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História Quase H2O - Distorcida Aos Prazeres.


Escrita por: laia017

Notas do Autor


Pesadona, pesadona, pesadona!
O final bem tenso!
Revisada.

Capítulo 49 - Distorcida Aos Prazeres.


Fanfic / Fanfiction Quase H2O - Distorcida Aos Prazeres.

Thais - Conversa com ela.

Pedia para Taehyung conversar com a irmão enquanto tirava meu cinto e abro a porta do carro para descer.

Tae - Como?

Thais - Ela quer usar a magia outra vez, e eu estou preocupada com isso. - Desço do carro e fecho a porta. - Ela tentou me explicar que não vai fazer mal algum à ela, mas eu não confio muito.

Tae - No máximo que vou poder fazer é pegar o Livro, ou nem isso.

Thais - Por favor, Tae... só tenta convencer ela de não usar isso.

Tae - O que ela quer fazer?

Thais - Não sei, mas é sobre uma Carta. Ela diz que ouve uma voz dizendo sobre uma tal carta.

Tae - Ah... eu só vou chegar em casa mais tarde.

Thais - Quando tarde?

Tae - Mais tarde.

Thais - Nem vou perguntar o que vai fazer porque não é da minha conta. Então mais tarde você fala com ela... mas até lá ela pode ter feito.

Tae - Fica com ela.

Thais - E vai adiantar? Ou vai... - Digo e abro um sorriso.

Tae - Eu sei que está sorrindo. Então, tchau.

Thais - Até. - Desligo a ligação e passo pelo portão, indo apressada até a porta de casa para entrar. - Mãe! Cheguei!

Camila - Ainda bem. - Estava cortando um bolo em cima do balcão da cozinha, pegou o pedaço para vir até mim e me dar um beijo. - Aconteceu algo?

Thais - Você mandava mensagem de cinco e cinco minutos, tem como acontecer algo?

Camila - Tem.

Thais - Aconteceu nada... - Sigo ela até a cozinha, pegando um pedaço do bolo e logo o mordendo. -, só discussões.

Camila - Brigou com o Christian?

Thais - Não é brigar, só trocamos palavras fortes, atitudes... Não era quem eu imaginava numa relação. - Dou mais uma mordida, olhando para a piscina através da passagem para a areá de fora.

Camila - E agora?

Thais - Podemos não falar disso. - Me viro para a direção da escada. - Vou subir e depois vou sair outra vez.

Camila - Mas, menina!

Thais - Mãe... - Me viro para ela. -, se de manhã não aconteceu nada, que era o horário que mais aconteciam meus ataques, de tarde não vai acontecer nada.

Camila - Mas há exceções.

Thais - Eu levo meus guardas da vida. - Subo as escadas e vou para meu quarto. - Aaah!!

Dou um quase grito ao trombar minha cabeça para trás e olhar para o teto. Volto a abaixá-lo e sentir poucas dores musculares. Toco no meu cateter olhando para aparelho CPAP que estava na cômoda ao lado da cama.

Thais - Até quando vou precisar de vocês pra respirar enquanto durmo? - Me pergunto, sentida, virando meu olhar para aquela caixinha de música que Jimin concertou para mim. Sorrio e me aproximo dela, tocando na parte de cima. - Queria que fosse diferente... Queria dar isso à você.

Abro a mesma com a chave e começo a ouvir sua música tocar que rodeava o quarto, na qual me faziam lembrar do Heitor junto de Mila.

Thais - Tenho inveja de você, Mila. Tem seu amor correspondido... - Sorrio mais uma vez e me deito na cama ouvindo sua música.

Dali uns instantes, fui para a casa da Lais, esperando que ela estivesse fazendo alguma arte mas a encontrei comendo lámen junto com Yngrid.

Thais - Nem me chama. - Digo ao entrar, fechando a porta e indo até elas.

Yngrid - Você meio que tava brava, então... - Apontou para a Lais que estava do seu lado, comendo.

Lais - Para de apontar pra mim.

Yngrid - A cada minuto que passa, você vai me assustando ainda mais.

Thais - Só... queria ficar com vocês, não retratar aquela nossa conversa como uma " Briga ".

Lais - Eu sei que não foi uma briga, só tá preocupada. Mas eu disse no carro que nada vai me acontecer.

