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História Quando Você Acordar - Capítulo 1


Escrita por: DebStr

Notas do Autor


Esse projeto surgiu em uma uma madrugada qualquer e eu não poderia imaginar que receberia tanto apoio para escrevê-lo.

Então, só quero agradecer a todos que me incentivaram nessa nova fic e torcer para que aproveitem cada pedacinho :)

Também quero dizer que algumas informações não são verídicas, mas que decidi optar por não mudar a fim de aproveitar melhor a história.

Boa leitura e vejo vocês nas notas finais!

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As imagens usadas não me pertencem. Os direitos autorais são reservados para os artistas responsáveis.

Capítulo 1 - Capítulo 1


 

Tu tun Tu tun Tu tun

 

– Dra. Haruno, é uma emergência! – Uma mulher de cabelos negros disse enquanto corria e gritava pelos corredores do hospital.

 

– O que houve, Shizune? Qual a gravidade? – A médica de cabelos rosados e grandes olhos verdes perguntou à enfermeira que se aproximava cada vez mais, e pelo olhar desesperador da colega, já se preparava para um caso extremamente crítico.

 

– Um acidente entre um caminhão e um carro civil. O motorista bateu a cabeça no vidro lateral com a colisão e é provável que tenha um traumatismo craniano. Ele precisa de uma cirurgia de emergência.

 

– Me leve até ele, Shizune! – A Dra. disse e correu atrás da morena, já gritando pelos corredores que preparassem a sala de cirurgia. Não haveria tempo a perder. - Mais alguma fratura que eu deva saber? – Perguntou.

 

– Duas costelas quebradas e um corte profundo na coxa esquerda pelas ferragens do veículo. – A enfermeira falou ofegante pela corrida. – Ali está ele! – Gritou apontando para o homem de pele alva e cabelos tão negros quanto uma noite sem luar deitado inconsciente em uma maca que acabara de chegar com a ambulância.

 

O corpo pálido e repleto de hematomas. Sangue escuro cobrindo a perna esquerda por completo e uma equipe especializada tentando conter o sangramento que ocorria na parte lateral de sua cabeça.

 

Ele não aguentaria muito tempo...

 

– Me deixem passar! – A médica exigiu e tocou com os dedos a lateral do pescoço do homem desacordado.

 

Tu tun... tu tun... tu tun

 

O coração desacelerava rapidamente, mas ainda estava vivo. E contanto que seu coração ainda batesse, Sakura Haruno não se permitiria perder um paciente. Ela o salvaria, não importava como. Escolheu ser médica para salvar vidas, e cumpriria a promessa que fez no dia em que se formou na faculdade, assim como havia feito nos últimos 6 anos em que exerceu a profissão com toda sua dedicação.

 

– A sala de cirurgia está pronta, Sakura! – Uma mulher loira avisou enquanto retirava seu jaleco branco em que se encontrava o nome “Dra. Ino Yamanaka”. – Vamos!

 

Os enfermeiros começaram a levar o homem até a sala reservada para sua cirurgia, enquanto outros auxiliares ajudavam Sakura e Ino a trocarem suas roupas pelas peças esterilizadas e o anestesista cuidava para que o moreno não despertasse a qualquer momento.

 

– Ino, cuide da perna e das costelas. – Sakura ordenou.

 

– Você sempre fica com a melhor parte, Testuda! Vamos salvar esse pedaço de mal caminho. – Disse e esticou as luvas em suas mãos, dando início à cirurgia que lhe fora denominada.

 

Sakura ouviu com todas as letras o que sua amiga havia dito sobre “pedaço de mal caminho”, mesmo com a máscara higienizada que cobria metade de seu rosto. Mas dentro daquele hospital, ela não se importava com nada além de apenas ajudar quem quer necessitasse de suas mãos habilidosas e experiência cirúrgica.

 

Respirou fundo e firmou as mãos, sabendo que não poderia errar ou tiraria o bem mais precioso que aquele homem tinha: sua própria vida.

 

– Bisturi. – Pediu ainda com os olhos focados no paciente e Shizune a entregou o objeto solicitado. – Alguém sabe o nome dele? – Perguntou enquanto fitava sua equipe.

