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História Quase H2O - Fases Da Lua Crescente.


Escrita por: laia017

Notas do Autor


. . . . . .
Triste, mas não dura para siempre...? Ou...
Revisada.

Capítulo 47 - Fases Da Lua Crescente.


Fanfic / Fanfiction Quase H2O - Fases Da Lua Crescente.

Yoongi - * ATIIIMM!! *

Layne - Yoongi!! Para de espirrar!!

Yoongi - Já te falei que não dá! * ATIIIMM!! *

Layne - Bem feito!

Yoongi - Você estava mais legal... * ATIIIMM * na nossa intrevista!

Layne - Eu lamento, Yoongi. E de nada por fazer de você um famosinho na rádio!

Yoongi - * ATIIIMM *

Layne - Ninguém merece!

Reclamo enquanto andávamos pela rua, encontramos Namjoon carregando Jin e puxando o Hoseok.

Paro no lugar, deixando o yoongi irem na minha frente, surpresa com a visão que estava tendo.

Layne - Vocês também?

Hoseok - AAAH!!

Namjoon -. . . . - Apontou para a boca, e gesticulou, movimentando seus dedos como se seu membro falasse.

Layne - É.

Jin - Você sabe onde elas foram?

Layne - Elas estavam com mais alguém?

Jin - Com mais três pessoas.

Layne - Isso é mal! - Respondo, nervosa, passando por eles numa corrida.

Yoongi - * ATIIMM!! * E por quê?

Layne - Se esqueceu? - Me viro para eles. - Nós somos Sereias! Po um acaso sabem o que nos tempos primordiais elas faziam?

Hoseok - Matar!

Layne - Faziam isso por medo, maldade ou por proteção. Não descordo delas, mas... aah. - Trombo minha cabeça para o lado, temida e confusa. - Agora na Lua Cheia, elas podem estar fazendo isso.

Jin - E o que vamos fazer?

Yoongi - * ATIIMM!! *

Hoseok - Eu sugiro guerra.

Layne - Elas podem revidar e cair mais mal pra vocês, olhem como estão? - Aponto para os mesmos. - Lais pode fazer pior num estalo de dedos. Melhor ficarem aqui e eu vou.

Yoongi - * ATIIMM!! * Você não vai sozinha.

Layne - Quem de nós possui poderes? - Levantei meu braço. - E quem de nós pode se fuder ainda mais se for atrás delas? Vocês!

Yoongi - Fala como se soubesse usá-los direito! * ATIIMM!! *

Layne - Eu posso te deixar com mais espirros do que a Lais te colocou, sabia...?

Ele me olhou, quieto.

Layne - É melhor mesmo que não fale nada... Pioro sua situação com um pequeno pensamento, o mais pequeno que for, mesmo com milésimos de segundos, posso fazer com que muitas pessoas fiquem doentes. E você, não vai querer isso? Ou vai?

Yoongi - Não.

Layne - É bom mesmo, porque eu também não. - Dei meia volta para voltar à seguí-las. - Quando os retardados estiverem melhor, melhor virem o mais rápido possível.

Yoongi - * ATIIMM!! *

Hoseok - Melhor mesmo...

Segui correndo pelas ruas, procurando por elas, angustiada, até chegar na praia e continuar as procurando. Sem encontrá-las e temendo o pior, passo pelo calçadão e vou em frente ao Cais, procurando elas através das grades. As vi sendo acompanhadas por três pessoas, caminhando tranquilamente até chegarem numa ancorada.

Layne - O que você estão fazendo...? - Pergunto para mim mesma antes de correr e ainda os encarar, vê-los subindo na mesma lancha, segundo depois irem embora. - Mar num vão!

Passo pela entrada, correndo até a beira mais próxima e pular na água. Já abaixo com a Cauda, nadei atrás da mesma lancha que estava em alta velocidade que esperei a mesma estar longe o suficiente para elas não notarem a minha presença ali.

Nado acelerada atrás delas, percorrendo o recife, se distanciando cada fez mais da costa com o meu suposto pensando do que poderiam estar fazendo, isso me assustava, ainda mais depois do que fiz com aquela pessoa.

O mesmo parou e paro junto com ele, centímetros mais atrás da lancha, onde nado calmamente até abaixo pensando num modo de pará-las.

Nado até a superfície, ouvindo Yngrid dizer em comando para as tais pessoas.

Layne - Puta merda... - Digo baixo e tento me erguer para ver mais para cima, mas era impossível. Continuei a pensar num jeito de fazer elas pararem. - Pensa... pensa, sua puta!

Continuava a forçar a minha mente para pensar numa solução. Aquilo já estava me deixando apreensiva que comecei a bater minhas unhas sobre a construção da lancha, até uma ideia bater na cabeça.

Layne - Desmaiar elas...?

Sabia que era arriscado fazer isso, mas era eles ou eles.

Fechei os meus olhos para me concentrar apenas num objetivo, e apenas nelas,  nelas, mas sempre que tentava algo assim, acabava mal por meu medo de fazer algo mal com as pessoas, por isso nunca consegui dominar esse lado dos poderes.

Layne - Você consegue... Vai, Layne.

Respiro, puxando o ar para os meus pulmões, me concentrando somente nelas, dando na consciência o que queria fazer. Sinto minha respiração pesar e meu coração acelerar, junto do meu corpo que começou a ter calafrios com o esforço que se deu ao efeito de ouvir sons de algo caindo vindo de cima.

Layne - É! - Gritei, depois ouvindo mais sons de algo caindo. - Jesus.

Nadei para ir detrás daquela lancha, ainda com uma preocupação no peito. Chegando perto, vejo a Yngrid desmaiada.

Layne - Foi mal, Yngrid. - Me forço para subir em cima da lancha e me arrastar até ela. - Eu preciso dos seus poderes.

Toco na sua pele e fechando os outros, sentindo a pressão na minha mão por sugar sua energia.

Layne - Está bem... ela está bem. - Me viro para trás, colocando minha mão por cima da Cauda e a mesma começa a sair fumaça.

Quando as pernas surgiram, logo tratei de puxar a Yngrid para um canto.

Layne - Minha filha, como cê é pesada, em?

Deixando os outros no canto, liguei para os meninos enquanto ia para o controle da lancha.

Jungkook - Alou!

Layne - Não grita no meu ouvido, caralho.

Jungkook - Por que me está ligando?

Layne - Estou indo pro Cais com seis corpos desmaiados aqui.

Jungkook - Layne, o que você fez?!

Layne - Nada... eu só deixei elas meio desmaiadas, não sei como consegui até agora! - Respondi, ansiosa pelo meu feito.

Jungkook - Layne, você vai ser presa se te encontrarem com esses corpos.

Layne - Relaxa, Kookie.

Jungkook - Fala isso que logo aparece uma lancha da Guarda marinha do seu lado.

Layne - Para de jogar praga. Oshi, menino! Então, alguns de vocês, que podem andar, venham comigo, e é melhor acabarem com essa festa antes que a Melissa veja a Lua. O pior é que já está escurecendo, então, TRATEM DE FAZER O QUE DIGO!! Pra mais nenhuma desgraça acontecer!

Jungkook - Fiquei surdo.

Layne - É bom mesmo... Estejam no Cais, mais especialmente do outro lado.

Jungkook - Entendi. Até.

Desliguei a chamada e me concentrei em dirigir, indo em direção ao Cais, mas antes de chegar, Taehyung me ligou outra vez.

Layne - Diga, puto.

Tae - Eu só acho que você precisa dar uma volta.

Layne - E agora, o que foi?

Tae - Tem uns guardas aqui fazendo ronda.

Layne - Puta merda... Eu tô perto das pedras, venham rápido. - Desliguei, parando a lancha próxima à elas e esperei os meninos, olhando para todos desmaiados no chão, apreensiva. - É, vocês deram um enorme trabalho, bando de puto.

Minutos se passaram e eles chegam, com Taehyung nas costas do Christian, Yoongi e Namjoon logo ao lado.

Layne - É tão divertido ver vocês assim. - Comento, divertida e rindo, encarando eles que a pouco entraram na lancha.

Yoongi - Cala a boca. - Me responde, passando por mim.

Layne - Já passou os espirros?

Yoongi - Não diga esse nome pelos próximos anos! - Responde, irritado

Layne - Espirro.

Yoongi - Aisi! - Se virou para me encarar, irado.

Tae - O que vamos fazer com elas...?

Christian o colocou sentado no assento, olhando para elas.

Namjoon - Ma... Méééééééé!

Layne - Fá-só-lá-si-dóóóóó.

Tae - Você matou eles?

Layne - Apenas desmaiei as meninas, vish... Então, borá levar eles.

Yoongi - Está meio estranha, Layne.

Layne - Quiii nada... oshi, tá me achando com cara de quê? - Pergunto, e me dou conta. - Aff, esquece isso, já vai passar.

Namjoon - Ela... mente.

Layne - Nossa, parece uma criança aprendendo a falar.

Tae - É melhor vocês levarem elas e nós ficamos com os outros.

Yoongi - E o que vocês vão ficar fazendo aqui?

Layne - Não vai dar pra mim levar eles então esperamos o reforço dos outros. - Me sentei do lado do Taehyung. - Obrigada.

Yoongi - Isso vai ter volta!

Layne - Eu disse, não me escutaram porque não quiseram. - Cruzei meus braços ao ver eles as levando.

Tae - Se eles acordarem.

Layne - Fazer eles dormirem mais.

Tae - Acha mesmo que pode fazer isso sem machucá-los?

Layne - Não... mas preciso tentar, já tentei com as meninas e deu certo... - Engoli seco.

Tae - Layne...

Layne - Tá bem, eu não sei, mas... num sei.

Tae - Espero mesmo que dessa vez tenha feito direito.

Layne - Ahnn.

Layne Off

Jungkook On

Jungkook - MUITO BEM!! - Grito do alto da escada, já sentindo as minhas pernas voltarem ao normal. Bati elas, levemente, na parede para fazê-las voltarem a ativa. - A FESTA ACABOU!

Depois o som desligou e todos gritaram em reclamação.

Jimin - O GENTE, FOI A DONA DA CASA QUE MANDOU!! SINTO MUITO! - Gritou, mas estava de costas para todos.

Jungkook - JIMIN, VIRA PRA TRÁS!!

Jimin - Valeu! - Agradeceu, se virando para todos, usando um óculos escuro.

Jungkook - VAMOS, GENTE! Sinto muito! - Desço as escadas, segurando na barra de apoio.

Os outros vieram nos ajudar com todos e logo recebo uma ligação da Layne que logo atendo.

Jungkook - Layne?

Layne - Os meninos estão levando as meninas para a casas delas. O melhor é deixar elas separadas nessa noite... que mal começou, mas é a vida.

Jungkook - Espero que não tenha matado elas.

Layne - Eu também.

Jungkook - O quê?

Layne - Nada...! Deixa quieto. Já acabou com a festa?

Jungkook - Todo mundo está saindo agora.

Jimin - Onde elas estão?

Jungkook - Cada uma indo para sua devida casa! É melhor pegar as coisas delas.

Jimin - Não vou poder ir.

Layne - É lógico, tem a namorada mais ciumenta e chata do mundo!

Jungkook - Ela não é tão ruim assim.

Layne - Só quando tem interesse em algo, fica um amor de pessoa.

Jungkook - Por que está falando assim? A Lua também te afetou?

Layne - Ela não me afeta mais, quer dizer... não me deixa doida, só sinto uma energia quando olho para ela, uma atração.

Jungkook - Entendi. E os outros que estavam com elas?

Layne - Eu tenho plano, não se preocupa! Tchau. - Ela desligou.

Jungkook - Tchau!

Jin - Olá. - Disse, descendo a escada. - Estou bem.

Jimin - Que ótimo, agora tem que ir até as casas delas.