Yngrid - A gente vai continuar falando disso mesmo? - Olhei para ela e depois para Lais.

Thais - Não.

Lais - Tem mais na panela, se quiser.

Thais - Lógico que quero.

Após comer, nós saímos da sua casa para caminhar na praia, mesmo com a relutância dela de não querer.

Thais - Você mesma disse que não quer ficar parada em casa pela sua situação de agora, então, para de reclamar!!

Yngrid - Mãe, já disse que tô com as meninas passeando na praia... - Conversava com ela pelo celular.

Lais - Mãe é Mãe.

Yngrid - Mais tarde... ai depende o quão tarde eu vou.

Rimos do seu pensamento.

Yngrid - Tô sim... tchau.

Thais - Está beeem melhor, não?

Yngrid - É! - Nos deixou para correr na nossa frente e pulando. - LIVRE ESTOU!!! LIVRE ESTOU!! É ESSA MÚSICA É DA THAIIIXX!!

Lais - Frozen da vida. - Riu.

Thais - O nome dela é Elsa!

Yngrid - Thelsa!

Lais - HÁ!

As duas começaram a gargalhar alto.

Thais - Eu meu pergunto porque agora vocês imaginaram esse nome depois de tantas discussões sobre me comparar com ela desde a escola. - Olho para as duas entre as minhas falas e começo a ir junto com delas. - Vamos nadar? Faz tempo que não nadamos com você, Lais.

Lais - Eu..

Thais - Você nada, sua viada! - Puxei ela na direção das pedras junto da Yngrid. - Ficamos junto do você.

Lais - Eu sei me cuidar, não vai ser a primeira vez que nado assim.

Yngrid - Já nadou sozinha?

Lais - Só pra treinar minha percepção e ajudou muito.

Subimos nas pedras com cuidado, ainda mais por estarmos com ela. Descemos nas pedras menores da frente, indo até a beira.

Lais - Agora tá mais clara.

Thais - Vamos fazer uma checagem! Vamos nadar junto com você e te ajudar.

Lais - Não precisa. - Respondeu antes de pular na água.

Yngrid - Me espera! - Gritou e foi atrás dela.

Thais - É bomba! - Digo sem ânimo e pulo na água, nadando atrás delas quando minha Cauda aparece; acabando por ficar mais acima da mesma, a vendo nadar calmamente próxima a areia.

Nadamos continuamente tranquilas pelas águas calmas do dia de sol, tomando cautela sobre ela, onde ficou com as mãos para frente no exato momento que chegou perto da pedra.

Com a chegada de um Golfinho que o mesmo ficou ao lado da Lais, a guiando; fiquei mais tranquila para a deixar nadando sem a minha supervisão e nadar olhando ao lado juntamente de Yngrid que foi nadar mais ao fundo.

Continuou só, pelo imenso oceano azul para me tranquilizar e relaxar pelo dia que tive, não sentindo mais as dores ou a falta de ar, o único momento do dia em que estava na mais completa paz.

Ao voltar para as pedras, após uma tarde em Mako, fomos até Matinés para tomar um suco antes de continuar nosso passeio.

Thais - Muito bem, Milk-shake de frutas vermelhas.

Lais - Com sorvete.

Yngrid - E bolo.

Thais - Nós comemos lámen.

Lais - Foi antes da gente nadar, depois a fome volta.

Yngrid - É. - Assentiu.

Thais - Depois sou eu quem tenho um buraco negro no meu estômago. - Peço o pedidos, que chegaram um pouco depois e começamos a comer. - Está mais melhor, Lais?

Lais - Como não vou tá melhor depois disso? - Terminou pondo uma colher cheia de sorvete na boca. - Hmmm.

Yngrid - Podemos fazer uma noite de pizza, numa da casa das duas porque na minha...

Thais - Sua mãe fica preocupada.

Yngrid - Tá me sufocando com tanta desculpa que dá pra não sair de casa. Principalmente com a desculpa que eu vou ver os meninos.

Lais - Os murmurinhos que eles são culpados se espalhou para seus pais também?

Yngrid - Sim, agora só faltam os de Thais.

Thais - Eles já sabem.

As duas - Oi?

Thais - Mas... meus pais são mais de falar na frente e não de dizer pelas costas.

Lais - Não me fala que eles conversaram com os meninos?

