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História Quarterbacks (INCOMPLETA) - Capítulo 9.


Escrita por: explicts

Capítulo 11 - Capítulo 9.


Fanfic / Fanfiction Quarterbacks (INCOMPLETA) - Capítulo 9.

Eu estava na primeira fileira da arquibancada do campo das Stallions. O lugar estava completamente lotado, e as pessoas não me reconheciam como capitã do outro time, me ignoravam completamente. Camila tinha sorrido pra mim e acenado com a mão quando me viu aqui, e suas companheiras tinham feito algum comentário que a fez rapidamente mudar de expressão.

Elas tinham ganhado a partida, como era de se esperar, e com certeza iriam pra final e jogariam contra nossa equipe, por que claro, éramos as melhores, e eu não era convencida, isso era somente uma verdade.

Observei como toda a equipe estava indo para o vestiário, e eu fiquei esperando Camila sentada no banco do treinador. Poucas pessoas ficaram no campo, e já estavam indo para a saída. A cor azul começou a se destacar novamente, as arquibancadas estavam totalmente vazias.

O treinador também tinha desaparecido do lugar, eu supus que ele também estava no vestiário, dando parabéns para Camila e toda sua equipe, mas especialmente para ela por ser a capitã. Peguei meu celular dentro de meu jeans e vi as horas, 22h em ponto.

- Jauregui! Esperando sua namorada?

Na verdade eu já imaginava que iria aparecer algumas das idiotas para dizer algo, e ali estavam as três horríveis companheiras de Camila. Olivia, Taylor e Sparks. Elas já estavam com outra roupa, e imaginei que elas já tinham tomado banho e trocado, mas talvez elas possam apenas ter trocado de roupa.

- O que querem? - Fixei meu olhar em Olivia, que estava no meio.

- Queremos te dar algo de parte do grupo todo. - Respondeu Sparks.

Se vinha delas, não sairia nada bom e ninguém iria me fazer acreditar nisso.

- E o que é? - Me levantei ficando na frente delas, na verdade eu era mais alta que Olivia e Sparks, somente Taylor me passava, porem era bem mais magra.

Não falaram nada, só vi um de seus punhos.

Olivia, era quem estava mais perto de mim. Fui suficientemente rápida para me esquivar.

De que serve a massa muscular, se ela é lerda? Vamos lá Olivia.

Dessa vez foi eu quem deu o golpe, mas não foi em seu rosto e sim no seu estomago. Ela praticamente se dividiu em duas, baixou a guarda, enquanto eu me perguntava como ela pode ter sido tão lenta pra não me acertar, mas ainda faltava as outras duas.

Sparks veio para cima de mim ao ver meu ultimo movimento, e dessa vez me acertando um golpe, inclusive me derrubando. Minha bochecha estava doendo e com certeza meu nariz sangrava, mas a dor era o importante agora, isso era uma vantagem.

- O que diz agora, Jauregui?

Só queria que o treinador aparecesse nesse momento, e talvez as tirassem da equipe.

Idiotas.

Como alguém tão repugnante assim pode existir?

- Que são vadias fracas por virem três contra uma. - Respondi com toda raiva acumulada em minha voz.

Levantou seu punho novamente, e eu não poderia fazer nada mais do que cerrar os olhos, já que ela estava sob mim.

Só precisava esperar um momento em que ela ficasse distraída para mudar de posição. Seu punho voltou a golpear meu rosto, e agora eu tinha certeza absoluta que meu nariz sangrava e que meu olho direito ficaria roxo.

- Lauren! - De todas as vozes que eu queria escutar, essa seria a ultima.

Aproveitei dessa distração, e empurrei minha oponente derrubando ela no gramado, e subi em seu estômago. Tratei de ser suficientemente rápida para dar os golpes, e depois de me levantei dali, procurando de onde a voz estava vindo, e encontrei com quem eu justamente não queria. Olivia já tinha se recuperado meu golpe, e agora estava segurando Camila pela cintura, enquanto Taylor batia nela.

Malditos vadias.

Como podem bater em alguém que está sozinha?