Jin - É agora que eu vou dar uma na cara de uma! - Terminou de descer as escadas e foi até a porta, saindo por ela logo depois.

Jungkook - Eu devo ir com ele?

Jimin - Deve.

Jungkook - Eu vou pegar as coisas delas... - Me virei e parei. - Eu também tenho que pegar as coisas da Layne?

Jimin - Sim, se não ela te mata.

Jungkook - Aff!

Depois de pegar, saio com os outros indo na direção das casas delas. Chegando em frente à casa da Yngrid, paro em frente ao seu portão com os outros atrás de mim.

Hoseok - Nós vamos na frente.

Jungkook - Pega isso. - Joguei as outras mochilas para eles. - Até.

Abri o portão, que já estava aberto, para entrar e apressado sua porta.

Jungkook - Senhora mãe da Yngrid!

Grito para ela, que em poucos minutos abre a porta e vejo Namjoon do lado dela.

Jungkook - Senhora, as coisas dela. - Aponto para a bolça embaixo do meu braço, encarando Namjoon, confuso.

Senhora - Obrigada aos dois por trazerem ela. - Respondeu, pegando a mochila de mim.

Jungkook - De nada. - Desvio meu olhar dela para o Namjoon. - Ah é, você não... vamos. Até, Senhora.

Saímos de sua casa e fomos atrás da casa da Thais, vendo eles saindo da mesmo, apressado. Christian passou pelo portão, indo embora, sem se despedir de ninguém.

Jungkook - Christian?

Christian - Nos vemos amanhã.

Jungkook - E ele continua... - Continuei encarando suas costas enquanto ia embora. - Ele não gostou nada, ainda mais com aquilo que a Thais fez...

Hoseok - Amanhã vai fuder é tudo.

Por último, fomos à casa dos Kim, onde Yoongi já estava saindo.

Hoseok - Volta e dá isso pra ela. - Estendeu a bolça para ele.

Yoongi - Eu já saí.

Hoseok - Me esperam! - Voltou correndo para dentro.

Jungkook - Como estavam? - Pergunto para ele, curioso e preocupado.

Yoongi - Bem mortas para uma Lua.

Jin - Yoongi, isso não tem graça.

Yoongi - Estavam dormindo... Só não entendo, como Layne fez isso?

Jungkook - Nem pergunte. - Olho para trás dele e vejo ela saindo junto com o Taehyung. - AGORA VIERAM!

Layne - SIM!!

Hoseok - O que fez com os outros?!!

Layne - Segredo!

Jin - Sua perna, Tae?

Tae - Andando, ainda dando umas tropeçadas, mais nada.

Layne - Só amanhã vão estar livres da magia que colocou em vocês. Hi hi!

Yoongi - Para com isso!

Layne - Eu avisei!! E todo mundo tomou no cu! - Debochou, rindo.

Hoseok - Voltei!

Layne - Tum, Tcha!! Tcha!! Tum, Tcha!! Tcha!! - Gritou, dançando no meio da rua.

Tae - Layne, tem chances delas acordarem no meio da noite?

Layne - Não... - Respondeu, parando com sua dança e indo na direção da sua casa do utro lado da rua. - Vejo vocês amanhã!

Yoongi - Layne! Eu sei que esconde algo!

Layne - Boa noite!

Jungkook - Ainda nem anoiteceu direito e você já quer ir?!

Ela para e se vira, nos olhando desconfiada.

Layne - Né mesmo.

Jin - É melhor ficar de olho, então.

Tae - Boa ideia!

Jungkook Off

~ Sonho ~

Permanecíamos sobre a Lagoa da Lua, aguardando pela tua passagem, escutando a voz encantada e esbelta de Luna cantarolando tua melancólica canção.

Tiny - Viemos com antecedência... - Comunicou, mas mal chama a atenção de Luna. - Luna?

Luna - Perdão... - Pronunciou após cessar seu canto. - vivia dentre meus devaneios.

Mila - Regressaremos.

Vou até a mesma e mergulhamos a água para regressar à orla. Caminhando pela vasta e vazia praia, à noite, sendo iluminada com a luz da Lua sobre nossas cabeças.

Mila - Não deveríamos estar por cá à estas horas do anoitecer. - Avisou, temida.

Tiny - Saímos fora da vista de nossos pais, junto a Babá.

Luna - Mesmo nesses ares... ele deverá estar aqui.

Tiny - Luna, prometeu que iria o esquecer. - Lembro, caminhando para tua frente. - Se passaram semanas desde tal acontecimento. Jurou isto à ele.

Luna - Obscuro, Fatigante. - Expressou, com teus olhares perdidos sobre o mar.

Mila - Luna, temos o conhecimento que o ama, mas ele fez sua escolha. Sereias para eles são criaturas nefastas que matam sem piedade ou destroem, faz isto com artimanha para nos caçar.

Luna - Sei que ele não me machucaria.

Tiny - Certeza? Não vê diariamente os guardas nos seguindo, a cada passo, cada respiração que damos um guarda está ali nos observando. Isso está nos assustado tanto, que não fizemos nada por tua causa. Apenas aguardaremos o momento para que eles vinham e nos peguem.

Luna - O amo... demais. - Em teus olhos, avistamos teu derramar das lágrimas. - És igual ao meu pai, me deixou não se importando com meus sentimentos.

Mila - Não chore, Luna.

Sr. Heitor - Senhoritas.

Com tal assombro, o miramos, surpreendidas, dando nossos passos para nos recuarmos. Aos perceber que és Heitor, nos abrandamos, e sorri, tendo meu coração afoitado.

Todas nós - Olá, Senhor.

Sr. Heitor - Como podem estar em pleno crepúsculo e sós?

Mila - Queríamos um ar, Senhor. Mas prometemos que já iremos.

Sr. Heitor - Não deixarei que vossas moças irem sozinhas para tuas moradias.

Tiny - Senhor, realmente...

Sr. Heitor - Não, as levarei, por sorte tenho dois cavalos por aqui.

Luna - Cavalos? - Perguntou retornando com teu sorriso, a mesma adorava os animais, principalmente andar a cavalo.

Sr. Heitor - Vejo que gosta de cavalos, Senhorita Luna.

Luna - Gosto de cavalgar. Está ocupando o tempo vago para mim.

Sr. Heitor - Pois bem, iremos.

Seguiu para um cavalo da cor da noite, com seus pelos bem cuidados e brilhosos, junto de Tiny.

Sr. Heitor - Olá.

Virei-me para ele.

Sr. Heitor - Parece que iremos juntos.

Mila - Senhor... - O miro sem palavras na boca. - Deseja tomar o controle ou...

Sr. Heitor - Tome o controle, Mila.

Mila - Agradecida, Senhor.

No caminho, deixamos as meninas cavalgarem para mais afrente de nós que permanecemos cautelosos sobre o animal em cada passo minucioso entre a trilha em meio às matas ao nosso redor.

Estava abatida, angustiada, atormentada com todos os fatos decorrentes em nossas vidas, me que deixaram inquieta, ainda por sentir suas mãos carinhosas em minha cintura.

Sr. Heitor - O que há de errado, Mila...? - Indagou, enquanto abaixávamos nossas cabeça por um galho de árvore, para poder passar. - Sinto um ar tenso sobre todas... de uns tempos a ti permaneceu quieta.

Mila - Perdão... são nossos assuntos, não poderei lhes dizer sem elas saberem.

Sr. Heitor - Compreendo... mas poderei a amparar de alguma forma. Sabe disso.

Mila - Não há nada a que fazer, Senhor...

Sr. Heitor - De qualquer forma, poderei dispor meus cavalos nos momentos em que desejarem.

Mila - Há um alguém que dispõe eles para nós. - Respondi, gentiu e risonha. - Mas agradeço sua gentileza.

Sr. Heitor - Sim.

As avistamos correr pela mata a frente, velozmente, ouvindo teus risos e gritos de diversão.

Sr. Heitor - Irão nos deixar para trás.

Mila - Melhor se segurar.

Senti suas mãos circularem minha cintura firmemente em receio.

Mila - Pode segurar e não tenha receio.

Inicio os passos rápidos do animal, atrás das meninas. Poderia sentir os ventos balançarem pelo meus cabelos, trazendo de volta a sensação de liberdade que tanto amo sentir, me deixando bem ao seu lado.

~ Sonho ~

Acordo após o sonho, sentindo o meu corpo inteiro doer, mais na região do meu peito, que mal pude me mover ou abrir meus olhos, apenas gemia e suspirava de dor, tentando lembrar o que aconteceu ontem.

Thais - Mã...

Minha voz não quis mais sair por pura fraqueza. Tentava me levantar, mas simplesmente meu corpo não obedecia. Aos momentos em que as dores iam e voltavam, com tantos sentimentos misturados por estar agoniada por dentro querendo saber o que aconteceu, comecei a sentir uma pouca falta de ar, sentindo uma dor acuda e uma peso sobre meu peito.

Thais - M...

Então, ouço sua voz vinda de longe com o que pensei que fosse minha cura; se tornou a minha dor que tomou novamente todo o meu corpo de forma bruta que solto mais um gemido arrastado de dor e agarro meu travesseiro procurando alguma forma de fazer aquilo parar.

Camila - Thais...

Ouço a porta se abrir e a dor aumentou, tanto que começo a chorar e a tremer, sentindo as sensações de dor que jamais me foram sentidas.

Camila - Ainda não... Filha, o que foi?

De acordo que ela se aproximava, sentia sua preocupação, medo e culpa, que cada vez mais colocava o peso sobre mim. Quanto mais forte mais meu corpo doía, mais, precisamente, na região do peito que piorava a minha situação de puxar o ar para meus pulmões.

No desespero, começo a gritar para ela se afastar, desesperadamente, por estar doendo. Não estava com muita consciência, apenas temia por essa dor que me tomava por inteira.

Thais Off

Tae On

Acordei com os gritos de desespero da minha irmã, logo ao lado do meu quarto. Me levanto num pulo da cama e corro para a porta, abrindo a mesma bruscamente que me fazem ouvir mais perfeitamente seus gritos atrás da porta do seu quarto.

Ao sair pela porta, vejo os meus pais vindo preocupados pelo corredor.

Yura - O que está acontecendo?

Tae - Eu não sei.

Vou até sua porta e a abro; ela se contorcia na cama, aumentando seus gritos de dor e seu choro, ainda mais altos, se agarrando no travesseiro e o puxando.

Minhyuk - Filha... - A chamou com medo, desespero e preocupado, entrando no quarto em passos pausados para ir até a mesma que gritou um NÃO, balançando repentinamente sua cabeça.

Aos poucos, sentimos o chão começar a tremer levemente.

Tae - Mãe, Pai, melhor saímos e deixar ela. - Digo, antes de puxar meu pai e segurar a mão da minha mãe, sem desviar meus olhos atônitos dela.

Saímos do quarto e fecho a porta, escutando seu choro e gritos que diminuíram, gradualmente.

Yura - Que conversa é essa? Eu vou ficar e chamar um médico!

Tae - Não...!

Minhyuk - O que foi, Taehyung? Sabe de algo? - Perguntou, desconfiado e irado, olhando diretamente meus olhos.

Tae - Não... só não acho que devemos ficar aqui.

Yura - Então, vocês chamam o médico e eu fico para tentar a acalmar.

Tae - Não acho que precisamos de médico, apenas vamos ficar longe. - Após dizer, vejo as lágrimas crescendo nos olhos da minha mãe.

Ela abraçou o meu pai, em soluções, enquanto ouvimos o choro alto a Lais.

Me dói saber (Ou quase) o motivo dela estar assim e não poder contar aos meus pais, ainda mais por ver minha mãe chorar assim junto ao meu pai.

Yura - Eu vou fazer algo para ela.

