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História Quarterbacks (INCOMPLETA) - Capítulo 11.


Escrita por: explicts

Capítulo 13 - Capítulo 11.


Havíamos combinado que ela passaria na loja de disco as oito, para irmos em algum lugar, ou simplesmente tomar alguma coisa. Queríamos nos ver de novo. Amanhã teria uma partida, e o treinador tinha colocado muita pressão sob mim, porém, é óbvio que vamos ganhar, e por isso não tinha necessidade de me pressionar tanto. Sabia também que Camila não precisava, no treino do dia anterior novamente nos disseram coisas, ela decidiu ignorar, e eu também, e depois de uns cinco minutos funcionou completamente. Eu tinha algumas perguntas sobre isso, porque eu ficava bem confusa, Camila preferia estar comigo e aguentar todos os xingamentos, e mandá-las pro inferno, do que voltar a ser "amiga" dessas imbecis. Mas eu gostava do fato dela me preferir, do que a elas.

O que será que ela pensa sobre tudo isso?

Será que ela tá confusa?

Ugh, me irritava não ter nenhuma resposta. 

Não podia deixar de olhar a hora, e cada vez que eu fazia isso me irritava mais, pois parecia que os minutos passavam extremamente devagar, embora eu estava agradecida de que só faltavam 6 minutos para a loja fechar, e eu poder sair voando dali para esperar Camila.

Estava cansada de ficar arrumando os CD's pela segunda vez, mas hoje tinha sido um dia movimentado, muitas pessoas entraram para fazer algumas perguntas e me manter entretida.

Dessa vez, optei por uma skinny jeans diferente das outras, era da cor de um tecido Jeans bem escuro. A Skinny preta já estava bem desgastada, e certamente Camila iria perceber isso. Mas eu não mudei minhas botas. Vesti uma camisa branca com mangas cumpridas. Era muito incomum pra mim usar algo com mangas, mas devido ao tempo eu resolvi colocar, embora eu não sentisse muito a temperatura, por ser normal, apenas achei que essa camisa iria combinar. Meu celular mostrou 20h, então corri para sair da loja, e John já estava fechando. Olhei para os dois lados eu vi todas as pessoas passando, quando avistei um cabelo castanho entre todos vindo em minha direção, quando parou na minha frente, confirmei que era ela.

- Saiu faz muito tempo? - Perguntou direta, quando parou na minha frente.

- Acabei de sair. - Respondi. - Onde quer ir? - Começamos a caminhar pelo lugar que ela tinha vindo, com cuidado para não nos misturarmos com as outras pessoas, porque bem, todos os dias eram movimentados, mas nada como uma sexta ou sábado a noite.

- A praia. - Disse alguns segundos depois. Já tínhamos chegado ao meu Jeep, e ela subiu antes que eu dissesse algo.

A praia? Bem, não era uma má ideia.

- Você comeu alguma coisa? Porque eu não. - Liguei o carro, e parti dali o mais rápido possível, antes que desse algum engarrafamento.

- Poderíamos comprar uma pizza. - Encolheu os ombros. - Exceto que você não goste da ideia. - Virou para mim, mas eu não pude devolver o olhar, já que estava concentrado em uma carreta na nossa frente, e não queria nos matar.

- Eu adorei a ideia. - Sorri sem desviar minha atenção.

- Olha! Ali tem um lugar. - Disse apontando para uma vaga onde meu Jeep iria caber perfeitamente, em frente a uma pizzaria. - Eu pago. - Já tinha estacionado, e ela praticamente já tinha saltado do carro.

Não queria deixar ela pagar, mas a última vez eu tinha pago, e com certeza ela iria reclamar se eu me oferecesse de novo, e eu não queria isso.

- Da próxima vez eu pago e não se atreva a recusar. - Sussurrei em seu ouvido quando entrei no lugar, indo atrás dela.

Compramos também uma Coca Cola Light, porque ambas concordamos de que ela era melhor e mais saborosa do que a outra, o que era raro, pois todos reclamavam quando eu comprava a bebida Light. Mas era muito melhor!

