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História Quase H2O - Buscando o Oráculo!!!


Escrita por: laia017

Notas do Autor


Primeiramente: Christian está se tornando um filho da puta!
Segundamente: Tretas jamais serão abandonadas e qualquer oportunidade que tiverem para entrar, entrem!
Terceiramente: TACA O PAU, DOIDO!
Revisada.

Capítulo 44 - Buscando o Oráculo!!!


Fanfic / Fanfiction Quase H2O - Buscando o Oráculo!!!

Permanecia ao lado de Mila e Tiny passando nosso tempo na Lagoa da Lua, me consolavam sobre a cisma de Christian sobre mim entre a água.

Mila - Luna, pare de lacrimejar. Desde o começo, estava ciente que ia perguntar o razão de seu comportamento perto da água.

Tiny - Algo que nos vez recear num tanto quanto a todos em nossa volta...

Luna - Estás um tanto cismado, mal se dirige a mim.

Tiny - Creio.

Mila - Não crê em seu Príncipe?

Luna - Creio, mas meu receio...

Mila - De quê?

Luna - Tens conhecimento de que as pessoas deste povoado pensam sobre Sereias. Homens ao mar quando veem Sereias, ficam desesperados e almejando as matar, isto poderá ocorrer conosco. Sei que pensam nisto.

Tiny - Ele não iria te machucar? Ou iria? - Indagava, temida.

Luna - Sou metade peixe e metade mulher quando estou na água, és desconhecido para ele... ou para qualquer outro homem.

Mila - Tens apenas um jeito de descobrirmos, Luna... contando a ele.

Luna - Contando para outro alguém?

Tiny - O conhece o suficiente para saber que não seria capas de fazer isto contigo.

Mila - Se assim almejar, iremos contigo.

Luna - Não será necessário... - Me afasto das pedras e me viro para as tais. - Irei só. O contei que este segredo não era apenas meu, que também pertencia à vocês, por isto não forçou no começo.

Regressamos as pedras da praia. Nos secamos calmamente, por dentre pensamentos de contar a um outro alguém.

Mila - Vá até o Castelo?

Luna - És ariscado demais. Tua mãe, a Rainha, me repugna, teu pai, és um descarado.

Cansada de vistar a areia levantei meu olhar até a mata detrás de nós, pois o vejo se retirando dentre as folhagens acompanhado de teus guardas, Henry teu conselheiro e teu primo distante. Notaram nossa presença e meus olhos encontraram com os dele.

Tiny - Iremos de controlo à eles?

Luna - Eu...

Henry - Olá. - Surgiu detrás de nós, nos fazendo se virar a tua frente. Pegou minha mão e a beijou, fez o mesmo com as outras. Após, permaneceu a nos mirar.

Luna - Olá, Henry. O que o trás?

Henry - Vosso Príncipe...

Mila - O que disseres?

Henry - Isto és ele quem deve o dizer.

Mirei em tua pessoa, acompanhado com uma moça familiar ao lado: Caterina. Permanecia quieto, trocando palavras com a tal, com teus risos singelos para ela.

Meus olhares para ela permaneciam mais intensos a cada instante.

Tiny - Este olhar, Luna.

Luna - Poderei me lamentar, mas... - Ponho minha mão para ela: as chamas se acenderam ao seu redor, concebendo aos outros a se afastarem da mesma, principalmente Christian.

Henry se mantinha parado com seus olhares intrigados para mim, esbugalhados.

Tiny - Basta! - Apanhou meu pulso me desconcentrando, fazendo as chamas desaparecerem. - Eles...

Mila - Luna, não devia fazer isto.

Luna - Não me contive.

Christian mantinha seu olhar para mim, o decaindo para minha mão e a abaixei.

Luna - Estou partindo, não venham atrás de mim, desejo ficar só.

Lhe dei minhas costas e prossegui com meus passos ligeiros para regressar às pedras, mirando o horizonte, suspirando o ar fresco em minha volta, com a brisa em meus cabelos.

Christian - Era a ti?

Cessei meus passos, me virando de frente a ele, receosa.

Christian - Luna?

Luna - És isto que sou, Christian... és os dons que possuo.

Christian - Como...? És o tão segredo que estava reclusa em contar-me?

Luna - És uma pequena parte. - Lhe deu as costas para caminhar até a beira das pedras, sentindo Christian pegar em minha mão e me virando para si. - Chris...

Christian - O que estás fazendo, Luna?

Luna - Lhe mostrando a verdade sobre mim. - Soltei-me de sua mão me colocando de frente ao mar, pulando nas águas claras.

Na água se fez em bolhas em minha volta, prosseguindo com receio do que poderia ocorrer. Balanço minha nadadeira para me pôr impulsão e me fazer ir para a cima, deixando a visão de minha Cauda a mostra.

Ponho meu olhar sobre ele, acanhada, com temor, tendo alguma esperança de que me aceite, mas o mesmo retrucava o olhar com apreensão.

Luna - Pare de me olhar assim... irá me fazer sentir pior do que já estou.

Christian - És uma... uma....

Luna - Sereia...

Se abaixou, se sentando sobre as pedras, amedrontado, ainda com seus olhares inquietantes para mim.

Christian - Sempre foi assim?

Luna - Desde meu décimo segundo ano.

Christian - Cristo...

Por mais receio que estava, estendo o braço à ele, mas o mesmo se afasta.

Luna - Christian, não faça isto... eu te peço.

Estava pronta para me deleitar em lágrimas, e mesmo com tua reação, prossegui com o braço estendido a ele sub com teu olhar de apavoramento. Crendo que já não haveria de aceitar-me, com lágrimas em meus olhos, recuei meu braço.

Luna - Por isto que não deseja contar-te... Tinha o conhecimento de tua reação à mim, do que iria fazer comigo... ou me matar. - Murmurava dentre lacrimejos, pronunciando com a voz fraca. Dou a última olhada para ele dantes de me virar mergulhar. Depressa em rota a Mako, magoada com Christian.

* Luna Inativa *

* Mila Ativa *

Tiny - Para onde está indo? - Indaga ao se pôr em frente à Caterina ao meu lado.

Caterina - Por qual motivo que o Príncipe seguiu Luna?

Tiny - Retorne para o lugar de onde veio, puta.

Caterina - Ah, sim... compreendo. - Abre teu sorriso. - À um caso dentre os dois. Por ora compreendo do homem não cair em tentação por meus encantos.

Tiny - Um homem que cai em teus encantos, és um mulo.

Caterina - Tampe tua boca, cadela, que à ti, apenas possuo pena.

Tiny - Pena? - Prosseguiu com tua chacota. - Pena possuo de ti que aguarda carícias vindas de um homem que mal está interessado numa mera putana como a ti, vinda de um bordel mundano!

Caterina - Cale-te! 

Tiny - Poderei até revelar tais casualidades que ocorreram em quatro paredes para todo o povoado, assim para que, enfim, fechem aquele lugar!

Caterina - Poderei revelar algo para todo o povoado, de que Luna abre as pernas para o Príncipe!

Mila - Caterina! - A repreendo.

Caterina - Jamais irão me impedir!

Tiny - A ti não irá revelar nada. - Apanhou o braço dela e a puxou para si, mantendo seu olhar fixo nos olhos de Caterina que se manteve quieta. - Esquecerá que esteve Vosso Príncipe e vorá se aventurar na mata com um outro qualquer. Vá.

A mesma, assim que se libertou, nos deu as costas e se encaminhou mata adentro.

Tiny - Hmmm. - Se segurou em mim.

Mila - Estás bem? - Indago, aflita.

Tiny - Tontura.

Gabriel - Como fizestes isto?

Pomos nossos olhares para ele e nos ponhamos a caminhar em direção às pedras. Tais cavalheiros se encorajavam em nos impedir, mas lhes faltava coragem para nos encarar de frente pelo que avistaram.

Ao nos aproximarmos, vistamos Luna, tristonha, mergulhando nas águas e se indo. Em frente ao mar, ali sentado, estava Christian com teus olhares aflitos ao mar.

Christian - Ela é uma Sereia... - Rumorou para si mesmo. - por isto és tão esbelta...

Mila - A vistou? - Me pronunciei a ele, com revolta em minha voz.

Christian - Senhoritas...? - Nos mirou, logo se mantendo de pé, temido. - A ti...

Tiny - A magoou, e mais uma de tuas perspectivas se fez concretizada. - Lhe dá as costas para se caminhar até a beira e pular nas águas.

Henry - Tiny...?

Christian - Para onde vão...? E Luna?

Mila - A este ponto em qualquer lugar, mas a conheço melhor do que a ti, Vosso Príncipe.

Christian - Como podem viver assim? Temo por cartas de muitos marujos que Sereias na costa ao norte-

Mila - Podes pensar que somos nós...?

Christian - Tenho o conhecimento que Sereias deve ter estes rostos angelicais mas são verdadeiras malignos seres do mar.

Mila - Pensas isto de Luna?

Christian - Como não irei pensar? São Sereias... matam pessoas! Não irei ousar deixar-

Mila - NÃO TERMINE!! - Aumento minha voz e teus guardas se pondo em frente a ele. - Podemos, sim, ser criaturas místicas dos mares, mas isto não nos faz sanguinárias. Podem ter, sim, muitas, milhares, pelos mares afora que matam, mas pensou, Príncipe, que fazem este latrocínio para se protegerem de pessoas ruins, más, que podem as capturar e lhes... exorbitar.

Minha voz falha em falas.

Mila - Jamais pensam que podem existir pessoas ruins e criaturas como nós, temos que nos ocultar dessa gente... Não irá nos expurgar deste reino, por mais que seja um Príncipe, por mais que eres o amando de minha amiga, não irei permitir que a machuque novamente, és como dantes de tua relação. Minhas palavras não foram em vão. Iremos regressar e quando este fato ocorrer, não pense em mandar estes guardas para virem atrás de nós, por mais que sejamos boas, existem certas limitações. E nós, podemos acabar com todos...

Christian - Isto és uma ameaça... novamente?

Mila - Apenas peço para o Príncipe bom que és, não nos machuque, nem vá atrás de nós, principalmente de Luna... já a machucou demais, não acha? - Lhes dou as costas para ir de encontro ao mar.

Christian - Jamais lhe prometei tal coisa.

Mila - Pois bem... irei pronunciar as mesmas palavras para o Senhor... Príncipe. - Pronuncio em desprezo ao pulo no mar.

* Mila nativa *

* Luna Ativa *

Luna - Por qual razão havia que ser assim...? - Permanecia a chorar.

Tiny - Não a merecia... és tão boa para ele.

Luna - O amo... meu coração dói tanto, Tiny.

Mila - Luna...

Ouço tua voz, sentindo teus braços me rodearem.

Tiny - Delongou.

Mila - Trocamos palavras fortes... e o mesmo desconfia que somos nós as culpadas por aquele navio afundar e as mortes.

Luna - Não... - A encaro, franzida. - isto és...

Mila - Lamento, Luna.

Tiny - Por mais que seja nosso Príncipe, és um-

Luna - Pare... peço que parem com tais palavras. - Fecho meus olhos, levando minhas mãos até meu rosto.

Tiny - Como pode blasfemar contra nós?

Luna - Não me ama... nada além de um conto. - Pronunciava tais palavras com tamanha tristeza, que minha voz se mantinham alta.

Mila - Permaneceremos contigo, para tudo, Luna.

Regressamos ao povoado ao escurecer. Andando por dentre as árvores, pelas trilhas, até retornamos.

Tiny - Possivelmente poderiam estar nos aguardando. - Ergueu tua mão, com o punho fechado. - Irão descobrir minha força.

Mila - Guarde suas palavras, por ora necessitamos de um descanso.

Tiny - Como desejas, Mila...

Regressamos em minha moradia, derramando lágrimas.

Tiny - Não derrame lágrimas por ele.

Luna - Perdão.

Mila - Pare, tens a vida inteira pela frente. Ao amanhecer, recobraremos nossas ideias e... seguiremos, está bem?

Luna - Sim... agradeço à vocês. - Sinto teus carinhos apenas com gestos e seus olhares.

Babá - Luna...

Ponhamos nossos olhares à babá que abre a porta.

Luna - Logo adentrarei. - Mal me ponho de frente à ela por receio de sua reação. - Nos vemos ao amanhecer.

Tiny - Até.

Mila - Fique bem.

Adentrei em minha moradia tentando acalmar meu coração, contínuo a doer por ele.

* Luna Inativa *

* Tiny Ativa *

Tiny - Como Luna seguirá assim?

Mila - O tempo cura.

Tiny - Mila, sabes como ela és. A cada dia o ama mais, um amor assim o tempo não tira.

Mila - Se assim almejar.

Tiny - Não almejará. - Miro a frente, podendo mirar teus guardas nas redondezas. - Isto não.

Mila - Caminhemos para outro caminho.

Lhes demos as costas, percebendo outros guardas em nossa retaguarda.

Davi - Como ousam retornar...?

Minha irá contínua a aumentar; cerrei minhas punhos, puxando o ar para dentro de meu peito.

Davi - O que irão fazer? Trucidar alguém?

Ergo minha mão para o guarda, aberta, por isto, Mila a apanha, me impedindo de tal ato.

Mila - Não, isto não. A última situação que almejamos és o povoado inteiro atrás de nós.

Mila possui magia para me manter em domínio, podendo me contar e abaixar minha mão aos poucos.

Mila - Não desejo trocar palavras contigo, Senhor. Apenas desejamos ir para nossas moradias em paz.

Davi - Sereias como a ti?

Mila - Diga baixo, lhe peço.

Davi - Do que tens temor? De todos descobrirem e mata-las?

Mila - Não possuo temor à morte, senhor.

Tiny - Prossiga tentando, Davi. - Dou um passo para frente, mas Mila me para.

Davi - O que iras fazer? Me matar?

Sr. Heitor - O que está havendo por cá? - O mesmo se pôs ao nosso lado.

Mila - Senhor! - O mirou, transtornada. - Apenas... trocando palavras de despedida. Logo iremos para nossas moradias.

Sr. Heitor - Irei acompanhá-las, com licença.

O acompanamos, continuamente, os mirando.

Tiny - Agradecida, Senhor.

Sr. Heitor - Pelo quê?

Mila - Nada que mereça seu tempo.

Senti a mesma com seus olhos em minha pessoa, tensa.

Sr. Heitor - Estás bem?

* Tiny Inativa *

* Luna ativa *

Aos dias ao que se passaram, não o via mais, mal comia, lagrimava pelos cantos, sem me retirar de minha morada. Minha Babá, tento consciência de meu estado, me mandou para a única biblioteca existente neste povoado, estudar. Minha situação não estava normal, mas não haveria de ter opção?

Me retirei pela porta com um capuz sobre minha cabeça, com a mesma abaixada para ninguém poder ver meu rosto. Em meio ao caminho, reencontrei ambas que vieram com prantos até mim.

