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História Quando você chegou - Epílogo


Escrita por: yasan-

Notas do Autor


Motivo de eu não ter conseguido postar o capítulo ontem: minha internet, que já é uma porcaria normalmente, ficou mais porcaria ainda, justamente quando eu queria mandar o capítulo. Contudo, aqui está, o ÚLTIMO CAPÍTULO! T.T
Espero que gostem!

Capítulo 22 - Epílogo


Cinco anos depois

Makino ON


— Luffy, será que você pode largar esse celular e nos ajudar a procurar pelo Shanks? – eu me dirijo a meu irmão, que agora, prestes a completar onze anos, não consegue ficar longe da internet.

— Está bem, Maki – responde, revirando os olhos.

Eu saio de perto dele para que não veja que estou reprimindo um sorriso. Estou prestes a ter um irmão pré-adolescente e não sei muito bem como lidar com isso. A única coisa que sei é que é muito engraçado ver Luffy, meu eterno bebê, tendo quase a mesma altura que eu, e adquirindo uma cor rosada em suas bochechas toda vez que Nami, sua melhor amiga, se aproxima ou o manda uma mensagem.

Talvez por isso ele não largue o celular.

— E aí, algum sinal dele? – Felipe pergunta a mim, preocupado.

Eu balanço a cabeça, negando.

Estávamos nos camarins de um dos maiores complexos de show da cidade, com um público de cerca de cinco mil pessoas do lado de fora, esperando pelos garotos subirem ao palco dentro uma hora e meia, e não havia sinal algum de Shanks.

A banda havia começado a fazer sucesso há cerca de um ano, quando lançaram seu primeiro CD que, com muita divulgação e esforço por parte dos meninos, conseguiu atingir um número muito alto de vendas, sendo necessário fazer trinta novas tiragens para dar conta da demanda no país.

Agora, aonde quer que vão, possuem fãs. No começo, achei um pouco estranho tanta atenção em cima dos meus amigos e, principalmente, de meu namorado – Shanks fez com que eu descobrisse que sou uma pessoa ciumenta. No entanto, cheguei à conclusão de que o sucesso da banda era merecido e que a atenção e o carinho das fãs eram apenas consequência. Além disso, ele sempre se mostra respeitoso e nunca perde uma chance de dizer que seu coração pertence a mim.

Shanks e eu estamos namorando, há cinco longos anos, viajando semanalmente, de Londres para Houston, ou o contrário. Não vou dizer que tem sido fácil tê-lo longe de mim por dias seguidos, porque amo tê-lo por perto, mas com todo o esforço que fez e ainda faz para me ver, eu não tenho nada do que reclamar. Tenho certeza, a cada dia que passa, que somos certos um para o outro.

— Por que esse idiota não atende minhas ligações? – Benn, parecendo estar extremamente irritado, entra na pequena sala. – Eu falei que ele deveria estar aqui mais cedo!

— Ele disse aonde ia? – pergunto, achando a situação um tanto estranha. – Quero dizer, se ele tivesse algo importante para fazer, numa quinta-feira, acho que ele teria nos avisado hoje mais cedo.

— Ele disse que ia... – começa a dizer, e então se interrompe. – Hoje é quinta!

— Cara, hoje é quinta! – Felipe diz, batendo a palma de sua mão contra a testa. – Eu esqueci completamente!

— Ele deve estar esperando! – Benn diz, começando a procurar por algo dentro de sua bolsa.

— Esperando o quê? – eu pergunto, confusa.

Antes que eu tenha alguma resposta, a porta do camarim de abre e vejo os olhos de Yasopp se arregalarem.

— Por que a Makino ainda está aqui? – pergunta, indignado. – Hoje é quinta! Aquilo não vai mais acontecer?

— Será que, por favor, vocês podem parar de falar "quinta"? – peço, levemente irritada por ser a única por fora do assunto. – O que ele tem para fazer na quinta?

Os garotos se entreolharam e começaram a rir, balançando a cabeça. Aparentemente, todo mundo sabia o que meu namorado estava fazendo, e eu não.

