1. Spirit Fanfics >
  2. Quando você chegou >
  3. Provocação

História Quando você chegou - Provocação


Escrita por: yasan-

Notas do Autor


Oi, people! ❤
O meu curso retornou e por isso que estou demorando um pouco para atualizar, e o capítulo não está ficando tão grande pela falta de tempo mesmo. Mas espero que gostem! ❤
Desculpem-me por não estar respondendo os comentários de vocês, mas estou lendo todos e fico muito feliz em ver que estão amando a fanfic! ❤

Capítulo 13 - Provocação


Fanfic / Fanfiction Quando você chegou - Provocação

Makino ON

Cerca de duas horas mais tarde, as panquecas estão finalmente prontas. Felipe foi muito prestativo, me ajudando com tudo. Yassop e Benn, por sua vez, ficaram contando piadas, rindo alto e bebendo muito, e Shanks voltou à cozinha apenas quando já estava tudo pronto. Pelo cheiro gostoso de sabonete e por seu cabelo molhado, ele também havia ido tomar um banho.

Preciso me lembrar de que estou o encarando e desviar meu olhar, mas ele parece tão bonito com a camiseta preta, jeans claros e descalço, que eu não obtenho sucesso. Ele estava fazendo isso de propósito, tenho certeza! Não é possível que todo aquele negócio de colocar sua boca sobre minha orelha para falar e agora aparecer aqui desse jeito, fosse coincidência. Ele estava começando a jogar sujo.

Shanks percebeu que eu o estava olhando por mais tempo do que deveria, pois ele baixou a cabeça e escondeu um pequeno sorriso que se formava no canto de seus lábios.

— Ei, cara, que bom que você chegou – Benn diz para Shanks quando ambos sentam-se à mesa – Eu ia contar agora para vocês que... O DONO DA BLACK HALL LIGOU E ELE QUER QUE A GENTE TOQUE LÁ EM JULHO!

Os outros três garotos arregalam os olhos e soltam um "urro" de felicidade meio assustador. Eu não consigo segurar a risada quando Yassop, já um pouco alegre por conta das cervejas que bebeu, começa a dançar de tanta alegria. Aparentemente, "Black Hall" era uma importante casa de shows na cidade deles e isso era um grande passo para a banda, já que iriam tocar na mesma noite que outros grupos, que já são mais antigos e mais famosos, também.

Os quatro pegam mais algumas das garrafas na geladeira e fazem um brinde. Durante o resto do jantar, eles discutiram sobre o repertório que tocariam no show, se deveriam incluir alguma música nova ou não, e que eu precisava ir assistí-los. A conversa acabou sendo engraçada, porque Yassop e Benn já estavam bastante bêbados e, por consequência, falando mais besteiras que o normal.

Em certo ponto da noite, não sei como, o assunto se voltou para mim e os dias que eu havia passado fora, com Toby. Para ser sincera, eu não queria falar sobre isso; ainda não havia me acostumado com a ideia de que agora era solteira e que Toby não seria mais uma presença constante em minha vida. Sei que agora percebo que não estou apaixonada por ele, mas sempre vou sentir um enorme carinho pela pessoa que ele representou para mim.

Não deixei de notar que Shanks, ao perceber o novo assunto da conversa, se levantou e pegou outras duas garrafas; dessa vez, as duas eram para ele. Também não pude não perceber a maneira como ele parecia não conseguir desviar seus olhos de mim. Comecei a ficar constrangida depois de algum tempo, mas ele não se importou, porque mesmo enquanto bebia suas cervejas, seus olhos estavam sobre os meus, como se não houvesse nada mais em volta para prestar atenção.

Por volta das quatro da manhã, eu decido que estou cansada demais para continuar ali, portanto me despeço dos garotos com um aceno e começo a subir as escadas.

— Eu vou dormir também – escuto Shanks dizer, levantando-se. – Até amanhã.

Logo em seguida, ele está subindo as escadas atrás de mim.

— Maki – ele me chama.

Eu viro rapidamente em sua direção e pouso meu dedo sobre os seus lábios, mandando-o fazer silêncio, porque papai e Shanks estavam dormindo. No entanto, o que aconteceu foi que ficamos frente a frente, com nossos rostos no mesmo nível, já que ele estava um degrau abaixo. Reviro os olhos quando vejo um sorriso começar a brotar em seu rosto.

— Nós precisamos conversar – Shanks diz, baixinho, e dá um beijo no meu dedo.

Certo, isso foi bastante idiota, e me envergonho de dizer que sinto um arrepio percorrer meu corpo. De repente, eu queria que ele beijasse de novo.

— Não, nós não vamos conversar – eu digo, olhando-o firmemente nos olhos. – Pelo menos não agora. Você acha que não vi a quantidade de cerveja que você bebeu?

Ele estreita os olhos e traz seu rosto um pouco mais perto do meu, apoiando sua testa contra a minha.

— Desculpe – diz. – Mas eu não consigo esperar até amanhã.

Eu decido que o melhor a fazer é me afastar um pouco, subindo mais um degrau, porque admito que o efeito de cada toque seu estava fazendo horrores para meu autocontrole. Shanks, sem nem mesmo hesitar, subiu mais um degrau também, apenas para que ficássemos perto novamente.

