História Quando o amor escolhe! - Primeiro dia na nova escola

O despertador anunciava que seria meu primeiro dia na nova escola-faculdade. Alevantei tentando cair e se machucar,não deu muito certo, afinal, sou alta, então  o chão é longe de mim. Coloquei a saia preta do meu antigo uniforme, uma blusa e uma sapatilha, desci as escadas, mamãe parecia feliz:

-Bom dia querida.-falou cantando.

-Espero que seja bom.-largo minha mochilados Beattles no chão.

-O ônibus ja vem buscar voces.

-Ônibus? Você não vai nos levar?-falei indignada.

-Filha! Tenho mais o que fazer.-ela vai até a lavanderia.

O ônibus para na frente de casa, pego minha mochila e saio, James pega minha mão, ele faz isso quando está com medo. Entro e sento na frente com ele, o som dos estudantes gritando e cantando, me deu dor de cabeça. Ele parou, um garoto, vestido de preto, parecendo o "motoqueiro fantasma", com os cabelos marrons, cobrindo metade do rosto pálido, sentou atrás de nós, um silêncio se criou.

Chegamos na escola, tentei andar sem ser percebida, as pessoas me encaravam, queria sair dali, caminhei até o banheiro. Um grupo de garotas, riam e passavam batom:

-Nova aqui?-uma delas perguntou, tinha um cabelo comprido, liso, preto, cobria metade do rosto.

-Sim.

Saí do banheiro, me sentindo envergonhada. Quando encontrei minha sala, respirei fundo e entrei, a professora dava aula:

-Com licença!-falei corando.

Entreguei minha ficha para ela.

-Ana Luíza!-ela sorri, eu fico séria. -Seja bem-vinda, sente-se.

Sentei na quinta classe, ao lado esquerdo, no fundo da sala, uns meninos riam, olhei em direção deles, um deles, olhava fixamente para mim; ele era alto e magro, mas musculoso, cabelo platinado em franja, parecia ter a minha idade, ou um ano mais velho e estava sentado com uma postura péssima, com uma das mãos enfiada até a metade do bolso da calça jeans escura. Desviei o olhar, pensei em olhar novamente, mas a professora me fitava, percebi que não tinha tirado o material da mochila. Tirei e ela desviou o olhar, dei uma espiada rápida e os olhos dele ainda estavam grudados em mim.

Olhei de novo, rapidamente, ele ainda me observava, vou logo dizendo, ele era um gato. Por fim, resolvi que o melhor a fazer seria também olhar fixamente para ele. Foquei nele e aquilo virou um jogo do sério, depois de um tempo o garoto sorriu e desviou o olhar, quando me olhou de novo, ergui as sombrancelhas como quem dizendo:"ganhei". Era o meu primeiro dia e eum garoto me encarava, o sinal tocou, me alevantei, guardando o material e indo até o ginásio, para a aula de educação fisíca, caminhamos até a quadra, dividimos em dois times, me colocaram na goleira, parei diante dela. Aquele garoto que me encarava veio correndo, eu juro que parecia um meteóro vindo me matar, perto da linha do pênalti, ele chuta com toda força que ele tem-tipo um lutador de box, pisando em gatinhos fofos-.

A bola bateu direto na minha barriga, até saiu saliva da minha boca.

-Gol!-ele sorriu e saiu andando

-Novata, você está bem?-um garoto se aproximou.

-Ana, meu nome é Ana.-falei alevantando. -Fica aqui, quero jogar.-entreguei as luvas para ele.

Fui para o lado esquerdo da quadra, fixei os olhos no garoto.

-Passa a bola, Namjoon.-um garoto gritou para ele.

Corri até ele, chutei sua canela com toda a "minha força de hamister". Ele caiu no chão, com as mãos no joelho.

-Falta!-Namjoon gritava.

-Você caiu.-eu disse cruzando os braços.

-Namjoon, você consegue jogar?-o professor pergunta.

-Não sei, dói bastante.-ele se queixa.

-Você!-ele aponta para mim. -Leve-o para a arquibancada.

Fala sério?! Ele devia pesar uns 80kg. Alevantei ele e o carreguei até a arquibancada.

-Desculpa.-murmurei.

-Gosta de se vingar?!-ele ainda passa a mão na canela(drámatico).

-Não foi vingança, mais sim, justiça.-sorri vitoriosa.

-Ai.-ele geme.

O sinal toca, ajeito os cabelos, me alevanto, o garoto(Namjoon), segura meu braço.

-Não pode me deixar aqui, machucado.