 

– Na carteira de habilitação dizia ser Sasuke Uchiha. – Um dos auxiliares disse.

 

– Eu não vou te perder, Sasuke. Fica comigo. – Sussurrou a ele antes de dar início a cirurgia.

 

[...]


Já haviam se passado cinco horas desde que Sasuke entrara no centro cirúrgico. As costelas e a perna já estavam fechadas e prontas para o longo período de cicatrização necessário.

 

Sakura finalizava os pontos e liberava o espaço para que Shizune pudesse fazer a limpeza do local. Suspirou aliviada e levou o antebraço à testa, secando as gotas de suor que se formavam em seu rosto. Se sentiu feliz por não ter tido maiores complicações durante o processo, pois temia que o moreno tivesse uma parada respiratória ou cardiovascular.

 

Porém, para a sua sorte, ela lidava com um homem forte, que provavelmente beirava seus 30 anos e tinha muita saúde e vontade de viver. E se depender de Sakura, ele viveria e sem qualquer sequela. Mas... isso já não dependeria mais dela. Sua parte estava feita e agora Sasuke precisaria lutar por si próprio.

 

– Como devemos proceder, Dra. Haruno? – Uma enfermeira perguntou quando o paciente se encontrava pronto para sair da ala cirúrgica.

 

– Levem-no para a UTI. A batida foi feia e precisaremos deixa-lo em observação nos próximos dias.

 

Sua equipe assentiu com a cabeça e levaram o moreno até seu leito na unidade de tratamento.

 

– Dra. Haruno, a família do paciente está na sala de espera aguardando notícias. – Shizune informou.

 

– Já estou indo, obrigada. – Respondeu e suspirou fundo sabendo o quão delicada era aquela conversa.

 

Sasuke havia tido uma cirurgia de sucesso, mas ainda haviam muitos riscos. Dizer aos pais de um homem jovem que o mesmo pode ter graves sequelas era uma conversa que ela desejava não ter, mas sabia que não poderia escapar daquela situação, afinal, ela era a médica responsável pelo paciente e Diretora do Hospital de Tóquio desde que sua Sensei, a famosa Tsunade Senju, se aposentou no ano passado e a indicou para o cargo, alegando ser a única médica qualificada para tamanha responsabilidade.

 

Retirou as roupas esterilizadas e se dirigiu ao banheiro privativo de sua sala a fim de limpar quaisquer resquícios de sangue. Aparecer na frente da família do paciente daquela maneira não era uma boa opção.

 

Quando viu que estava limpa e apresentável, colocou novamente o jaleco branco por cima de sua roupa e se dirigiu até a sala de espera, onde rapidamente pôde ver uma linda mulher de cabelos negros e compridos, mas com os olhos vermelhos e inchados, além dos diversos rastros de lágrimas secas em seu rosto.

 

– Sra. Uchiha? – Perguntou e tanto a matriarca da família quanto o homem austero, porém, abatido a fitaram com desespero.

 

– Onde está meu filho? Ele está bem? – A mulher disse se levantando bruscamente, mas ainda segurando forte a mão do marido.

 

– Ele acabou de sair da cirurgia e o encaminhamos para a UTI, onde ficará alguns dias em observação. Sr. e Sra. Uchiha, o acidente foi crítico, não posso mentir. Seu filho bateu com muita força a lateral da cabeça no vidro do carro após a colisão, acarretando um traumatismo craniano perigoso. O corte na perna e as duas costelas quebradas irão cicatrizar nas próximas semanas. Porém, o cérebro está muito inchado ainda e não sabemos como será sua recuperação ou se haverão sequelas. Sinto muito, mas precisarei pedir paciência para que deixemos o corpo se recuperar e mostrar indícios de uma melhora.

 

– O que você quer dizer com sequelas, Dra.? – O homem de cabelos e olhos escuros perguntou.

 

– Mãe, pai, como ele está? – Um homem mais novo, também com olhos e cabelos negros, surgiu correndo e com a voz elevada, deixando os dois cafés que segurava em mãos cair no chão branco do hospital.