Mila - Como pode, Luna? - Pronunciou me abraçando. - Permanecer ausente.

Luna - Meu coração desejava a solidão.

A tal me encarava, aflita, junto de Tiny.

Tiny - És uma poeta por ora? Se for, pode me escrevendo um poema?

Mila - Tiny...

Tiny - Sei que estás sofrendo por ele, mas... Luna.

Luna - Ainda dói...

Mila - Sairemos, estamos chamando atenção demais.

Acompanhadas de ambas, regressamos à biblioteca, procurando livros para nossos estudos.

Mila - Iremos apenas nos concentrar, está bem?

Luna - Como deseja.

Pude ler e reler as finitas páginas do livro a procura de tirá-lo de meus pensamentos, a falha era premonitória há dias neste estando de agonia. Uma voz detrás de mim se pronunciou, me tomando a atenção falha que mantinha nas letras escritas nas páginas amareladas do livro.

Cortes - Senhorita, Luna.

Prossegui com meus olhares ao livro, com minha cabeça baixa.

Cortes - Mila e Tiny, Vosso Príncipe as aguarda em vosso Castelo.

Tiny - Diga a teu Príncipe, que permanecemos estudando, reclusas em nos retirar.

Cortes - Senhoritas...

Mila - Pode se retirar, lhe pedimos.

Após Mila dizer tais palavras, mesmo se retirou do ressinto nos deixando sós novamente.

Mila - Como podes enviar um cortes para nós?

Luna - Prosseguimos. - Pronuncio firme à elas, mal retirando meus olhos do Livro.

Permanecendo na biblioteca, praticamente, lendo todos os Livros que nos cabiam ler e fazer nossos rascunhos, como uma sala pequena, cabiam tão poucos livros para aproveitarmos.

Tiny - Minha mãe não irá poder dizer nada à mim, estudei. - Pronunciou, exausta, fechando o livro.

Mila - Desejarei que esta biblioteca fosse maior, com mais livros para poder ler... Luna.

Luna - Sim. - Percorri meus olhares perdidos à ela avistando teu sorriso nos lábios, carinhosamente, para mim. - Estou bem.

Tiny - Lorotar és feioso.

Mila - Iremos, escureceu e podes ser perigoso irmos para nossas moradias. - Se ergueu de tua cadeira.

Christian - Como irão? - Adentrou pela porta vindo em direção para a mesa.

Tiny - O que o faz aqui?! - Levantou tua voz para ele.

Mila - Após pronunciar tais palavras, após tantos dias, têm coragem de nos encarar?

Christian - Minhas palavras se dirigem para ambas.

Tiny - Certo. - Deu seus passos para se pôr afrente de mim, que prosseguia sentada, de costas para tais, e de Mila, que se mantinha ao meu lado. - Fale! Não tens ninguém por aqui além de nós, quase ninguém vem para cá...

Mila - Tiny, chega de tais palavras.

Christian - Deveremos prolongar tais palavras em um lugar mais adequando.

Tiny - Não me diga que em teu Castelo?

Christian - Por qual razão, não?

Luna - Blasfemador. - Me pronunciei me erguendo da cadeira para me pôr à tua frente, encarando teus olhares ariscos para mim.

Tiny - Fique detrás de mim. - Apanha meu braço, me parando ao teu lado.

Luna - Como ousa blasfemar assim diante de minha pessoa? Diante delas?! - Soltando palavras, caminhando até ele. - Blasfemar!

Tiny - Bom que temos ela.

Luna - Desejo permanecer às sós com, Vosso Príncipe. - Ordeno à eles.

Mila - Não tenho confiança em lhe deixar só com este-

Tiny - Iremos, o máximo que fazemos és matá-los. - Pronunciou com tua zombaria, se retirando pela porta junto de Mila.

Christian - A ti.

Luna - Confiava em ti... por ora, não mais.

Christian - Poderia ter me revelado tal coisa com mais serenidade.

Luna - Iria mudar algo...? Me diga? Se passou tantos dias sem me ver, sem trocarmos alguma palavra... Nenhuma carta... Jamais deveria ter lhe dado a ousadia de minha parte para se engraçar comigo... Enganador. - Me dou a ousadia de caminhar ao teu para poder alcançar a porta detrás de si, não permitindo que minhas lágrimas caíssem diante do próprio.

Christian - Não a enganei... nenhuma vez.

Luna - Por ora estas. - Me ponho a virar-me para ele, segurando meus lacrimejos, encarando tuas costas. - Poderei vislumbrar que não confias em mim, que qualquer coisa que fizer irá suspeitar... não ache que não percebi teus guardas rondando minha moradia. Como podes achar que faria mal a alguém após tudo que houve entre nós? Comigo? Me entreguei à ti com meu amor e ao revelar o que sou... faz isto...? Como quer que eu me sinta, Christian?!! Deverás a pensar que apenas fui um mero divertimento para ti como todas são...

Christian - Não - Pronuncia ao se virar diante de mim, tristonho. -, não foi e nunca será.

Luna - A ti, jamais disse que ama... Como irei crer que não tens armadilha para nós em seu Castelo? Sei que tens. - Mirava em teus olhos negros como a noite. - Olho em teus olhos e vejo a verdade. Minha mágoa apenas tente a se agravar em meu coração.

Christian - Não irei lorotar, tens... mas não irei lhe fazer mal algum. - Deu seus passo em direção à mim, mas me afastei.

Luna - Como podes fazer isto comigo...? Eu me apaixonei por ti... Lhe amo, Christian. - Minhas lágrimas caírem, sem algum impedimento. - Meu outro Lado não és monstruoso como achas... Possa ser que por vezes, realizamos asneiras... mas não são para o mau. Mal matar alguém, muito menos você. - Limpei meu rosto após pôr meu capuz. - De agora em diante, és livre para ir detrás de todas as que almejar se deleitar. E juro que me esquecerei de ti.

Lhe dou as costas para sair do estabelecimento. Me impedindo de me retirar, o mesmo apanha em meu braço e me faz retornar a olhá-lo em teus olhos, os mesmos que estão me pondo temor.

Christian - Não vá. - Firmou sua mão dentre meu braço. - Lhe peço.

Luna - Christian... sinto algo em você que... me dá temor. Minha escolha és permanecer longe de ti.

Christian - Lhe peço para que não me deteste. Não vá embora, Luna. Saiba.. para lhe mostrar que podes confiar em mim...

Luna - Perdão... mas esconde algo... não creio em ti. Eu te amo, Christian. - Me larguei se sua mão pronta para ir, me desfazendo em lágrimas.

Passei diante daqueles guardas, sob meu capuz, caminhando firme até as meninas.

Mila - Luna?

Luna - Apenas iremos... estás bem? - Abaixei meu capuz destinada a esquecer Christian.

~ Sonho ~

Acordo num pulo que ajudou a cair da cama, mas eu nem me importei com a pancada pelo sentimento de tristeza que sentia.

Lais - Christian... - Sussurro seu nome colocando a mão no meu peito. Ainda triste, me levantei e saí do quarto, desanimada.

Tae - Que foi, menina? - Passou do meu lado escovando os dentes.

Lais - Nada. - Respondo com voz de choro indo pro banheiro.

Tae - Outro sonho?

Assenti.

Tae - Me conta.

Lais - Christian descobriu a Cauda das meninas. - Explico continuando a ir para o banheiro.

Tae - Eeee...

Lais - As coisas não deram muito certo. Como ele era um Príncipe, queria proteger seu povo de... criaturas do mar. - Entrei no banheiro, indo até em frente à pia pegando minha escova.

Tae - Com um final triste?

Lais - Ele queria me prender por eu ser uma Sereia, cê acredita? Naquela época, havia bastante Navios afundados e muitas aparições de Sereias assassinas, ele acha que somos uma delas.

Tae - Que treta.

Lais - Luna... sentiu que ele estava escondendo algo e isso dava medo nela. - Coloquei a mão no meu peito. - Ainda posso sentir esse medo, é forte.

Tae - E o que aconteceu?

Lais - Ela vão seguir a vida e a Luna queria esquecê-lo. - Bato na pia, revoltada. - Isso não pode ficar assim!!!

Tae - Menina, você sabe que esse é o passado bem distante e isso já aconteceu.

Lais - Mas eu quero ver... - Fiquei olhando pro nada e assentindo com a cabeça. - Vou voltar no tempo de novo.

Tae - Mas como vai saber que tempo foi?

Lais - Foi seis meses depois... quem foi que disse?

Tae - Ééééé... vai pensar nisso depois. - Bateu nos mais ombros.

Lais - Mas eu tô triste.

Tae - Eu vou te molhar pra você parar?

Lais - Por que a minha bipolaridade não funciona numa hora dessa?

Tae - Isso se chama doença.

Após escovar meus dentes, e ainda com pouco sono mas com muita fome, desci para sala, já vendo os meninos bagunçando o ambiente.

Lais - O que tão fazendo aqui essa hora? - Pergunto quase num choro.

Jungkook - Por que está... ãhn?

Lais - Que foi...?

Todos olhavam para mim, paralisados, e me olhei; estava com uma blusa antiga do Taehyung que em mim ficava curta.

Lais - Vocês todos! - Gritei e apontei para todos, levando meu braços pro lado e para o outro. - Vão se fuder! Hoje eu não tô legal e nem quero ficar de graça com vocês!!

Namjoon - Está com TPM?!!

Lais - Eu vou uma TPM na tua fuça! - Passo para o corredor, indo até a cozinha.

Lais Off

Thais On

Caminhava pela praia, sem a companhia das meninas, para relaxar um pouco a minha mente e meu corpo pelos últimos acontecimentos, também pelo sonho da noite passada.

Distraída nos meus pensamentos, mal percebi que estava próxima à venda do Christian, na qual estava cheia, tanto em frente ao balcão quanto às mesas postas ao lado da venda, mais por garotas mas já estava costumada com a famosa fama de gato da praia, apelido que elas davam à ele na maior cara de pau.

Sim, ficava pouco enciumada, mas não podia fazer nada, nós não tínhamos nada sério por mais que eu quisesse, ele não queria, e era isso, um pressentimento dentro do meu peito em relação à isso que me incomodava, todas as vezes que estava com ele.

Me apressei para chegar até sua venda, me surpreendendo ao ver uma garota conhecida, amiga dele, sair da venda com um sorriso no rosto e indo embora segurando uma garrafa de soda na sua mão

Franzi, confusa, mas era sua amiga, do trabalho, talvez?

Passo pelas garotas para ir até a entrada, percebendo a olhada de canto de olho delas para mim, tanto que sentia a pressão dos seus olhares sobre os meus ombros. Por fim, entro na sua venda com o mesmo ficando surpreso com a minha aparição.

Christian - Oi, Pequena. - Me cumprimentou, colocando dúzias de garrafas de soda em cima do balcão para as garotas que só me olhavam de canto, suas expressões não era boas, nem as suas auras. - O que faz aqui?

Thais - Pensei em dar uma passada, já que hoje não temos aula. - Vou até seu freezer, me apoiando em frente à ele. - Tomar um ar. Parecia que o de casa estava me sufocando, por mais que as coisas entre eu e minha mãe estão indo bem.

Christian - O que está acontecendo? - Perguntou, vindo até mim, parando do meu lado e abrindo o freezer para pegar um dos sorvetes e estendendo para mim, já aberto.

Thais - É só as situações que nos metemos, sabe. - Pego o sorvete de sua mão, com ele jogando o pacote no lixo ao lado. - Tudo parece estar me sufocando.

Christian - Tira um dia de folga de tudo isso. - Se aproximou, depositando um beijo na minha testa, fazendo meu coração se acelerar, minimamente. - Vou fechar umas quadro ou cinco horas, depois vou para o Sea World. Quer vim comigo?

Sorriu para ele, sentindo, pela primeira vez, algo leve sobre ele, sobre o que sentia sobre mim, mas algo, ainda sim, estava sobre ele que era difícil de decifrar.

Thais - Você está bem hoje?

Christian - Isso é um não? Porque, se for, tudo bem, você têm a sua vida. - Responde sorridente.

Thais - Não, sei que... faz algum tempinho que você estava diferente.

Christian - Como assim, diferente?

Thais - Só... - Encarava a sua face, prestando a atenção nos seus mínimos detalhes, o quão perfeito ele é. - diferente.

Christian - Você me olhando assim, me deixa sem graça. - O mesmo mantinha seu olhar fixo sobre mim, sem deixar de sorrir, me deixando sem reação. - É melhor você comer logo, vai derreter.

Thais - Ah? - Olho para o sorvete, vendo os primeiros pingos se formando. - Ai meu Deus!

Garota. - Eeei, alguém para nos atender aqui?!

Uma das garotas que estavam em frente à venda, diz.

Thais - Melhor você ir. - Levanto o sorvete até minha boca para lamber sua base, desviando o meu olhar para o lado e sentindo seu sabor de limão bem azedinho. - Hmm, é bom.

Christian - Aham.

Sentia seu olhar sobre mim, o que me fez voltar a o encarar, ainda lambendo o meu sorvete de palito, percebendo que ele estava encarando o sorvete e a minha boca, fixado.

Thais - Chri-Christian? - O chamo, confusa.

Christian - Oi?... Oi! - Saiu do seu transe, me olhando com seus olhos quase arregalados.

Thais - O que foi?

Christian - N-nada.

Thais - Cê é estranho. - Dou uma olhada de cima à baixo nele, e me viro para ir até uma cadeira. - Posso te ajudar com algo?

Christian - Não... só, só fica, tá.

Encaro ele, parecendo estar incomodado com algo e nervoso.

Thais - Como quiser... - Desconfiada, me viro de costas para ele, pegando algumas balinhas que estavam numa caixa. - Depois eu pago.

Thais Off

Lais On

Me viro, segurando a tigela do meu cereal que acabava de esquentar, vendo o Taehyung entrando na cozinha segurando sua blusa listrada. Veio até mim, amarrando ela na minha cintura.

Lais - Taetae, tá com ciúmes de mim? - Perguntei, com um sorrindo debochado.

Tae - Nããããã. - Apertou o laço na minha cintura, com raiva.

Lais - Ai! Precisa disso não. - Passo por ele para ir até a mesa, me sentar nela para comer o meu cereal.

Tae - Acho melhor você ir se trocar, já é meio dia.

Lais - Se eu quiser ficar com ela roupa o resto do dia, eu vou ficar com essa roupa o resto do dia!!

Tae - Rebelde!

Lais - Talarico!

Tae - Como é?

Lais - É isso mesmo que ouviu!

Ouvimos a porta se aberta e depois fechada com força.

Lais - Nossa. - Me forço a levantar da cadeira para poder olhar através do balcão quem havia entrado, vendo que seria a Melissa, então, volto a me sentar e comer. - Ah.

