História Quântico - Chapter Five

 Análise

Point Of View Alex Parrish

Passei a noite em claro analisando aqueles documentos e cheguei à conclusão que: não tinha nada de mais, apenas duas pessoas no local. Porém as câmeras não captaram nenhum rosto, nem se quer um vulto, quem quer que seja sabia muito bem o que estava fazendo.

A não ser que no local do incidente tenha algo que possa me ajudar a desvendar esse grande mistério que está em volta dessa confusão. E isso, quem conseguir o máximo de informações sobre os documentos amanhã irá comigo até o local tentar descobrir alguma coisa. Bufo ao pensar que terei muito trabalho pela frente. Me levanto, e arrumo tudo em cima da mesa, e vou até o banheiro, tomo um banho rápido e quente, volto para o quarto e me deito.

Dia seguinte.

Como de costume acordei bem cedo, tomei um banho frio, e me arrumei com a roupa de costume, prendo meu cabelo em um coque alto. Peguei minhas coisas necessárias e fui para a sala onde, eu espero de verdade que todos os recrutas estejam. Adentrei na sala, vendo todos em seus devidos lugares. Todos sabiam que teriam uma quase missão a cumprir, e eu mesma irei escolher três para ir como. Passei meu olhar pela sala e já encontrei quem vai comigo.

— Bom, como todos devem saber, hoje eu irei comandar um tipo de missão. – Falei, assim que entrei na sala por completo. — Também irei escolher três alunos para ir comigo.

— Ganharemos pontos com isso? – Assenti.

— Vou falar os nomes, é quero que venha aqui. – Disse, peguei a prancheta com os nomes e fotos dos alunos, para não confundir. — Bethanne, Caleb e Frances.

Os três caminharam até mim, me olhando desconfiado, sorri. Bethanne, foi a menina que saiu do banheiro com Justin. E os outros dois, que estavam em seu quarto. Os dois têm potencial, eu gostei, agora quero ver a Bethanne. Não, não e marcação por ela ter ficado com Justin, apenas quero ver se ela e boa mesmo.

— Vamos. – Falei, andei até a porta e sai, com eles atrás de mim. Sai do elevador, estávamos na área onde fica os carros. Eles são lindos, queria um pra mim. Entrei em um carro, Frances se sentou no passageiro, e os dois outros atrás. O carro é preto – totalmente, tanto por dentro quanto por fora –, ligo o carro, e piso no acelerador. O caminho era um pouco longe. Mais não demorou muito, e chegamos, parei o carro, desci e travei ele, guardei a chave no bolso da calça. Pego os documentos, e dou uma pasta para cada um. — Deem uma olhada rápida, analisem bem, depois iremos até o local da explosão da bomba.

Trinta minutos depois.

Andávamos todos lado a lado, nem tanto. O caminho de manhã, era diferente do de noite; Tinha bastante verde, algumas flores pequenas brancas, muitas árvores juntas. E o caminho era de estrada de terra, bem escuro mesmo. É, mesmo de dia, estava escuro entre as árvores, bem sinistra, até. Parei no local onde foi à explosão, não irei me aproximar tanto deles, quero ver do que eles sozinhos conseguem achar algo.

Caleb analisava o local ao lado com bastante atenção, enquanto aos outros dois estavam caminhando olhando pro alto como se procurassem câmeras ou algum outro equipamento.

— Encontrou alguma coisa Caleb? – perguntei andando até ele.

— Não acha muito estranho essa grama ter crescido em menos de um mês?  – ele falava e olhava fixamente para o chão.

Realmente essa grama cresceu muito rápido para um local que teve uma explosão como aquela. Franzi o cenho, e o encarei.

— Tem razão Caleb, Bethanne vai até o carro e pegue alguns equipamentos e luvas. – falei e escutei a mesma bufa.

Enquanto a Bethanne foi buscar os equipamentos Frances e Caleb ainda olhavam o local em busca de mais alguma coisa. Eu agachei bem perto do local para ver o motivo de alguém tentar esconder isso aqui, e claro, quem quer que seja não quer ser descoberto.