Thais - Só falou com o Jungkook, um dia ele foi pra minha casa e os dois conversaram ele. É obvio que desmentiu tudo.

Yngrid - E eles acreditaram?

Thais - Sim... eu acho que sim. Mas um pondo que aqueles que levamos pra lancha não lembram de nada.

Lais - Eba... - Comemorou sem animação. -, um progresso.

Thais - Borá parar de falar nisso e comer mais.

Yngrid - Uma boa! E depois, borá pro Pier. - Disse, abraçando ela.

Lais - Pode ser.

{ Quebra de Tempo }

Lais - Acerto sim.

Yngrid - Marreu duvido que não.

Lais - Sério?

Yngrid - Sério.

Lais - Tá bem.

De longe assistindo, vejo ela jogar as rodas nas garrafas que acertou duas delas, me fazendo arregalar meus olhos.

Lais - Tenho mais duas chances.

Yngrid - A Rapariga...

Lais - Vai. - Jogou outra vez e certou a última. - Obrigada, muito obrigada!

Thais - Boa! - Digo, ficando ao lado dela, animada como ela.

Lais - Melhor não abusar, tô com uma dor de cabeça.

Vendedor - Aqui está.

Lais - Uhh. - Pegou o urso e pulou de animação. - Eu disse que ia conseguir.

Yngrid - Passa um pouco disso pra mim, em?

Lais - Tem como não.

Thais - O que querem fazer agora?

Yngrid - Não sei.

Lais - Explorar lugares novos. Ah... Tem um carrossel, a gente nunca foi nele.

Yngrid - Eu já... mas sem vocês... foi com o meu EX! - Gritou de raiva, chamando a atenção de alguns. - Desculpa, foi mal. 

Lais - Ah! - Tirou seu celular do bolço e o atendeu. - Oi, Tae...

Thais - Eu digo que ir para o parque aqui perto.

Lais - Agora? Tá bem... Tchau.

Yngrid - Não diga que você tem que ir?

Lais - Tenho sim. Ele saiu com os meus pais quando chegamos em casa. Deve ser isso.

Thais - Vamos te levar lá.

Lais - Não precisa, posso ir sozinha.

Thais - Acha mesmo que eu vou te deixar sozinha?

Lais - Bom... - Trombou sua cabeça para o lado, pensativa. - Não.

Thais - Que bom que você sabe.

Yngrid - Borá, suas Puta!

Foi para trás de nós e começou a nos emburrar para frente, na direção da escada do Pier que levava para a praia.

Yngrid - Toma cuidado aí.

Lais - Você também deveria, Yngrid.

Yngrid - Tudo bem... meu equilíbrio tá bem melhor.

Thais - Que bom... - Disse com profundidade em dublo sentido e olhando para Lais.

Lais - Não me olha assim.

Yngrid - Como você pode saber?!

Lais - Hi. Hi!! - Saiu correndo pela praia nos deixando.

Thais - Minha filha, volte aqui! Você não pode sair correndo!!! - Gritei, correndo atrás dela.

Lais - Aqui o espaço é livre! Porra! - Gritou, levantando seus braços para o céu e começando a girar.

Yngrid - Ela vai cair!

Thais - Calma... calma, calma. - Parei de correr por começar a sentir a falta de ar, sentindo as batidas do meu coração baterem rápido causando uma pequena dor. - Ai...

Yngrid - Lais! Ficou doida!

Lais - Eu sou retardada! - Respondeu, parando na frente dela.

Yngrid - Sim, mas você não pode ver.. e se cair na água.

Lais - Eu tô longe da água, Muié!

Thais - É... é sim. - Respondo, voltando a andar até elas, ofegante.

Lais - Não precisava correr atrás de mim.

Thais - Minha preocupação é mais forte do que minha dor, nem parece que me conhece.

Lais - Mesmo assim, não precisa. Se preocupa consigo mesma antes de mim ou da Yngrid.

Yngrid - Nisso eu concordo com ela.

Thais - E eu discordo.

Layne - LIVRE ESTOU!!

Vejo ela correndo pela praia e vir abraçando a Lais que quase caem na areia.

Lais - Ai, quer me matar?

Layne - Desculpa, agora posso ficar com vocês!

Yngrid - Como descobriu que nóis tava aqui?

Layne - Tava passando de carro e vi vocês. Desci e tô aqui!