— Achei! – Benn exclama, feliz, tirando um pedaço de papel de seu bolso e se aproximando de mim. – Você precisa ir até esse endereço.

— O quê? Vocês estão loucos? O show vai começar logo, nós precisamos encontrar Shanks!

— Shanks estará lá.

Minhas sobrancelhas se juntam automaticamente, e devo ter uma grande expressão de "o que é que você está dizendo?" em meu rosto, porque eles continuam rindo de mim.

— Não podemos dizer nada, Maki – Yasopp explica. – Shanks disse que vai cortar nossos membros íntimos fora se dissermos qualquer coisa.

— Apenas vá até lá – Felipe diz, sorrindo. – Você vai gostar.

— Mas se não gostar... – Yasopp diz, aproximando sua boca de minha orelha. Por causa da nossa diferença de tamanho, ele tem que esticar um pouco seu pescoço, o que é muito engraçado. – Não se esqueça que eu estarei bem aqui.

Eu reviro os olhos, mas acabo sorrindo. Yasopp nunca, em nenhum dos dias em que nos vimos, perdeu a chance de ser Yasopp – sempre dando em cima de mim e me dizendo coisas inapropriadas.

— Isso é loucura – eu digo.

— Eu também acho! – Yasopp diz, virando-se para os outros rapazes. – Viram, só? Makino e eu somos almas gêmeas.

— Shanks está mesmo esperando por mim nesse lugar? – eu pergunto, ignorando meu amigo.

Analiso o pedaço de papel com um endereço rabiscado, com a letra de Shanks. Eu conhecia a rua; era perto da minha casa.

— Não perca tempo, Maki – Benn diz, sorrindo.

Os três vêm até mim e me abraçam.

— Hum... O que é isso, pessoal? – eu pergunto, sem entender a demonstração de carinho espontânea. – Desde quando damos abraço em grupo?

— Eu estou emocionado – Felipe fala.

— Eu também! – Benn diz.

— Eu estou com fome... – a voz de Yasopp soa abafada, já que está praticamente sendo amassado pelos outros dois garotos.

Sem entender nada, mas achando graça, eu pego minhas coisas e saio do camarim. No corredor, encontro papai e Tsuru, vindo de mãos dadas como dois adolescentes apaixonados. Eu sorrio com a cena.

Os dois se casaram há quatro anos, e tudo o que eu consigo pensar, desde o dia da festa, é que eu sou muito grata por Tsuru existir. Ela faz papai feliz, cuida muito bem de Luffy e de mim, e eu posso dizer que, além de uma madrasta, ganhei uma ótima amiga e conselheira.

— Filha, hoje é quinta, o que você está fazendo aqui a essa hora? – papai pergunta, olhando para seu relógio. Tsuru também parece preocupada.

— Minha nossa, por que todos estão falando sobre quinta-feira? – eu questiono. Até eles sabem sobre isso, e eu não!

O que Shanks estava escondendo de mim?

Sem responder à minha pergunta, Tsuru fez sinal para que papai fizesse silêncio e os dois compartilharam um sorriso cúmplice, de quem escondia alguma coisa.

— Amamos você, querida – Tsuru disse, olhando-me nos olhos e segurando meus ombros. – Hoje é um dia muito especial.

Eu olho para papai e dessa vez meu espanto é ainda maior. Ele tem lágrimas nos olhos! O que está acontecendo?

— Papai, por que o senhor está chorando?

— Não é nada, minha filha – diz, passando sua mão por minha bochecha. – Vá que Shanks está a esperando.

Sem nem me deixar dizer qualquer outra coisa, os dois continuam seu caminho, até o camarim onde os meninos estavam.


***


Poucos minutos depois, consigo chegar ao endereço dado a mim sem muito estresse, já que o trânsito, por um milagre, colaborou comigo. Olho para o prédio a minha frente, e me sentindo um tanto insegura e extremamente confusa, decido entrar. Na recepção, vejo o elevador se fechando e grito para que quem quer que esteja lá dentro segure a porta para mim, já que estou relativamente com pressa. O show começa em uma hora!