Não veem que podem deixar alem de tudo feridas psicológicas? E sim, são muito piores que as físicas. Pessoalmente, a mim não faziam nada, pois estava bem acostumada com aquilo e estava de boa, mas Camila não. - são cinco anos no armário. - Elas estavam batendo nela porque queriam, melhor dizendo, estavam batendo nela por minha causa, e eu não ia permitir isso.

- Camila! - Me apressei antes que Sparks pudesse se recuperar de meus golpes, como Olivia tinha feito, e empurrei Taylor para que não pudesse voltar a bater nela.

O rosto de Camila não estava tão ruim quanto eu tinha imaginado, somente um fio de sangue saia de seu nariz e nada mais que isso. Não esperei mais, e dei um chute no estômago de Taylor, sabia que isso seria bem doloroso e isso a deixaria fora do jogo por alguns bons minutos enquanto se recuperava, corri até Olivia, que agora estava na frente de Camila, ambas tinham faísca em seus olhos, e pareciam se odiar muito mais como eu e minha ex rival nos odiávamos.

- Nem se atreva, Olivia. - Avisei, e dei um passo para frente, tentando deixar Camila atrás de mim, mas ela andou também, e nós duas ficamos lado a lado.

- Não quer que eu toque na sua preciosa namorada? - Não tirou seu olhar de Camila por nenhum momento.

- Vamos. - Peguei Camila pelo braço, no qual estava descoberto, já que ela estava com uma de suas blusas sem mangas, e um tamanho maior.

- Vocês vão ver, vadias!. - Levantei meu dedo do meio, e um minuto depois já estávamos fora do campo, que estava completamente vazio se não fosse por aquelas três idiotas.

Camila se soltou de mim, e começou a andar na minha frente, pra Deus sabe onde, mas não estava indo em direção a minha caminhonete, mesmo ela não sabendo onde estava. Sabia que o que tinha acontecido, havia afetado ela de alguma forma, porque bem, ela estava apanhando por ser amiga de uma pessoa ''diferente''.

E quando ela saísse do armário? Coisas como essas deixavam as coisas mais difíceis, se ela não tinha coragem antes, agora ela teria muito menos, e isso realmente me doía demais, pois eu estava me colocando no seu lugar, e me sentia mal. Se eu me sinto assim, como ela deve estar se sentindo? Oh Camila..

- Camila! - Exclamei e corri atrás dela, mas não fiquei ao seu lado, me mantive um pouco atrás.

Ela não se virou, e isso me preocupava ainda mais.

Ela estava chateada comigo?

Mas o que eu tinha feito?

Me aproximei o suficiente para segurar seu braço e virar para mim. Lagrimas caiam de seus olhos, e o castanho estava rodeado por uma cor vermelha, e seu rosto estava completamente molhado.

- O que houve?

Não, Camila, de novo não.

A puxei para mim, e a abracei por debaixo de seus braços, deixando com que ela acomodasse seu rosto em meu ombro, mas seus braços não devolveram o abraço

- Calma, elas são só idiotas, Camila, e é isso que elas querem. Vai dar esse gosto pra elas?

Não emitiu outro som que não fosse o soluço do seu choro.

Estávamos no meio do estacionamento, no qual meu carro estava a alguns metros atrás. Me tranquilizei ao pensar que não apareceria ninguém por aqui, e ver Camila nesse estado.

- Quer ir pro meu apartamento? Vamos sair daqui. - Voltei a falar depois de alguns segundos.

Partia meu coração vê-la assim, eu admito.

O que está acontecendo comigo?

Se separou de mim novamente, mas começou a caminhar novamente para onde estava indo antes, pelo lado contrario do qual deveríamos ir, ela estava apressada, mas mesmo assim eu a segui.

- Quer falar o que aconteceu? - Meu tom se elevou um pouco, mas não ia exagerar.

Ela deveria me dizer algo!

- Elas te bateram por minha culpa! O que você quer que eu diga? Droga Lauren. Você não vê? Só te bateram porque você tem um pau e porque agora somos amigas. - Não voltou a me olhar, e seguiu caminhando a passos rápidos, mas ainda sim eu o segui.

Estava bem surpreendida com suas palavras.

Ela estava preocupada porque me bateram?

Bem, sim, era lógico, éramos amigas.

Verdade?

Eu também fiquei preocupada quando bateram nela.

Oh meu deus...

- Não me importam o que elas falem ou fazem. Se você precisar de minha ajuda, eu não vou te deixar sozinha.