Melissa - Meninos!!!

Lais - Melissa? - Digo sem ânimo, dando uma colherada no cereal e a enviando boca dentro.

Tae - Já volto! - Foi correndo para o corredor, animado.

Lais - Ele nunca ficou tão animado assim quando me vê.

Melissa - Meninos, vamos ir para a praia!

Yoongi - Não estou afim.

Lais - Nossa, que noticia. - Me levanto e vou até a geladeira, pegando a jarra do suco.

Melissa - Posso chamar a Layne.

Abro minha boca, abismada, voltando a olhá-los através do balcão.

Lais - Bajuladora... - Sussurro para mim mesma.

Yoongi - Pensando melhor...

Volto a pegar a tigela e vou até o corredor para ir à sala, me encostei na parede ao lado da escada. Quando ela me percebeu, me olhou de cima à baixo.

Lais - Que foi? - Pergunto com a boca cheia.

Melissa - Nada, você também pode ir a praia com a gente.

Lais - Bom saber, mas prefiro ficar pairando na venda do Chris... se é que ele vai tá lá, ele tá bem estranho, principalmente com a Thais. Mas se estiver, posso ficar lá com as meninas, vindo os boy magia passando. - Terminando de falar, recebo uma almofadada na cara que por sorte não acertou a tigela. - Quem foi?

Encaro todos e Jin apontou para o Taehyung.

Lais - Ciúmes de novo, Taetae?

Tae - Vá a merda vocês.

Reviro meus olhos e voltei na cozinha, terminando de comer e colocar a tigela na pia e voltei, ouvindo alguém bater na porta.

Lais - Pôh quê! - Gritei ao ir até ela, arrastando meus pés sobre o chão, dando um pulo ao subir o degrau em frente à porta que a abri segundos depois. Dou de cara com o Fabio que também me olhou de cima à baixo, depois balançou a cabeça. - Boa tarde, Fabio... Meu professor... O que está fazendo aqui?

Fabio - Boa tarde... - Pois suas mãos nos seus bolsos em frente da calça, nervoso. -, eu queria te contar que Marie vai vir para cá, daqui uns dias.

Lais - Ela poderia me mandar uma mensagem falando isso, não? - Pergunto, desconfiando do motivo.

Fabio - Sim, mas...

Lais - A gente já conversou sobre isso... se é isso que eu tô pensando, mas se não for, desculpa.

Melissa - Sobre o quê? - Perguntou, me dando um certo susto. Ficou do meu lado, sorridente, olhando para mim e para o meu professor.

Fabio - Nada. Até segunda.

Lais - Até. - Me despedi com um sorriso, vendo ele se virar para ir embora. Fechei a porta, confusa. - Tendi foi nada... mas também tudo.

Melissa - Ele gosta de você.

Fico de frente à ela, a encarando diretamente nos olhos.

Lais - Não sei, Melissa, me fala você? - Passei por ela para ir até as escadas, subindo para o meu quarto. Liguei para as meninas virem aqui, mas apenas Yngrid atendeu, dizendo que Thais estava fora.

Tomei banho; coloquei um biquíni e por cima uma blusa branca, sandália; arrumo minha bolça com tudo que preciso e desci. Já nas escadas, vejo Yngrid entrar e começar com sua comemoração.

Yngrid - Borá insextar!! - Disse ao levantar suas mãos para cima, dançando.

Lais - Borá!

Saímos de casa, já começando a colocar o protetor solar, mesmo estando com pouco sol.

Yngrid - Não posso tocar as lentes do meu óculos caríssimo! - Disse, balançando suas mãos.

Chegamos na avenida, tendo a visão da praia e do mar do outro lado. Atravessamos e chegamos no calçadão, tirando nossas sandálias para andar apenas descalças e sentir a areia nos nossos pés.

Também, percebendo fotógrafos tirando fotos da nossa amiga, Layne, perto do mar.

Yngrid - Eu vou ir lá. - Diz, abrindo seu sorriso gozador.

Lais - Nãh...Yngrid.

A mesma me deu sua bolça e me deu, também suas sandálias, começando a correr pela praia, saltitando, indo na direção dela.

Yngrid - ALOHA!!

Chegando próxima à eles, correu na frente das câmeras, ainda gritando, tirando gargalhadas de todos que estavam lá, menos do Adam que estava logo atrás dos profissionais.

Lais - Mas como é louca. - Comentou, vendo as ficarem juntas e fazendo poses para tirarem fotos.

Franzi com as duas começaram a me chamar, me gritar praticamente. Suspiro alto e vou até elas, ainda com as bolças e segurando as sandálias.

Lais - Oi?

Yngrid - Borá tirar algumas fotos? - Fez uma das poses do Michel Jackson, e um dos fotógrafos tirou a foto.

Lais - Cê num tá atrapalhando as fotos do trabalho da Layne?

Layne - Tá tudo bem. - Fez mais poses junto da Yngrid, com tirando outras várias fotos. - Minha sessão acabou faz cinco minutos. Ainda tenho eles para tirarem mais fotos se eu quiser.

Lais - Poxa. - Vejo os flashs atingirem os meus olhos, não me cegando por estar de dia e com um sol acima de nós iluminando bem toda a praia.

Layne - Vem!

Lais - Eu tô segurando...

Layne - ADAM!!

Adam - Não sou pago por isso. - Comentou meio alto, vindo até mim.

Lais - Adam, você não precisa fazer... - Digo, mas ele logo pegou as bolças e a sandálias na minha mão. - Tá bem!

Passo por ele para ir até elas.

Layne - Faça as suas melhores poses.

Lais - Eu vou estragar suas fotos. Logo avisando.

Tudo que via eram flashs e mais flashs, a cada uma que se passava, fazia cada pose diferente das demais: Palhaça, era assim que deveriam me chamar.

Yngrid - Puta!

Lais - Puta!

Layne - Essa vai pra vida! - Pois seus braços em cima dos nossos ombros, comigo e com a Yngrid, colocando nossas mãos por trás delas e fazendo um V com as mãos e um ótimo sorriso, para a nossa última foto. - Devem pagar de modelos mais vezes.

Yngrid - Filha, eu já pago sozinha. Não vê meu Instagram?

Layne - Todo mundo vê. - Respondeu antes de ir até os fotógrafos.

Yngrid - Eu é ir junto dela pra ver os meus melhores ângulos. - Correu até ela.

Lais - Mas você já sabe os seus melhores ângulos! Nossa. - Me viro para o mar, me imaginando mergulhar sobre as várias ondas que quebravam a água.

Tae - Deu para virar uma modelo agora?

Me viro para ele, o vendo completamente molhado e com uma arma enorme de brinquedo.

Lais - Tá tentando impressionar alguém com isso? - Aponto para o seu brinquedo. - Te garanto que nenhuma vai cair.

Tae - E eu te respondo que ele aguenta a pressão. - Desviou o olhar para duas garotas que passaram por mim, apenas de biquíni, ambas dando mole pra ele.

Lais - Elas são lindas, mas você...

Tae - Não queima o meu filme... - Levantou seu brinquedinho, o mesmo que começou a atirar água para cima.

Lais - Cuidando com essa coisa! - Digo e me afasto.

Tae - Para de medinho.

Lais - Medinho?... - Repito e cruzo meus braços, encarando meu irmão, séria.

Tae - É tudo brincadeira, mana.

Lais - Brincadeira? A minha situação é uma brincadeira?

Tae - Não foi isso que eu quis dizer.

Lais - Hmmm. - Assenti, nada convencida. Separo meus braços e abro, bruscamente, minha mão na direção do seu brinquedo, vendo as cristais de gelo se forçando ao redor da sua superfície, também congelando a água que saia da arma. - Nossa, que visão maravilhosa.

Tae - Você tá doida? - Abaixou seu brinquedo, quebrando o gelo sobre a areia. - Alguém pode ver.

Lais - Nossa, que lastima! - Desvio do gelo que estava na areia para poder caminhar e passar por ele.

Tae - Ei, você vai deixar a minha arma assim?!

Lais - Se eu ousar tentar descongelar, eu poderia até derreter todo o plástico que seu brinquedinho têm, mas como eu me importo com a natureza, pode deixar isso numa lata de lixo reciclável para fazer o bem pro nosso planeta azul.

Tae - LAIS! - Me gritou com raiva.

Lais - Seus gritinhos me mulherzinha não me colocam medo! - Riu e chego até as meninas. - As fotos ficaram boas.

Tae - Isso não vai ficar assim! VAI TER REVANCHE, IRMÃ!

Me viro para ele, e o vejo começar a correr para o meu lado esquerdo.

Lais - Vai com Deus! - Grito de volta.

Yngrid - Vai ter guerra?

Encaro a menina que estava alargando um sorriso demoníaco na face.

Lais - Ti-ti-tira essa face da sua face!

Layne - Ufa! Tô livra pra nóis fazer o que quisermos! - Dançou, mas logo parou. - Cadê a Thais?

Yngrid - Mar num é que eu esqueci da mesa. ADAM! - Gritou por ele, mas nada dele vir.

Layne - Desculpa, ele tá com uma birra desde ontem por eu ter pedido uma pizza e ter comido ela quase inteira em minha plena refeição saudável.

Lais - Você nem tem àqueles odiados: quilos à mais.

Layne - Esqueceu como funciona o mundo das modelos?

Yngrid - Cê num vai ficar esquelética como algumas, né não? Se daqui uns anos, tu estiver puro osso, você vai ver meu punho na tua fuça. - Ameaçou, apontando seu dedo e o deixou no meio do rosto dela.

Layne - Garanto pra você que eu nunca vou fazer isso como um meio desesperador de conseguir um trabalho. - Explicou, colocando um sorriso assustador no meio do seu rosto. - E só pra constar, tô sendo irônica.

Lais - Layne!

Yngrid - Eu vou dar uma na cara dela é agora! O ADAM!! MINHA BOLÇA, RAPAIS!

Lais Off

Thais On

Estava do lado de fora, encostada na parede ao lado do balcão, apenas esperando que ele feche a venda; observava as constantes ondas que quebravam o mar, ouvindo o seu relaxante som com as ventanias que faziam as mechas dos meus cabelos dançarem, me refrescando do calor do dia.

Também mantinha meus olhos sobre o sol da tarde que já se preparava para se deitar, trazendo o tom alaranjado no céu.

Christian - É tão linda.

Ao ouvir sua voz, meu corpo se estremece e meu coração dá um pulo. Viro para ele que se aproximava de mim, segurando uma garrafa d'água. Sorrio timidamente por ficar sem graça com seu elogio, abaixando meu olhar para a areia, toda boba.

Thais - Tá me deixando sem graça. Não gosto quando faz isso.

Christian - Agora vou fazer mais ainda.

Por minha visão, vejo ele se colocando à minha frente, colocando sua mão livre na minha cintura me puxando mais para perto de si. Levanto meu olhar para ele que sorria, sentindo minha respiração aumentar;

Seus olhos azuis esverdeados reluziam a luz do sol, me deixando ainda mais maravilhada com sua visão.

Christian - O que está esperando? - Sussurrou com sua voz rouca, fazendo os meus pelos se arrepiarem e meu coração acelerar.

Sem mais esperar; levanto meus pés para me deixar um tanto mais alto, pondo os meus braços em volta do seu pescoço e o puxar para baixo, selando as nossas bocas num beijo quente e lento: sua língua molhada e agitada, deslizava junto a minha; mordiscava e puxava meu lábio com vigor, trazendo um tanto de dor prazerosa para mim.

Seu braço me apertava mais contra seu corpo robusto, que me levantou e me pois por acima do seu balcão. Agora me abraçando com seus dois braços, aprofundando seu beijo, agressivamente. Respondendo à isso, percorro meus dedos entre seus cabelos macios e os puxo levemente, aproveitando para, também, prender seu lábio inferior entre meus dentes e o puxar, lentamente.

Mentiria se dissesse que não estava gostando desse lado mais agressivo e atrevido dele, estava, mas ainda tinha uma mista de dúvidas nas suas ações... algo como se estivesse se forçando a fazer.

Tendo isso em mente, e com a certeza disso, estava me sentindo mal por me aproveitar da situação... mas estava tão gostoso estar ali com ele, mesmo que seja forçado.

Namjoon - Vão para um Motel!

Paro com a agarração e olho para Namjoon que passava do lado da venda com duas armas de brinquedo na mão.

Constrangida, encosto minha testa no ombro dele que, simplesmente, sorria.

Christian - Não seria má ideia.

Thais - Christian! - Abismada, tiro minha testa do seu ombro e começo a dar leves tapas nos seus braços. - Quem é você, menino?

Christian - Um alguém que é... - Deu uma pausa para ficar me encarando atentamente, terminando ao fixar seu olhar dentro dos meus olhos. - está ficando mais louco por você a cada dia...

Se aproximou, minimamente, deixando sua boca próxima à minha: pude sentir sua respiração acelerada contra a minha que estava calma.

Thais - É melhor a gente ir para o Parque... - Digo, afastando o mesmo de mim. O olhava com carinho, sorrindo. - ou vai se atrasar.

Christian - Você me faz perder a noção do tempo. Vem, eu te desço.

Franzi, meio confusa com sua desculpa e com todas as suas atitudes comigo hoje. O conhecendo como eu conheço, sabia que nunca se atrasaria para o seu trabalho, nem mesmo por mim... Queria relaxar minha cabeça de tudo mas acho que só trouxe mais perguntas que irão ficar sem respostas, me perturbando ainda mais.

Segurou minha cintura e me levantou, deixando nossos rostos mais próximos, perdendo meu olhar nas suas reluzentes órbitas: azuis esverdeadas. Me pois no chão e selou minha testa.

Christian - Vamos.

No caminho, estava perdida nos meus pensamentos sobre ele. Podia ser exagero, uma ilusão criada por mim, mas um medo repentino cresceu em mim que se refletia nele. Predominava seu toque, como um ato frio.

Meu coração podia estar me enganando desse jeito?

Christian - Thais?

Thais - Oi?!

Como um toque, acordo do meu transe e percebo já estar na entrada do Parque; olho para os lados, confusa, depois os volto para ele.

Christian - O que foi?

Thais - N-nada - Gaguejo e ponho minha mão na minha nuca, coçando a região pelo nervosismo. -, só estava pensando.

Christian - Você não parece bem. - Pois sua mão nas minhas costas e me puxa para passar na catraca e, finalmente, entrar no Parque.

Senti um arrepio percorrer minhas costas e uma sensação de preocupação me atingiu.

Thais - Te garanto, Chris... eu tô ótima. - Odeio mentir. - Prometo que minha mente vai estar na mais completa paz quando eu ver a sua apresentação.

Christian - Sério? - Gargalhou, sem ânimo. - Não é grande coisa.

Thais - Tem razão, é uma enorme coisa.