Minhyuk - Irei avisar que não irei ir para o trabalho hoje! - Desfez o abraço da minha mãe para voltar ao o corredor do seu quarto.

Tae - Vocês não precisam fazer isso... - Digo, segurando nos braços dela a acariciando, assustado, agora trêmulo.

Yura - Tae... se sabe de algo, diga? - Perguntou com lágrimas nos olhos.

Ver aquilo estava me doendo demais, acabando por ter as palavras não ditas gravadas na garganta, as quais que queriam sair e dizer tudo ela... mas como eu vou dizer?

Tae - Eu não sei de nada... mas eu acho que...

Yura - Não acha nada! Olhe como sua irmã esta! - Ela se virou para mim, me deixando no corredor e desceu, entre mais choros. - Depois entrarei nesse quarto e ninguém vai me tirar!

Tae - Agora fudeu! - Olho para a porta e me aproximo, temendo por algo maior. Ponho minhas mãos sobre a maçaneta e a giro calmamente, entre minhas mãos trêmulas, a vendo agoniando sobre a cama mas sem atravessar para o lado de dentro. - Lais... você pode me ouvir? O-olha, se isso for uma brincadeira... mas não acho que seja uma.

Fecho a porta e corro para o meu quarto, pegando meu celular e ligando para os meninos.

Yoongi - Por que está ligando tão cedo? Ainda nem está na hora de levantar...

Jin - É bom que tenha um motivo.

Jungkook - É bom mesmo, para me fazer parar o meu jogo!

Tae - A coisa é séria... um problemão!

Tae Off

Hoseok On

Hoseok - Calma que eu estou chegando, Yngrid! Estou chegando!! - Disse, correndo pela rua e chegando na frente da sua casa. Passo pelo portão e aperto a campainha. - Atendam! Atendam!

Esperei receoso na frente da sua porta, até que um dos seus pais abrem a mesma.

Marcela - Hoseok?

Hoseok - Oi... ãnh, eu queria ver a Yngrid.

Marcela - Nessa hora? - Perguntou e depois ouvi um grito vindo de cima.

Hoseok - Yngrid? - Franzi, confuso, arregalando meus olhos logo depois.

Marcela - Vem, Hoseok!

Hoseok - Ãnh?

Ela me puxa para dentro e fechou a porta, me levando até as escadas, mas paramos quando ouvimos mais um grito dela e seu pai descendo a escada, preocupado.

Roberto - Ela não responde nenhuma das perguntas, só grita e diz para me afastar! - Disse, rapidamente, alterado.

Marcela - E agora?

Roberto - É amigo dela, não? - Perguntou para mim.

Hoseok - S-sou sim.

Roberto - Você pode tentar falar com ela?

Hoseok - Agora mesmo. - Passo por ele, terminando de subir a escada e ir em direção ao quarto dela. - Yngrid... sou eu, Hoseok.

Sua resposta foi apenas um grito e a porta tremer.

Hoseok - Por favor. - Chego mais perto da porta, indo tocar na maçaneta, então, antes mesmo de tocar nela, sinto um ar quente rondando ela e a tiro. - Estamos preocupados com você, me deixa entrar! Aisi!

Pego meu celular ligando para eles.

Hoseok - Vocês ficam sabendo que não é só as duas.

Tae - Layne sabia disso. - Disse em afirmação.

Hoseok - Como pode ter certeza?

Tae - Eu sei... Você fica aí, qualquer coisa liga!

Hoseok - Certo. - Desligo a chamada e olho para a porta, preocupado.

Marcela - Então...?

Hoseok - Bom... ela não me deixa entrar.

Marcela - Yngrid! - Caminhou até a porta, indo pegar na maçaneta, mas a interrompo.

Hoseok - Ela trancou a porta! Isso!

A senhora me encarou, confusa e assustada, depois voltou sua atenção para a porta ouvindo outros gritos vindos dela.

Marcela - O que faço...? O quê? - Parou com suas perguntas, aflita, virando seu olhar questionador para mim.  Ela estava com você ontem, não?

Hoseok - Sim, mas eu garanto que ela não bebeu, até porque, estávamos juntos. - Odeio mentir.

Marcela - Então..?

Hoseok - Espera, Senhora...

Hoseok Off

Tae On

Tae - Eu mato, ah se mato! - Digo, saindo de casa e indo até a casa da Layne. - LAAAYNEEE!!

Chamo ela, vendo Yoongi ficar do meu lado. Chegamos em frente à sua porta, logo vendo a mesma ser aberta pelo Adam.

Adam - O que desejam?

Yoongi - Layne!

Levo minha mão até sua cabeça, bati na sua nuca.

Yoongi - Ai!

Tae - Ela está?

Adam - Está, mas daqui dez minutos saímos.

Tae - Podemos falar com ela por esses dez minutos?!

Adam - Não.

Yoongi - É o pai dela?

Adam - Não, mas sou o responsável.

Layne - Oi... - Saiu detrás dele, sorrindo de nervosa. - meninos...

Tae - Temos muito o que conversar! - Digo, apontando para ela. - E eu sei que você sabe o que está acontecendo com as meninas.

Layne - Eu... e-eu.

Yoongi - Se gaguejou, perdeu o argumento.

Layne - Cale-te a boca, Puto! Adam, eu vou conversar com eles.

Adam - Layne.

Layne - Eu não vou ir embora, vamos ficar na frente de casa. - Passou por ele e saiu, vindo até nós. - Logo entro.

Fechou a porta e fomos para a calçada.

Tae - Abre a boca.

Layne - Aaaahh. - Abre a boca me respondendo.

Tae - Layne!

Layne - Tá, desculpa.

Yoongi - Desculpa?

Tae - Yoongi, sou eu que faço as perguntas aqui... - Repreendo ele e volto a encarar ela. - Desculpas?! Você acha que desculpas vai ajudar as meninas?

Layne - Eu não sabia se realmente iria acontecer com elas!

Tae - Então você sabia?

Layne - Sim, mas não queria saber!

Tae - Porque você passou por isso, nós sabemos, mas e elas?

Layne - É complicado dizer, depende dos poderes que cada uma têm e que podem nos afetar.

Yoongi - Como assim?

Deu um suspiro longo antes de explicar.

Layne - Na vez que aconteceu comigo, no outro dia, eu sentia uma ressaca bem fudida. A Lua me fez usar tanto os poderes que só no outro dia, meu corpo sentiu o efeito da pior forma possível.

Tae - Sentem dor?

Layne - Sim, ter poderes nos afeta, psicologicamente e fisicamente, mais aqueles que não podemos controlar. E agora, seus poderes se manifestam sem elas poderem se controlar.

Tae - E por quanto tempo?

Layne - Pelas próximas vinte e quatro horas, mas amanhã não vão estar totalmente boas, só menos piores que hoje. Também pode ser que esses poderes fiquem " Bloqueados " aconteceu o mesmo comigo.

Yoongi - Melhor ainda, sem poderes sem preocupações.

Layne - É um poder especifico, não todos. É melhor ficarem longe delas por hoje, se alguém chegar perto elas vão ver, sentir coisas que faz o corpo e a mente doerem, pode ser bem traumático.

Tae - Só isso?

Layne - Você quer mais?!

Tae - E depois...? Se elas verem a Lua Cheia outra vez e acontecer de novo?

Layne - Só aconteceu uma vez comigo, e eu fiz alguém se machucar, feio... - Sua voz falha e desviou seu olhar para o lado, pensativa. - Esse alguém eu odiava tanto que na Lua, eu fiz o que fiz com ele.

Yoongi - Matou esse cara?

Layne - Você fala tão tranquilamente... - Voltou a nos encarar, agoniada. - não, mas quase. Ficou em coma por meses, até... eu conseguir curar ele.

Tae - Como você curou ele? Você mesma disse que não sabe.

Layne - Estava numa outra Lua Cheia, e eu quis olhar para ela, sabia que ela podia ampliar meus poderes e me ajudar a curar ele, e foi isso que aconteceu.

Adam - Vamos, Layne!

Layne - Estou indo!

Tae - Nossa.

Layne - Até as coisas mais mágicas e pura purpurina, também têm seu lado obscuro, um lado que não desejo que outra passe. Por isso que jamais brincam com magia na vida, mesmo sendo divertida, pode ficar fora de controle.

Yoongi - Vai por mim, nós sabemos mais do que ninguém.

Tae - Isso que dá ser amigo de Sereias. - Eu me virei para ir embora após o meu comentário.

Layne - Também não temos culpa que ganhamos esses " Dons ". E nem escolher o que fazemos com eles na Lua Cheia.

Voltou a olhar para ela que estava indo para o carro.

Layne - Quando elas acordarem, podem sentir fone de frutos do mar. Recomendo que deem para elas.

Yoongi - Hmm.

Ela entrou no carro a se foi, nos deixando.

Yoongi - E agora?

Tae - Ficamos junto dos meus pais, enquanto os outros fazem a mesma coisa.

Yoongi - Ainda bem que hoje é sábado! - Gritou, atravessando a rua.

Tae - Digo a mesma coisa! - O respondi, seguindo o caminho até a casa.

Tae Off

Jungkook On

Acabei cochilando no sofá, mas acordei quando ouvi a porta se fechando, me fazendo dar um quase pulo pelo susto e abrir meus olhos.

Camila - Acabei te acordando, filho?

Jungkook - Sim, mas tudo bem... - Respondo com a voz de sono, voltando a me sentar.

Camila - Eu chamei um médico.

Jungkook - Médico?! - Quase grito, e olho para ele que estava entrando. - Médico...

Médico - Olá. - Acenou para mim.

Jungkook - Olá.

Michel - É por aqui. - Ele o levou até a escada.

Jungkook - Agora que fudeu. - Disse para mim mesmo enquanto ela ia para a cozinha.

Camila - Quer algo, Jungkook?

Jungkook - Se a Senhora está me oferecendo, quem sou eu pra dizer não. - Respondo, nervoso, me levantando e mantendo meus olhar alarmado para as escadas e indo para a cozinha.

Camila - Jungkook.

Com ela me chamando, acabo me batendo contra a parede e me desviar logo depois para entrar na cozinha, e a olhei sorrindo, nervoso.

Camila - Você está bem? - Perguntou, preocupada.

Jungkook - Estou... Claro que estou. - Respondo, engolindo minha dor e medo.

Camila - Não minta, é pior. Você e seus amigos estão preocupados com ela.

Jungkook - Sim, estamos.

Camila - Mas... - Pois sua mão na cintura e me olhou, ainda mais séria, tirando a feição de preocupação e medo de antes. - eu soube que não é só minha filha que está assim.

Jungkook - Como é? - Perguntei, me sentando, encarando ela, tenso.

Camila - Yngrid e a Lais também assim, não? - Cruzou os braços, me fuzilando com o olhar.

Jungkook - Por que está perguntando pra mim? - Respondi, engolindo seco.

Camila - Eu vejo a mentira nos seus olhos. - Pegou uma faca que estava na pia e apontou para mim, em seguida a limpando no pano que estava posto no seu ombro.

Com a cena, meu corpo se congela e minha respiração treme e falha.

Jungkook - Possa ser que sim, mas como a Senhora sabe?

Camila - A Marcela também chamou um médico, juntamente da Yura. Então, só associei.

Jungkook - Ãnh... - Peguei o copo do leite que estava na minha frente e o bebi, rapidamente.

Camila - O que a três fizerem para estarem assim?

Jungkook - Não sei...

Continuou a me olhar com seu olhos entreabertos e ainda segurando a faca.

Jungkook - Eu juro que não sei! As três estavam com a gente, e mal beberam! Apenas dançaram.

Camila - Uhum.

Tirou os olhos de mim e pude respirar, acabando por bater a minha testa sobre a mesa.