— Obrigada – eu digo, ofegante, ao casal que vejo lá dentro.

O rapaz, alto, moreno e de cabelos escuros, tira a mão – que é chamativa pelas tatuagens – da porta depois que eu entro e envolve a garota ao seu lado com seu braço – um ato que demonstrava muito carinho.

— De nada – a garota, de cabelos ruivos e olhos azuis, comenta. – Vai para qual andar?

Quando me pergunta, eu volto à realidade e percebo que não havia pressionado o botão para escolher o andar. Peguei o pedaço de papel amassado em meu bolso e respondi, com pressa:

— Sexto andar – no instante em que falei, vi que o botão já estava pressionado.

— Nós também estamos indo para lá – o rapaz diz, sorrindo educadamente.

— Nós moramos no 606! – a ruiva me diz, radiante. – É você a nossa nova vizinha?!

— Halona... – o rapaz a repreende e então fala algo baixo em seu ouvido.

Eu decido olhar para o teto, sentindo-me um pouco desconfortável e bastante intrusiva.

— Eu só queria saber! – ela sussurra de volta.

— Você está sussurrando muito alto – o rapaz fala.

— Você acha que eu não sei sussurrar, Law? Você é que está sussurrando muito alto!

Eu pressiono meus lábios juntos com força, para conter o riso. Eles são, sem dúvida, o casal mais estranho que eu já vi: como se fossem dos beijos aos tapas em um segundo. Tinha certeza de que eram um casal por causa das alianças que eu podia ver em seus dedos, e por causa da maneira carinhosa com a qual olhavam um para o outro, até mesmo agora, quando estavam parcialmente discutindo.

— Ela está ouvindo tudo o que você está dizendo – o tal Law diz, revirando os olhos.

— Não está, não!

— Pare de brigar comigo e me dá um beijo, logo – ele fala, passando seus dedos pelas bochechas de Halona.

As bochechas da garota se tornam avermelhadas, como seu cabelo.

— Trafalgar! – ela disse, envergonhada. – E se a moça estiver ouvindo?

— Você disse que ela não estava.

— Eu estou – digo, por fim, permitindo-me rir.

— Desculpe por isso – Law diz. – Minha esposa é um pouco descontrolada.

— Não acredite nele! – Halona responde rapidamente, sorrindo para mim.

O elevador parece levar eras para subir meros seis andares.

— São recém-casados? – pergunto, apenas para ter um assunto e não cairmos em um silêncio constrangedor, após essa situação já bastante constrangedora.

Halona e Law se entreolham e riem, como se tivessem um segredo.

— Não – ela me responde, sorrindo. – Casamos faz algum tempo.

Ele apenas concorda, balançando a cabeça e a olhando de um jeito incrivelmente apaixonado. Que lindo casal.

A porta do elevador se abre e nos despedimos antes que eu os observe caminhar e entrar no apartamento 606, ao lado do qual eu deveria ir. Voltando a me sentir nervosa, pego meu celular em uma última tentativa de tentar falar com Shanks. Estaria mesmo ele ali dentro? O que estaria fazendo? De quem é esse apartamento?

Lembro-me da garota do elevador perguntando se eu era sua nova vizinha, e de repente fico ainda mais confusa do que estava no camarim, com os garotos.

— Makino, onde você está? – escuto a voz de Shanks, no outro lado da linha.

— Eu estou na frente da porta do 605 – digo, olhando ao redor.

A porta se abre e meu coração bate mais rápido ao ver Shanks na minha frente, com o celular encostado em sua orelha, sorrindo.

— Você gostaria de entrar? – pergunta.

Eu desligo o celular e vou até ele, plantando um beijo lento em seus lábios.

— Se você continuar a me beijar assim, eu vou ser obrigado a cancelar o show – diz, ainda com os olhos fechados, enquanto me segura em um abraço apertado.