Bethanne voltou reclamando de algo que eu realmente não quis prestar atenção. Caleb pegou as luvas e entregou aos demais e pôs a sua assim como eu. Com muito cuidado nós começamos a retirar a grama do local.

— Quando me inscrevi para entrar em quântico, não sabia que teria que cavar como um cachorro. – Bethanne falou com raiva.

— Te garanto que um cachorro é mais bonito que você, só não reclama, tenho certeza que muitas pessoas agradeceriam por está aqui. – falei e voltei a “cavar” até que, Frances fez uma careta.

— Acho que encontrei alguma coisa. – ele falou levantando um pedaço de fio. — Isso pode ser considerado uma pista? – Frances perguntou confuso.

— Aprenda uma coisa: tudo que for encontrado no local de algum incidente, é considerado uma pista, pode até ser a solução do mistério. – falei e entreguei a ele um plástico onde costumamos guardar evidências.

Procuramos por mais alguma coisa, porém não encontramos mais nada a não ser terra e grama sintética, Caleb tem um ótimo olhar, ele sabe observar cada detalhe de uma cena e isso é perfeito para um bom agente. Recolhemos tudo e seguimos o caminho de volta para o carro.

— Espera. – Bethanne exclamou pedindo silêncio.

— O que foi? – perguntei baixo. — Você viu alguma coisa?

— Tem alguém aqui. – ela sussurrou baixo.

Concordei e ainda em silêncio fiz sinal para que eles se escondessem atrás das grandes árvores. Com tudo em silêncio eu pude ouvir passos apressados, como se alguém tivesse fugindo de alguma coisa.

Rapidamente peguei minha arma e fiquei atentar, afinal eu não estava sozinha e com toda certeza a vida dos meus recrutas vem como prioridade pra mim.

Os passos estavam ficando cada vez mais próximos e eu pude perceber certo pânico vindo da Bethanne. Fiz sinal pra ela se acalmar e ela apenas concordou respirando fundo.

De repente eu vi um animal correndo rapidamente e duas pessoas atrás com armas em mãos, droga aquilo era uma caçada em um lugar restrito do FBI? Eles ficaram loucos?

— Parem onde estão e abaixem essas armas agora. – Exclamei alto, apontando minha arma para os dois a minha frente.

— Não somos obrigados a nada, quem você pensa que é para falar assim com a gente? – O carinha falou visivelmente nervoso.

— Alex Parrish, agente do FBI. Vocês sabem que essa área é restrita? – falei mostrando meu distintivo.

Eles negaram pedindo desculpas e logo se retiraram do local, balancei a cabeça negativamente e segui meu caminho com meus recrutas, preciso colocar esse fio em análise e, também preciso conversar com Greta sobre essa nova pista. Entrei no banco do motorista, e logo todos se acomodaram, liguei o carro e pisei no acelerador. Isso estava muito estranho, claro, essa floresta pode ter algo a mais, do que apenas um fio. Caleb olhava para fora com a cabeça encostada na janela, Frances estava encarando o teto do carro, já Bethanne, me olhava. Estacionei assim que parei em frente à quântico, descemos e fomos até o elevador mais próximo, entramos e apertei o andar de análises. Eles iriam ver de perto como funcionava isso. E bem interessante essas análises. O elevador se abriu e fomos até a sala, mostrei o distintivo para a câmera e a porta se abriu automaticamente, entrei e sorri ao ver que era o mesmo de antes, nunca mudam nada aqui.

— Nossa rainha chegou. – Freddy, disse. — O que faz aqui, bela rainha.

Gargalhei baixo, e o abracei. Freddy e um homem já de idade, mas tem uma boa aparência. Quem vê de longe pensa que ele ainda e novo.

— Trouxe isso para você analisar. – Entreguei o saco plástico, ele pegou e foi até outro lado, e começou a fazer suas mágicas.