Jungkook Off

Hoseok On

Hoseok - Um médico! - Disse baixo ao entrar no banheiro, estava no celular com o Jungkook junto do Taehyung.

Tae - Sim, mas o que pode dar errado?

Jungkook - Elas matarem eles.

Hoseok - Isso eu não descarto.

Jungkook - O pior que pode acontecer são eles molharem elas... - Explicou com sua voz de medo. - Pessoal.

Tae - Eu estou indo.

Hoseok - Eu também! - Desliguei a chamada e saí do banheiro indo em direção as escadas.

Marcela - Hoseok, não precisa ir.

Hoseok - Eu quero me certificar que está bem. Já desço. - Me puxei para o corrimão e subi correndo para o quarto dela, me topando com seu pai. - Senhor!

Roberto - O que faz aqui? - Perguntou, seguido de um grito vindo do quarto. - Yngrid...

Deixei ele entrar mas fiquei diante na porta do quarto, quase passando mal ao vê-la se tremendo e chorando na cama, dizendo para eles se afastem.

Médico - Não há nada de errado com ela, mas quando pergunto onde dói, ela não responde.

Roberto - Yngrid... por favor, diz onde dói?

Yngrid - Sai... sai... - Sussurrou entre soluços.

Médico - Me chamaram para examinar uma garota que para mim está ótima?

Roberto - Mas olhe seu estado!

Médico - Deveriam procurar um psiquiatra, a dor não pode ser física mais mental.

Roberto - Sim, o senhor pode estar certo. - Concordou com o médico, mantendo seu olhar perdido sobre a filha. Se virou para sair do quarto junto a ele. -  Hoseok, fica com ela.

Hoseok - Aham. - Concordo e os dois saem, podendo ver seu choro diminuindo. - Yngrid... eu não vou ir até você melhorar, eu sei o que está passando. Mas confia em mim, amanhã vai estar boa, nem tão boa, mas vai estar. Então... faça o máximo para se curar, está bem?

Ela não responde, apenas ouvia sua respiração pesada e cansada.

Hoseok - Tenha calma. - Me afasto e me sentei em frente da sua porta, a olhando. - Vou ficar aqui com você.

Hoseok Off

Jimin On

Jimin - Sinto muito, Melissa, mas elas estão mal e eu preciso ficar aqui revezando com os meninos. - Digo para ela ao celular, enquanto entro na casa do Taehyung.

Melissa - Eles podem muito bem cuidar delas.

Jimin - Eu sei que está com raiva do que fizeram ontem, mas pensa, elas estavam sobre influência da Lua, poderia muito bem ter acontecido com você! Mas não. Olha conversamos mais tarde, está bem.

Melissa - Está!

Ela desligou e eu suspiro.

Yoongi - Uma discussão. - Perguntou, aparecendo do meu lado e segurar no meu ombro.

Jimin - É. - Respondo, desanimado.

Yoongi - Sorte sua que os pais dela estão lá em cima e não ouviram sua conversa.

Jimin - Como ela está? - Pergunto com preocupação, olhando para o alto da escada.

Yoongi - Mal como as outras, agora eu vou ter que ir trocar com o Jungkook e o Taehyung com o Hoseok.

Jimin - Eu vou ficar sozinho?

Yoongi - Por mais que eu saiba que quer ficar sozinho com ela...

Trombo minha cabeça para ele, o olhando sério.

Yoongi - Os pais dela vão estar aqui e sim, precisamos.

Jimin - Tá bem. - Assinto, meio paralisado.

Yoongi - Até depois, cara. - Bateu levemente no meu ombro e foi até a porta.

Olho para as escadas, tomando coragem para subir, acabando por ver seus pais junto do seu irmão descendo.

Tae - Que bom que está aqui.

Jimin - Só consegui sair agora, foi mal.

Yura - Está tudo bem. Fique com ela enquanto fazemos uma ligação.

Tae - Eu preciso sair outra vez.

Minhyuk - Vai ver a Yngrid?

Tae - Vou... é. - Nós dois nos olhando e ele venho até mim. - Cuida bem dela e não chega perto.

Jimin - Eu sei. - Vou até as escadas, as subindo, apreensivo. Logo chegando no topo e vendo o corredor que me dava a visão da porta do seu quarto, todo o meu corpo estremeceu, fazendo seu coração dar poucas falhas. Dou o primeira passo, depois o segundos, sendo o meu corpo trêmulo, ouvindo, a cada passo que dava, seu choro baixo. - Linda...

A chamei, aparecendo em frente ao seu quarto aberto; ver seu estado na cama, fez me sentir um idiota por ontem, inútil por não poder fazer nada para ajudá-la. Fixei meu olhar aflito para si, sabendo que não podia me aproximar, me quebrava por dentro.

Jimin - Eu estou aqui... Não chora, Linda. - Digo, mesmo sabendo que não iria me ouvir.

Me abaixei, sentando no chão e encostando minhas costas no batente da porta, a olhando, sentindo os meus olhos marejarem.

Jimin - Não chora. Seu Jimin está aqui...

A observada chorar, aos poucos se acalmando, parecendo voltar a dormir. Aproveitando o momento para ir até ela e a tocar antes que acordasse.

Jimin - Fica bem, estou com você... - Me inclino para ela, dando um beijo em sua testa, permanecendo alguns instantes assim até me levantar e voltar a me sentar.

Jimin Off

{ Horas Depois }

Thais On

Dando por mim, acordo sentindo a decorrente falta de ar, também escutando a voz da minha mãe que estava do meu lado.

Camila - Toma isso aqui.

Pois algo na minha boca que quando tentei puxar o ar, pude respirar, sugando o ar desesperada para o meu pulmão, sentindo a dor que sentia no peito arder.

Camila - Fica mais calma.

Thais - Mãe... - Tento abrir meus olhos mas faltava força.

Camila - Fique quieta... - Sinto sua mão sobre meu cabeça, acariciando o lugar. -, está indisposta.

Thais - O quê...

Camila - Disse para ficar quieta. - Sua voz falha. - Ainda bem que Jungkook cuidou bem de você.

Thais - Kookie...

Camila - Kookie... isso mesmo, Kookie. Está ali dormindo, mas não tenta olhar para ele. Não sei como está e não quero que se force a fazer as coisas.

Thais - Mas...

Camila - Vou acordar Jungkook para eu poder encher a banheira.

Thais - Não... Mãe...

Se levanta e deixa uma coisa na minha mão, movo meu braço pela cama e os abro por poucos centímetros minhas pálpebras, podendo ver uma bombinha de ar.

Thais - Deus...

Camila - Já volto.

Jungkook - Thais...

Thais - Kookie... o quê...

Jungkook - Sua mãe disse para não falar. - O mesmo se sentou ao meu lado, pegando a bombinha de ar da minha mão. - Precisa usar isso temporariamente, ou não...

Thais - Me explica... por favor. - Respiro pausadamente.

Jungkook - É meio complicado falar para você isso agora, sua mãe tá aqui do lado preparando seu banho... Banho?!

Thais - Não...

Jungkook - Calma, eu vou te levar e...

Thais - Ela nunca vai deixar... e o meu pai...

Jungkook - É, o seu pai! - O vejo coçar a cabeça, entre minhas pálpebras. - A Layne! Calma! Layne, Layne!

Pegou seu celular, desesperadamente, do seu bolço para ligar para ela.

Jungkook - Fiquei o dia inteiro cuidado para isso não acontecer, e não vai ser agora que vai acontecer!

Thais - Kookie... - O chamei, pois estava sentindo meu ar acabando.

Jungkook - Você me chamando de Kookie, fica tão fofa.

Thais - Meu ar...

Jungkook - Calma, calma! - Deixou o celular de lado e me ajudou com a bombinha, a colocando na minha boca. - Pronto.

Layne - ALOU!!

Jungkook - Layne, pelo amor de Deus, vem rápido!

Thais Off

Layne On

Layne - CACETA!!

Saí de casa com um skate para ir mais rápido que podia. Me viro na esquina e aumento a velocidade para chegar em frente à sua casa. Entrei correndo, me deparando com seu pai.

Layne - Bom dia, Senhor!

Michel - Bom dia.

Layne - Eu vim porque o Jungkook me chamou, e a Thais acordou.

Michel - Sim, mas tão cedo?

Layne - Sim... muito cedo, amigo é pra isso. Posso subir?

Michel - Se te chamaram.

Layne - Você é um pai muito legal. - Corri às pressas para a escada, subindo ela numa corrida, parando em frente ao seu quarto. - Cheguei!

Jungkook - Não grita, retardada!

Layne - Foi mal.

Entrei no seu quarto, deixando meu skate num canto e indo até ela, me dando um baque ao ver como estava na cama.

Layne - C-como tá, Thais?

Thais - Como se estivesse de ressaca... com asma. - Puxou o ar com dificuldade.

Layne - Asma...

Camila - Sua banheira está enchendo... - Parou ao me ver. - Layne?

Layne - É... eu tô aqui para ver ela, estava preocupada.

Camila - Ah, sim, seus amigos são bem fiéis, em?

Thais - Eu sei... - Respondeu com sua voz baixa.

Camila - Já que estão aqui, irei lá em baixo com meu marido.

Jungkook - Vai tranquila, Senhora.

Esperamos ela sair para continuar a falar.

Layne - Leva a Thais antes que ela volte! - Disse, tirando a coberta de cima dela.

Jungkook - Thais, se algum lugar doer, me fala.

Layne - Só pega ela com cuidado.

Ele se inclinou para ela, colocando, cuidadosamente, seus braços por baixo dela e a levantou.

Jungkook - Pronto. Está bem, Thais?

Thais - Hmmm.

Layne - Está mais para o não.

Saímos do seu quarto e fomos para o banheiro, com ele colocando ela sentada numa cadeira, encostando ela nas costas da mesma.

Layne - Agora sai, se a mãe dela te ver aqui...

Jungkook - Eu sei, mas tranca a porta.

Layne - Eu estou segurando ela.

Jungkook - Toma a bombinha de ar, ela pode ficar sem ar a qualquer hora. - Disse, me mando a bombinha e saindo do banheiro, fechando a porta logo depois.

Layne - Pode ficar firme na cadeira?

Thais - Não... - Negou, mantendo seus olhos fechados e suspirando pesadamente. -, estou tonta, meu corpo está mole... dói.

Layne - Você tem que entrar na banheira então... espero que não tenha vergonha.

Thais - Tudo bem...

A ajudei tirando sua roupa, calmamente, depois a ajudar se levantar e a colocar dentro da banheira.

Layne - Melhor? - Pergunto, me afastando.

Thais - Aham. - Assentiu, pausadamente.

Layne - Eu vou ficar com você e trancar a porta. - Me levantei às presas, correndo até a porta onde a tranquei.

Thais - Pode me deixar só...

Parei e me virei para ela, olhando a menina franzindo.

Thais - É sério, Layne.

Layne - Sua mãe vai pirar, Thais.

Thais - Estou com a bombinha de ar, não preciso de mais nada...

Layne - Eu não vou sair daqui, ouviu? - Tranquei a porta e logo ouço a voz da sua mãe no outro lado. - Viu.

Camila - Jungkook? Onde estão as duas?

Jungkook - No banheiro.

Layne - Desculpa, Senhora! Ela queria vir, então!

Camila - Sim... podem abrir.

Layne - Não...! - Me alarmo, colocando minhas mãos na porta. - Não posso.

Camila - E por que não?

Layne - Ordens de Thais... ela não quer que mais ninguém entre.

Camila - E você está aí.

Layne - Sim, mas ela queria ficar sozinha e eu não saí.

Camila - E trancou a porta?

Layne - Sim. Quando ela terminar, eu aviso!

Camila - Está bem... eu espero. E você, Jungkook, não faça nada.

Jungkook - Eu nunca vou fazer nada, Senhora!

Camila - Ótimo.