-Claro que posso.

Digamos que não gosto de intimidade com desconhecidos.

Caminhei até o banheiro, deixando ele sozinho. Entrei me olhei no espelho, entrei em uma cabine, na parede estava escrito:"Namjoon, I LOVE" Sacanagem, me senti mais culpada, não por quaser matar ele-exagero-, mais por ele ser chato.

Saí do banheiro, fui até minha próxima aula, olhei na planília, tinha artes. Na sala, todos desenhavam alegremente, estavam ocupados demais desenhando para louvar a deusa que acabava de entrar-EU-. Sentei na frente do professor.

-Desenhe sobre seus sonhos.-ele diz.

Pego a folha, penso no que fazer, talvez um unicórnio, ou um chimpanzé, quando acendeu a "luz  da idéia", o sinal tocou. Saí de lá, me arastando, até a entrada. James sorria com uns garotos da idade dele. Ele tem facilidade em fazer amigos, ao contrário de mim-embora sendo youtuber, não sou muito de me "enturmar"-.

Cheguei em casa, com fome, fui até a cozinha, mamãe limpava o fogão.

-Oi mãe!-disse com a barriga roncando

-Como foi a aula?

-Legal.-sentei na cadeira. -O almoço está pronto?

-Não, eu não cozinhei nada.

-O QUE? O que nós vamos comer?

-Não sei, pode fazer alguma coisa, tenho reunião.

What? Mãe, você vai abandonar seus filhos com fome?

Ela saí, eu vou até meu quarto, sento na cama, pegomeu celular, havia mensagens do rafa, ignorei. Ele toca:

-ANALÚ!-ouço a voz da minha prima, Kéfera.

-Oi Kefs.-falei me deitando.

-Vai vim para o campeonato?, você está em primeiro lugar.

-Não sei, nem gravei mais vídeos.

-O que? Você esta ficando louca? Olha o quanto você se esforçou para chegar onde está hoje.

Uma coisa sobre Kéfera, ela sempre vê o lado positivo em tudo, sério TUDO.

-Eu sei.-suspirei. -Vou pensar um pouco.

-Okay. Tenho que sair, assim que der, eu vou para a Coréia, tchau pri.

Antes de eu responder, ela desliga. James entrou no meu quarto e falou:

-Vou na casa de um amigo.

-Que amigo?-sentei rapidamente.

-Da escola, mamãe mandou regar as plantas do jardim.

-Por que você não faz isso?

-Porque ela mandou você.

Ele saí, eu ainda me pergunto o que faço aqui nessa casa. Troquei de roupa e  fui para o jardim, desenrolei a mangueira, liguei-a, a água não estava saindo, sacudi ela, estava me irritando. Quando a água saí rápido, caí no chão e mangueira dançava sozinha. Tentei me alevantar, mas meus pés estavamenrolados na MALDITA mangueira.

-Desperdiçando água.-Jimin diz pegando a mangueira fechada.

-Quem se importa? Não sabia que era defensor ambiental.

-Eu esperava um "oi" ou um "obrigado".

-Me alevanta!-ordenei.

-Calma.-puxa meu braço.

Ele abre a mangueira em meu rostoo que não é muito legal NEM UM POUCO-.

-Ei!-peguei a mesma de sua mão e virei para ele o molhando, hahahahaha.

-Ta bom.-ele ajoelha no chão, só imagino o que as pessoas que passaram na rua não pensaram sobre essa linda cena, que parecia de filme, SQÑ.

Fechei-a e o encarei.

-Eu vim te convidar para... Um cinema.

-Querido Jimin.-cruzei os braços. -Não gosto de filmes.

-Vou entrar para me secar.

-Como? Você mora do outro lado da rua.

-Você me molhou.

-Afe.

Enteri e ele me seguiu até meu quarto, peguei toalhas, joguei uma para ele. Vai  ao banheiro, fechei a porta, me sequei e troquei de roupa, ele entrou, me virei e ele estava somente de toalha.

-Meu Deus!-tapei os olhos. -O que você quer?

-Roupa.

-Pegue ali no armário.

Ele caminha até lá, fico de costas enquanto ele se veste.

-Pronto.-colocou a toalha sobre minha cabeça.

-Pode ir embora.

Ele estava comuma blusa minha e a calça dele.

-Acho melhor não.-me puxou para perto dele.

-Jimin?!

-Shhh.

Ele coloca os dedos em meus lábios.

-Você fica sexy com a boca fechada.-sussurou em meu ouvido.