Decidi esquecer todas as minhas sensações de alertas para apenas aproveitar o meu tempo com ele... fazer ele gostar mais de mim.

Thais - Pode vim! - Pego sua mão que estava nas minhas costas e o puxo, para irmos mais rápido até o tanque onde estava os golfinhos.

No caminho, senti meu peito pesar e uma raiva cresceu por mim, que me fez parar no lugar.

Christian - Está tudo bem?

Thais - Aham. - Assenti, franzindo por estar confusa com esse sentimento repentino. Era como ser atingida por uma bala.

Christian - Vamos.

Como um sexto-sentido, me guiou e me fez virar meu olhar para um ponto específico do Parque, tendo em mente e sentindo que havia uma pessoa naquele ponto (um corredor extenso que levava para um dos brinquedos do lugar), mas não havia ninguém, além das constantes pessoas que passavam.

Christian - Que foi?

Thais - Nada... - Fixava meu olhar no local, garantindo que sim, havia um alguém escondido ali. - Já volto.

Christian - Não! - Aumentou seu tom e me segurou com mais força, me impedindo de ir para o corredor.

Me viro para ele, mais desconfiada ainda, franzindo meu olhar questionador sobre ele que me olhava um tanto nervoso. Já a raiva repentina, não foi embora, continuava presa em mim como um carrapato, o que me deixou mais alarmada do que antes.

Thais - Por quê? - Pergunto, séria.

Christian - Você mesma disse para não me atrasar, então vamos... Pequena. - Respondeu, escondendo seu nervosismo de mim.

Thais - Tá... Vamos.

Estava agitada, a mil por hora. Todo o fato com as emoções afloradas, tiraram o pouco do sossego, e a desconfiava, pela reação dele, piorou a minha tarde.

Thais Off

Yngrid On

Yngrid - Sua câmera é muuuuito legal.

Estava eu, paquerando um dos fotógrafos gatos das Layne; segurava sua câmera na minha mão mas meus olhos estavam totalmente para aquele moreno de olhos escuros que estavam por baixo dos óculos de grau. O olhava por cima das lentes escuras do meu óculos, na maior cada de pau, dando em cima dele, mas parece que ele nem estava dando conta, me dando um pouco de raiva.

Kevin - Obrigada. - Agradeceu, sério, concentrado numa outra câmera que estava segurando: arrumando sua lente.

Sua expressão séria, deixava ele ainda mais gostoso com aquela roupa social.

Yngrid - Você não está com calor, não? O dia tá quente, e você usando roupas sociais.

Kevin - Estou trabalhando, Yngrid. - Respondeu grossamente.

Yngrid - Ai... não precisa ser grosso.

Kevin - Não estou, só é o trabalho que me estressa. Desculpa. - Tirou seus olhos da câmera para me olhar por um segundo, abrindo um sorriso branco, mas logo se abaixou para mexer na sua bolça.

Yngrid - Odeio quando as pessoas descontam o estresse em mim. - Digo para ele que mal me respondeu. - Também quando me ignoram, mas tudo bem, você não é obrigado a me responder, mesmo que eu quisesse que você responda...

Kevin - Com licença. - Diz calmamente, pegando a câmera da minha mão e a guardando na sua bolça.

Yngrid - Cara... - Chamo ele que ainda estava centrado na sua bolça.

Kevin - Acho que deixei minha câmera na empresa.

Suspiro, irritada, e olho para cima.

Yngrid - Deus, abra os olhos desde ser que vós estás na minha frente, pai!

Kevin - Desculpa...

Yngrid - Mas já?! - Volto a olhar para ele que já estava em pé, arrumando sua bolça.

Kevin - Eu tenho que ir, os meus colegas já estão indo.

Yngrid - Você... só vai... assim.

Kevin - Sim. - Me olhou, sem algum sorriso. - Foi boa a conversa, Yngrid. Nos vemos por aí.

Yngrid - Meu filho...

Kevin - Que horas são mesmo? - Levantou seu pulso para ver a hora no relógio de pulso.

Yngrid - Kevin, não é possível que você não tenha notado o que estou fazendo desde o momento em que eu vim conversar com você!

Kevin - Eu estou atrasado! Meio atrasado, mas mesmo assim é atraso. - Ainda olhava para o relógio.

Yngrid - Ele nem presta atenção em mim! Toda essa belezura na frente dele e nem bimba! Mar tudo bem, Deus, se você quer assim, eu nem vou me importar! - Cruzo meus braços, nervosa, olhando para o lado. - Ele pode ir, não vai me interessar mais.

Kevin - Já vejo que é uma Garotinha mimada que se irrita quando um cara não cai na sua ou não demonstra interesse... - Comentou, rude.

Arregalei meus olhos e os virei lentamente para ele, surpresa, vendo ele me encarar com um meio sorriso, passando sua língua no seu lábio inferior.

Yngrid - E-eu perdi alguma coisa?! - Exclamo e olho pros lados, procurando algo. - Cadê as câmeras? É uma pegadinha? O cara, não tira uma com a minha cara, esse é o meu papel!

Ele revira os olhos e vem até mim, me puxando pela cintura, colocando sua mão na minha nuca para me aproximar do seu rosto: me beijou, agressivamente, judiando da minha boca, também dos fios do meu cabelo que eram puxados com força pela sua mão. A sua companheira estava na minha cintura, apertando a minha carne com sua mão, também contra seu corpo, com tamanha força que quase estava me machucando, mas a sensação era boa.

Juntou sua língua com a minha, movimentando ela rapidamente, bruscamente; puxava o meu lábio com seus dentes e entre seus lábios, não carinhosamente.

No começo, fiquei estática, surpresa. Claro, retribuí com todas as letras seu beijo gostoso para um caralho, mas ainda continuava surpresa, também pelo seu jeito agressivo.

Do nada, da mesma forma que ele começou, parou de me beijar. Eu o olhava, estática, sem reação sob o seu olhar safado para mim.

Kevin - Da próxima vez que tentar me seduzir... - Aproximou seu rosto, mais do que já estava próximo, novamente do meu, colocando seu polegar sobre o meu lábio inferior, alisando a região antes de sussurrar. - tenha em mente que não vai ser só sua boquinha gostosa que vou deixar vermelhinha de tanto judiar da melhor forma possível.

Franzindo, aumentando ainda mais o meu fogo, abro a minha boca para tentar falar mas nada sai.

Kevin - Até uma próxima.

Sinto a ardência de um tapa que recebi na minha bunda, que me deixou ainda mais sem reação, quase que arregalando meus olhos e não conseguindo falar nada.

Kevin - Até, Yngrid. - Se virou com um sorriso debochado na face, indo até os seus colegas de trabalho que já estavam no carro estacionando em frente.

Yngrid - Ele bateu na minha bunda... - Sussurro para mim mesma, olhando para frente e notando as minhas amigas me olhando, curiosas e assustadas.

Layne - Eu nunca mais vou tirar essa cena da minha cabeça! - Gritou e pois sua mão sobre seus olhos.

Yngrid - Na frente de todo mundo... - Vejo, pelo canto do olho, alguém parar do meu lado esquerdo, circulando uma arma de brinquedo no dedo, também do meu lado direito.

Melissa - Bela marcação vermelha na sua área de trás, Yngrid.

Yngrid - Como é?! - Olho para ela que estava do lado do seu namorado. - Não ouse olhar para a minha retaguarda! Olha do seu namorado!

Jin - Na verdade, todos estão olhando.

Suspiro e volto a olhar para frente e vejo Taehyung junto do Hoseok irem para o lado das duas, se arrastando pela areia, também com armas de brinquedo em suas mãos.

Yngrid - Mas que porra... - Antes que eu pudesse terminar, uma rajada d'água atingiu o lado direito do meu rosto que me fez dar um quase pulo e paralisar no lugar. Viro lentamente meu olhar até o Jin que apontava sua arminha que pingava água para mim. - SEU FILHO DA...!!

Jin - CORRE!!

Rapidamente, ele me pega e me coloca por cima do seu ombro.

Yngrid - JIIIN!!! - Em meios aos meus gritos, também ouvia os das meninas. - MAIS QUE PORRA!!

As vejo também sendo carregadas pelos menos, ambos estavam correndo até o mar e nos levando. Já sentindo o formigamento crescendo nas minhas pernas.

Jin - UOOUUU!!! - Mergulhou, me levando junto para baixo.

Sentia a água começar a borbulhar ao meu redor, trazendo a minha Cauda.

Jin estava do meu lado, rindo; levo minha Cauda até ele, batendo ela de leve sobre sua perna antes de subir para cima. Me viro para começar a nadar e sair dali, percebendo Melissa do meu lado, sorrindo, que também me encarou e para algo atrás de mim. Levo meus olhos até o outro lado e vejo as meninas que também nos olhavam, meio bravas pelo que eles fizeram.

A expressão no rosto da Layne se acalmou dando lugar para um sorriso, logo levantando sua mão, deixando apenas três dedos levantados. Abaixou um deles, em contagem regressiva.

Encaro Lais que se preparava para a corrida, também para Melissa que estava na mesma situação. Acima de nós, quatro Jet Skis apareceram indo com toda a velocidade para frente, poderiam eles? - Não sei, não vou ficar aqui para saber.

Acelerei com tudo para frente, indo junto com as meninas velozmente pela água, circulando os espaços entre nós, comigo e Layne na liderança; encaro a menina que também me encara com audácia e tentar ir mais rápida do que eu.

Prosseguimos a corredor, circulando por várias direções sem controle e sem ponto de chegada.

Yngrid Off

Thais On

Me sentei na beira do Pier do tanque para refletir o que estava sentindo que tanto me alertava, me deixando inquieta que mal pude prestar atenção nas apresentações. Encarava a água cristalina que refletia os últimos raios do sol antes dele se for pelo horizonte e começar a escurecer, apenas esperando Christian voltar de uma reunião de poucos minutos, minutos esses que foram estendidos por meia hora.

Desde o momento em que disse que iria para uma " reunião " meu pressentimento que me alertava bateu o ponto e eu, mais uma vez, não estava escutando.

Thais - Tem alguma coisa de errada comigo? - Pergunto para mim mesma, confusa sobre tudo, perdida nos meus olhares sobre a água movimentada.

Num instante, Rifi apareceu entre as águas, estranhamente quieto, apenas me encarando num ar inquieto. Firmo meu olhar sobre ele, o sentindo com raiva e com uma extrema vontade de... impulsionar algo.

Thais - Rifi? Eu não compreendo o que quer? - O olhava, angustiada. - Sabe que eu sinto as coisas mas... ainda não sei decifrar nada. Eu sou uma idiota.

O mesmo começou a gritar, mais raivoso ainda.

Thais - Shiii... - Me ajoelho, apoiando minhas mãos na beira, desesperada. - Eles vão pensar que eu tô te machucando, Rifi.

Continuando a gritar, mas se virou, deixando sua barriga para cima e sua barbatana na minha direção, a bateu sobre a água fazendo os inúmeros respingos voarem para todas as direções, respingando em mim.

Thais - Rifi! - Rapidamente me levanto, ficando estática no lugar. Olho ao redor, procurando saber se havia alguém por ali. E não, não tinha.

Me apresso e pulo na água por já sentir o formigamento crescendo: vejo Rifi nadando do meu lado, mais descontraído, logo sendo atacada pela ebulição da água fazendo o surgimento da minha Cauda.

Minha Cauda tocava a areia que refletia a luz que era refletida na superfície da água; estava parada e olhava para Rifi que agora estava acompanhado de mais três golfinhos animados e que logo vieram até mim, me circulando enquanto falavam: o menor estava com uma bola e brincava, dando várias acrobacias e saltando para fora da água, logo que voltava, refazia, afim de me animar.

Sorria para eles que não paravam de brincar.

O golfinho menor vinha em minha direção, com a bola em sua boca; convicta que ele iria me dar, estendo minhas mãos para frente em busca de pegar a bola, mas ele passa reto por mim, rindo. Também abro um sorriso e encaro Rifi que começou a dar voltas seguinte dos outros.

Levanto meus braços e me impulso para frente, movimentando minha nadadeira para me ajudar; dando um giro pela água, terminando e nado para a direção dele, me sentindo pouco melhor. Nado entre eles, sem tirar o sorriso do meu rosto.

Rifi passa por mim e seguro em sua barbatana dorsal nas suas costas para me segurar, nadando junto à ele, o sentindo mais tranquilo que antes, ajudando a abaixar a minha moral também.

Ele sobe para a superfície e continuando a nadar, comigo apenas o segurando, aproveitando para olhar ao redor e verificar que estava sozinha. De repente, ele mergulha, me levando junto.

O solto, sentindo bater minha barbatana sobre a superfície para ir mais ao fundo, colocando meus braços para frente me impulsionando para poder nadar calmamente, lembrando não poderia nadar um pouco mais para o lado por saber que havia a vidraça exposta para todos que passarem pelos corredores do subsolo verem o tanque dos golfinhos.

Dou a volta rapidamente, agora para encontrar o lugar raso para mim me secar. No curso, vejo uma sombra pela água. Assustada, vou para um canto escondido, segurando na parede e olhando para cima, preocupada, conseguindo ouvir uma voz feminina e outra de um homem.

Pelo canto do olho, vejo Rifi vir até mim, agitado e preocupado, falando alto. O mesmo foi com tudo para cima, pulando consecutivamente.

Negava com a cabeça para ele parar: assim chamaria a atenção de todos para aquele local.

Fecho os meus olhos, me ariscando em ir para cima e ver o que estava se passando; subo até a superfície, tirando metade do meu rosto para fora, foi falho por estar atrás de um arbusto de pequeno porte abaixo de duas palmeiras. Por fim, tiro o resto da minha cabeça para fora, ouvindo os mais saltos do Rifi para chamar a atenção.

Thais - Rifi... - Sussurro seu nome, o chamando. -, para, por favor.

Christian - Rifi, você está mais agitado do que antes. Aconteceu alguma coisa?

Me tranquilizo por ouvir sua voz que logo iria me mostrar, mas uma voz de mulher me para, uma familiar.

Mulher - Antes não estava? Pode ser aquela garota que estava com você, né? - Dizia, mal-humorada.

Franzi, e rapidamente ponho minhas mãos sobre o gramado e me puxar pouco para fora d'água podendo pôr minhas mãos entre as folhas do pequeno arbusto e as separar, me dando a visão dos dois que olhavam para o Rifi agitado.

O percebi relaxado, também que segurava a cintura da mulher, o que me deixou com um sentimento estranho em mim.

Em segundos, virou seu rosto para ela, dando um selo demorado em sua testa, circulando seus braços em volta da cintura dela e a apertou contra si. Por último, deixou seu rosto na curvatura do pescoço dela, ainda mantendo seus olhos fechados.

Ver aquilo me doeu, tanto que senti meu corpo enfraquecer em segundos, confirmando tudo o que senti...