Eu sorrio. Nada me trazia tanta alegria quanto ouvir a sua voz e sentir o seu toque.

— Vai me contar o que estamos fazendo aqui? – pergunto, por fim me afastando um pouco para perceber a decoração do apartamento. – Nossa, esse lugar é lindo!

Meu namorado fecha os olhos e abre um sorriso, como se o que eu acabara de falar fosse a coisa mais legal que já ouvira em toda a sua vida.

— Eu também o acho incrível – diz, colocando as mãos nos bolsos da calça escura. – E fico muito feliz que tenha gostado.

— Por quê? – eu me viro para olhá-lo, curiosa.

— Porque eu comprei o apartamento.

Meus olhos se arregalam e meu queixo cai, deixando-me, literalmente, de "boca aberta". Eu não conseguia nem mesmo explicar o quão feliz eu estava.

— Você vai vir morar aqui? – pergunto, me jogando em seus braços.

Isso significava o fim da distância entre nós dois. Se Shanks morasse na cidade, tão perto de mim, eu poderia vê-lo todos os dias. Poderia beijar seus lábios sempre que quisesse, e poderia acordar ao seu lado de manhã, vez ou outra.

— Vou – disse, entre os beijos que trocávamos.

Shanks aproveitou o pouco tempo que tínhamos para mostrar cada cômodo, dando muita ênfase ao quarto, onde disse que "a mágica aconteceria". Eu caí na gargalhada. Tudo era realmente lindo demais. Se eu tivesse que escolher um lugar para morar, com certeza escolheria um apartamento como aquele.

Ele estava sorrindo quando me puxou até o sofá, colocando-me ao seu lado.

— Você gostou? – pergunta.

— Eu amei! – digo, sem conseguir controlar os músculos de meu rosto, que não parariam de sorrir tão cedo. – Mas você tem certeza disso? E a banda?

— Nossa banda não faz mais sucesso apenas em Londres, Maki. Vou precisar viajar, às vezes, mas pelo menos posso passar a maior parte dos meus dias aqui, com você.

— Mal consigo acreditar nisso! – declaro, sentindo as lágrimas se formarem em meus olhos. – Eu te amo tanto!

— Eu também te amo, Makino – diz, colocando seus lábios sobre os meus. – Mas a noite não acabou ainda.

— O que isso quer dizer?

— Venha! – fala, colocando-se de pé. – Não podemos nos atrasar para o show.


***


Eu nunca cansaria de assistir aos shows dos garotos. Eu já havia ido a muitos deles, nos últimos anos, e não poderia deixar de admitir que eles eram realmente muito bons e conseguiam influenciar a multidão como ninguém. As pessoas cantavam, dançavam, aplaudiam e gritavam juras de amor. Ali, nos bastidores do palco, vendo os músicos insanamente talentosos, eu quase me esquecia de que eram meu namorado e meus melhores amigos. Ninguém desconfiaria, apenas assistindo-os, de que Felipe, apesar de tão sério, tinha um lado doce; que Benn, apesar de brincalhão, fosse tão responsável; que Yasopp com seus um metro e meio de malícia, fosse o cara mais engraçado que eu conheço; e que Shanks, com aquele olhar provocador, pudesse ser a pessoa mais romântica que já conheci.

Eu os amava muito!

Saio de meus pensamentos quando risadas altas chegam até meus ouvidos. Olho para trás e vejo papai e Tsuru dançando juntos, totalmente fora do ritmo. Se tinha uma coisa na qual meu pai era péssimo, essa coisa era dançar. Um sorriso toma conta de meus lábios.

— Garp, você precisa mexer as pernas para dançar, sabia? – Tsuru o provoca.

— Mas eu estou mexendo! – ele se defendeu, sorrindo.

— Mas não é assim – minha madrasta fala, rindo. – Luffy, venha aqui.

Meu irmão, que os observava com tanta diversão quanto eu, vai até eles e toma o lugar de papai na dança. Surpreendentemente, quando começam a dançar, ele faz todos os passos corretamente, mostrando-se um excelente dançarino.