Lais - É uma pena, eu já tô indo embora.

Layne - Por quê?

Lais - Taehyung me chamou, é uma coisa urgente dele com os meus pais.

Layne - Só porque cheguei, caralho.

Thais - Se der, de noite ficamos juntas, agora temos que levar essa coisinha pra casa. - Digo, indo até ela e bagunçando seu cabelo.

Lais - Não bagunça meu cabelo. Como vou saber que não tá bagunçando?

Layne - Vamos melhorar. - Ela começou a passar suas mãos freneticamente nos cabelos dela. - Pronto.

Lais - Valeu. - Agradeceu, mal-humorada.

Yngrid - Topster.

Ao chegar, vimos os meninos correndo pela rua, com roupas de esporte.

Layne - Olha... onde estavam?

Namjoon - Na quadra, jogando.

Lais - Nossa, é tão lindo. - Comentou, irônica.

Hoseok - Vocês não deveriam estar aqui?

Layne - Nossa, elas estão.

Thais - Não por muito tempo.

Paramos em frente à casa dela.

Thais - Depois nos encontramos, beleza.

Lais - Beleza. - Ela foi na direção da sua porta, sem desviar o caminho.

Yoongi - Como é que essa menina... - Comentou, olhando a própria.

Yngrid - Você nunca vai entender... - Disse, passando por ele.

Lais - ATÉ MAIS TARDE!!! E TOMEM CUIDADO!! - Gritou, antes de entrar.

Layne - Eu cuido delas!

Thais - Não dou muita confiança! - Digo para ela que põe sua mão no peito fingindo sua decepção.

Layne - Magoei.

Yngrid - Deveria ganhar um Oscar por interpretar muito bem.

Layne - Eu sei, obrigada.

Thais - Vocês vão ir onde? - Pergunto à eles.

Jungkook - Tomar banho do mar. Se quiserem pode vir.

Layne - Cruzes.

Yngrid - Eu passo.

Thais - Também!

Layne - Vai ter uma competição de skatistas na pista, podemos ir lá.

Yngrid - Skatistas.

Thais - Já vai começar com as pinharagem? - Encaro todos, questionando.

Yngrid - Ué... olhar não tira pedaço.

Jungkook - Podem me esperar?

Todas - Não.

Layne - A gente vai esperar você lá. Tchau. - Mandou um beijo no ar para ele, acenado logo depois.

Nos despedimos dele e fomos rumo a pista.

Thais Off

Lais On

Fecho a porta, sorrindo, e logo escuto a voz da minha omma em frente de mim, me assustando.

Yura - Filha.

Lais - AAH!! - Me escoro na porta como uma lagartixa.

Yura - O que é isso?

Lais - Por que me assusta assim?

Yura - Desculpa, filha. - Suas mãos seguraram meu braço para me levar até o sofá.

Lais - Sabe que não precisa fazer isso, né? - Pergunto, me sentando do seu lado.

Minhyuk - Precisamos sim.

Lais - Ai... - Tremi meu corpo pelo susto. - Oi, também, appa.

Tae - Não é só eles que estão aqui. - Bateu levemente sua mão no seu ombro. - Doeu?

Lais - Não mais do que os sustos. - Respondo, prendendo meu ar para dentro.

Minhyuk - Chega de brincadeiras, temos algo sério para contar à você que irá ser bom, Lais.

Lais - Sério...? - Sorriu com ânimo. - Contem.

Yura - Sabemos que você está aprendendo a se virar pela condição que está e também não está ligando para quaisquer possibilidades de cura, mas há uma que pode trazer sua visão de volta.

Apenas permanecia calada e escutava, sem pensar.

Yura - Isso pode trazer sua visão de volta... não está feliz?

Lais - E-eu... eu não acho que vai poder me ajudar.

Minhyuk - O que está dizendo, Lais? Não sabemos 100% que sua visão é definitiva ou incurável.

Lais - E se não for?

Yura - Não tem certeza, por isso, antes de fazer alguma cirurgia, precisam fazer alguns exames em você.

Lais - Como é? - Pergunto, sentindo o medo, receio e preocupação surgirem em mim, me deixando apreensiva.

Yura - Exames, filha. Saber suas condições são essenciais para uma cirurgia.

Lais - Eu não quero. - Nego e me levanto, me afastando do sofá.

Minhyuk - Lais.