O caminho a praia foi bem tranquilo, ninguém disse nada, mas em nenhum momento foi um silencio incomodo. O cheiro da Pizza pairava no Jeep, o que fez meu estomago praticamente rugir. Cinco minutos depois, já estava estacionado em frente a praia, e nós saímos rapidamente do carro. O cheiro do oceano entrou em minhas narinas, e para dizer a verdade, era um dos meus cheiros favoritos. Dava pra escutar o barulho das ondas, o que era muito relaxante para mim.

Subimos por uma das montanhas de areia, e Camila levava a pizza em posição horizontal na mão esquerda, para que ela não caísse de lado, e o refrigerante em outra mão. Ela correu e se jogou com cuidado na areia. - Não digo que ela sentou, porque ela se atirou. - Deixando a caixa de Pizza e o refrigerante encostado do seu lado esquerdo. Me sentei também ao seu lado, e segundos depois peguei a caixa e coloquei em meu colo.

Não tinha nada no lugar, ao menos de vista, mas não é comum as pessoas virem a noite para a praia. A maioria das pessoas estavam se arrumando para sair, as vezes até mesmo eu estaria fazendo isso, mas eu preferia estar com Camila.

Nos encontrávamos a uns cinco metros do mar, e se em uma hora não saíssemos dali, certamente nos molharia, ao menos as pernas.

Abri a caixa de pizza, e o suave e delicioso aroma que eu já sentia, se intensificou três vezes mais. Eu morria de fome, mas antes de pegar um pedaço, girei a caixa para que ela pudesse pegar uma.

- Que gentil. - Brincou.

- Se eu não tivesse te oferecido primeiro, eu iria me sentir uma bruta sem modos, então fica quieta. - Respondi antes de dar uma grande mordida no meu pedaço de pizza.

Talvez era só um detalhe, não me importa muito, só queria dizer algo, porque se eu ficasse quieta, eu iria ficar louca.

- Quero saber o que pensa. - Saiu da minha boca sem nem passar por minha mente antes.

Já tinha terminado o terceiro pedaço de pizza, e tomado um grande gole de refrigerante Coca Cola Light no bico, ela tinha comido a mesma quantidade que eu, e obviamente tinha tomado o refrigerante no bico, pois não fomos suficientemente espertas para pedir copos de plástico, ficamos caladas por um tempo, mas novamente, não era incomodo. Por canto de olho observei ela se virando para mim e seus olhos chocolate encarando meu perfil.

- Sobre o que?

Queria dizer sobre nós, mas não sabia se existia um "Nós"

- Sobre isso, você sabe. - Virei minha cabeça, e meus olhos se encontraram com os seus.

Apesar de não pensar em um segundo no que havia dito, eu queria saber o que ela pensava, se estava confusa, ou o que seja, simplesmente algo, poderia clarear algo em minha mente também, embora isso fosse praticamente impossível.

- Isso é difícil. - Fixou a vista no horizonte, mas eu mantive observando seus reflexos por alguns segundos e como a luz da lua refletia em seus olhos. Era completamente linda. - Menos de um mês não suportava a ideia de te ver, eu te odiava. - Gostei do fato dela falar no passado. - Mas eu gosto.

- Gosta? Eu te agrado? - Me virei e olhei o horizonte também. Não era a mesma coisa.

- As duas coisas. Gosto, e também gosto de toda a situação.

Pra dizer a verdade no podia ver muito do horizonte, mas a lua refletia no oceano, e era algo lindo de se apreciar.

- Ah, serio? - Meu tom soou divertido e provocador.

- Não, agora não. - Tentou falar sério, mas não funcionou.

- Está muito em duvida hoje, me avise quando se decidir. - Brinquei, e me deitei na areia.

O céu estava completamente estrelado, ainda bem, embora não sabia nada de astronomia, e com certeza jamais aprenderia. Resisti minha vontade de virar e ver sua expressão, pois sabia que ela tinha se virado para mim. Alguns segundos depois, tentando me segurar, senti seu corpo encostando do meu lado. Nossos braços eram as únicas coisas que se tocavam, pelo menos por agora era o suficiente.