Também poderia não ser o que pensava, mas como não pensar no modo que ele está a tratando.

- Queria estar em seus braços. - Pensei, sentindo meu coração se apertar.

Então, ele abre seus olhos, acabando por colocá-los na minha direção, me percebendo; tirou seu sorriso, deixando sua feição séria com misto de susto; arregalou seus olhos e abre sua boca sem dizer nada.

Saio do lugar e me arrasto novamente para dentro da água, mergulhando, logo nadando o mais rápido para ir até em baixo da construção do Pier, ficando novamente na superfície, também percebendo a agitação dos golfinhos no tanque.

Christian - Até!

Ouço sua voz, também seus passos apressados na madeira do Pier.

Christian - Thais! - Sussurrou meu nome, nervoso.

Thais - Hmmm. - Fecho fortemente meus olhos antes de sair de baixo do pier. - Não tem ninguém aqui perto?

Christian - Não, graças à mim. - Responde bravo, com os braços cruzados e me olhando sério. - O que você está fazendo aí?

Thais - Também não precisa falar assim, nossa. - Respondo, confusa, indo para frente do mesmo, o olhando franzindo. - Quem é a garota?

Christian - Ninguém de importância, e nem fuga do assunto.

Thais - É você quem está fugindo. - Retruco rapidamente, mais séria que ele, sentindo o mesmo tenso. - Por que está tenso? Só fiz uma pergunta. Se não deve, não tem o que temer.

Christian - Mas... ah. - Se virou para trás, passando sua mão pelo seu cabelo molhado, ainda mais tenso e nervoso. - Eu odeio quando você faz isso.

Thais - Isso? Isso o quê? - Pergunto, sínica, já sabendo o que seria.

Christian - Usar seus... poderes em mim. - Voltou a me olhar, severo.

Thais - Hmm, essa vai para a lista do que você não gosta de mim! Aproveita e faz um mural para mim não ser eu mesma na sua frente também. Rabisca em baixo: trouxa.

Christian - Também não é assim, Thais.

Thais - Sério? Então você pode me explicar tudo o que senti desde o momento em que te encontrei hoje, ou está difícil? Por que, sinceramente, eu não sei do porquê eu... - Paro com minhas palavras, fixando meu olhar angustiado sobre ele, querendo soltar todas as minha inseguranças para ele... mas a confiança que via sobre ele antes, já não estava mais ali. Já não o reconhecia mais. - Quem é você?

Christian - O quê? - Perguntou, franzindo pela confusão. - Sou eu, Christian.

Thais - Não... - Nego, segurando as lágrimas que gritavam para sair. - Não é o mesmo Christian que eu conheci... Você... Eu ainda nem sei da razão de ainda persistir numa coisa que nunca vai acontecer... Eu nem... confio mais em você... É isso que eu sinto.

Christian - Thais... - Me chama, surpresa, me olhando com a preocupação ressaltando por todo seu corpo. - Eu...

Thais - Tudo o que senti do seu lado era desconfiança, raiva, insegurança... medo... - Sem eu mesma perceber, as lágrimas já estavam escorrendo meu rosto, prontas para desabar de uma vez. Desviava meus olhos para a água, não tendo a coragem de encará-lo. - Eu quero ir embora...

Christian - Pequena. - Deu um passo para frente, se aproximando da beira.

Por impulso, deixando as minhas emoções me dominarem; levanto minha mão aberta, a tirando de dentro d'água; uma pequena coluna d'água se levantou poucos centímetros na frente dela, pronta para atingí-lo com uma rajada forte para mantê-lo afastando de mim.

Sinto minha mão tremer como minha respiração descontrolada, olhando atônita para ele que se mantinha com uma expressão de temor.

Thais - Não me chama assim... nunca mais me chama assim...

Com a tremedeira em minha mão, me descontrolo um pouco fazendo a pequena coluna quase se desfaça, deixando cair boa parte da água, mas logo a ergo novamente.

Thais - E-eu não sei que tipo de relação você têm com aquela garota... e eu nem quero saber, só que, simplesmente, daqui por diante... nunca mais me trate com seu fingimento como fez hoje... Isso dói.

Christian - E-eu não...

Thais - NÃO MINTA PARA MIM! - Grito, abrindo bruscamente minha mão, acabando por congelar a pequena coluna. Fecho fortemente meus olhos e abaixo minha mão, deixando ela, novamente, dentro d'água me virando para o lado, já cansada. - Até, Christian.

Christian - Thais, não faz assim.

Levanto meu braço esquerdo, bruscamente, levando uma rajada diretamente para ele que o atingiu, levando ele para longe da beira. Com o sangue fervendo, mal me importei se tivesse o machucado.

Mergulho e nado rapidamente até o portão abaixo da água, pondo minha mão aberta na direção da alavanca a puxando para baixo, fazendo o portão se abrir; nado acelerado para sair dali, passando por todo o canal até chegar no mar aberto e me distância de vez daquela região.

Tudo o que eu queria, era apenas chorar por pena de mim mesma e raiva por ainda gostar dele.

Passo por todo o recife, sem prestar atenção em mais nada em minha volta, nadando diretamente até a Piscina da Lua, parando pouco a frente da entrada para entrar calmamente; subo para a superfície e olho para o cone acima de mim, vendo a tonalidade escura do céu, tornando o ambiente pouco iluminado; vou até a beira em frente, me apoiando no degrau abaixo de mim e me puxando para frente e pôr meus braços sobre a beira, deixando minha cabeça sobre elas ainda anestesiada por tudo o que aconteceu.

Fecho os meus olhos, sentindo as lágrimas descendo pelos meus olhos; minha respiração estava trêmula junto do meu corpo pela adrenalina.

Aos poucos, todo o peso caiu por cima de mim, me fazendo começar a chorar até soluçar.

Thais Off

Christian On

Fico instantes sentado sobre a construção do Pier, pensando em nossa discussão e no que isso resultou por fazer a minha escolha.

Christian - Não queria magoá-la. - Sussurro para o vento. - Ela é importante para mim, mas esse situação dela... mas... eu preciso dela.

Pelo canto do olho, percebo quatro figuras, uma entre elas se aproximava. Olho para os quatro golfinhos que me encaravam fixamente, o que me assustou, mantendo meus olhos sobre o Rifi que se aproximava de mim, diferente deles, seu olhar era mais intenso e profundo, até por sermos mais próximos eu sentia a densidade que me atingia certeiramente.

Christian - Rifi... eu posso até imaginar que por ela ser uma criatura do mar, vocês tenham uma conexão... mas entenda, Alivi voltou pra mim.

Sua resposta foi o silêncio; mergulhou e bateu sua barbatana fortemente sobre a água, fazendo os respingos virem com tudo para cima me mim, me molhando mais do que já estava molhado.

Christian - Sei que mereço mais por tudo que estou fazendo com ela.

Alivi - Chris, por que está demorando? Já disse que sou impaciente...! - Ouço sua voz com seu sotaque forte da Itália. - Mas, Christian, o que foi que aconteceu com você? O golfinho te banhou, foi?

Christian - Não foi nada. - Respondo ao me levantar, passando minha mão sobre meu cabelo encharcado.

Alivi - Até que não é tão mal assim...

Olho para ele a vejo me admirar com seu olhar malicioso, mordendo seu dedo mindinho.

Alivi - Ter essa visão das suas roupas te marcando, nossa... - Dizia, vindo até mim com suas intenções.

Christian - Espera, Livi, antes de tudo eu preciso fechar o portão do tanque. - Aviso ao passar por ela para ir até a alavanca.

Alivi - Como o portão do tanque está aberta?

Christian - Teve um probleminha. Por favor, não conta para ninguém. - Me aproximo da alavanca e a puxo para cima, antes que algum dos golfinhos fuja.

Alivi - Hmmm, mais que golfinho lindinho. Ainda é um filhotinho fofo... AAH!

No momento em que a olho, vejo os quatro baterem suas barbatanas na água para jogarem água nela.

Christian - Ai meu Deus! - Voltou correndo até ela, vendo eles apararem. - Vocês...

Os mesmos praticamente gritaram antes de mergulhar e nos deixar.

Alivi - O que esse lugar dá para esses animais comerem! - Reclamou, passando suas mãos pelo seu corpo, com suas roupas agora molhadas.

Christian - Eles são muito bagunceiros.

Alivi - Bom... olhando para um lado... - Se aproximou de mim, colocando suas mãos no meu abdômen e as subindo para meu peito, me fazendo suspirar com seu toque. - isso me dá um motivo bem plausível para tomar mais um banho, agora junto com você...

Christian - Bom... - Sorriu, apenas imaginando sua visão. Ponho minhas mãos em volta da sua cintura e a aperto -, o que estamos esperando?

Alivi - Ao contrario da sua mente safada, eu estou apenas querendo tomar um banho... - Ficou na ponta dos pés para poder dar um selo demorado. - mas eu vou acabar com você a noite toda, pela raiva que me fez passar por ver ela do seu lado!

Christian - E-ela? - Indago confuso, franzindo meu olhar para ela.

Alivi - Tá, esquece, nem eu e nem você gostamos dela, não é verdade? - Bate levemente no meu peito.

Christian - É... é... - Desnorteado com sua pergunta, voltando a ter a imagem da Thais na minha mente, pensando nos nossos momentos nos quais fizeram meu coração saltar. Momentos nos quais passei com a Alivi, não faziam mais meu coração acelerar como antes, nem se igualando com a sensações que Thais me proporcionava.

Em tempos assim, me deixava tão confuso, mas quando estou com Alivi... tudo muda. Sou encantado por ela há anos.

Alivi - Agora vamos nos aprontar para a nossa noite... - Pois seu rosto entre a curvatura do meu pescoço, me dando um beijo. - Estou louca para jantar no WP24, um dos restaurante de luxos mais caros que eu quero visitar na cidade dos anjos. Vem!

Pegou em minha mão, animada, e me puxou para irmos embora, sem ao menos impedí-la.

Christian Off

Yngrid On

Todo o grupo estava no meio do vazio do oceano, tramando mais uma aposta de quem corre mais rápido: todos os meninos apostando um contra o outro querendo que Jungkook venceria de mim, ou eu venceria dele. Claro que as meninas apostaram que eu venceria, menos Melissa que bateu a CAUDA dizendo que um Ski poderia chegar a ser mais rápido que nós.

Yngrid - Isso... - Aponto para o Ski e depois para mim. - mais rápido que eu? Tá noiada, filha?

Melissa - O que disse?

Yngrid - Quer um remédio? Aproveitando que estamos no mar, posso ferver a água e fazer um Remancou aqui, fasinho.

Layne - Esse remédio existe? - Perguntou, confusa.

Yngrid - Eu acabei de inventar. É para Remancar as pessoas! - Olho diretamente para Melissa.

Melissa - Eu ainda estou confusa.

Yngrid - Vai continuar estando pk não vou explicar nada, e ainda vai perder!

Jungkook - Você viu que essa belezinha é rápida e nem estava no máximo.

Encaro ele, com um sorriso debochado, levanto minha mão e a tirando de dentro da água.

Jungkook - Isso é trapaça! - Apontou para mim.

Yngrid - Eu não estava querendo usar meus poderes nessa coisa, mas já que deu a ideia... - Alarguei ainda mais meu sorriso.

Lais - Não me desaponte, miglis.

Yngrid - Jamais!

Hoseok - Pode ser desclassificada por usar seus poderes para ganhar.

Yngrid - Querido, usando meus poderes ou não, eu vou ganhar dele.

Jungkook - Não se garanta assim.

Suspiro e reviro os olhos, voltando a encarar ele.

Jungkook - Muitas coisas podem ser mais rápidas do que sua Cauda.

Yngrid - Não subestime a minha Cauda. Essa coisa feita de lata pode ser afundada com apenas uma rabada que eu posso dar.

Layne - Uuuuh, gostei, faça isso.

Jungkook - Layne, pensei que estava do meu lado.

Layne - Que lamentação. - Diz, fingindo ter pena, colocando sua mão no peito. - E para constar, estou sendo irônica.

Lais - Você tá cheia das ironia hoje, né não? - Encarou ela.

Layne - Sim. - Respondeu, abrindo um sorriso.

Jimin - EI! - Gritou por estar um pouco na frente que nós.

Todos o olhamos, confusos.

Melissa - Ele não estava do meu lado?

Jin - Como esse cara foi parar ali?

Jimin - VAMOS COMEÇAR OU NÃO! E LEMBREM-SE, QUEM PERDER, NÃO VENHA CHORAR POR TER PERDIDO ALGUNS DÓLARES!

Lais - Vai ser você quem vai me pagar, carrapato!

Hoseok - Eu vou é me afastar. - Ligou o seu Jet Ski, para se afastar de nós.

Jin - Toma cuidado, Hoseok, eu estou no bando de trás!

Hoseok - E quando eu sofri um acidente por descuido meu?

Jin - Devo lembrar do seu trabalho gênia do primeiro ano do primário?

Hoseok - Não.

Jin - Foi isso que pensei!

Tae - Vocês querem me esperar! E Yngrid!

Yngrid - QUI É?! - Gritou, encarando ele de lado.

Tae - Eu sei que você vai vencer.

Yngrid - Eu sei também filho, e nem vou precisar das Visões da Lais pra saber. - Me viro, piscando para ela antes de voltar para frente.

Jungkook - LAIS!! - Se virou para olhá-la.

Lais - Para minha defesa, faz algum tempinho que eu... meio que vi isso, e quando o tempo passa, algumas coisas somem da minha mente então não posso afirmar nada!

Jungkook - Depois vamos conversar. - Se virou para frente.

Melissa - Nós vamos ficar ali do lado.

Layne - Borá.

As três mergulham, deixando apenas eu e o Jungkook, lado à lado.

Jimin - SE LEMBREM, VOCÊS VÃO DAR UMA VOLTA PARA VOLTAR ATÉ ESSE PONTO!!

Jungkook - Se prepara, tartaruga. - Avisou, já ligando o motor.

Yngrid - Você nunca ouviu ou leu a história da tartaruga e a lebre?

Jungkook - Isso é uma fábula.

Yngrid - Sereias também eram fábulas, e cá estou com uma Cauda prestes a te vencer.

Jimin - OS DOIS ESTÃO PRONTOS?!!

Yngrid - SIIIIIM!!

Jungkook - EU JÁ NASCI PRONTO!!

Ouço o motor do Jet Ski ser ligando, repensando na minha resposta pela sua ser mais legal que a minha.

Yngrid - EU POSSO RESPONDER DE NOVO?!!

Jimin - PODE!! FAZER O QUÊ?!!

Yngrid - EU SUSPIRO COM A VITÓRIA!!! - Grito, levantando meus braços para cima, após os abaixo, batendo os mesmos na água.

Jungkook - A VITÓRIA NÃO VEM COM O SUSPIRO, VEM COM A LUTA!!

