História Quando o AMOR acontece. - Dia de Sol

- Alex, o que faz aqui á essa hora ?

- Estava passando aqui perto, e resolvi ver se minha filha está acordada pra da um beijo nela, não posso?

- Poder você até pode, mas você sabe muito bem que a Fran dorme cedo.

- E não vai me apresentar seu namorado? Diz Alex mudando de assunto, só pra me provocar.

- Henrique, esse é Alex, pai da Francesca.

- Prazer, Henrique Fogaça. Ele diz estendendo a mão.

- Ah, acho que me lembro de você, trabalhou como estagiário da Paola, que legal hein, de estagiário á namorado da Chef. Alex diz, em um tom de deboche que eu conhecia bem.

- Olha aqui Alex..

Henrique me interrompeu e disse :

- Sim, fui estagiário, hoje sou Chef, tenho 3 restaurantes, e ainda tenho a mulher que você perdeu por ser um babaca.

- Já chega! Vocês não vão brigar aqui, isso não é hora de visitar Francesca Alex, você sabe os horários que são permitidos pra suas visitas. O advogado já falou com você. Agora vai embora!

Digo abrindo a porta.

- Tá bom, eu vou, só toma cuidado pra não encher a casa de macho e dar mal exemplo pra nossa filha.

- Cê tá me tirando meu? Tá querendo apanhar? Sai logo daqui, não ouviu a Paola ?

Henrique diz empurrando Alex até a porta.

- Vai embora antes que eu te arrebente aqui mesmo, e se você faltar mais uma vez o respeito com a Paola, você vai se ver comigo. Agora se manda daqui seu verme.

Henrique empurra Alex, fazendo com que ele caia no chão. Em seguida ele fecha a porta e se senta ao meu lado.

- Que cara otário!

- Ele faz isso pra chamar a atenção. Mas tenho certeza que ele não veio aqui pra ver a Fran Henrique.

- É cê acha que ele veio fazer o que?

- No sei, so sei que foi muito estranho ele aparecer aqui essa hora.

- Relaxa, ele deve realmente ter vindo ver a Fran. Henrique diz me puxando pra deitar em seu peito.

Perto de Henrique eu me sentia plena, sentia segurança. Ter ele ao meu lado estava me fazendo bem, me sentia forte e disposta a tudo. Só que ele não sabia, pelo menos eu não demonstrava sentir tudo isso.

- Acho melhor você ir, tá tarde! Amanhã a gente se fala.

- Você vai ficar bem ?

- Sí, estou bem, vou só tomar um banho e ir dormir.

- Não quer q eu fique pra tomar banho com você ? Henrique diz levantando meu rosto e me beijando.

- No, henrique, melhor não. Por hoje já deu, depois dessa confusão toda, preciso descansar.

Já percebeu que tudo com você é uma caixinha de surpresas?

- Como assim?

- Sempre quando estamos bem, sempre tem algo, ou alguém pra nos atrapalhar.

- É cê tem razão, mas sempre ficamos bem de novo, isso é o que mais importa. Ele diz dando um beijo na minha testa em sinal de respeito.

- Agora deixa eu ir, antes que você me expulse de novo.

- Amanhã eu prometo que te ligo!

- Ok vou esperar hein?

(...)

Sábado, as 07:00 acordo com o toque do meu despertador me lembrando que eu precisava ir relaxar.

Me arrumo rapidamente, pego minha bolsa e vou em direção ao quarto de Fran, que ainda dormia feito um anjinho.

- Bebel, tô indo para a Yoga agora, quando a Fran acordar faz a batida de leite de castanhas pra ela, e deixa ela pronta pra quando eu chegar.

Tinha planejado de levar a Fran pra passear no parque, tirar o dia inteiro só pra minha filha.

- Ok Dona Paola, preparo algo pra vocês levarem pra comer ? Ou vocês vem almoçar em casa?

- No precisa Bebel, vamos almoçar no arturito depois do parque.

Agora preciso ir, beijo

Pego minha bolsa e a chave do carro e sigo para o Yoga.

Minha amiga Daniela, era á minha esperança nos dias conturbados, Ela conseguia me trazer de volta toda a paz que os problemas me tiravam, pelo menos 3 vezes na semana precisava ir ao estúdio dela...

Volto pra casa relaxada, e vou direto tomar banho, precisava aproveitar o dia de sol pra passear com a Fran.

Bebel já havia preparado tudo, Fran me esperava na sala, enquanto fazia alguns desenhos em uma folha.

- Bom dia mi amor, vamos passear?

- Bom dia mama! Ebaaa, nos vamos passear onde? Fran diz entusiasmada.

- Vamos passear no parque filha, vou levar a bike da mamãe, e vamos nos divertir muito.

Pego a mochila da Fran, com alguns brinquedos, e outras coisas que ela gostava. Bebel havia arrumado tudo como sempre fazia.

Ao chegar no carro, coloco Fran, no banco de trás, colocando em sua cadeira. Enquanto afivelava seu sinto ela pergunta;

- Mama, o tio pintado vai com a gente ?

Dou risada, o apelido que Fran havia dado pra Henrique era um tanto inocente.

- No filha, o tio Henrique não vai dessa vez, mas quem sabe na próxima ele não vá. - Pronto terminei, agora vamos né?

Digo fechando a porta do carro.

(...)

Ao chegarmos no parque tiro á Fran de dentro do carro, colocando ela perto de mim, até que eu tirasse a bike do apoio que a segurava.

O passeio foi tranquilo, Fran aproveitou bastante, brincou com os pombos que se aglomeravam no pátio do parque.

Tomamos sorvete, brincamos de pega-pega, eu me transformava quando estava perto da minha filha, fazia de tudo pra ver aqueles olhinhos azuis brilharem de alegria.

Até que cansamos das brincadeiras e Fran sentou ao meu lado deitando á cabeça nas minhas pernas.

- Cansei mama, ela diz com a respiração ofegante.

- Cansou filha? Não quer mais brincar? Quer mais sorvete?

De repente um senhor passa com a buzina avisando que estava vendendo algodão doce.

- Mama, Eu quero algodão doce!

- Você quer? Vamos lá comprar! Digo levantando e dando a mão pra ela se apoiar.

Chegando próximo do senhor que estava vendendo os algodões doces, imediatamente ficamos cercadas de vários pais querendo comprar pros seus filhos.

Enquanto o senhor me passava o troco, Fran se afastou de mim, pra sentar em um banco que tinha próximo a Lagoa.

Pude ver ela sentadinha comendo seu algodão doce, no momento em que me viro pra receber o troco, que olho novamente para a Fran, ela não estava mais lá.

- Fraaaaaaan, Fran? Cadê você filha ? Não tá na hora de brincar de esconde esconde!