhar acordado com a sua outra metade. Na realidade, Taehyung – seu melhor amigo e colega de apartamento – gostava de dizer que Jimin era o único que ansiava tanto em conhecer sua alma gêmea. Não é como se o Kim julgasse-o, afinal, o clímax da vida de qualquer um era encontrar quem o completasse, mas... Park sempre fora afobado com isso.

Desde pequenos eles eram ensinados a procurar por sua cara metade, todos já sabiam disso. Cada única pessoa no mundo somente estaria completa quando encontrasse quem a preenchesse na alma e, ansiosamente, Jimin queria fazer parte disso.

Era seu sonho desde pequeno encontrar sua soulmate.

Mas a vida não colaborava, muito menos quem quer que fosse a tal da alma gêmea. O moreninho escrevia cartas desde que aprendera a escrever, mantendo-as em papéis pequenos o suficiente para dobrar depois e transformar em um tsuru. E, bem, tsuru eram pássaros muito apreciados e usados em lendas. Uma destas era que estes animais poderiam viver até mil anos, e se você fizesse mil destes em origami seus pedidos seriam atendidos pelos deuses.

Então, obviamente Jimin mantinha esperanças demais naquilo. Em tsurus e almas gêmeas.

Tanto mantinha que lá estava ele desviando das poças de água e lama sem prestar muita atenção, afinal, pensava no que escreveria para sua alma gêmea durante aquela noite.

Por culpa disso, acabou errando o passo, sujando mais ainda seu All Star branco. Seu rosto se fechou em um semblante triste e agoniado quando respirou fundo. Ele se preparava para xingar quando escutou, ao longe, uma voz gostosa começar a soar. Ficou assustado e acabou começando a andar mais rápido, estava com muita vergonha. Nem ao menos ligava para as próximas poças de chuva, Jimin só queria chegar em casa logo para poder se limpar e relaxar.

Jimin odiava ser observado.

Porém, como se a vida outra vez estivesse tirando uma com a sua cara, voltou a escutar a voz melodiosa. Seu rosto ficou vermelho de vergonha, mas seus olhos foram atraídos por uma luz fraca e amarelada do outro lado da rua, ela vinha de uma garagem. Os passos dele foram diminuindo até que parasse, por fim. A voz vinha daquele mesmo local e, mesmo que a chuva o atrapalhasse na hora de ouvir, sabia que era linda.

Jimin suspirou pelo frio, pois estava parado embaixo da chuva gelada, mas acabou sorrindo. Céus, era uma voz tão bonita.

Apertou os olhos para conseguir enxergar melhor e entendeu: era uma banda que estava praticando ali, na garagem aberta. Seus pés o levaram até o final do seu lado da calçada e, de repente, ele quis atravessar. Mas não podia, óbvio! Seria muito estranho parar na frente da casa de alguém como se os conhecesse.

Porém… Jimin sentia como se conhecesse aquele garoto.

Ele possuía os fios castanhos, assim como o próprio Jimin, mas estes estavam presos abaixo de uma toca preta. Sua camiseta de uma banda de rock alternativo era presa dentro da calça colada e afivelada pelo cinto de couro. Seus olhos estavam fechados e ele sorria, passando vez ou outra a língua no piercing preso no canto do lábio inferior. Quando o rapaz mexeu a cabeça no ritmo da música, Park conseguiu visualizar dois botões de rosas tatuados logo abaixo de uma das orelhas do menino… A ponta dos seus dedos formigavam. Era como se realmente já tivesse o visto antes, Jimin sentia que aquela voz o embalava em um estado de espírito jamais sentido antes. Era inédito, surreal.

E aquilo só não foi mais surreal do que o momento em que o vocalista encarou-o de volta, através da chuva.

Seu coração palpitou com força e tudo o que conseguiu fazer foi o fitar, ouvindo a música gostosa que possuía letra em inglês, mas ainda era bonita. Sabia que era bonita.

A troca de olhares parecia lenta, zoada e até mesmo chapada. Não só Jimin estava atordoado, na realidade. O rapaz que cantava com as mãos de dedos tatuados agarradas ao suporte do microfone apenas soltava as frases decoradas, afinal, sua mente ficou muda. Queria entender o porquê de existir alguém embaixo da chuva forte, do outro lado da rua, o encarando. Um rapaz baixo e totalmente ensopado, por que?

Ficou até mesmo irritado com o modo com que perdeu seu foco no que mais gostava de fazer: cantar. E tudo aquilo por causa de uma mísera troca de olhares… Não poderia ser possível.

— Jeon? Jeongguk! — sua voz morreu e virou-se para seu amigo, Hoseok. — O que aconteceu?

— O que aconteceu com o quê? — retrucou.

— Você parou de cantar do nada! — o rapaz parou ao seu lado.

Jeongguk então fitou a rua outra vez, procurando pela silhueta paralisada do outro lado da rua, mas nada encontrou. Hoseok até mesmo ousou olhar para onde o amigo estava virado, porém só havia a rua e a chuva.

— O que foi, cara? Viu uma assombração? — perguntou risonho.

— Ou talvez… Sua alma gêmea? — Namjoon alfinetou-o, se escondendo atrás de seu laptop.

— Vai a merda, Nam. — o acastanhado revirou os olhos. — Eu já disse. Sou renegado.

Ao contrário das pessoas que possuíam suas metades, renegados eram aqueles que não possuíam ninguém do outro lado da linha. Isto é, existiam casos onde um dos lados morria ou simplesmente nunca havia chegado a nascer e, com isso, o lado vivo acabava sozinho, para sempre. Era algo triste a se pensar e até mesmo dizer, no caso de Jeon, mas ele não ligava. Jungkook desejava ser um renegado, era algo que ansiava mais do que tudo.

E por que? Porque odiava não possuir o controle das coisas.

Desde muito novo o tatuado gostava da sensação de estar sob o comando de tudo, principalmente em sua própria vida. Mas, assim que o ensinaram sobre almas gêmeas, isso se perdeu. Quer dizer, não poderia controlar por quem se apaixonava ou com quem queria estar no momento simplesmente porque em algum livro do Senhor Destino estava escrito que ele era fadado a alguém? E se ele não quisesse esse alguém? E se ele quisesse realmente estar sozinho?

Então era melhor ser um renegado, gostava da ideia.

— Você sabe que não é. — seus amigos responderam juntos, como se aquilo fosse algo dito à Jeongguk todos os dias.

— Se eu não for, quero ser. — deu de ombros. — Quero amar quem eu quiser ou então não amar ninguém.

E, bem, era isso. Se recusava a acreditar ter alguém do outro lado da sua linha, de ser o pedido mudo do tsuru de alguém.

Jeongguk queria ser sozinho. Mas Jimin não aguentava mais estar só.


Notas Finais


aqui tá a playlist da fanfic: https://open.spotify.com/user/12149980489/playlist/0FQWBx0CmeopMAVfAnqynZ
é isso! o que vocês acharam? eu fico muito curiosa pra saber o que se passa na cabecinha de vocês, @deus ME AJUDA
até o próximo, boa semana!


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