- Mas eu me importo. Como consegue aguentar os insultos? - Sua voz se quebrou novamente, e pude sentir meu peito doer. - Doe mais em mim do que em você, quando te dizem algo.

Como eu imaginei, doía nela o que me diziam, porque com certeza se imaginava no meu lugar, sendo xingada por suas colegas de time, e ainda pior, teria que conviver com elas todos os dias.  Como pode viver assim? Ela sempre receberá um insulto de alguém, se ela se sentir mal por causa do que as outras falam, jamais vai poder aproveitar a vida.

- Não quero me acostumar com isso.

Voltei a segurar seu braço e virei para mim novamente. Seu peito se chocou contra o meu, e se ela fosse um pouco mais alta, ou eu um pouco mais baixa, nossos rostos teriam se chocado. Tanto sua respiração, quanto a minha estavam agitadas, e agora ambas estávamos com as bocas fechadas, não escutávamos nada ali, nem um pequeno som. 

Me peguei observando seus lábios grossos com uma cor sadia, eram completamente opostos aos meus, mas ainda sim se juntaram para a perfeição de um suave beijo.

Fiquei surpresa comigo mesma ao fazer esse movimento, mas eu não queria me separar, me sentia completamente bem. Mas algo no fundo da minha mente gritava que isso era completamente idiota, e que ele era só minha amiga, e só isso que eu significava pra ela. Esse lado me ganhou, e eu me separei. 

- Me desculpe. - Disse em um sussurro, mas era impossível que ela não escutasse. - Eu não... me desculpe.

Parecia uma idiota pedindo desculpa, mas pra dizer a verdade eu nem sabia o que estava fazendo.

Um momento de fraqueza?

Com certeza foi isso, por ver Camila tão mal.

Eu queria anima-la com isso?

Você ferrou com tudo, Jauregui, não imagina o quanto.

Não tinha sentido nenhum sabor especial, mas havia deixado uma espécie de cócegas em meus lábios, que não era nada desagradável.

Me surpreendi ao ver seus lábios se curvarem em um sorriso, e como levava sua mão a minha nuca, em um movimento rápido, seus lábios tinham se juntados aos meus novamente, e eu correspondi. Meus braços rodearam sua cintura.

Mas que merda eu to fazendo?

Solta ela, idiota!

Não foi preciso soltá-la, pois ela se separou por conta própria, e dessa vez não tinha um sorriso em seu rosto, podia sentir que ela estava satisfeita com o que tinha feito.

Isso quer dizer que eu gostei? Oh Deus, estou mais confusa do que na primeira vez que eu li seu diário. Porque não chover respostas para minhas duvidas? Estou a ponto de explodir.

Camila começou a caminhar para o lugar de onde tínhamos vindo, e eu decidi segui-la novamente, mas sem nenhuma das duas dizer nada. Fiquei observando seu corpo, e como caminhava tão tranquila com as mãos nos bolsos do Jeans claro, e presumi que estava indo até meu carro.

Estaria ela, se perguntando o porque eu havia a beijado? Creio que eu estava mais confusa pelo fato de eu ter a beijado do que ela ter me beijado.

Você gosta, Jauregui idiota.

Não posso gostar! Não!

Bem, sim, podia sim. Levamos duas semanas sendo amigas, eu podia gostar. Nunca tinha estado em uma relação, então eu não sabia! Não sei! Não sei!

Devo chamar Mani, ela iria esclarecer minhas duvidas.

...

- Mani, preciso da sua ajuda. - Exclamei quando parei de ouvir os toques de chamada do telefone.

Tinha deixado Camila em seu apartamento, que ficava a umas 10 quadras do meu, e quando cheguei ao meu, me joguei em minha cama de casal, sem me preocupar em tirar as botas, me cobrindo com o lençol branco. Me limitei a olhar para o ventilador marrom, e falar com Mani para clarear minha mente

- Lo? O que aconteceu? - Seu tom estava bastante preocupado, mas não era pra menos.

- Beijei a Camila! E depois ela me beijou! - Respondi sua pergunta como se fosse a coisa mais trágica do mundo.

- Você gostou?

Oh Normani, sempre fazendo perguntas que me envergonham.

- Afirmativo.