Yngrid - A MINHA LUTA É UMA BATALHA QUE LÁ NA FRENTE ESTÁ A MINHA VITÓRIA!!

Jimin - VOCÊ DOIS QUEREM PARAR!!

Jungkook - FOI ELA QUEM COMEÇOU!! - Apontou para mim.

Yngrid - E você continuo, Coelho!

Jungkook - Peixe!

Jimin - TRÊS...!!

Yngrid - EU ME ALTO DENOMINO: PIRANHA!!

Jimin - DOIS E MEIO!!

Jungkook - É, esse tem mesmo a sua cara.

Jimin - DOIS!!

Jungkook - QUER LOGO DÁ A PARTIDA, IRMÃO?!!

Jimin - SE MATEM LOGO! - Gritou, ligando o seu Jet Ski para sair do nosso caminho.

Com o som da sua lata velha ligando, mergulho, acelerando o meu nado para ir arrebatamente para frente sem algum controle de desligar, focada em apenas ganhar e me imaginar gastando todas as doletas que eu ganhar junto delas.

Já estava contornando para fazer a volta, dando tudo de mim e em alerta, quando a minha cabeça latejou com a dor repentina que surgiu: surgindo imagens na minha cabeça, embaçadas, mas eram o suficiente para me desestabilizar causando uma dor que nunca havia sentindo.

Paro com meu nado por ser incapaz de continuar.

Seguro minha cabeça com minhas mãos, as apertando procurando uma maneira da dor passar. Chegando num ponto que estava me afogando, tentando puxar o ar e apenas engolia água. Rapidamente nado para cima, nadando cegamente por estar com os olhos fechados e ainda ter as imagens borradas na mente.

Então, sinto algo passar como um foguete do meu lado que me empurrou pouco para trás, piorando a minha situação que já estava crítica; minha cabeça latejava consecutivamente em grande pressão que sentia; as imagens ficaram nítidas, me fazendo ver o Christian em várias cenas, também abraçando com uma garota que não era a Thais: os dois discutiam, então, ela joga uma rajada d'água na direção dele antes de mergulhar.

Enquanto minha mente trabalhava para me dar as imagens, o meu corpo amolecia com a falta de ar e perdia a força a cada segundo, e tudo que eu vi por um segundo depois que as imagens pararam, era a escuridão.

Yngrid Off

Tae On

Forçava o meu olhar para seguir o Jungkook pela distância, esperando a Yngrid aparecer na sua frente à qualquer momento, pois sabia que ela era mais rápida do que um Jet Ski. Nosso teste meses atrás comprova isso, por isso estava tranquilo.

Quando o mesmo já estava numa distância considerável, já estava estranhando que a Yngrid ainda não havia aparecido.

Já podia ouvir os gritos do Jungkook pela sua aproximação.

Melissa - Meninos!

Jimin - Calma que meu foco está lá! - Apontou para frente. - Desculpa, amor.

Melissa - As meninas foram até a Yngrid!

Rapidamente viro meu olhar para ele, franzindo pela confusão, como todos os outros.

Tae - O quê?!

Melissa - Eu vi quando a Yngrid parou e ficou se... se... se contorcendo na água antes de alguma coisa passar por ela... - Explicava, aflita, enquanto nos olhava desesperada. - Acho que era uma Sereia, mas não tenho certeza.

Jin - Se for brincadeira...

Melissa - Não é! Sabemos como a Yngrid é, e logo agora que ela não iria fazer uma coisa dessas!

Jungkook - EU GANHEI!! - Parou logo a frente de nós. Nos olhou com um sorriso no rosto mas franziu por ver nossas feições. - Gente, eu venci, isso não é o fim do mundo... mas pra Yngrid pode ser. E cadê ela?

Layne - GENTE! - Submergiu quase num salto em volta da água que borbulhava minimamente. - A Yngrid tá passando mal! O nariz dela tá sangrando e a Lais tá levando ela pra Mako. Namjoon!

Hoseok - Ele não tá aqui!

Layne - Tá, você serve! - Mergulhou, em seguida um rastro rapidamente foi percebido na água, indicando que seguiu na direção de Mako.

Nos entreolhamos, preocupados e assustados.

Melissa - Gente, o que estão esperando. - Em seguida, também mergulhou.

Ligo o Jet Ski e tomo a frente de todos, aumentando a velocidade dessa coisa para chegar até elas o mais cedo possível. Logo estava em frente à Mako, ao longe podendo ver duas figuras na praia, reconhecendo as três que logo se tornaram quatro. Meu desespero tomou conta de mim quando vejo a Yngrid desacorda no colo da Lais, com ela colocando sua blusa abaixo do nariz dela com sua expressão mais tensa que a minha.

Tae - Meninas!

Apenas Melissa me olha, mas apenas por um segundo antes de voltar a olhar para Yngrid.

Chego na margem junto do Jungkook, saio dele e vou correndo até elas, me ajoelhando do lado da minha irmã que começava a chorar.

Tae - Lais, o que aconteceu?

Lais - Eu não sei. - Levou sua mão até seu rosto para limpar as lágrimas que caía. - Ela desmaiou quando eu estava trazendo ela e o sangramento não para.

Jungkook - Temos que levar ela para o hospital, agora.

Jin - Eu concordaria mas é seguro?

Lais - Como assim, é seguro?! - Encarou ele, séria. - Ela está desmaiada e o sangramento é forte!

Jin - E se não for pela situação normal? E se foi por algo mágico, digamos assim. O que vamos dizer para os médicos, aliás, para os pais dela? Que bateu a cabeça?

Ela não responde, apenas abaixou a cabeça para dar mais atenção à Yngrid.

Jimin - O que nós faremos?

Tae - Busca o Namjoon, ele têm mais conhecimento nessa área do que nós.

Jin - Podemos ligar pra ela.

Hoseok - A interferência da ilha não deixa realizar a ligação.

Jimin - Tá, eu vou buscar o Namjoon e...

Melissa - Eu vou, sou mais rápida que vocês. - Se levantou para ir até ele.

Pelo canto do olho, vejo a Layne pôr seus dedos nas têmporas da Yngrid. Ponho meus olhos sobre ela por curiosidade para saber o que estava fazendo: estava de olhos fechados e concentrada, estremecendo suas feições indicando estar sentindo dores.

Layne - Ai minha nossa... - Se afastou da mesma, adordoada.

Lais - O que viu?

Layne - Ela meio que... entrou na mente da Thais, sem querer.

Tae - Como é o negocio?

Lais - Então a Sereia que vimos foi a Thais?

Layne - E ela teve uma... ãhn... - Olhou para todos nós, indecisa se contava.

Jungkook - Nem precisa dizer, e quer saber, podemos nos afastar.

Layne - É sobre a relação dela com o Christian.

Tae - Antes do Namjoon ir encontrar o Yoongi na Rádio, ele disse que os dois estavam se agarrando em frente à venda.

Layne - É? - Franziu, confusa. - As aparências realmente enganam.

Lais - Layne, conta o que viu?

Layne - Os dois discutiram... ãhn... ela viu ele abraçado com outra garota de uma maneira bem suspeita... E ainda, ela atacou ele com a água.

Jungkook - Cretino, eu vou fazer pior com a cara dele.

Lais - E-ele... então, ele está ficando com outra pessoa?

Layne - Eu não sei, mas a Yngrid entrou na mente da Thais por ela estar... praticamente, sofrendo com isso. Yngrid já disse que quando os pensamentos das pessoas ficam mais intensas, é mais fácil perceber elas.

Tae - Devia ter sido grave para causar isso nela.

Melissa - Isso resolve a situação dela?

Layne - Eu posso até tentar melhorar ela de alguma forma, mas... - Trombou sua cabeça para o lado, hesitando. - não sei.

Lais - Por favor, tenta.

Layne - É que... é mais complicado. - Se colocou mais ao lado delas, colocando, novamente, seus dedos na têmpora dela.

Jimin - Mesmo assim, eu vou me distanciar da ilha e tentar ligar pro Namjoon. Melissa, você vai na frente e vai até a estação de rádio da Universidade.

Melissa - Certo. - Deu as costas para nós, indo para a margem.

Jimin - Cuida bem dela, já voltamos! - Gritava enquanto corria para voltar até seu Jet Ski.

Observava Layne, apreensivo, esperando algum sinal de que estava funcionando.

Layne - Hmm... - Forçou mais seus olhos fechados, suspirando pesadamente.

Jungkook - Layne, você tá bem?

Layne - Shiii.

Jungkook - Tá bem, não falo mais nada.

Ouvimos Yngrid suspirar e mover levemente sua cabeça, incomodada.

Lais - Yngrid!

De repente, ambas as duas deram um quase pulo: Yngrid acordou e se sentou na areia, olhando para os lados, assustada: Layne se afastou, suspirando, cansada, se deitando na areia.

Layne - Eu acho que vou tirar um cochilo... - Avisou com sua voz, suave pelo cansaço

Yngrid - O quê...?

Lais - YNGRID, VOCÊ TÁ BEM!! - Gritou, antes de abraçar a sua amiga, fortemente, aliviada.

Yngrid - Se você continuar a gritar no pé do meu tímpano, você vai sentir o peso da minha fú... - Virou seu olhar para o Jungkook e arregalou seus olhos. - Ah, não!

Jungkook - Você vai ligar mesmo para uma aposta e não na sua saúde? Olha, Layne te ajudou e te acordar.

Yngrid - É.. e-eu vi. - Olhou para ela que estava estirada no chão. - Agradecida, mas isso não tira o fato de ter perdido pra você!

Lais - Yngrid, para! - Se colocou do lado dela, colocando suas mãos na cabeça dela que após, as tirou. - Você nos colocou um susto! E ainda precisamos saber se tudo aí na sua cabeça está no lugar!

Yngrid - Caramba, a Thais... e-eu vi...

Hoseok - Já sabemos!

Layne - De nada.

Yngrid - Minha cabeça... Nossa Senhora. - Pois as suas mãos sobre sua cabeça, olhando para o horizonte. - Achei que minha cabeça ia explodir, ia morrer de afogamento e sem cabeça.

Jungkook - Uma Sereia se afogar.

Hoseok - Uma baleia pode morrer afogada.

Yngrid - Ela deve estar na Piscina da Lua, né não?

Lais - Se ela discutiu com o Christian por ele... 

Yngrid - Mais que filho da puta! - Gritou antes de se apoiar no chão e levantar, mas mal conseguiu ficar de pé, se sentou novamente seguido por um gemido de dor. - Minha cabeça ainda tá rodando, calma.

Tae - Jimin e a Melissa foram chamar o Namjoon.

Yngrid - Se minha vida dependesse disso, já taria falando com Deus. Vocês vão esperar aqui?

Lais - No momento eu estou na dúvida de ficar ou de ir falar com a Thais.

Hoseok - Eu posso ir falar com ela. Sou uma caixinha de segredos.

Jin - De odores também.

Hoseok - Que calúnia é essa contra a minha pessoa, Jin?!

Yngrid - Miga, pode ir ver como ela tá. Já tô bem.

Lais - Só vou ir quando o Namjoon chegar, porque não confio neles.

Tae - Você me magoou.

Jungkook - Dois.

Jin - Não não direi nada.

Hoseok - Eu muito menos.

Lais - Eu não lamento. - Se sentou do lado dela. - Nunca mais me assusta assim, sua Puta.

Yngrid - Nem tu, Puta mirim.

Lais - Layne que é a Puta mirim. É mais nova que nóis.

Layne - Não me meta nas suas bagunça, morô.

Tae - Não foi só ela quem levou o susto, sabia? - Me sentei do lado das duas.

Yngrid - Sei que me ama e que não pode mais viver sem mim. - Sorriu, juntando suas mãos para fazer o formato de um coração para mim.

Tae - É você que tá admitindo que me ama.

Yngrid - Não diga coisas que não foram ditas, belê.

Lais - OLHA O CASAMENTO!!!

Yngrid - Você me respeita, baranga!

Riu das duas que começaram a se bater: batendo suas mãos uma na outra.

Vê-las assim, me tranquilizava, me tirando toda a preocupação que senti minutos antes, mas, ainda sim, pensava na Thais.

Tae Off

Yngrid On

Quando Namjoon chegou, Lais foi à procura da Thais que, pode ou não, estar na Lagoa. Eu fiquei sendo examinada pelo Namjoon que trouxe alguns brinquedinhos junto, nos quais estavam sendo usados em mim.

Yngrid - Vai decepar meu braço. 

A cada medida que ele aperta a bomba, sinto a faixa no meu braço se apertar ainda mais.

Namjoon - É para medir sua pressão.

Yngrid - Minha pressão tá maravilhosa, é minha cabeça que sofreu o ataque psíquico vindo da minha melhor amiga sem ela saber.

Namjoon - Eu tenho que te examinar por completo, Yngrid.

Tirou o medidor do meu braço, meio segundo depois, legou uma pequena lanterna em frente do meu olho que me fez saltar para trás.

Yngrid - Ei! Meus olhos são meio sensíveis, cara!

Namjoon - A luz nem é tão forte, Yngrid, anda. - Firmou a luz pouco à frente dos meus olhos. - Siga a luz.

Yngrid - Tá falando sério? Eu tô bem!

Namjoon - Yngrid.

Yngrid - Affs. - Revirei meus olhos e fixei meu olhar na luz, seguindo ela na maior tranquilidade. - Pronto? Minhas orbitas estão funcionando bem?

Namjoon - Não sente nenhuma dor nos olhos?

Yngrid - Não.

Namjoon - É... você está bem. Seu sangramento parou milagrosamente depois que a Layne fez... alguma coisa em você que eu ainda não entendi. - Virou seu olhar para ela, esperando respostas.

Layne - Eu apenas... digamos que diminuí a pressão que sentia por conta dos vários pensamentos de raiva, fúria e magoa da Thais.

Namjoon - E ela está bem? O que aconteceu?

Yngrid - Depois te explicamos, meu médico particular favorito. - Levo minha mão até seu cabelo, bagunçando seus fios.

Namjoon - Não sou seu medido particular.

Yngrid - Quando você se formar e tiver seu consultório num hospital, conversamos. - Deixo minhas mãos sobre seus ombros para me ajudar a levantar.

Namjoon - Consegue mesmo ficar e pé?

Yngrid - Eu só preciso de um apoio.

Namjoon - Seu corpo está fraco, precisa se alimentar para recupar as forças.

Jungkook - Mako têm umas frutinhas que podem servir.

Yngrid - Layne!

Layne - Oi? - Veio até mim.

Yngrid - Me leve até a Piscina?

Layne - Nadar é a melhor opção pra nóis.

Yngrid - Eu nem sou é doida de andar por quase quarenta minutos pra chegar até o vulcão.

Me apoio nela antes de começarmos a caminhar até a margem.