Lais - É o que ouviram...

Yura - Não, não. - Segurou meu pulso e me vira para si. - Como seus pais, queremos o melhor para você, não pode recusar uma ajuda dessas.

Lais - Omma, nada vai trazer minha visão de volta, eu já sei disso e me conformei.

Yura - Não tem certeza, está assustada com tudo que aconteceu mas deve tentar.

Lais - Eu não quero tentar.

Minhyuk - Por quê?

Lais - Só não quero! - Me solto da minha mãe e subo as escadas, correndo para chegar até meu quarto, onde o tranco, assustada. Vou até minha cama me deitar sobre, me cobrindo com o cobertor e pensando nas possibilidades que poderiam acontecer se eu fizer esses exames. - Podem descobrir minha Cauda...

Momentos de baixo da coberta se passaram em minutos e logo bateram na porta do meu quarto, logo gritei para me deixarem, mas Taehyung gritou do outro lado, dizendo que era ele.

Tae - Não vou dizer que deve aceitar... ao contrario.

Tiro o cobertor de cima de mim e estendo meu braço pela cama, abrindo minha mão e a virando: a maçaneta girou fazendo a porta se abrir, deixando ele entrar.

Lais - Fecha e tranca. - Digo, me colocando em baixo do cobertor.

Tae - Tá.

Ouço o tronco da porta.

Tae - Acho que já sabe o que penso sobre isso.

Lais - Sei! - Saio de baixo do cobertor e me sento bruscamente na cama. - Um não.

Tae - Eles podem descobrir coisas em você que as outras pessoas não possuiem.

Lais - Mas o que isso tem haver com...

Tae - Suas células mudam em contato com a água, ainda podemos saber que o resto também pode mudar. Seu sangue, cabelo, urina... tudo.

Lais - Urina?

Tae - Te faz mudar, então algo pode acontecer por lá!

Lais - Mas e nossos pais? Vão ficar magoados.

Tae - Se você não quiser, eles não vão poder te obrigar.

Lais - Mas eu me importo com o que eles pensam e sintam. O que eu faço?

Tae - Bom... - Sinto seu toque em minha mão. -, desde já, estava planejando um plano pra isso.

Lais - Plano?

Tae - Um alguém fazer os exames no seu lugar.

Lais - Isso não vai dar certo.

Tae - Só precisamos de alguém saudável o suficiente para você fazer essa cirurgia.

Lais - Se eu realmente fizer essa cirurgia, minha Cauda pode...

Tae - Sinceramente, não sei. Vamos simular uma cirurgia hoje à noite...

Lais - Simular?

Tae - Namjoon ajuda.

Lais - Tae...

Tae - Isso vai funcionar, vamos falar com alguém que vá... um ponto que você não foi com a gente, então, não vão desconfiar.

Lais - Sinto pressentimentos ruins... - Comento, tensa, já imaginando a merda que pode acontecer.

Tae - Não vou deixar que ninguém descubra sua Cauda, entendeu.

Assenti para ele, logo sentindo o mesmo beijar minha testa.

Tae - E também, Thais me ligou dizendo que você está com umas ideias de usar a magia do Livro outra vez.

Lais - Até você. - Soltei sua mão e me deitei na cama, cansada.

Tae - Lais, isso é sério! A última vez que fez isso seus olhos sangraram.

Lais - Mas tudo tá normal... menos minha visão, mas meus olhos estão de boas aqui, tudo branco, castanho...

Tae - E se sangrar outra vez?

Lais - Não sei, ué... Eu vou fazer? - Me sento outra vez na cama. - Mesmo que não deixe.

Tae - Que Carta você quer ver?

Lais - Uma que a voz diz, essa voz se parece a minha mas numa linguagem antiga, com palavras antigas.

Tae - Pode ser a Luna?

Lais - Não tenho como saber... só quero ver essa Carta.

Tae - Que diz quer fazer isso?

Lais - Quero hoje... mesmo com isso que você falou, uma " Simulação ".

Tae - Podemos adiar a simulação, temos um prazo de uma semana pra aceitar.

Lais - Vou poder fazer hoje, então?

Tae - Vou ficar com você quando faz.

Lais - Valeu, Tae. - Bati no seu ombro.

Tae - Me agradeça mais tarde.