— Você precisa parar de fazer isso – minha voz está falhando, e eu estou focando minha atenção na parede, para que eu não precise olhar em seu rosto.

Meu corpo inteiro congela quando o sinto colocar uma mão em minha nuca, e meus olhos se fecham automaticamente. Minhas pernas parecem que são feitas de gelatina, e conforme seus dedos passam por minha pele e meu cabelo, tudo o que eu quero é beijá-lo.

— Shanks, por favor, pare com isso. Os garotos podem aparecer aqui a qualquer momento, ou Luffy pode sair do quarto.

— Eu não quero parar – diz, trazendo sua boca até minha orelha. Sua mão puxou meu cabelo de leve, e minha cabeça inclinou um pouco para trás, dando espaço para seus lábios descerem até meu pescoço.

Ah, meu caramba.

Reuni todas as forças que eu tinha, e dei mais um passo para trás, chegando em fim no andar de cima. Seu quarto estava a menos de dois metros dali e eu sabia que precisava convencê-lo a ir dormir. Ele não estava pensando claramente agora e, embora tudo o que eu mais queira nesse momento, é beijá-lo, não quero que ele se arrependa disso pela manhã.

— Você precisa ir para o seu quarto – digo, tentando evitar os seus olhos.

Ele dá alguns passos na minha direção, e eu começo a me afastar dele, devagar, até que bato com minhas costas na porta de seu quarto. Shanks se aproxima de mim e seu corpo fica pressionado contra o meu. Ele se abaixa um pouco e tenho certeza de que vai me beijar, mas, na verdade, o que faz é passar um braço ao redor de minhas coxas, me erguer do chão, abrir a porta e entrar comigo para dentro do quarto.

Uma vez dentro, eu já estou mais uma vez contra a porta, e ele está parado em minha frente, com cada um de seus braços ao lado de minha cabeça, nossas bocas a centímetros de distância.

Não preciso nem dizer que meu sangue corre tão rápido em minhas veias, que sinto como se estivesse em uma montanha-russa.

— Shanks – eu o alerto, mas minha voz sai num sussurro.

— Se você não quer, tudo o que precisa fazer é dizer "não" – diz, seus lábios praticamente sobre os meus.

Ah, o que fazer quando a pessoa que você mais quer beijar no momento também quer te beijar? O que fazer se ela estiver bêbada e por isso sem preocupação nenhuma, te provocando de uma forma que deveria ser ilegal? O que fazer se você queria que ela estivesse sóbria quando o beijo finalmente acontecesse?

— Você está bêbado – digo, reunindo todas as forças que eu tenho para não fechar a pequena distância entre nossos lábios. – Me procure quando estiver sóbrio.

E então eu coloco uma mão em seu peito e o afasto.

— Maki, não – ele reclama, baixinho, segurando minha mão. – Vem aqui. Eu não estou tão bêbado assim.

Eu começo a rir. Se ele estivesse mesmo sóbrio, não estaria tentando me beijar, considerando que ainda não sabe sobre meu término com Toby.

— Não, Shanks. Você precisa dormir – falo, empurrando-o devagar na direção da cama. Ele tem um sorriso travesso nos lábios.

— Eu preciso de você – ele inclina-se para a frente, me dando um beijo na ponta do nariz.

— Pare com isso – eu o repreendo, mas estou rindo também.

— Não consigo – diz, sentando-se na cama.

Eu o empurro de leve, para que deite, e o tamanho de seu sorriso aumenta ainda mais. Quando percebo, estou sendo puxada para baixo e então estamos deitados, juntinhos, em sua cama. Minha cabeça está em seu peito, seus braços ao meu redor, e nossas pernas entrelaçadas.

— Você está impossível hoje – murmuro.

Ele ri e me traz um pouco mais para cima, de forma que nossos olhos ficam no mesmo nível.

— Apenas um beijo – pede.

— Não.

— Um beijo bem rápido.

Eu estico o pescoço e planto um beijo em sua testa.

— Esse foi muito sem graça.

Sem querer, estou rindo junto dele.

— É o único que você vai ganhar.

— Foi assim que você beijou o Fred Flintstone? – pergunta, arqueando as sobrancelhas. – Coitado dele. Pior beijo do mundo!

Mais uma vez, ele estava fazendo piadinhas sobre meu primeiro beijo.

— Não.

— Como foi que você o beijou? Me mostre.

— Boa tentativa – o sorriso idiota não quer sair de meu rosto. – Mas não.

Ele também está sorrindo, e o observo conforme seus olhos se fecham cada vez mais lentamente. Depois de alguns minutos, sua respiração se torna mais constante, regular. Se não está dormindo, está quase.

— Toby e eu terminamos – digo.

Mas não houve resposta.

Com muito cuidado, eu me levantei, e o deixei sozinho no quarto. Ele tivera sorte de dormir tão rápido; eu, do contrário, passaria o resto da madrugada com vontade de beijá-lo.

Ele teria de me recompensar por isso no dia seguinte.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...