Hoseok - Pode ir nadando mesmo? - Perguntou ao passarmos dele.

Yngrid - Sim! Não se preocupem comigo e que tô é ótimo! - Digo mesmo sentindo uma pouco dor na cabeça. - Podem ir embora, nós vamos ficar bem!

Tae - Eu não tenho essa segurança!

Layne - Confiança, você quer dizer?

Nos viramos para olhá-los.

Namjoon - Quando voltar para costa, você vai ter que comer e tomar um remédio que eu vou passar.

Yngrid - Claro, Dr. Kim. - Digo na zoeira e me viro para a margem. - Até lá!

Ao entramos, fomos nadando tranquilamente, na meia escuridão por já estar anoitecendo, para dar a volta na ilha e chegar até a entrada no outro lado: passando pelos corais, algas, pedras e os vários animais que circulavam a região até chegarmos ao lado da entrada.

Para poucos centímetros ao lado para deixar que Layne entrasse primeiro que eu, voltando a me movimentar na direção ao ver sua barbatana sumindo. Subo na superfície, vendo Thais de costas para mim apoiada nas pedras em frente, com Lais sentada na sua frente.

Yngrid - Oi. - Nado pela água, indo até ela, parando do seu lado podendo a ver com seu rosto meio inchado. - Pode botando tudo pra fora e explicar antes de mim sair daqui e ir atrás desse muleke!

Thais - Desculpa - [(Sniff)] -, eu machuquei você.

Lais - Eu expliquei o que aconteceu pra ela.

Yngrid - Thata... - Seguro seu braço, levemente, me aproximando. -, não foi sua culpa, além disso... eu tô bem.

Thais - Mesmo assim, não tira o fato de eu ter feito... - [(Sniff)] - Se agora eu estiver...

Yngrid - Eu só tô com uma dorsinha de cabeça, mas nada sério.

Thais - Desculpa. - Sua voz falhou, começando a chorar de novo.

Lais - Thata, para de chorar! Vai me chorar de novo, cacete! - Pois suas mãos sobre o rosto.

Yngrid - Miglis! Migles! - A faço se virar para ficar de frente pra mim, segurando nos seus ombros e a balanço levemente. - Não chora por causa de homem! Essa cota já me foi há muito tempo e tu tava lá comigo! Então, eu vou fazer a merma coisa e dizer: NÃO CHORA POR MACHO!!

Thais - Eu sei... mas eu não tô chorando por causa dele...

Fixo meu olhar nela, séria, sem acreditar.

Thais - Tá bem, ele é um dos motivos, mas não é o motivo principal.

Layne - Do mermo jeito é um motivo.

Thais - Choro por pena de mim mesma! Por me achar burra o suficiente pra não escutar a voz do meu pressentimento!

Lais - Ele está mesmo com outra pessoa?

Yngrid - Ele tá ficando com vocês duas ao mesmo tempo? Aahh. - Abro a boca, abismada.

Thais - Eu sei que eu não posso dizer nada, já que não temos nada sério mas... Porra, ele sabe o que eu sinto por ele, então, porquê ele não diz que não quer nada e voltamos a ser só amigos!

Yngrid - Se você conseguir.

Lais - Mas ele não pode ter nada com ela.

Layne - Pelo que eu e a Yngrid vimos, aquele abraço tem coisa... Meu faro nunca falha.

Thais - Se não tiverem, foda-se também. Sentir as coisas que eu senti perto dele já é o necessário para não seguir em frente. - Pegou pouca água em suas mãos e jogou em seu rosto, deixando o mesmo, que estava seco, molhando. - Daqui em diante, só vou ter uma simpatia como antes.

Yngrid - Amizade colorida não é todos, não.

Lais - Yngrid, não é hora.

Yngrid - Thais é forte, vai superar, mesmo sendo do Christian! FDP!

Thais - Vão continuar aqui ou...

Layne - Sempre pra te apoiar!

Thais - Aqui na Piscina.

Layne - Ah.

Lais - Se você quiser ficar, vamos ficar, né não?

Yngrid - Isso mermo, irmandade!

Thais - Mas eu estou com fome.

Yngrid - Miga, enterrar as mágoas na comida não é muito indicado.

Thais - Eu quase não comi nada hoje.

Layne - Vamos de hambúrgão?

Lais - Pizza!

Fiquei me imaginando mordendo os dois ao mesmo tempo, saboreando a carne na minha imaginação.

Layne - Miga, cê tá mastigando o ar?

Abro os olhos e as vejo, todas me encarando e rindo.

Yngrid - Me deixaram com vontade, suas bando de Puta!

Lais - Borá, então... - Se arrastou para entrar na água, sentando no degrau submerso. - Thata, tá melhor.

Thais - Com vocês, como não ficar.

Yngrid - Agora eu choro, calma! - Trombo minha cabeça para trás, abanando meu rosto com as mãos.

Fomos num turbo pelo recife para voltar até a costas, tendo a dor na cabeça que, por hora, diminuiu. Já em terra, fomos andando pelo calçadão sem algum sinal dos meninos e eram melhor assim.

Uma noite das garotas sem presenças masculinas no nosso meio.

Nos localizando num restaurante em inauguração ao ar livre que vai ser somente aberto uma fez por semana, em frente a praia: estávamos sentadas numa mesa na praia, quase em frente ao estabelecimento montado no calçadão, no qual havia uma chapa enorme onde era preparada as refeições, que de longe podíamos sentir os cheiros das saborosas comidas fazendo meu estômago roncar.

Yngrid - GARÇOM!! - Grito, ouvindo um baque alto atrás de mim.

As meninas, que estavam sentadas ao meu redor, se inclinaram para os lados com seus olhos na pessoa que, provavelmente, levou um susto e caiu, derrubando tudo que tinha na bandeja.

Yngrid - Meninas... - Trombo minha cabeça para o lado, com os olhos fechados. -, me falem que não é isso que eu tô pensando.

Lais - Se você tá pensando que assustou um cara que segurava uma porrada de coisas numa bandeira que agora está tudo no chão, tá bem errada... É um urso.

Abro meus olhos e me viro: um urso todo suco de macarrão num molho branco, também espalhados pelo chão numa sujeira fudida.

Yngrid - Minha culpa! - Digo, olhando atônita o urso que se sentou no chão; cruzou as pernas e os braços, olhando para mim. - Desculpa.

Lais - Segunda vez que isso acontece.

Yngrid - Não vai mais acontecer... - Abro um sorriso, nervoso e sem ânimo, para ele que ainda continuava na mesma posição. - Qual é, cara... garota, homem, idoso, sei lá! Desculpa, não fica assim!

Escuto a risada de Thais vir do meu lado; paro e me viro para ela que se acabava de rir, com sua mão sobre sua barriga e sua outra sobre seu rosto.

Rapidamente, pego meu celular do meu bolço, colocando na câmera e tiro sua foto.

Yngrid - Vai pra vida.

Todas nós nos entreolhamos e logo caímos no riso junto dela, pedindo desculpas pro urso que pelo restante do tempo ainda ficava de birra comigo.

Lais - Essa porra tá uma porra! - Disse com a boca cheia.

Thais - É sua forma de dizer que está delicioso?

Lais - Do caralho!

Layne - Yngrid, ele vai passar.

Yngrid - De novo. - Pego o meu copo e viro meu olhar para ele que estava vindo com uma bandeja que carregava um siri.

Percebendo que iria passar por mim; ele dobrou o caminho passando por trás de outras mesas, mas me encarando, virando mais sua cabeça de urso para mim até chegar na mesa.

Yngrid - Você ainda vai ter que passar por mim! - Digo alto, apontando para ele, chamando mais a atenção de todos que riram como eu e as meninas. - Ou eu vou ir até você!

Após ele deixar a comida na mesa, prendeu a bandeja nos seus braços e correu, voltando para o estabelecimento.

Layne - Eu ainda me pergunto como ele pode estar com aquela roupa nesse dia de calor.

Yngrid - Money. Money. Money. Money. Dolla, dolla. Dolla, dolla. - Cantei, dançando na cadeira.

No meio da cantoria, escutei uma música tocar e uma tremedeira na mesa.

Yngrid - O quê que é isso, gente? O terremoto via música?

Layne - Pode não ser um terremoto pra você... - Pegou seu celular, que estava na mesa, e virou sua tela para mim, mostrando que alguém estava ligando e eram seus pais. - mas pra mim é.

Thais - Atendi.

Layne - Se eles podem me ignorar por dias, eu também posso. - Respondeu e deixou o celular, novamente, na mesa.

Lais - Pensei que sua vivência com eles era boa?

Layne - Éééé... mas, eles quase não falam comigo, sabe...

Deixo de prestar atenção da sua explicação por ver, andando na calçada do outro lado da rua, Carol: estava com as roupas bagunças, como seu cabelo; também via manchas no seu rosto e parecia chorar.

Continuei olhando para ela até sumir, virando a esquina. Fiquei pensativa minutos depois sobre o que vi.

Eu ainda odiava ela, mas ver ela naquele estado e andando como uma zumbi na rua... atiçou a minha curiosidade.

//- Segunda de aulas. -//

Estávamos no gramado após o sinal do intervalo das aulas se tocado: estava deitada no gramado, olhando pro céu, normalmente estaria ouvindo meus funks no meu fone, mas estava remoendo a minha discussão com meu pai que tive durante o fim de semana.

Lais - Uuuh, preciso aprender como faço isso!! - Aproximou o livro do seu rosto, toda feliz.

Hoseok - Fazendo o quê? - Perguntou, se sentando do seu lado, pouco nervoso.

Lais - Transformar pessoas em animais. Tá tudo aqui explicadinho. Em quase todas a páginas dos feitiços, têm instruções que podem ser escritas da própria Luna explicando, deixando os feitiços mais fáceis, como no Harry Potter, sabe!

Hoseok - Me fala como fazer, porque vontade sobra... ou nos fazer sumir do mapa. 

Lais - Ainda tô lendo, cabrito!

Thais - Yngrid...

Yngrid - Hmmm... - Viro minha cabeça para ela que também estava deitada do meu lado, tristonha. - Oi?

Thais - Sabe se o Christian veio?

Yngrid - Menina, desencana. - Volto a olhar para cima. - Desculpa a sinceridade, mas miga, assim não dá pra te defender.

Thais - É que eu me preparei o final de semana para chegar o momento de vir até o Universidade e encarar ele de frente... mas ele não apareceu na aula.

Yngrid - No momento, eu tô mais concentrada em mim.

Thais - Sobre a briga com seu pai?

Yngrid - Foi uma discussão.

Hoseok - O quê? Brigou com seu pai?!

Yngrid - Uhhum. - Assenti.

Lais - Por quê?

Yngrid - Papai tá bravo. - Respondo como uma criança, fazendo um bico e fechando os meus olhos para fingir um choro. - Perdeu o sócil e mais alguns amigos.

Lais - Mais o que foi que você fez?

Yngrid - Eu não fiz nada... Me fizeram. Quer ver?

Lais - Claro. Quero saber da trata.

Yngrid - Isso tá mais para uma desavença que envolve um quartel. - Pego meu celular do bolço da minha calça para pôr nas fotos, depois dou para ela, ainda mantendo meu olhar nas nuvens brancas que passavam por mim.

Lais - O que a sua pegação com o fotógrafo da Layne tem com a discussão com seu pai...? E-ele viu a foto e brigou com você?!

Yngrid - Em parte...

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Roberto - Yngrid, como você pôde fazer uma coisa dessas?

Yngrid - Jovens, eu acho.

Roberto - Ele era noivo da filha de um sócio meu!

Yngrid - Nossa, que mundo pequeno... - Digo, mas repenso. - Mas que filho da puta!

Roberto - É, é um filho da puta mas ela te xingou de coisa bem pior. Claro que me intervir para te defender, mas acabei discutindo com o meu sócio e olha... Pode chutar o que vem a seguir?

Yngrid - Vocês meteram a porrada no desgraçado?

Roberto - Ele desfez todos os nossos acordos, e sabe, para piorar! - Ele se levantou da sua poltrona, raivoso, me deixando tensa, começando seus passos pesados para vir até mim. - Ele é amigo de alguns amigos meus e... há vídeos e imagens de vocês dois rodando por eles!

Yngrid - Tá bem... agora a coisa fedeu.

Roberto - Você acha! - Parou na minha frente, me olhando seriamente severo, com seu maxilar trincando. - Para um pai é vergonhoso ver a própria filha sendo alvo de tanta putaria entre os próprios amigos!

Já bastava toda a situação que me deixou mal, a sua fala me deixou ainda pior; abaixei minha cabeça, olhando para o chão por não ter coragem de olhar para ele do jeito que ele estava.

Yngrid - Tá... dizendo que tem vergonha de mim.

Roberto - Não tenho vergonha de você, mas... as coisas que você faz é que me deixa com raiva, Yngrid. Eu sou seu pai e fico, sim, enciumado quando eu vejo você com algum garoto. Poxa, você é minha filhota, minha menininha que nunca queria que tivesse crescido!

Yngrid - Uhum. - Assenti, segurando o meu choro.

Roberto - Tive que dar um esporro em cada um deles, principalmente nesse maldito fotógrafo... Dei um soco na cara dele e disse para que nunca se aproxime novamente de você!

Yngrid - Eu não queria que isso acontecesse... caralho. - Volto a encará-lo. - Desculpa.

Roberto - Eu sei que pode estar bem crescidinha, mas está de castigo.

Yngrid - Eu já sabia.

Roberto - Eu vou permitir que fique com seu celular e com seu notebook, mas sem sair com suas amiguinhos e muito menos seus novos amigos.

Yngrid - Tá bem. - Respondo com bico de choro.

Roberto - Suba. - Cruzou seus braços e se virou para o lado, ainda sério.

Yngrid - Papai.

Roberto - Não tente me bajular.

Yngrid - Eu amo o senhor. - Puis minha mão sobre seu ombro, passando minha mão levemente sobre ele, antes de dar um beijo na sua bochecha.

Roberto - Também te amo, piquetucha.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Yngrid - Foi isso.

Lais - Que barra da pesada.

Thais - Isso que dá ficar pegando todo mundo.

Yngrid - Você não pode falar nada de mim, sua Puta!

Thais - Não é hoje que chama atenção do seu pai por causa de garoto.

Yngrid - É, eu sei.

Hoseok - Podemos ir comer, meu estómago tá roncando.

Yngrid - Só porquê eu sei que hoje estão dando tortas de limão. - Me sentei para poder me levantar.

Lais - Torta de limão. - Fechou seu livro, me seguindo. - Miahn, miahn!

Entramos no prédio, indo em direção ao refeitório; de primeira vendo a rodinha dos populares circulados numa mesa cheia de pessoas, onde vejo Taehyung entre eles. .

Yngrid - Hmm, populares. - Passo reto, indo até o balcão. - Também sou.