— Luffy, você sabe dançar! – eu exclamo, surpresa.

Meu irmão dá de ombros, mostrando um sorriso.

— Seu pai não quis começar as aulas de salsa comigo, então Luffy é meu par toda terça-feira à noite, desde semana passada – Tsuru diz para mim, sem parar de dançar.

Eu começo a rir, achando graça. Só ela conseguiria convencer um pré-adolescente a frequentar aulas de dança com a madrasta. Existe algo mais vergonhoso para alguém, nessa idade?

Eu estava conversando com minha família há poucos minutos quando o silêncio prendeu minha atenção. Olhei para o palco, onde os garotos estavam, e estranhei ao perceber que toda a platéia estava quieta. A música não estava tocando e é como se todos estivessem quietos, à espera de algo.

Escuto Shanks suspirar, no microfone, e sua voz ressoa pelos alto-falantes:

— A próxima música escrevi para a pessoa mais incrível que eu conheço. Ela provavelmente vai ficar zangada comigo por causa disso, mas acho que vale a pena – termina de dizer. Ele se vira, avistando-me atrás do biombo, que impede o público de me ver, e sorri. – Makino, venha aqui um pouco.

Eu sinto minhas mãos começarem a suar e meu coração bater mais forte. Seu olhar convidativo me convence e, sem dizer qualquer coisa, eu caminho para o palco, ignorando os cinco mil pares de olhos sobre mim. Um assistente coloca um banco ao lado de Shanks e eu me sento ali, desejando adquirir instantaneamente o poder de ficar invisível.

— Escrevi essa música no dia seguinte ao nosso primeiro encontro – ele fala, olhando para mim. – Você se lembra desse dia?

— Como é que eu poderia esquecer? – falo, feliz porque apenas ele poderia me escutar.

Como alguém se esqueceria da primeira vez que beijou o amor da sua vida?

— Eu decidi deixar a música guardada, porque eu não queria te assustar, na época – conta, achando engraçado. – Lembro que naquele dia, passamos a noite juntos, apenas dormindo... para a minha tristeza.

Em seguida, uma voz grossa, com um tom divertido, ecoa dos bastidores e todo mundo se assusta:

— O pai dela está bem aqui, Shanks – reconheço o tom de papai e tampo meu rosto quando o vejo ali perto, nos observando. Eu precisei conter um ataque nervoso de riso.

A multidão de pessoas em nossa frente começa a rir, e Shanks coça sua sobrancelha, constrangido.

— Eu havia me esquecido disso. Obrigado por me lembrar, seu Garp. – diz, quando o silêncio volta a prevalecer.

Eu mordo meu lábio inferior, assistindo meu namorado ser a pessoa mais adorável do planeta.

— O nome da canção é "Quando você chegou" – ele fala, olhando intensamente para mim, segurando o violão em seu colo. Sem dizer qualquer outra coisa, seus dedos começam a dedilhar uma melodia calma e harmoniosa.


Os dias escuros não queriam ir embora

As nuvens negras não me deixavam respirar

Eu seguia meu caminho

Mas meus pés não queriam andar

Viver sem querer, sofrer sem entender

Quando você chegou

A chuva foi embora

O vento se cansou

A tempestade se acalmou

Os dias se tornaram claros

Os pássaros estão cantando

As nuvens me deixaram

Quando você chegou


Eu gostaria de dizer que o resto da música foi tão linda quanto o começo, mas a verdade é que eu fui tomada pelas lágrimas e, em certo ponto, tudo o que eu podia ouvir era o som irregular de minha respiração.

As palavras de Shanks eram exatamente as minhas; a maneira como ele se sentia sobre mim, sobre o que eu representava em sua vida, era também o que ele era para mim. Estávamos em uma via de mão única, juntos, trilhando o mesmo caminho. Vou correr o risco de soar cliché, mas eu realmente não me importo, porque depois que ele entrou em minha vida, eu pude lembrar como é ser feliz novamente. Com ele, eu sinto que nunca mais precisarei viver noites escuras e tortuosas.