Escuto seus passos ecoando pelo espaço, e logo sumindo.

Jungkook - Eu acho que vou morrer.

Layne - Também... - Olhei para Thais que estava com o olhos fechados e respirando calmamente.

Jungkook - Layne.

Layne - Oi.

Jungkook - Se ela está na forma de Sereia... a asma não tem efeito, ou tem? Pensa, ela pode ficar mais de uma hora de baixo da água sem respirar...

Layne - Não é que isso tem sentido, Jesus?

Hoseok - Estou aqui!

Jungkook - Não precisava.

Hoseok - Mas eu já cuidei da Lais e agora dela.

Layne - Ela está tomando banho.

Hoseok - Ótima informação!

Layne Off

Jin On

Jin - Está vestida e limpa.

A deitei calmamente na cama, pois seu corpo estava frágil como de um bebê. Seus sentidos também não estavam lúcidos.

Yngrid - Eeeba... - Respondeu, sem ânimo com sua voz baixa.

Jin - Ainda sente dor de cabeça?

Yngrid - Não....

Jin - Ainda sente dor de cabeça? - Perguntei novamente, agora mais baixo.

Yngrid - Aham... - Assentiu.

Jin - Toma os remédios. - Disse, pegando a pílula e o copo d'água.

Yngrid - Eu... não quero! - Pois suas mãos em frente à boca, negando.

Jin - Yngrid, toma, sua mãe vai estranhar e também é um pecado jogar remédios fora com tantas pessoas lá fora precisando.

Yngrid - Vá e dê para elas... eu não preciso. - Dizia como uma criança de cinco anos.

Jin - Yngrid.

Yngrid - Hmmm. - Bateu seus braços na cama, fazendo birra.

Jin - Hmmm nada, pode beber.

Deixo o copo na cômoda e para pôr minha mão por baixo da sua cabeça para a levantar, colocando o remédio na sua boca, depois pego o copo junto ao canudo e ponho na sua boca.

Jin - Isso, toma.

Yngrid - Tem um gosto ruim... - Reclamou, voltando a se deitar.

Jin - Não reclama. Seus pais tiveram um troço ontem, precisava ver.

Yngrid - Uhum.

Jin - Lembra de alguma coisa?

Yngrid - Hum-hum. - Negou com a cabeça. - Minha cabeça dói.

Jin - Tente descansar.

Yngrid - Eu tenho irmãs... - Dizia com seu olhar perdido na vista do céu. - elas... as meninas?

Jin - Acordaram, estão na mesma situação que você.

Yngrid - Tenho fome... - Se virou para mim.

Jin - Sua mãe está preparando alguma coisa para você comer. - Sinto um cheiro bom vindo de baixo.

Yngrid - Cheiro bom.

Jin - Somos dois. - Me sentei do lado da sua cama.

Yngrid - Você é um pai muito legal... - Comentou em meio aos sorrisos.

Jin - O quê? - Franzi, confuso, ficando ainda mais preocupado. - Yngrid, eu... e-eu sou sei amigo, não sei pai.

Yngrid - Ah... Isso explica eu não ter os mesmos olhos que você. - Levou suas mãos para o meu rosto, puxando os meus olhos com seus polegares.

Jin - O que aconteceu com você? - Perguntei com minha voz falha, desesperado.

Yngrid - Hmm... - Sorriu, batendo levemente na minha cabeça. - Seu cabelo tem um cheiro bom.

Jin - Obrigada, Yngrid... - Olhava para ela, aflito, sentindo meus olhos lagrimejando.

Yngrid - Vamos assisti? Um de desenho.

Jin - P-podemos, mas posso me deitar com você?

Yngrid - Uhum.

Jin - Não vou tomar muito espaço, você está doente. - Me sentei do seu lado, encostando minhas costas nos apoios da sua cama. - Que filme?

Yngrid - Procurando Nemoooo.

Marcela - A comida já está saindo? - Avisa, entrando no quarto.

Yngrid - Eeeeba. - Bateu suas mãos, sorrindo.

Marcela - Nunca vi ela comemorar assim quando vai comer.

Jin - É... - Assenti, encarando preocupado para minha amiga.

Jin Off

Tae On

Tae - Vê algo? - Pergunto novamente à ela, passando minha mão na frente do seus olhos.

Lais - Já é a terceira vez... - Levou sua mão para seu rosto, pondo seus dedos nas suas têmporas, massageando a região. - que um pouco...

Jimin - Ela disse que está tudo meio preto.

Lais - Por que isso tá acontecendo? - Se perguntou, abaixando sua cabeça.

Tae - Ei... - Deixo minha mão sobre seu braço e a balanço. - isso já vai passar.

Lais - Isso não me passa confiança... - Respondo em voz de choro. - E nem tira a dor que sinto nos meus olhos.

Yura - Filha, amanhã nos vamos no oftalmologista, está bem?

Lais - Hum... - Assentiu, se cobrindo com sua coberta.

Yura - Se estiver com fome...

Lais - Não estou...

Yura - Está bem. - Saiu do quarto num ar tristonho.

Jimin - Lais... não faz assim?

Lais - Como querem que eu fique? - Se virou de costas para nós.

Tae - Vamos te deixar sozinha.

Saímos sem a resposta dela e fecho a porta, me sentindo horrível.

Tae - Isso não teria acontecido se nós...

Jimin - Taehyung... não faz isso.

Tae - Mas você sabe que isso é verdade.

Nós nos encaramos, aflitos.

Tae - Eu sou um burro... - Me viro para caminhar pelo corredor. - Se nós tivéssemos tomado conta delas... nada disso estaria acontecendo.

Caminho para ir até a escada, deixando o Jimin para trás. Desço para sala, limpando as poucas lágrimas que iam cair.

Minhyuk - Como ela está?

Tae - Mal... bem mal. - Respondo, atônito, me sentando no sofá. - Ela está assustada com a possibilidade de perder a visão, queria ficar sozinha.

Yura - Minha filha... por que isso está acontecendo?

A olho com lágrimas que eu não queriam que caíssem, tanto nos dela, como os de meu pai.

Tae - Queria poder te falar... mas não sei. - Respondo com minha voz trêmula, tentando segurar ao máximo meu choro.

Tae Off

Jimin On

Apoiei minhas costas na porta, tendo a vontade de me levantar e abrí-la, para estar perto dela, mas como vou poder?

Jimin - Amugeotdo saenggakhaji ma. Neon amu maldo kkeonaejido ma. Geunyang naege useojwo. (* Não pense em nada. Não diga nem uma palavra. Apenas me dê um sorriso. *) - Como uma última hipótese para acalmá-la, cantar a mesma música que escreveu. - Is it true? Is it true? You, you. Neomu areumdawo duryeowo. (* Isso é real? Isso é real? Você, você. Você é tão linda que tenho medo. *)

Jimin Off

Thais On

Tomo mais um pouco da bombinha de ar e me deito na cama, deixando as minhas lágrimas descerem, me perguntando da razão.

Jungkook - Para de chorar, vai. - Diz ao entrar no quarto e se sentou do meu lado. - Ei... Thais.

Thais - Meu peito dói... tanto, que mal consigo respirar direito. - Deixo mais lágrimas caírem e molharem o travesseiro. - Por quê?

Jungkook - Fica calma. - Se sentou do meu lado e põe minha cabeça sobre suas coxas, deixando sua mão sobre meu cabelo, acariciando a região. - Isso não vai durar... não chora.

Ficamos em silêncio por um tempo, apenas apreciando a compainha um do outro.

Thais - Não me disse das meninas...

Jungkook - Jin... disse que a Yngrid age como, praticamente, uma criança. A Lais... está quase cega...

Aperto sua mão ao chorar ainda mais, com medo.

Jungkook - Mas não fica desesperada, é temporário, Layne disse isso.

Thais - Como...? Como? - Tento falar, puxando o ar, mas não consigo pelos meus nervos, então ele me ajuda com a bombinha.

Jungkook - Não se esforça, vai ficar sem ar.

Thais - E se não for... Jungkook. O quê vamos fazer?

Jungkook - Para de ter esses pensamentos... só vai ficar pior. Relaxa, Thais. - Se arrumou na cama para me dar um abraço, acolhedor. - Dorme, vai, você precisa.

Thais - Você também...

Jungkook - Eu estou bem... me preocupo com você. Dorme.

Thais - Está bem... - Assinto e fecho os meus olhos, procurando no seu abraço a calma para conseguir dormir.

Jungkook - Eu vou estar aqui, ajudando você.

Thais - Obrigada...

Por mais que eu quisesse dormir, não estava conseguindo. Então, fingi para o Jungkook que estava para ele poder sair e assim fez. Ao sair, fechou a porta me deixando só como queria, derramar lágrimas não faz mal à ninguém. Mas parei quando vejo a porta ser aberta pelo Christian que estava com uma mala na mão.

Christian - Desculpa... - Disse, ao entrar e deixar a mochila ao lado. - Desculpa por não vir ontem, tive que ir para San Diego...

Thais - Do nada...? Assim? - Se aproximou, num tanto receoso, até ficar ao lado da cama, se abaixando para ficar do meu lado.

Christian - É complicado dizer... mas acredite.

Thais - Kookie... disse que saiu de casa e foi embora... - Disse, puxando o ar para o meu pulmão. - Eu queria você aqui... eu queria mesmo depois...

Christian - Ei... - Se sentou na cama, me colocando entre seus braços para me ajudar a deitar sobre seu peito.

Meus músculos na região das costas doíam tanto, mas mesmo assim, o fato de estar com ele me reconfortou, mesmo estando magoada.

Sentia sua mão acariciando calmamente meu couro cabeludo, me tendo firme nos seus braços.

Christian - Pequena...

Me chamou entre sua voz trêmula, me apertando nos seus braços, e sua respiração pausada.

Christian - Minha Pequena... eu... e-eu não sei o que deu em mim.

Thais - Por que foi embora assim? - Pergunto, fechando meus olhos com força, sentindo as mais lágrimas descendo pelo meu rosto. - Por quê?

Christian - Fiquei com medo... Ontem... você...

Thais - Desculpa...

Christian - Isso já não é novidade que não sei lidar muito bem com esse seu lado. Mas, quando fui, eu não sabia que isso tudo iria acontecer com você, pensei que iria acordar bem... mas não...

Thais - Chris... não minta pra mim de novo... - Peço com a voz falha. - Meu coração dói, mais do que a dor que eu estou sentindo no meu peito.

Christian - Essa viagem foi um assunto repentino que apareceu e tive que ir... não tem nada haver com vocês. Ah, Thais... - Selou a minha testa, mas o parou a ver a bombinha de ar que segurava. - Uma bombinha de ar? O que isso fez com vocês...?

Thais - Se... se não quiser ficar mais ao meu lado, pode ir...

Christian - Não vou te deixar nessa hora que precisa.

Levanto meu olhar para ele, deixando mais uma lágrimas saltas dele enquanto me perdia nos seus olhos intensos e profundos, mas algo ainda me dizia que ainda esconde algo, mas a minha vontade de ficar perto dele tirava todas as minhas forças para querer ficar longe dele.

Christian - Pedi para seus pais para ficar aqui com você, essa noite...

Thais - É...

Mantínhamos nossos olhares conectados, me deixando longe da realidade na qual eu estava; levo minha mão até a gola do terno que usava, apanhado o tecido e o puxar para baixo; o mesmo, rapidamente, aproximou seu rosto afim de beijar desesperadamente. Me apertou contra si, pouco fazendo meu corpo todo doer, maior em meus músculos e peito.

Não deveria, mas retribuí seu beijo da mesma forma desesperada: sugando os seus lábios, chupando a sua língua que deslizava na minha, sentindo um leve sabor de vinho impregnada na sua língua.

