Capítulo 2
Me desperto ofegante, assustada, como se tivesse tido um pesadelo e por uma fração de segundos esqueço onde estou, porquê estou e quem está comigo. Respiro. Me calmo e quando finalmente volto à Terra, me dou conta de que estou em casa, porque é aqui que eu moro já faz uns 5 anos e a pessoa ao meu lado é minha esposa... que, não só mora, mas construiu esta casa comigo. Levanto caminhando pelo escuro em direção as escadas para ir até a cozinha. Preciso de água. Encosto na beira da pia e então finalmente me permito questionar: "Que porra foi essa?!". Quem era aquela garota? Por que isso agora... Comigo?. Eu nunca tinha a visto antes e de repente ela aparece, me domina e me faz querer gozar de maneira como eu nunca imaginei antes. Cheguei até a me perguntar se eu havia exagerado no beck um pouco depois do jantar, mas não, o efeito da maconha nem de nenhuma outra droga teria causado o que aquela garota causou dentro de mim. Retomo à cama. Cubro minha amada e tento voltar ao sonho ou apenas conseguir dormir mais 1 hora antes de ter que levantar para o trabalho.
É claro que eu não consegui fazer nenhum dos dois.
- Hmmm - Julian se desperta animada. - Bom dia, amor! - me entrega como café na cama seu beijo molhado em meu rosto e um sorriso tão brilhante quanto a luz forte do dia que entra pela fresta da janela. Percebo o quão é bom tê-la do meu lado, assim, todos os dias, com seu sorriso sincero, sua juba ruiva de leão ao acordar e aquela carinha de sono que tanto amo.
Sorrio. - Bom dia, princesa. - Digo sentando na cama, a puxando pra perto de mim e lhe dando um beijo e um abraço. - Você dormiu bem? - pergunto.
- Muito bem. Como um neném. E você?
- Eu acordei no meio da noite e não consegui voltar a dormir, mas está tudo bem.
- Poxa, amor. Por que não me acordou? Eu ficaria te fazendo companhia... até te colocaria pra dormir com uma canção de ninar. - Disse, sarcástica. A encaro.
- Obrigada, mas minha mãe disse que já passei da idade.
- Ah é? Quando ela disse isso?
- É sim. Olha, se eu não me engano, já faz uns... 20 anos. - Ela ri.
- Acho que sua mãe não conhece a criança que tem.
- Olha aqui, mocinha, essa "criança" é praticamente sua esposa e faz coisas de adulto bem aqui onde está sentada agora.
- É? O que por exemplo?
- Quer que eu te mostre? - Sorrio de canto. Ela ri parando a brincadeira. (Fiquei triste.)
- Sua boba! Levanta, vamos nos atrasar. - Ela ordena, se levantando da cama. A puxo.
- Fica só mais um pouco. Você ainda não terminou aquele beijo que começou ontem. - Ela me olha, volta pra cama sentando no meu colo de frente pra mim. Apoio minha mão direita em sua cintura e a esquerda puxo sua nuca, afim de tocar sua boca na minha continuando o que desejávamos antes de sair.
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