 

– Itachi, ele está vivo, mas internado. A Dra... – Olhou para seu nome no jaleco e continuou: - Haruno iria nos explicar seu estado. – Disse a mulher com tensão na voz.

 

– O traumatismo craniano pode acarretar em problemas de movimentos, locomoção, fala, visão, entre outros. Mas ainda não sabemos se é o caso do seu filho. Mas posso afirmar que ele tem grandes chances de sair ileso, sendo necessária somente uma fisioterapia intensiva posteriormente.

 

– Dra., e quando poderemos vê-lo? – Itachi perguntou apreensivo.

 

– Acredito que ele saia da UTI nos próximos dois dias e será levado até um quarto apropriado e com maior privacidade. Porém, como medida de segurança e precaução, iremos induzi-lo ao coma pelas próximas três ou quatro semanas a fim de deixar que o corpo se recupere por completo e o cérebro retroceda por si só o inchaço. Mas, inicialmente, ele está fora de risco de vida.

 

– Entendo. Muito obrigada, Dra. Não sei nem como te agradecer. – A matriarca da família disse enquanto sem nenhum pudor abraçava a médica, sem conseguir conter as novas lágrimas que caíam de seu rosto cansado.

 

– Eu não fiz nada mais do que minha obrigação, Sra. Tenhamos fé de que seu filho sairá dessa ainda mais forte. – Sakura respondeu devolvendo o abraço e fazendo um leve carinho nos cabelos negros e macios.

 

Ver o olhar de preocupação de uma mãe a fazia lembrar da sua, que faleceu quando a mesma tinha apenas 8 anos de idade. Fora criada pelo pai com muito amor, mas o mesmo não tinha muito tempo livre por conta do trabalho.

 

Ainda assim, agradecia todos os dias pelo esforço de Kizashi, que conseguiu pagar o melhor do ensino para a filha, permitindo que a mesma tivesse a chance de ingressar à Universidade de Konoha a fim de seguir seu sonho como médica e lá encontrar a mulher que seria como sua segunda mãe.

 

Desde o início da faculdade, Sakura se destacava entre os alunos com sua dedicação e esperteza. Tsunade Senju era a cirurgiã mais famosa de todo o Japão e quando aceitou a vaga da Universidade para um período experimental, mal podia imaginar que encontraria a pupila perfeita para seguir seus passos.

 

Desde que se conheceram, Sakura e Tsunade perceberam a enorme afinidade que possuíam, fosse no campo profissional quanto no pessoal e, assim, a mulher loira acabou naturalmente se tornando muito mais do que apenas uma professora para sua pupila, assumindo um papel quase maternal.

 

E mesmo que não estivesse mais no dia a dia do hospital, a Senju não deixava de ligar para sua aprendiz nem mesmo um dia sequer. A preocupação e carinho que sentiam uma pela outra era sincero, assim como a amizade que Sakura mantinha com sua amiga de infância, Ino Yamanaka, que por coincidência do destino, também decidiu seguir a carreira médica.

 

– Seremos eternamente gratos, Dra. – A voz masculina e séria do patriarca se fez presente no momento em que sua esposa, Mikoto, saiu dos braços de Sakura e se posicionou ao lado do filho mais velho.

 

– Por favor, vão pra casa e descansem. Na UTI, infelizmente, não podemos permitir visitas, mas assim que ele for transferido para o quarto, pedirei que sejam avisados imediatamente.

 

– Faremos isso, Dra. Haruno. Nos vemos em breve. – Itachi disse e estendeu a mão até Sakura, que apertou com firmeza e esperança de que tudo daria certo para aquela família.

 

Ela só não poderia imaginar o quanto aquele caso mudaria sua vida.  


Notas Finais


Fica aí nosso primeiro capítulo e já podemos respirar aliviados, pois nosso querido Sasuke-kun está vivo e bem.

Vou adorar saber o que acharam do projeto e do capítulo em si, espero vê-los nos comentários :D

Até semana que vem eu posto o próximo. A fic deve ficar por volta de 7 capítulos, então não irá demorar para ser finalizada. Até já!


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