- Você também não está muito segura sobre isso. - Disse.

Por alguns momentos sim, mas por outros eu me questiono o quanto estranho está sendo isso.

- Eu sei. - Me limitei a responder.

Não esperava essa resposta.

- Mas sabe de uma coisa que eu sei? - Rompeu o silencio novamente logo depois de alguns segundos. Me virei para ela. - Que eu gosto de você e você gosta de mim.

Tinham sido palavras verdadeiras.

Eu gosto dela, e Mani tinha me dito o mesmo, e ela jamais erra, mas eu nunca tinha sentido algo tão real como agora. Ela gosta de mim, e eu gosto de volta. Esperava que não notasse a aceleração em minhas pulsações, pois eu me sentiria um completo ridícula.

Se virou para mim, e seus olhos se encontraram com os meus. Não conseguia compreender o que eles expressavam, mas eu não me importava com isso, já que ela mesmo tinha me confessado como se sentia. A vontade de beijá-la me invadiu por completo, e praticamente ataquei seus lábios, mas não a beijei. Abri um boco dos meus lábios, e passei delicadamente pelos dela, tinha seus olhos fechados, e eu fiz o mesmo, por alguma razão, me sentia melhor assim. Segui roçando meus lábios com os seus, que agora também estavam entreabertos e senti uma leve vibração devido a uma pequena risada que ela tinha soltado.

- O que houve? - Perguntei sem deixar de tocar seus lábios.

Me sentia bem assim.

- Vai me beijar? - Perguntou, e também se afastou da minha boca.

- É isso que quer?

- Você também quer isso. - Afirmou.

- Eu sei. - Respondi.

Deixei de rodeios e uni seus lábios com os meus.

Me senti como sempre acreditei que iria me sentir em um filme de amor.

Não podia deixar de mover meus lábios sob os seus, e não me incomodava continuar respirando pelo nariz, porque eu não queria me separar dela, não podia. Percebi que nossas mãos estavam entrelaçadas, e apertei a minha na dela, que era muito menor que a minha. Minha outra mão foi pra sua cintura. Ambas estávamos deitadas de costas, assim tive que me virar um pouco e puxá-la para mim. Depois de fazer isso, subi meu braço para sua cabeça, e tirei seu gorro de lã, que ficava precioso nela.

- Me dá.- Gritou, rompendo o beijo, mas eu tinha esticado meu braço.

- Não me empresta? - Perguntei, e coloquei no meu cabelo. Sorri e deixei um beijo em seus lábios em forma de biquinho.

Nunca imaginei que Camila Cabello poderia fazer algo tão doce.

- Ficou bem... em você. - Disse depois de alguns segundos.

Nossos narizes se encostavam, e pude sentir sua respiração sob meus lábios. Seus lindos olhos castanhos estavam bem abertos, e poderia encará-la sem me sentir incomodada.

- Sério? - Perguntei com um grande sorriso no meu rosto.

- Sim, eu juro. - Respondeu segura.

Cheguei minha boca mais perto da sua, deixando novamente se tocarem, mas não fazendo nenhum movimento sob eles. No instante, senti uma forte cócega, que foi impossível de ignorar, mas não podia fazer nada sob isso.

Não foi eu quem deu iniciativa, bem, foi eu quem chegou perto, mas ela começou o beijo suave, e lento, mas também duradouro, nenhuma de nós parecia estar desesperada, e tão pouco queríamos separarmos uma da outra. Levei minha mão livre para seu cabelo, e enrolei meus largos dedos nela, enquanto ela com sua mão livre acariciava minha bochecha suavemente.

Me encantava essa sensação, nunca senti nada parecido com Alexa, era muito melhor. Os lábios de Alexa eram frios e sem sentimentos, ao contrário de Camila que expressava mil coisas com eles, e isso me deixava louca.

- O que sente quando te beijo?

Fiz um esforço para me separar dela e perguntar isso, mas só separamos nossos lábios. Uma de minhas mãos seguia suavemente em seus cabelos, agora livre do gorro, sua mão continuava em meu rosto e nossos dedos continuavam entrelaçados, e ainda encontrávamos com os corpos colados.

