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História Quando o sol se põe - Anoiteceu.


Escrita por: KLoover

Notas do Autor


Oi! Como vocês estão? Bem?
EU IA ME SEGURAR MAIS, PORÉM, NÃO AGUENTO! Preciso que você leiam isso e me apoiem nessa maluquice.
[Fic Vkook]
Boa leitura.

Capítulo 1 - Anoiteceu.


Fanfic / Fanfiction Quando o sol se põe - Anoiteceu.

Logo atrás das árvores do parque se viam as enormes construções feitas pelo homem, prédios cinzentos e sem vida que entravam em total contraste com as folhas verdes e vivas das copas das arvores. Logo atrás dos prédios, em terceiro plano, o sol se punha majestosamente, e sua coloração alaranjada começava a banhar as partes acinzentadas e sem graça das construções, junto ao topo das copas de arvores verdes e troncos marrões.

As mãos de Taehyung tremiam, e seus pelos do corpo estavam todos arrepiados. O frio que tinha subido por sua espinha era algo estanho e com toda certeza, nada natural. Não havia nenhuma razão aparente para ele estar daquela forma, nem um vento frio, nem uma gota d’água acertou-o de surpresa, havia se arrepiado assim, do nada.

Anoiteceria logo, e por mais que tivesse acostumado e gostasse da noite, por algum motivo, aquele dia temia estar ali e isso sem nenhuma razão aparente para aquilo. Nada tinha saído no jornal, nenhuma noticia ruim, nenhum aviso, as pessoas pareciam bem, animadas e para elas uma noite tranquila e serena seria perfeito após um dia tão quente. Então pelo que Taehyung estava temendo? Nem ele sabia.

Levantou-se do banco onde estava e olhou uma ultima vez para o sol atingindo as construções, e apreciou por um breve momento as folhas das arvores ficando escuras onde o sol já não alcançava. A luz e a escuridão, extremamente controvérsias, mas belas do seu próprio modo.

Andou para onde o sol ainda batia e seguiu seu caminho apenas pelos lugares onde se via luz. Nunca tinha feito aquilo, mas estava amedrontado com algo, como se as sombras no anoitecer fossem o corroer, leva-lo para algo de onde ele não poderia correr.

Seus passos aceleraram, suas mãos soavam frio e por mais que quisesse se sentir tranquilo, ver o sol se pondo e as ruas ficando sem luz o fazia querer cada vez mais estar em casa. Seguro, de algum modo, seguro. Virou a primeira esquina, e então a segunda e se odiou por alguns segundos ao ver que se não corresse teria que andar no escuro das ruas.

Correu.

Seus pés doíam pelo exercício repentino e seu pulmão implorava por mais ar, e por mais que quisesse dar um descanso ao seu corpo parecia que não era uma boa ideia, como se aquele descanso não fosse valer de nada caso o anoitecer o alcançasse.

 Era a ultima rua e então ele estaria em casa, podia até mesmo ver a faixada branca de sua casa ser acertada pelos raios do sol, dando-a uma coloração alaranjada, como os prédios ao fundo do parque estavam há minutos atrás. Contudo seu corpo pediu ar, suas pernas tremeram e ele fraquejou a alguns metros de casa, permitindo que o anoitecer cobrisse seu corpo, depois a rua e por fim a faixada de sua casa que ficava bem no finzinho daquele lugar.

Sentiu-se vigiado, e mesmo querendo correr, não foi capaz. Andou encolhido, como se a cada novo passo estivesse pronto para ser pego por algo horrível, que não deixaria nem mesmo seu sangue, ou seu cadáver como pista, nem seu perfume como rastro ou seus bons atos como lembrança. Sentia-se prestes a ser devorado por algo que faria toda sua existência na terra sumir, como se o próprio Taehyung nunca nem mesmo tivesse nascido, sendo apagado da memoria de todos.

Parou em frente a sua casa e suas mãos correram por seus bolsos de forma apressada, procurando as chaves do portão. Abriu-o com desespero e entrou no lugar, voltando a trancar o portão e se virando para entrar em casa.

Estacou os pés no chão ao ver o monstro de dois metros, com pelos negros e presas gigantes a sua frente, encarando-o com um olhar feroz e amedrontador, enquanto suas garras longas arrastavam-se no chão. Seus pés raspavam no chão como se fosse um touro preparando-se para atacar, e até atacaria, se não fosse atacado por outra coisa, que agarrou seu pescoço deslocando sua cabeça e chupando seu sangue até não aguentar mais. Permitindo Taehyung ver cada detalhe de ali.

O ser de aparência humana afastou-se do monstro e olhou Taehyung, passando a língua pelos cantos as boca onde ainda havia sangue em excesso e ajeitando os cabelos negros como a própria escuridão da madrugada para trás, em um ato descontraído e indiferente.

-Você me salvou. –Taehyung murmurou.

-Não agradeça, não fiz por você.  –O ser de olhos acinzentados, quase brancos, murmurou, limpando os lábios cheios de sangue e vendo o corpo do monstro a frente dos dois evaporar.

-Você é meu guardião. –O ser riu, revirando os olhos e em seguida os vidrando em Taehyung, permitindo que o rapaz visse o reflexo vermelho que tinha nos olhos do garoto.

-Não sou. –Disse sério. –Você apenas deu sorte de que ele era a minha presa, assim como você era a dele. –Falou dando passos na direção de Taehyung e fazendo o garoto dar passos para trás, encostando suas costas no portão de sua casa. –Um dia, quem sabe, quando eu estiver com preguiça de ir atrás de sangue místico, talvez eu venha atrás de você, e então não haverá nada que te protegera ou salvara sua vida. –Os olhos brilharam e Taehyung sentiu o frio em sua espinha aumentar. –Ninguém nunca salvou uma presa de mim e nunca salvara. –Os passos do garoto de olhos cinza recuaram e ele sorriu mostrando as presas afiadas ao outro rapaz.  –Tenha cuidado, a noite não lhe é tão segura. –E então quando Taehyung piscou os olhos em uma questão de milésimos o garoto já não estava mais ali a sua frente, ele estava novamente sozinho.

Correu para dentro de sua casa e trancou a porta acendendo as luzes e respirando fundo. Se até hoje, com seus vinte anos feitos recentemente não tinha razão para ficar amedrontado com algo, agora tinha, e não era pouco.

 


Notas Finais


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Ah! Comentem por favor oque acharam, logo eu to de volta *0*


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