Lais Off

Yngrid On

Comemorava junto da multidão que estava a minha volta pela torcida dos skatistas, tentando esconder as minhas dores cerebrais e a fraqueza no meu corpo que agora estava mais presente do que antes. Mas não queria ir, não queria ir pra casa ficar presa na cama como se não tivesse vida, já estava cansada disso.

Já não aguentava mais em pé pela tortura da dor, então resolvi me sentar num banco que estava ali perto, onde tinha a vista de toda a competição.

Thais - Ei - Disse, se sentando do meu lado. -, você disse que estava bem.

Yngrid - Disse certo... - Pus minha mão na cabeça. -, estava.

Thais - Quer uma água?

Yngrid - Não... eu tô bem.

Thais - Eu vou comprar uma água. - Se levantou.

Yngrid - Aff... se for comprar, compra sem gás!

Thais - Tá!

Yngrid - Aaaahh. - Trombei minha cabeça para frente, vendo alguém se sentar ao meu lado.

Jungkook - Não deveria estar aqui.

Layne - Quando falamos para ela o que deveria fazer, não gosta.

Yngrid - Eh.

Jungkook - Mesmo assim, você sabe que não deve abusar, em...?

Yngrid - Eu não abusei... talvez um pouco.

Nos encaramos, com seu olhar sério para mim.

Yngrid - Talvez muito.

Jungkook - Não seria melhor ficarmos no meu apartamento, jogar alguns jogos, os meninos vão estar ocupados.

Layne - Topo de boas, amanhã não tenho nada pra fazer mesmo.

Yngrid - Sua escola.

Layne - Ah... eu vou ter que coreografar uma dança junto das líderes de torcida... que merda!

Jungkook - Posso ir?

Viramos nossos olhares para ele, o repreendendo, sem responder.

Jungkook - Melhor não perguntar outra vez... Eu vou. - Confirmou, antes de virar a garrafa d'água na boca.

Yngrid - Nenhuma delas vai prestar atenção na dança.

Jungkook - Não tenho culpa de ser irresistível.

Levanto minha sobrancelha, negando essa questão.

Jungkook - Quase.

Layne - Por que quase?

Jungkook - Quando apareci - Respondeu, encarando ela e apontou para mim. -, Yngrid e nem a Thais ficaram na minha.

Yngrid - Ela te encontrou fazendo bullying com a Lais junto dos outros, e depois fiquei sabendo, mas mesmo assim, não ia te dar atenção porque estava namorando aquele trairá! Tirando a Layne que ficou louquinha por você e o Tener... não, ele continua sendo.

Jungkook - Nem me fala dele... até fico meio assustado.

Layne - Ele ataca você?

Jungkook - Sempre que me vê, mas não culpo. Até você gostou de mim. - Se esnobou para nós.

Layne - Olha, você ainda é um lindo, Jungkook, mas... agora... eu te vejo como um amigo.

Yngrid - Porque agora ela está gamada no Yoongi... - Continuou, debochando da situação.

Layne - Você quer calar sua boca! - Desviou seu olhar dele para mim. - Eu só desisti do Jungkook...

Jungkook - Por quê?

Layne - Porque, você e os meninos são os caras mais galinhas que eu já vi em toda a minha vida. Agora, o Jimin se inquietou porque tá namorando, mas se não fosse isso, os sete iriam arrasta-pé todos os dias, sem descanso.

Jungkook - Isso magoou.

Layne - Aproveite sua mágoa, com açúcar e leite.

Thais - Desculpa a demora - Voltou, se sentando do meu lado. -, ele tinha ido pegar a água. Também comprei canudo.

Yngrid - A dores já passaram, mas - Peguei a garrafa na sua mão, junto do canudo. -, eu aceito.

Thais - Depois vou querer.

Yngrid - Como quiser.

Começo a beber a água vendo ao longe um carro bem parecido com o da minha mãe parado na frente da pista, então uma mulher bem parecida com a minha mãe sai de dentro, me olhando sério.

Yngrid - Puta merda, é a minha mãe.

Layne - Ela não vai fazer o que eu tô pensando o que vai fazer?

Jungkook - Não entendi porra nenhuma que disse.

Marcela - Vamos, Yngrid! - Disse, enquanto vinha para minha direção e parando em frente às bancadas.

Yngrid - Não, mãe.

Marcela - Você não pode ficar.