Também me espantava e me confundia isso.

Tudo me confundia.

Eu podia gostar, e obviamente eu gostei.

Mas eu não deveria!

- Você gosta dela, Lo. E eu estou certa de que ela também gosta de você.

Oh não.

Isso era o que eu mais temia, Normani Kordei nunca errava.  Nunca!

- Está certa disso?

Não, Não, Não. Simplesmente Não! Não quero!

- Espera, ela curte garotas?

Oh, merda, dessa vez eu tava muito fodida. Ela está no armário! Me confiou isso! Você é uma péssima amiga, Lauren Jauregui.

"Amiga..." E agora como iria ficar nossa amizade? Será completamente incomodo! E se ela voltar a me odiar? 

- Diga uma palavra sobre isso com alguém, que eu te mato. - Não fizesse sentido ameaçar Mani, pois sei que ela não diria uma palavra, e menos ainda julgaria Camila.

-Você tá' muito alterada. - Comentou Mani. - Porque não manda uma mensagem de texto pra ela?

Era uma boa ideia, ao menos não teria que encarar ela, frente a frente, não  agora. Dava pra notar que ela estava muito mais calma que eu em relação a toda essa situação, já que no bar ela tinha se envergonhado muito fácil com as outras, me impressionava o quão seguro ela podia ser em alguns momentos, e insegura em outros.

- Obrigada Mani, não sei o que faria sem você.

- Por nada, Lo!

Desliguei e deixei meu celular desbloqueado em meu peito. O que eu iria mandar?

"Por quê me beijou?" "Você gostou?" "Você gosta de mim?"

Não, tinha que ser algo mais discreto, não poderia mandar isso, eu poderia assustá-la e eu iria me humilhar, e se Mani tivesse se equivocado, pois ela estava segura quando me disse que ela também gostava de mim.

E se Mani errou pela primeira vez?

Me decidi e peguei o celular, digitando seu numero nas mensagens, mas não escrevi nada, e só enviei. Uma mensagem vazia. Era uma péssima ideia, que me fazia parecer uma covarde, mas na verdade eu não sabia o que dizer, uma mensagem vazia expressaria muito melhor o que eu sentia, as duvidas que tinha, e ainda seria um começo para uma conversa, era como se eu estivesse motivando ela a falar. Chegou o aviso de entrega da mensagem, e minhas pulsações aceleraram. Deixei meu celular novamente sob meu peito e fixei meu olhar a pintura branca do teto do quarto.

O celular vibrou, enquanto dava o toque de mensagem e minhas pulsações estavam mais aceleradas que antes. Peguei em minhas mãos e abri a notificação de mensagem, para ler.

''De CamzZZz: Espero que isso signifique alguma coisa boa.''

Não sabia se seria algo bom para ela, queria somente que ela me falasse se tinha gostado ou não, e que tudo voltasse a ser como antes. Assim decidi enviar uma palavra.

''Para CamzZZz: Afirmativo.''

A mesma resposta que eu tinha dado para Mani, mas era a única que eu tinha agora.

Estava muito mais calma que antes, dessa vez minhas pulsações não aceleraram com o aviso de entrega, e não foi nada exagerado quando a próxima mensagem chegou.

''De CamzZZz: No que está pensando?''

Sua pergunta me desconcertou um pouco, era algo normal, mas de uma forma diferente, pois ela sabia em que eu estava pensando nela e no que tinha acontecido, mas eu não iria ser direta.

''Para CamzZZz: No que está pensando?''

Lembrei que não gostava de perguntas sendo respondidas com perguntas, mas eu optei por isso.

Aviso de entrega.

Nova mensagem.

"De CamzZZz: Não me responda com perguntas. Mas eu estou pensando em você, mais precisamente em seus lábios nos meus."

Oh Porra, acredito Mani tem razão. Tanto sobre eu gostar dela e ela gostar de mim.

"Para CamzZZz: Essa era minha intenção. Eu também estou pensando em você e em seus lábios"

Nunca fiquei tão nervosa com alguém, embora só tivesse sido algumas mensagens. Mas até que não era desagradável.

O que está acontecendo comigo?


Notas Finais


Esse é um dos meus capítulos preferidos. Serio mesmo, tava ansiosa pra chegar nele.


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