Thais - Isso importa mesmo? - Me encarou.

Yngrid - Bom... - Encaro ela de volta, fingindo demência. - É... Já deveria saber.

Hoseok - Querem ir pra lá?

Yngrid - Nãh!

Lais - Cadê Jesus, pra mim sentar com ele! - Passou por nós, segurando seu livro num braço e a bandeja com apenas a torta e a garrafa de suco.

Yngrid - Fia, pega duas de uma vez. - Segui ela.

Lais - Se bater vontade.

Sentamos numa mesa ao lado da que os "populares" estavam, com Hoseok se sentando com a gente.

Yngrid - Por que não vai com eles?

Hoseok - Não estou afim. Preciso de espaço para ter a mente limpa para ter a completa concentração para meu trabalho que vai ganhar o ano.

Yngrid - Ah. - Respondo sem ânimo, dando a primeira garfada na torta e logo a enterrando na boca. - Hmmm.

Lais - E agora - Afastou a bandeja e colocou o livro sobre a mesa, abrindo o mesmo para continuar lendo. -, eu vou continuar com as minhas descobertas do ano!

Thais - Não exagera. É apenas um livro de feitiços.

Hoseok - E se todos os livros que falam sobre magia e feitiços são reais? Agora que eu pensei nisso! - Ficou em silêncio por segundos até continuar. - Isso quer dizer que a magia sempre esteve em baixo dos nossos narizes!

Yngrid - Sabia que existem bruxas assumidas! - Digo, batendo minha mão sobre a mesa, chamando sua atenção.

Hoseok - Agora eu tô assustado.

Lais - Fica assim não, a magia pode te machucar quando algum feiticeiro ou bruxo, talvez magos, quiserem machucar você, mas você apenas conhece à mim como uma feiticeira assumida que ainda está aprendendo o ofício! - Levou suas mãos até seu rosto, fazendo dois V's com seus dedos, num sorriso com os olhos fechados.

Yngrid - Borá fazer umas macumbagem doida pras nossas inimigas! - Sugiro num sorriso, levantando minhas sobrancelhas para ela.

Thais - Tá falando da Carol?

Yngrid - Não só dela como os amiguinhos dela. Sabia que no fim de semana, os cara voltou pra cá? - Desvio o olhar da Lais para ela. - Depois que terminaram a escola, todo mundo daquele bando se interrou em viagens pra fora da cidade, menos nossa amiguinha querida.

Thais - Sei, eu vi a foto.

Yngrid - É agora que eu vou dar a volta por cima e dar o que eles merecem! - Levanto minha mão, estendendo meu indicador.

Carol - Lais! - Se sentou do lado dela, desesperada.

Yngrid - Começando por ela! - Me levantei, pronta para subir em cima da mesa para começar a briga ali mesmo.

Thais também se levantou e me segurou, me fazendo sentar novamente no assento.

Thais - Fica!

Lais - Carol...? - A olhava com os olhos arregalados. - O que quer?

Yngrid - Só tô esperando pra dá um coice em ti, Vadia! - Batia o garfo na mesa, fixando meu olhar psicopata para ela.

Carol - Yngrid, por favor - Abaixou seu olhar, escondendo seu rosto com sua mão; nela, havia uma marca avermelhada e roxa. -, eu não quero brigar. Não mais.

Thais - Carol, você tá bem?

Yngrid - Por que tá se preocupado com ela?! - Pergunto para Thais, me virando revoltada para ela. - Tá amiguinha dela, agora?

Thais - Yngrid!

Carol - Eu preciso de ajuda. - Diz com sua voz fraca e trêmula.

Viro, lentamente, meu olhar para ela, como todos na mesa, desconfiada. Percebendo seus olhos ficarem avermelhados.

Yngrid - Claro que não, não confiamos em você...! - Digo de supetão, não me contendo.

Lais - Carol... - Chamou por ela, levando suas mãos até a barra do cachecol que ela estava usando.

Rapidamente, Carol segurou o cachecol para que a Lais não o tirasse, nervosa, com os olhos quase arregalados que ressaltavam o tanto que estava aterrorizada.

Hoseok - Aquilo é um corte, Carol?

( Continua...)


Notas Finais


Bônus: (Salvamento em curso.)

Dirigia meu carro em velocidade com o celular me ligação para conversar com Namjoon.

Jimin - Eu sei que não deveria estar numa ligação quando estou dirigindo! Mas é a coisa é séria! Ela me ligou, desesperada, implorando por ajuda! Depois eu ouvi tiros! - Deixo o celular entre meu ombro e o ouvido, para fazer uma curso em alta velocidade.

Hoseok - Jimin, vamos ser perseguidos por uma viatura da policia, já, já!

Jungkook - O que é uma vida sem aventuras perigosas, Hoseok! Além isso, a policia não muito capacitada nessa cidade, infelizmente, mas felizmente para nós!

Hoseok - Jeon jungkook!

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Namjoon - Jimin, você sabe no que a Carol se metia quando estava na escola e essas pessoas poderiam estar de olho nela à muito tempo.

Jimin - Eu sei! Mas ela é... ou era nossa amiga, e ela me legou pedindo ajuda! Você queria que eu ficasse parado enquanto ela poderia estar sendo torturada.

Namjoon - Eu vou chamar a policia.

Jimin - Não acho que seja uma boa ideia! Fico preocupado com que eles podem fazer com ela se virem a policia chegar no lugar.

Namjoon - Que merda! Yoongi, você terminou?!!

Yoongi - Só te esperando!

Namjoon - Você sabe onde é o lugar, Jimin?

Jimin - Ela me disse que estava ao lado do letreiro de Hollywood, em Downtown. Também para não chamar a policia.

Namjoon - Eu vou chamar a policia!

Jimin - Namjoon!

Namjoon - Só anda logo! Melhor desligar para você se concentrar em dirigir. Depois você me liga quando estiver com ela.

Jimin - Aham.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Desliguei a ligação e guardei meu celular, colocando minhas duas mãos no volante.

Jungkook - E agora?

Jimin - Tirar ela de lá.

Hoseok - Meu caro amigo, Park Jimin, nós sabemos que ela vivia circulada de gente da pesada, isso significa que estava indo pro meio do ninho deles!

Jungkook - Você sabe que eu e o Jimin somos faixa preta em taekwondo, e ainda mais com o meu treino diário fazendo boxe.

Hoseok - Você podem desviar de balas na câmera lenta como Matrix?

Jimin - Não, Hoseok.

Hoseok - Vamos morrer!

Jungkook - Não comigo aqui!

Logo, notei o letreiro ao longe, indicando que já estávamos perto dela, o que fez todo o meu corpo se agitar pelo nervosismo.

Jungkook - Ainda bem que as ruas estavam vazias, né? - Diz, nervoso.

Jimin - É melhor pararmos longe, não?

Hoseok - Se isso diminuir nossas chances de morrer, sim!

Jimin - Hoseok, para de drama. Veio porque quis.

Hoseok - Não vim nada, eu entrei nesse carro achando que íamos passear, mas não...

Jimin - Então, veio porque quis. - Confirmei.

Hoseok - Te odeio, filho da puta.

Estacionei meu carro perto de uma estrada de terra que subia, podendo nos levar diretamente para letreiro.

Hoseok - Já chegamos?

Jimin - Você anda pergunta? - Retruco, tirando o cinto de segurança. - Ficamos quase uma hora dirigindo, isso porque eu vim o mais rápido que pude e com atalhos. Jungkook, me ajuda a pega o bastão no porta malas.

Hoseok - Bastão? - Repetiu, assustado.

Jungkook - Para com isso, mocinha.

Saímos de dentro do carro e fomos para o porta-malas. Abro o mesmo e pegamos dois bastões de basebol.

Jungkook - Sabe que eu não preciso disso. - Avisou, levando o bastão e o apontou para mim.

Jimin - Deixa ele aí, então. - Encaro o mesmo e fecho o porta-malas, colocando o bastão apoiado nos meus ombros. Após me viro para olhar a imensidão da mata.

Hoseok - Não me fala que eles estão dentro dessa floresta?

Jimin - Fica no carro. - Tomo a frente e começo a ir em direção à estrada de terra. - É melhor a gente subir. Lá de cima temos a visão melhor.

Jungkook - Já vejo que o negócio vai feder.

Hoseok - Jungkook, posso me segurar em mim?

Jungkook - Não?

Hoseok - Obrigada!

Jungkook - Não precisa me apertar assim, Hoseok!

Aumentei meus passos para subir a montanha que era pouco íngreme mas longa; minhas pernas já estava doendo, mas não iria desistir de chegar no topo.

Hoseok - JIMIN!!!

Jimin - Não grita, Hoseok! - Digo entre suspiros cansados, diminuindo meus passos, quase chegando no fim da subida.

Jungkook - Cara, acho que eu tô vendo uma luz ali!

Bruscamente me viro para ele.

Jimin - Onde?

Apontou para frente; ponho meu olhar na direção e mesmo, vejo uma luz forte entre as árvores com um complexo de amontoados de casas aos arredores.

Hoseok - Vocês acham que...

Jimin - Não acho, tenho certeza. Vamos descer. - Me viro para começar a descer.

Hoseok - Eu subi pra nada!

Jungkook - Você vai tomar conta do carro. - Bateu de leve no ombro dele e de virou, me seguindo.

Hoseok - Ótimo, me tranquilizou.

No silêncio que estávamos, nos assustamos por ouvir um grito desesperado de socorro e um som alto de um tiro disparado. Paramos e olhamos para a mata, vendo poucas luzes em alguns cantos pela escuridão.

Jimin - É a Carol. - Afirmo, aflito, continuando olhando atônito para a mata.

Jungkook - A gente tem que correr. E rápido.

Hoseok - Nisso eu sou bom!

Nós três corremos pela estrada, ainda continuando a ouvir os gritos de desespero dela que ecoavam pelo local. Queria avisá-la de que já estávamos aqui para salvar ela e quando iria fazer, vejo sua figura saindo de dentro da mata; estava com vários hematomas espalhados pelo seu corpo, com algumas manchas de sangue que eram nítidas para qualquer um ver: o desespero ressaltava seus olhos com sua expressão de pânico.

Correu até meu carro e o abre, entrando no mesmo apressadamente.

Hoseok - Jimin, ela entrou no seu carro.

Jimin - Eu sei. - Fixava meu olhar nele, paralisado.

Jungkook - Vamos lá!

De repente, os luzes da frente de acendem antes do carro dar a volta para sair em disparada, nos deixando.

Hoseok - Jimin, ela levou seu carro.

Jimin - É... eu vi.

Homem - Onde essa garota está?!

Escutamos as demais vozes vindas de dentro da floresta, nos tirando do transe de segundos antes; sinto os braços do Jungkook me puxarem para o lado, nos fazendo cair no chão para ficarmos escondidos entre um arbusto.

Shelly - A vagabunda vai se esconder nas saias da mamãe. Ela sempre foi uma chorona. Se escondia atrás de um rosto bonitinho e quando chegava em casa, se cortava e chorava feito uma criancinha fudida. E fudida ela está.

Subimos nossos rostos para poder ver por cima das folhas e ver quem estava por lá: seguravam armas de porte grande, alguns, facas.

Hoseok - Essa não era uma das melhores amigas da Carol?

Jungkook - Era, agora não é mais.

Isabel - Melhor nós sairmos do colmeia. Essa vadia chamou ajuda e a qualquer momento eles podem chegar com policiais. Todos fiquem em alerta enquanto arrumamos tudo para sair.

Jungkook - Eu não creio que já fiquei com criminosas. - Sussurrou.

Jimin - Jungkook, concentra lá! - Apontou para a cena.

Shelly - Amanhã ela verá o que a espera.

Todos voltaram para dentro, saindo do nosso campo de visão.

Continuei no lugar como meus dois amigos, ainda paralisado com tudo o que vi.

Hoseok - Vamos embora daqui! - Diz, mexendo em algo no seu pulso.

Jungkook - Jimin, ainda está com seu bastão?

Jimin - Aham. - Assinto.

Jungkook - Nós vamos correr, estão me ouvindo? Correr o mais rápido que podem! E se algum deles aparecer... - Levantou o bastão. - Acabamos com eles.

Hoseok - Eu queria ter sua segurança.

Olho para ele e via mexendo num bracelete.

Jimin - Hoseok, não é hora de concertar um relógio de pulso. Vamos embora! - Olho ao redor antes de me levantar, e ir caminhando na frente deles mantendo meu olhar atendo para cada canto.

Hoseok - Não estou sentindo uma coisa boa...

Jungkook - Hoseok, não tenha um ataque agora.

Caminhava na frente deles, segurando firme o bastão na minha mão.

Hoseok - Eu juro que vou ter um treco.

Jimin - Guarda para passar mal mais tarde. - Me viro para eles.

Homem - Fiquem onde estão!! - Ordenou, saindo de trás de uma das árvores, vindo rapidamente até nós.

Jungkook levantou o bastão, atingindo a cabeça do cara que o faz cair desacordado no chão; ficamos quietos segundos depois do ato de defesa do nosso amigo, apenas encarando o corpo no chão.

Jungkook - Eu nunca me senti tão vivo! - Levantou seus braços, segurando o bastão nas suas mãos.

Jimin - Não comemora.

Homem - Eles estão aqui!

Três homens surgiram, apontando armas para nós; firmei o bastão nas mãos, atingindo um que estava na minha frente. Os dois que estavam próximos á mim, colocaram suas armas na minha direção prontos para atirar, só fecho os meus olhos esperando as balas me acertarem.

Jungkook - VOCÊS NÃO VÃO MACHUCAR MEU AMIGO!!

Jimin - Jungkook, não faz nada! - Abro meus olhos, novamente, para ir correndo até ele, mas antes, apenas vejo Hoseok levantar sua mão na direção dos dois; ambos se tremeram antes de cair no chão, prosseguindo com as tremedeiras por segundos até que param. - Mas o quê...?

Jungkook - Hoseok, que porra é essa? - Apontou para o pulso dele.

Hoseok - É só um protótipo que ainda está em face de testes! - Levantou seu pulso, mostrando seu bracelete.

Jimin - Por que não disse o que ISSO pode fazer? - Aponto para o mesmo.

Hoseok - Vocês sabem que quando fico com medo, eu esqueço tudo ao meu redor!

Um corte no ar foi feito por uma bala que passou por trás do Hoseok e acertou uma árvore do outro lado; meu amigo arregalou os olhos e se calou.

Jungkook - Vamos embora daqui!!

Correu até ele, o pegando pelo braço para começarmos a correr pela estrada de terra que nós tirava do caminho.

Jungkook - VAMOS PEGAR UM ÔNIBUS!!!!

Jimin - SE CHEGARMOS LÁ VIVOS!!!

Hoseok - EU QUERO A MINHA MÃEEEE!!

( Continua...)

Obrigada por lerem.


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