- Realmente, eu não sei. Mas eu me sinto bem. - Não estava mentindo - E você?

- Adora essa sensação que me transmite. Não sei te explicar. - Respondi. Havia soado muito sentimental, eu admito, mas eu nunca tive oportunidade de ser sentimental com nada nem ninguém, embora eu tivesse medo de fazer papel de ridícula. - Tudo bem, já sei que isso foi sentimental. - Admiti quando vi como um sorriso brincalhão mudou para uma expressão ameaçada. - Mas eu vou te deixar em paz.

Franziu o cenho e tirou sua mão do meu rosto, por alguma razão comecei a me sentir vazia, mas nada comparado quando ela tirou sua mão da minha e se levantou do meu lado, começando a caminhar. Parou no começo do mar, e a unica coisa que eu pude fazer era observá-la confusa. Tinha sentado na areia, e realmente esperava que ela voltasse e se sentasse ao meu lado novamente dizendo que era uma brincadeira, mas não aconteceu, assim decidi que deveria me aproximar, embora fosse enterrar minha dignidade.

Em passos lentos, cheguei até ela, e rodeei sua cintura com meus braços. Isso também era bem romântico e sentimental, mas eu não me importo. Eu não me importava com minha dignidade, orgulho e todas essas coisas, ao menos por agora.

- Você ficou zangada? - Perguntei.

Tinha meu queixo apoiado em seu ombro, e deixei um beijo sob ele, mas logo voltei a me acomodar. Observei seu perfil como podia, e realmente era maravilhosa, embora suas feições estivessem contraídas porque estava zangada, mesmo assim era linda, e sempre seria. Ela tinha traços que eram doces e fortes, mas dessa vez ela estava parecendo alguém bem sério, que mandaria para o inferno a primeira pessoa que passasse em sua frente. E basicamente esse era seu rosto definido por completo.

- Não queria que eu te deixasse em paz? Agora você me deixa em paz. - Soou bem fria, embora sabia que ela não estava tão brava.

- Eu estava brincando. Não quero que me deixe em paz, Camz.

Ansiava seus lábios nos meus novamente.

Nossas mãos entrelaçadas.

Tocar ser cabelo.

Acariciá-la, segurando sua cintura.

Era algo que havíamos feito em menos de cinco minutos, mas eu agora só ansiava mais e mais.

E devo admitir que isso me assusta.

- Não. - Respondeu simples.

Não o que? Queria perguntar. Porque não disse nada no qual ela pudesse responder com um ''Não'', mas sabia que ela estava se negando a isso. Não, ela dizia que não queria isso, mas eu estava segura.

A virei o mais rápido que pude, nos deixando frente a frente.

Ela estava surpresa, e ia querer sair, mas eu não ia deixar. Meus braços estavam segurando fortemente ao redor dela, antes tinha sido um toque suave, mas agora ela estava recusando, porém ela não queria ir, embora não dissesse isso.

- Me solta, Jauregui. - Sua voz soou fria novamente.

- Não. - Sorri.

- Me solta! - Soava zangada.

- Sabe que você poderia se soltar se quisesse. - Sussurrei em seu ouvido. - Não quer que eu te solte.

- Quem te disse? - Reclamou e começou a se contorcer em meus braços.

Sorri amplamente, e comecei a aproximar meu rosto do seu.

Ela levou sua cabeça para trás, dando a entender que não queria que eu chegasse mais perto. Mas ela não queria isso, e muito menos eu. Como planejado, juntei seus lábios aos meus, e logou nosso beijo virou uma especie de batalha de um minuto. A principio não correspondeu a meu beijo, mas depois de alguns momentos sentindo meus lábios sob o seu, começou a move-los também. Meus braços foram para sua cintura, e ela levantou a palma de suas mãos e as colocou em meu peito. Não era para eu parar.

- Nunca te soltarei. - Sussurrei e  um enorme sorriso tomou conta de seu rosto.



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