Todo o meu corpo se arrepiou por inteiro ao sentir sua boca novamente contra a minha, me fazendo sentir todos os mistos de sentimos explodindo dentro de mim.

O meu ar já estava me fazendo falta e a dor me comprometendo, então, o empurro levemente para fazê-lo parar, sentindo sua respiração descontrolada contra a minha. Pois sua mão sobre meu rosto, deslizando seu polegar nos meus lábios enquanto puxava o ar para meus pulmões. Fecho os meus olhos apenas por sentir seu toque, não me assustando ao sentir seus lábios se juntarem com o meu outra vez, em selos demorados.

Christian - Eu preciso de você... - Sussurrou, entre os demais selos. - do meu lado...

Franzi, confusa, com sua confição.

Christian - Eu me sinto tão perdido quando estou longe de você... - Deu mais um selo demorado, puxando meu lábio inferior com os seus. -, fico no meu estado perfeito quando estou perto de você, Pequena. Não minto quando digo isso.

Mesmo com suas palavras doces e carícias, mas não me sentia segura, e aquilo já estava me assustava compartilhando com o momento em que estou vivendo.

Christian - Tudo vai ficar bem... tá.

Por último, selou minha testa, apoiando sua cabeça por cima da minha.

Thais - Tá. - O respondi quase em pânico, o apertando com ajuda dos meus braços, querendo chorar por estar sentindo novamente mas dessa vez, com um misto de claridade vinda sobre ele que me deu um alívio temporário.

Thais Off

Yngrid On

Psiquiatra - Yngrid...

Yngrid - Ãnh... - Desviei meu olhar da sua lousa e a olhei, sorrindo logo depois. - Siiiim.

Psiquiatra - Sou a Doutora Handa, irei tratá-la daqui em diante.

Yngrid - Tratar... o quê? - Pergunto, não compreendendo, continuando a sorrir.

Psiquiatra - Não entende o que passa, menina?

Yngrid - Ãnh... - Penso, ainda sentindo a dor vinda da minha cabeça. - Tenho dor.

Psiquiatra - Onde é essa dor?

Yngrid - Aqui.., - Puis minha mão na cabeça e sorri. - Mas, eu precisava ir no médico.

Psiquiatra - Você já foi, Yngrid.

Yngrid - Ãnh... fui? - Fechei os meus olhos e passando as mãos no rosto, tentando minimizar a dor que na qual não sabia o motivo. - Por quê...?

Psiquiatra - Yngrid, estamos aqui para conversar...

Abro os meus olhos para olhá-la.

Yngrid - Por que devemos conversar?

Psiquiatra - Para te tratar... realmente está passando por uma fase difícil, mas com nossas consultas, pode voltar como era antes.

Yngrid - Voltar... voltar... - Fechei meus olhos com força, sentindo novamente a minha dor vir na cabeça, fazendo ela pulsar. Puis minhas mãos sobre a cabeça, a apertando, esperando fazer ela parar. - Eu não quero mais isso... faz parar.

Psiquiatra - Fique calma... - Se levantou do seu lugar para vir se sentar do meu lado. - Tudo irá passar.

Yngrid - Não... não vai. - Nego, começando a chorar. - Nunca vai passar... Ela vai voltar a ficar lá em cima para me fazer mal.

Psiquiatra - Quem vai voltar a ficar lá em cima? - Perguntou, colocando sua mão por cima do meu ombro.

Yngrid - A Lua... Lua me fez fazer coisas que eu não queria... - Minhas mãos tremiam, sentindo a dor aos poucos passar.

Psiquiatra - Quem é a Lua.

Yngrid - É a Lua... A mesma que aparece no céu... 

Psiquiatra - Está bem. Chora, pode chorar.

Após esse " Tratamento ", meu pais voltaram à sala, se sentando nos meus dois lados, mas minhas lágrimas ainda continuaram saindo pela dor contínua.

Roberto - Filha. - Me abraçou se aproximar.

Marcela - Como está?

Psiquiatra - Receio que deverá trazê-la mais vezes, sua situação está pior do que pensão.

Roberto - Como? Há dias atrás estava bem?

Psiquiatra - Muitos jovens entram em depressão nessa idade e tendem a usar substâncias para que tentem fazê-los a se sentirem melhor, mas ficar com infantilismo é algo bem raro e perda de memória, pior ainda.

Marcela - Nossa filha é uma garota saudável, como pode ter infantilismo repentinamente? - Passou suas mãos pelo meu cabelo.

Psiquiatra - Houve algum acidente? Algum fato recente que tenha feito ela passar por algum trauma?

Os dois ficaram em silêncio por segundos até minha mãe responder ela.

Marcela - Houve o fato que aconteceu...

Psiquiatra - Estou ouvindo.

Marcela - Já deve saber o que aconteceu semanas atrás... o sequestro.

Psiquiatra - Ah, sim... eu soube, passou em todos os jornais e notícias possíveis... - Se calou, olhando para mim. - A Yngrid esteve envolvida?

Roberto - Ela se entregou para os sequestradores para proteger a garota... - Parou de contar, por sua voz falhar.

Marcela - Ficamos desesperados quando soubemos, nós dois quase passamos mal... Pensamos que... poderíamos perdê-la... Mas, em poucas horas tudo se resolveu e ela voltou bem...

Psiquiatra - Ou foi o que ela demonstrou à vocês.

Marcela - Eu pensei nessa possibilidade... mas, ela não demonstrou nenhum trauma nas semanas que se passaram, além de ficar preocupada com a Carol, a menina que... sabe.

Psiquiatra - Talvez, tenha acontecido fatos nesse sequestro que a tenham deixado com sequelas e escolheu não contar aos dois, pela situação dos mesmos terem ficado, como disseram, desesperados. Talvez queria proteger vocês de saberem algo mais bruto e violento que tenha acontecido passado. Reprimido tudo para si de uma forma densa, os resultados foram... estes... Mas ainda sim é confuso o jeito que aconteceu. Mas também não descarto a possibilidade dos amigos saberem de algo. Em questão da festa, poderia, também, ter acontecido algo por lá. Em casos assim, deverão desconfiar de amigos, eles podem saber mais do que os pais. O que houve com ela, eles podem saber e não contar, por segurança deles mesmos ou pela segurança da pessoa afetada.

Roberto - Se estiverem mentindo, eu acabo com todos deles. - Me apertou ainda mais no abraço.

Marcela - Não tome decisões precipitadas, querido. Muito obrigada, mesmo, doutora.

Psiquiatra - Voltem amanhã de manhã, minha secretária irá ligar para vocês e avisar do horário.

Marcela - Sim.

Roberto - Até.

Me levaram para fora, podendo ver a água descendo dos seus olhos.

Yngrid - Por que tão chorando?

Roberto - Deixe, filha. - Me soltou ao passarmos para fora.

Me levaram até carro, com minha mãe abrindo a porta para mim.

Marcela - Entre.

Yngrid - Tá.

Entrei no mesmo e ela fechou a porta. Observei os dois entrando no carro e se sentando nos assentos da frente, segundos depois o carro saiu da vaga para irmos embora.

Yngrid - Para onde vamos?! Estou com fome.

Roberto - Um hambúrguer não faria mal.

Yngrid - Hambúrguer! - Digo sorrindo e olho para fora, vendo a paisagem enquanto o carro estava andando. No caminho, pus minha mão para fora do carro, sentindo os ventos nela. - Hi. Hi.

Marcela - Voltou a ser uma menina...

Roberto - Não chora, Amor... vai me deixar mais mal do que já estou. Um inútil que não serve para nada.

Marcela - Não é verdade! Você fez muito por mim e por sua filha, não se sinta assim.

Roberto - Eu só penso em tudo que aconteceu...  agora minha cabeça está explodindo... o que faremos?

Marcela - Se algo realmente aconteceu, iremos pesquisar por nós... Eu sinto que não foi pelo caso do sequestro.

Roberto - Eu sempre confiei nas suas intuições, mas não podemos descartar nada, Marcela.

Marcela - Eu sei... 

Yngrid Off

Lais On

Doutor - Abra bem seus olhos.

Fiz o que disse, abro meus olhos para ele enxergar sobre a máquina por segundos, me sentindo tensa.

Doutor - Sim... Menina.

Lais - Sim. - O respondi com medo.

Doutor - Não... não irei dar noticias precipitadas para você. - Diz, se levantando e tirando aquilo de mim. - Preciso falar com seus pais às sós.

Lais - Como quiser. - Iria me levantar mas me impediu.

Doutor - Irá precisar disto de agora em diante, até melhorar.

Ainda podia ver algo a minha frente, assim pude ver o mesmo me dar uma bengala fechada.

Lais - Ainda posso ver, Senhor. - Agradeço, entristecida, pegando a bengala sem alguma vontade de usar.

Doutor - Sei... mas use em segunda hipótese, está bem?

Assenti a ele que me ajudou a levantar e me guiar até a porta onde a abro e saio, vendo meus pais sentados nos assentos de espera.

Doutor - Preciso falar com os pais.

Minhyuk - Sim.

Ambos se levantaram, com ele me ajudando a me sentar.

Minhyuk - Já voltamos, querida.

Lais - Aham... - Assenti, pausadamente, mantendo o mínimo de vista que tinha sobre o chão, tentando esconder o meu choro e a voz trêmula, mas era impossível.

Tae - Ei. - O mesmo pegou minha mão. - É temporário.

Lais - Por que Layne disse, não é?

Tae - A fonte disso é magia, então deve ser. - Explicou em sussurro.

Lais - Eu deveria odiar isso? - Pergunto, confusa. - Odiar a Lua?

Tae - Não... não deveria. Nem sei o que falar pra você.

Lais - Se minha visão não melhorar... eu não vou poder desenhar meus esboços, nem usar uma máquina de costura ou costurar com minhas mãos, nem assistir meus filmes, as minhas séries, ler meus livros... - Deixava minhas lágrimas saírem sem me importar. -, poder me proteger da água.

Tae - Para de pensar nisso...

Lais - Não tem como eu não pensar... eu tô com medo. Se isso acontecer, como vou poder me proteger, Tae?

Tae - Você não está sozinha. - Veio até mim, me abraçando. - Para de chorar, vai...

Lais - Eu quero ficar no carro..

Tae - Tá bem. Vem.

Sinto suas mãos sobre meus ombros e nos levantarmos, me guiava pelos corredores até chegarmos na saída e sairmos no prédio.

Tae - Cuidado com o degrau.

Lais - Ainda posso ver, Tae. Posso me virar. - Me solto do seu braço para continuar sozinha. - Vou me sentir mais mal do que já tô.

Tae - Não fiz por mal.

Lais - Eu sei... - Ponho os meus dedos na têmpora do lado direito do meu rosto, massageando a região.

Tae - Jimin me contou que, naquela noite, viu suas pupilas se dilatarem sem a menor explicação, deve fazer sentido.

Lais - Hmm - Respondo, sem dar a importância, de que adianta ligar para isso agora? A coisa já está feita.

Lais Off

Thais On

Thais - Eu não quero usar isso. - Digo, enquanto o Doutor põe o Cateter nasal em mim.

Doutor - Entendo, Thais - Responde enquanto colocava em mim. - , mas irá precisar para respirar. Suas condições pioraram durante a noite.

Thais - Eu sei... me dói mais.

O mesmo pôs sua mão sobre meu peito e o apertou minimamente.

Doutor - Aqui dói?

Thais - São todas as partes que doem. - Respondo, sentindo as dores nos meus músculos.

Doutor - Caso o tratamento não ajude, precisará de cirurgia.

Essa palavra me assusta, me faz tremer até o fios do cabelo.

Doutor - Podem ir.

Michel - Agradecemos, Doutor.

Doutor - Não faço mais que minha obrigação. E espero que melhore, Thais.

Thais - Obrigada.