Com o fim da música, arrisco uma olhada para plateia, e vejo inúmeras pessoas chorando, emocionadas. Viro-me para Shanks, criando coragem de olhar em seus olhos, e mais lágrimas caem quando vejo que ele tem seus olhos marejados e um sorriso largo nos lábios.

Eu sorrio e me aproximo dele, pressionando minha testa contra a sua. Nós apenas ficamos ali, por algum tempo, enquanto o público ao nosso lado explodia em aplausos.

Eu já nem me importava mais com eles.

— Makino – meu namorado diz, afastando-se um pouco, para que pudesse ficar de frente para mim. Ele entrega o violão para um assistente de palco e segura minhas mãos nas suas. – Hoje mais cedo eu te levei até aquele apartamento novo, e saiba que nada poderia ter me deixado mais contente, naquele momento, do que ter visto a sua reação alegre por saber que não precisaríamos mais viver tão longe um do outro. Mas... Bem, na verdade, eu te levei até lá porque eu não quero morar perto de você. Eu quero morar com você.

Eu mais uma vez começo a me derreter em lágrimas, e afundo minha cabeça em seu peito.

— Comprei o apartamento para nós dois, Maki – ele sussurra em meu ouvido, para que apenas eu pudesse ouví-lo.

Eu ainda não conseguia dizer nada, porque sentia minha garganta queimar por conta do choro e da emoção. Eu estava recebendo, nesse dia, uma chance para ser ainda mais feliz; viveria com o homem que amo, perto da minha família.

Shanks se afasta de mim mais uma vez e se ajoelha em minha frente, obviamente em uma tentativa de me causar um ataque do coração. O que ele estava fazendo?

Nesse instante, o público foi à loucura.

— Mas, Makino, por mais que eu ame poder dizer que sou seu namorado, me faria muito feliz poder dizer que sou seu marido – ele fala, tirando do bolso de sua calça uma pequena caixa. Suas mãos tremem. – Quer se casar comigo?

Oh, céus!

Ordenei a mim mesma que parasse de chorar, especialmente quando vi papai, Tsuru, Luffy e os garotos da banda vindo em nossa direção, com sorrisos enormes e expressões emocionadas em seus rostos. Eu tinha certeza de que se não parasse de chorar agora, jamais conseguiria.

Olhei para meu namorado, que me encarava, um pouco aflito, e sorri.

— Sim – eu digo, puxando-o para um abraço apertado. – Sim, sim e sim!


Fim.


Notas Finais


Quero agradecer a todos vocês, por todos os favoritos e comentários, porque eles me fizeram ter a certeza de que havia alguém nesse mundinho que gostou do que eu escrevi, e isso me deu mais vontade de continuar. Vocês não imaginam o tamanho da minha alegria, depois de postar um capítulo novo, ficar com o celular vibrando com as notificações durante o dia. Sério, fico rindo sozinha igual uma louca, seja no curso, em casa, no ônibus, no colégio xD eu fico me divertindo com o sofrimento ou felicidade alheios de vocês expressos nos comentários pela fanfic.
Eu amo escrever, e tanto quanto, amo saber a opinião de vocês sobre o que escrevo!
Deixo aqui o meu muito obrigada, do fundo do coração, por todo o apoio que recebi de vocês. Vocês são demais. ❤
P.s.: Para os que acompanham a "Apartamento 606": pronto, consegui encaixar Halona e Law por um breve momento na fanfic; dito e feito! xD E pra você que ficou instigado(a) pela tal Halona e se perguntando por que diabos ela é 'casada' com Law, sugiro que leiam a fanfic "Apartamento 606", escrevi uma história focada neles dois (Law x Oc), acho que irão gostar de lê-la também. Aliás, ela já está terminada. ( https://spiritfanfics.com/historia/apartamento-606-7792211 ) ❤
Enfim, chega de tomar o tempo de vocês. Tchauzinho, e até a próxima. Espero que tenham curtido esse capítulo. ❤ ~chuu


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