Saímos do seu consultório, voltando a encontrar Christian que estava sentado na sala de espera. Ao me ver, se levantou e veio até mim, faço o mesmo indo até ele.

Christian - Oi... - Segurou uma mexa do meu cabelo e a pois por trás da minha orelha. - Deve usar isso agora?

Thais - Sim... - Respondi, abaixando meu olhar.

O mesmo beija minha testa e me abraça numa força média.

Thais - Ai... - Gemo de dor, voltando a encará-lo.

Christian - Desculpa... - Põe suas mãos sobre meus ombros, levemente, enquanto me encarava de volta, preocupado. -, me dói te ver assim, Pequena.

Sorrio e abaixo meu olhar, sentindo meu corpo se aquecer.

Christian - Que foi?

Thais - Senti tanta falta de você me chamando desse jeito. - Respondo, voltando a encarar seus olhos.

Christian - Também senti tanta falta de te chamar assim... - Sorriu minimamente, apressando-se para se abaixar e se aproximar sua boca da minha.

Paramos ao ouvir uma tosse forçada vinda do nosso lado. Rapidamente ele se afasta e olha atônito para frente.

Thais - Não precisa olhar assim para o meu pai. - Sussurro, sorrindo, me virando para meus pais, vendo o severo olhar do meu pai para Christian. - Quer saber, eu compreendo seu estado.

Camila - Temos que ir. - Diz, segurando a mão do seu marido, na busca de o acalmar. - Querido?

Michel - Sim, estou indo.

Camila - Vamos, Christian.

Christian - Sim, Senhora. - O mesmo segurou minha mão com firmeza.

Caminhamos pelo corredor em frente aos meus pais, me sentindo acolhida e bem ao lado de ambos os lados... também o olhar dos meus pais que queimavam minhas costas.

Christian - Seu pai pode me matar? - Perguntou em tom baixo.

Thais - Ãnh... depende se você fizer algo. - O olhei com meio sorriso.

Christian - Quero que sorria... hum? - Me olha com seu sorriso encantador que me faz bambear as pernas, me fazendo sorrir. - Isso, não fica triste pelo que está acontecendo, vai passar.

Thais - Queria poder acreditar.

No caminho de volta, observava o movimento da rua pela janela do carro sentindo ainda a mão do Christian contra a minha, e por aquele momento, apenas naquele, estava me sentindo bem.

Christian - Thais... devo descer por aqui. - Avisou, tirando seu cinto de segurança.

Thais - Estamos perto do Parque Marinho... - Digo, olhando para fora. - Pai, pode parar mais na frente?

Michel - Posso... Trabalha no Sea World, Christian?

Christian - Sim, Senhor. - Respondeu, apertando pouco minha mão, demonstrando estar nervoso.

O olho, sorrindo, por ver e sentir o mesmo assim. Chamava uma graça.

Instantes após, meu pai para o carro e destranca a porta.

Christian - Nos vemos mais tarde, está bem?

Thais - Tá.

Beijou minha testa antes de abrir a porta do carro.

Christian - Obrigada pela carona.

Camila - De nada.

Saiu me dando um último sorriso e fechando a porta, deu as costas para andara até a entrada.

Camila - Ele é mais lindo de perto. - Comentou, indo para cima do meu pai e encarar as costas dele.

Thais - Mãe!

Michel - Como é?! - Olho para o meu pai que interligou seu olhar confuso e mal-humorado entre mim e minha mãe.

Thais - Não olha para mim, foi ela quem disse.

Camila - Não posso mais achar as pessoas lindas?

Michel - Até pode, mas com um certo limite. - Ligou o carro, virando seu olhar irritado para a rua antes de dar a partida e irmos embora.

Camila - É um bom moço, trata a nossa filha bem, convidou ela para jantares muitas vezes.

Thais - Mãe, para de falar disso.

Camila - Mas é verdade. É melhor que fiquem juntos, em?

Thais - Hmmm. - Assenti a ela, desviando meu olhar de dúvida para fora, querendo tanto poder falar as coisas que passo para ela, mas como vou?

Fecho os meus olhos para descansar um pouco da viagem, ainda pensativa, terminando num sono relaxante. Acabo acordando com a minha mãe me chamando para descer do carro.

Camila - Vem.

Seguro na sua mão para conseguir sair do carro, já que meus músculos doíam.

Camila - Devemos te levar todos os dias para a terapia.

Thais - Não... Eu posso ir sozinha.

Michel - Não mesmo. - Veio ela nós, parando ao meu lado. - Quando sua mãe não poder te levar, sou eu quem vou levar e assim vai.

Camila - Você vai ficar bem. - Segurou meu rosto com suas duas mãos. - Está bem?

Thais - Tá... - Assento.

Michel - Agora, você vai entrar e ficar quieta.

Thais - Eu... quero ver as meninas.

Michel - Não, olhe como está, filha?

Thais - Eu tenho a bombinha de ar e isso para respirar... - Mostro a bombinha de ar em mãos e aponto para o meu rosto. -, vou ficar bem.

Michel - Não confio em te deixar só.

Thais - Não vou estar sozinha, já disse que vou ver as meninas, podem confiar nelas.

Michel - Nelas sim, mas nos outros...

Thais - Eles ficaram comigo ontem. 

Camila  - É verdade. - Pois sua mão no meu cabelo. - Mas eu também fico preocupada todos os dias quando você sai.

Thais - Eu fico bem... só preciso ver as meninas. Saber como elas estão.

Camila - Elas também estão mal, sabe disso.

Yngrid - HOSEOKIIII!!!

Olho para trás e a vejo pulando com o Jungkook e o Hoseok atrás, mas depois fica abaixada no chão com as mãos na cabeça.

Thais - Yngrid!

Queria correr mas não podia pelas dores, então vejo os meninos correndo até ela.

Jungkook - Yngrid, você sabe que não pode pular. Sabe o quão foi difícil pros seus pais deixarem você com a gente... e eu nem sei o porquê?

Hoseok - Se fosse minha filha, nem eu deixaria.

Os dois se encararam, me roubando risos.

Jungkook - Você não está ajudando.

Yngrid - Kookie, eu gosto de pular... - Respondeu, ainda baixa e com as mãos sobre a cabeça. - eu tô tonta.

Thais - Yngrid... - A chamo, deixando meus pais para ir até eles.

A mesma levanta seu olhar, me olhando estranhamente.

Yngrid - Eu... conheço você...?

Paro no lugar, não conseguindo ir mais adiante pelo choque que senti ao ouvir ela dizer. Jamais pensei que um dia iria passar por isso, com ela dizendo essas palavras para mim. Meu coração doeu profundamente, deixando meus olhos encherem de lágrimas.

Hoseok - Yngrid. - Veio para o meu lado e tocou nos meus ombros, cuidadosamente. - Essa é a Thais, sua melhor amiga, se conhecem desde crianças.

Yngrid - Ahh... Thata! - Disse, animada, e sorriu. Se levantou e veio me abraçar com tanta energia, fazendo meu corpo doer.

Thais - Ai... espera.

Yngrid - Desculpa... - Parou o abraço, apenas tocando nos meus braços, com os olhos fechados. - Minha cabeça dói, Kookie.

Jungkook - Admito que ela me assusta quando me chama assim. - Ele a segurou. - Você tem que voltar pra casa, seus pais nem deixaram você ficar na rua.

Yngrid - Mas eu tô com vocês.

Thais - Está... está sim. - Digo, engolindo meu choro. - Tem certeza mesmo que está bem?

Yngrid - Tô - Respondeu, começando a pular na minha frente mas logo para pelo Jungkook que a segura nos ombros, fechando seus olhos.

Jungkook - Ela teima, sabe que tem que ficar parada, como você. Entra, Thais, eu vou levar essa devolta pra casa.

Thais - Eu queria ver elas... Onde a Lais está?

Jungkook - Taehyung disse que foram para ao Aftamo... Ãnh, espera... Eu consigo... Af...

Thais - Oftalmologista?

Jungkook - É.

Thais - Está tão ruim quanto penso?

Jungkook - Ela ainda vê... mas há chances de ficar completamente cega... - Explicou, sério.

Thais - Jesus. - Digo, olhando para a Yngrid que balançava meu braço.

Yngrid - Podemos tomar um sorvete e depois ir para a Matinés cantar, e depois pro Pier!

Thais - Não sei se podemos.

Ficamos nos olhando até ela falar.

Yngrid - Por que tá com isso? - Tocou no Cateter no meu rosto.

Thais - Para poder respirar melhor.

Yngrid - Não gosto disso... me deixa triste. Tira isso. - Dizia, tirando seu sorriso.

Thais - Não posso, eu preciso disso. Sua cabeça dói? - Pergunto.

Ela assentiu, minimamente.

Yngrid - E não para de doer... às vezes deixa meu corpo fraco.

Thais - Melhor ir para sua casa.

Yngrid - Huhum. - Negou.

Hoseok - Yoongi...?

Olhei para ele que estava falando com o celular.

Hoseok - O que tem...? Sério mesmo...? Agora ferrou.

Jungkook - O que foi?

Hoseok - Já estão chegando...? Tá bem. - Ele desligou.

Thais - Que foi?

Hoseok - Yoongi disse que ele foi chamado para interrogar... 

Jungkook - O quê...?

Hoseok - Sobre o que aconteceu com elas no dia de Lua Cheia.

Thais - Ah não.

Jungkook - Podem ser os pais da três que pediram.

Thais - Se continuarem podem descobrir algo... - Comecei a ficar nervosa, quando fico assim é difícil de respirar.

Jungkook - Thais, pelo amor de Deus, respira devagar.

Thais - Eu... eu... - Tirei a bombinha de ar do bolço e a usei. - A gente precisa fazer alguma coisa.

Hoseok - Mentir.

Thais - Eles não vão acreditar, são policiais, sabem que podem mentir... e eu nesse estado.

Yngrid - Nós fomos numa festa! - Perguntou, animada, abrindo um sorriso e me olhando, quase arregalando seus olhos.

Paro meu olhar sobre ela, pensativa, controlando minhas respiração.

Thais - Principalmente ela... - Minha respiração estava pesada. - O que vamos fazer?

Jungkook - Fazer uma reunião... urgente com todo mundo que estava na festa.

Hoseok - Como a gente vai chamar todos que estavam na festa?

Jungkook - Seu burro, só nós... Ainda se acha um gênio!

Hoseok - Eu sou! Ainda não viu o meu último projeto!

Jungkook - Ah, Hoseok, cala a boca!

Thais - E aquelas pessoas que levamos para a lancha?

Jungkook - Isso eu resolvo mais tarde.

Yngrid - Podemos tomar sorvete mais tarde? - Veio para o meu lado, sorrindo.

Ver ela desse jeito me deixa mais mal do que podia estar.

Thais - Podemos. - Assenti, sentindo ela segurar no meu braço, me deixando sentir a pouca dor no meu ombro.

Yngrid - Vamos!

Vimos o carro dos pais da Lais atravessarem a esquina e passar em nossa frente.

Yngrid - Carro. Carro. Carro! - Soltou meu braço e levantou os seus para cima, as balançando.

Jungkook - Vocês precisam ir para a casa, nós resolvemos isso.

Thais - Jungkook, ainda estamos vivas se não sabe?

Jungkook - Eu me preocupo com o que seus pais vão achar.

Thais - Que eu vou estar com vocês. - Peguei na mão da Yngrid, mesmo que meu ombro doesse. - Nós vamos falar com a Lais.

Yngrid - Quem é...?

Thais - Nossa amiga... Yngrid, por favor, lembra dela. - Peço, segurando nos seus ombros e a balançando levemente, mantendo meus olhos nos seus.

Yngrid - La...

Thais - Vamos...

Começamos a andar pela calçada, lentamente pois não conseguia andar rápido pelas dores. Viramos a esquina para entrar na sua rua, vimos Layne sentada na calçada junto ao Jin, Namjoon e Jimin, que observavam o carro parando em frente a sua casa.

Thais - Quero que esteja bem...

As portas se abrem e os mesmos saem: Lais saindo do carro tendo em mãos uma bengala dobrável; seu rosto estava meio vermelho, pelo choro.

Se virou para nossa direção e forçou seu olhar para nós que já estávamos de frente à ela.

Lais - Meninas...?

Thais - Oi.

A mesma veio até, passando sua mão livre no seu rosto para limpar as poucas lágrimas que ainda estávam por ele.

Thais - Acho que nem devo perguntar se está bem.

Lais - Ia dizer a mesma coisa... - Forçou um singelo sorriso, e, então, olhou para a Yngrid.

Thais - Ela pode não reconhecer você.

Lais - Como é?

Yngrid - Oi, sou Yngrid. - Foi até ela, pegando a mão da mesma que a balançou. - Você é tão fofinha.

Lais - Yngrid... - Soou baixo, e seus olhos ficaram avermelhados.

Yngrid - Oi... Lala, vou te chamar de Lala?

Lais - O que aconteceu com ela? - Voltou a me encarar, deixando uma lágrimas escorrer.

Thais - Afetou o cérebro dela... - Fechei meus olhos, suspirando.

Lais - E agora tem que usar isso para respirar? - Perguntou, entristecida, enquanto vinha até nós.

Thais - Podemos não falar mais disso... eu não quero chorar.

Yngrid - Não chora... - Abre seus braços e vai até Lais, a abraçando, depois a mim com cuidado. - Vamos ser melhores amigas... e nos ajudar.

Lais - Meu Deus.

Yura - Lais... deve entrar. E vocês deveriam ir para suas casas.

Yngrid - Primeiro vamos tomar sorvete! - Disse em animação.

Yura - Claro... sim. Lais, me ouviu?

Lais - Ouvi. - Respondeu, limpando seu rosto. - Entro mais tarde.

Layne - Queria poder ajudar.

Thais - Isso aconteceu com você? - Pergunto, mas ela ficou em silêncio, encarando o chão. - Layne, por favor, fala.

Layne - De que adianta falar? Não vai mudar nada.

Lais - Apenas nos diga, como.

Layne - Aqui não. Seus pais podem ouvir ou outra pessoa que passar.

Lais - Desde quando eles ficam bisbilhotando nossas conversas?

Thais - Desde que mandaram o Yoongi relatar sobre o que aconteceu na Lua Cheia.

Lais - Ãnh... - Fechou seus olhos, negando com a cabeça.

Tae - A gente precisa conversar em outro lugar.

Layne - Entram em casa, o Adam não está.

Entramos na sua casa, já me sentando no sofá por não aguentar mais minha coluna; puxava o ar para meus pulmões calmamente. Apoioando minha cabeça nas costas do sofá.

Yngrid - Thata, minha cabeça dói...

Thais - Deita pra ver se passa, vai.

A mesma se acomodou, colocando sua cabeça na minha coxa, depois Lais se sentou do meu lado.

Namjoon - Como se sentem?

Lais - Acho que não é essa pergunta certa.

Jimin - Idiota! - Levou sua mão até a cabeça dele, dando tapa de leve.

Tae - Layne, você não disse tudo? - A encarou, desconfiado.

Layne - É como disse para elas, iria mudar algo?

Thais - Quanto tempo isso durou?

Layne - A fonte disso é a magia, mas não não ela que me curou. Fiz quimioterapia, radioterapia, passei em vários psicólogos até me curar, foi no mesmo tempo que pude curar ele.

Lais - Então... não usou magia para se curar?

Layne - Como ia usar? Me curar? Usar meus poderes só piorava, então não usei eles, não muito pelo menos.

Jungkook - Você está dizendo que elas precisam se tratar agora?

Layne - Dãããã. Eu não sei se curar com magia vai ajudar, mas tudo que fiz me curou.

Thais - Levou quanto tempo?

Layne - Uns meses, fiquei tanto tempo sem ir para água só focada no tratamento, é isso. Mas já que a Lais tem um Livro.

Tae - Tira essa hipótese.

Lais - Mas...

Tae - A última vez que pegou naquele livro fez coisas com ele que olha... - Trombou sua cabeça para o lado, receoso e irritado. - Melhor não mexerem com isso até ficarem boas.

Lais - Não sabemos se vamos ficar boas.

Tae - Eu disse que vão! Não importa se não acreditam, eu acredito nisso. Não vai tocar naquele Livro.

Lais - Se puder curar as meninas...

Thais - Você já fez isso uma vez e disse que te vez mal, do jeito que está pode piorar. - Viro minimamente meu rosto para ela. - Taehyung pode ter razão.

Lais - Mas...

Thais - Vamos focar no tratamento, agora não é a melhor hora para mexermos com magia, não acha?

Lais - Tá. - Assentiu, contrariada.

Hoseok - Agora temos que resolver o assunto da festa. Seus pais podem querer interrogar cada um de nós pelo que aconteceu.

Jimin - Mentir?

Thais - Eles podem descobrir.

Jimin - E o que vamos fazer se interrogarem aqueles três que levaram para a lancha? Eles vão contar, e depois?

Thais - Como me odeio...

Lais - Agora Senhor, pode me mandar pra Setealém.

Layne - Queime antes que se reproduza! - Fez um sinal de cruz com seus dedos. - Mas eu gosto dessas histórias!

Thais - Temos que voltar pra casa, descansar pra amanhã.

Jin - Nem pensão em ir para a Universidade!

Thais - Eu não vou deixar de estudar por isso... assim não. Yngrid acorda, temos que ir. - Balanço minha coxa para fazê-la acordar.

Yngrid - Hmm.

 

Chegando em aulas cansativas para mim, me desgastava em vários aspectos, misturados com o meu tratamento. Apenas numa parte ao dia que não sentia dor, estando na água com minha Cauda, por esta razão que ficava no mar após as aulas, junto as meninas.

 - O que é isso? - Perguntou a Yngrid quando se viu com a Cauda pela primeira vez, era uma tortura vê-la daquele jeito sem ter o que fazer. Como todas as noites chorava por nós e por mim, com a dor que sentia, fisicamente e mentalmente, não sabia que iria aguentar por muito tempo.

Estando mais sensível para isso, percebendo Christian diferente de antes. Mesmo tendo sua mudança repentina, continuava o Velho Christian que conhecia, e mesmo não tendo mais os meus sentidos aflorados, eu ainda sentia algo aqui dentro.

Thais - Chris... - Chamo por ele ao sentir a tensão no meu peito.

Christian - Calma. - O mesmo pois sua mão nas minhas costas, massageando a região, mas as dores apenas pioraram. - Dói... Desculpa.

Seu comportamento se refletia em mim nos últimos dias, diferente. Mais frio e seco, indelicado, mais bruto. Talvez esteja cansado por estar o tempo inteiro " Cuidando " de mim.

Christian - Seria melhor não vir mais as aulas extras nas férias, Yngrid está aproveitando para se curar.

Thais - Coff Coff.

Christian - Por isso, obedeça e fica em casa amanhã.

Thais - Chris... Coff Coff Coff. - Minha garganta estava doendo de tanto tossir nesse dia. Por isso saí da sala e fui andando até o banheiro mais próximo, tossindo numa pia onde vejo sangue escorrer da minha boca, sentindo seu gosto metálico impregnar minha língua. Cuspi tudo para na pia, querendo chorar por sentir todo o meu peito e meus músculos doerem mais do que deveria. - O quê?

Pego o papel que estava ao lado e limpei minha boca, assustada, com meu corpo trêmulo, minha respiração descontrolada, rezando para que não tenha falta de ar. Quase chorava, mas não queria chorar, não por ali, iria guardar para estar na cama.

Abro a torneira para limpar o sangue que ainda estava sujando a pia.

Thais - Por quê? - Perguntei ao me olhar no espelho, tendo minha vista embaçada. - Chega!

Desliguei a torneira antes de sair do banheiro para voltar a sala.

Christian - Onde foi?

Thais - Banheiro.

Christian - O que aconteceu? - Puis sua mão no meu ombro que no mesmo instante doeu.

Thais - Só... - Me recuei, colocando minha mão sobre o ombro. - esquece.

Christian - Está bem. - O mesmo se aproximou, pondo sua mão sobre minha bochecha. - Não fica assim, entendeu?

Thais - Entendi.

Ele se aproximou para me beijar, mas virei meu rosto sentindo seus lábios tocarem o canto da minha boca.

Thais - Vai por mim, não me beija agora.

Christian - Como quiser.

O olhei sorrindo, por dentro estava confusa sobre o que pensava de Christian. Ainda era completamente louca por ele... Talvez tenha sido um erro tentar novamente depois da nossa discussão tempos atrás?

Thais Off

Lais On

Caminhava pelos corredores da Universidade, a noite, e como estava escuro, não enxergava quase nada a minha frente, por isso andava apalpando a parede. Não estava com a mínima ideia de onde estava, me sentia tão perdida como esse mês inteiro, para piorar, amanhã é Lua Cheia e não estava preparada.

Saindo dos meus pensamentos, um alguém me chamou, aparecendo uma figura na minha frente, juntando os nossos corpos.

Jimin - Cuidado...

Seus braços estavam na minha cintura, os mantendo firmes na região, o que me fez arrepiar e suspirar.

Lais - Com o quê?

Jimin - Uma máquina, ia bater de frente com ela.

Lais - Está tão escuro...

Jimin - Essa parte ainda está sem luz...

No silêncio que começou a nos rondar, tocou meu rosto com sua mão delicada, passeando seu polegar sobre meu lábio inferior.

Lais - Para com isso... - Peço, colocando minha mão sobre seu abdômen para o emburrar, mas não o fiz ficar longe de mim. - Por favor.

Jimin - Não gosto de te ver assim, Linda.

Lais - Não me chama disso.

Meu coração batia forte como um pulo dentro do meu peito.

Jimin - Lais, não entendo o que se passa na sua cabeça, mas quero que saiba que, aconteça o que acontecer, não vai me fazer afastar de você. Vou continuar enchendo seu saco imaginário até o fim dos tempos.

Lais - Melhor ir... Melissa vai te procurar.

Jimin - Não me importo.

Lais - Mas eu sim.

Jimin - Eu te levo.

Assenti a ele e segurei em seu braço com firmeza.

Jimin - Obrigada por confiar em mim.

Lais - Não cem por cento, mas já é alguma coisa. - Respondo, descontraída, ouvindo um riso vindo dele.

Jimin - Continua assim... engraçada.

Lais - Difícil.

Jimin - Não... não é difícil.

Sinto o mesmo puxar minha mão e a sua boca tocar na minha delicadamente; seu beijo molhado me aqueceu, junto de seus dedos que se entrelaçaram com os meus enquanto mantinha sua outra mão no meu rosto.

Jimin - Senti tanta falta da sua boca... - Sussurrou, dando um último selinho em mim.

Lais - Isso não, Jimin...

Jimin - Eu sei...

Seu polegar acariciava as costas da minha mão, precorrendo seus dedos na minha nuca.

Jimin - Mas é mais forte que eu, garotinha.

Lais - Só me leva pra casa.

Jimin - Preferia que fosse para minha.

Bato com o meu bastão na sua perna.

Jimin - Ai, desculpa.

Lais - Pelo menos vou usar muito isso em você.

Jimin - Ha. Ha!

O mesmo juntou nossas mãos, e com toda a segurança do mundo o segui pelo corredor.

Lais - Vou me divertir com isso. - Sorri.

Jimin - Pode ir tirando esse sorriso do seu rosto, mocinha!

Lais - Não, não tiro!

(Continua...)


Notas Finais


Obrigada por lerem.


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