Yngrid - Quem disse que não posso?

Marcela - Eu. Desculpa, meninos. - Subiu nas bancadas e me puxou pelo braço, me fazendo levantar. - Você vem comigo.

Thais - Senhora, não precisa disso.

Marcela - Ela precisa ficar de repulso.

Yngrid - Não, mãe.

Mesmo não querendo, ela me puxou na direção do carro e eu olhava para eles, acenando.

Yngrid - Mãe, meu braço tá doendo!

Paramos ao lado da porta, com ela me olhando irada.

Marcela - Entra no carro!

Yngrid - Mãe!

Marcela - Agora.

Me deixou para dar a volta no carro e chegar ao lado do motorista: entrou, em seguida, foi eu.

Mercela - Disse para ficar em casa, mas não.

Yngrid - Eu estava bem com eles.

Marcela - Com o Jungkook, a única pessoa que...

Yngrid - Não fala nada sobre o Jungkook. Já disse que isso não é culpa dele ou dos outros meninos, cabeça dura.

Marcela - Sabe que não acredito em você. - Deu a partida, dando a volta para voltarmos para a rua. - Hoje você não sai mais, nem amanhã para a Universidade, somente irá se empenhar em se recuperar.

Yngrid - Não, mãe!

Marcela - Eu quero que se recupere, não vai se ficar o dia inteiro com eles.

Yngrid - São meus amigos! Você não tem o direito de não me deixar ver eles! - Desvio meu olhar da janela para ela.

Marcela - Eu sou sua mãe! Sei o que é melhor para você!

Yngrid - Mas não pode mandar nas minhas amizades e nem na minha vida!

Ela para o carro e me olha, parecendo estar possuída.

Marcela - Sua vida... sua vida vai se acabar se não se tratar e ficar repulsada.

Yngrid - Minha vai acabar se apenas me empenhar nos tratamentos e trancada em casa. - Tiro os meus olhos dela, voltando a olhar para fora me segurando para não chorar.

Marcela - Vamos ficar em casa e você não sai.

Nem respondo, apenas continuou olhando para fora com o carro em movimento, indo em direção a nossa casa. Chegando lá, desço do carro fechando a porta bruscamente com ela me chamando.

Marcela - Yngrid! Espera!

Continuou indo para a porta de casa mesmo com a minha cabeça latejando de tanta dor, continuei até a porta, onde me apoiei por meu corpo falhar outra fez. Ouço ela me chamar outra vez mas entro em plena dificuldade de continuar.

Roberto - Filha. - O mesmo me segurou enquanto minha mãe entrava. - O que aconteceu?

Marcela - Pergunte para sua filha. Como pôde sair assim?

Yngrid - Me leva pro quarto, Pai.

Os dois trocaram olhares apreensivos antes dele me levar.

O abraço enquanto me leva até as escadas, após para o corredor. Sabia que cada passo para ele era uma tortura me ver assim.

Yngrid - Tá tudo bem, Pai.

Roberto - Sabe que sua mãe apenas quer te proteger.

Yngrid - Nada vai me machucar. - Digo, entrando no meu quarto, já podendo andar sem ajuda.

Roberto - Yngrid, deve descansar, vai se sentir melhor amanhã.

Yngrid - Minha mãe não quer que eu vá pra Universidade - Digo ao me sentar. -, pelos tratamentos.

Roberto - Não precisa parar de estudar por isso.

Yngrid - Não é o que ela pensa. - Volto a olhá-lo enquanto se sentou do meu lado. - Pai, me sinto melhor essa semana como há dias não me sintia, e ver minha mãe me tratar assim, me tirando a força da pista, me sinto mal e envergonhada.

Roberto - Falarei com ela. - Pois sua mão sobre minha cabeça. - Eu vou pedir hambúrguer mais tarde, se quiser, Pizza também.

Yngrid - Os dois.

Roberto - Os dois. - Deu um beijo na testa antes de se levantar e ir para a porta. - Já volto.

Yngrid - Tá. - Fechou a porta e me deitei, suspirando forte na cama. - Por quê?

Tendo nada pra fazer, resolvi assistir alguma coisa na Netflix, entediada. No meio disso, meu celular tocou e atendi sem ver quem ligava.

Yngrid - Quem é?

Thais - Eu esperei um pouco pra ligar. Agora que já te liguei, como você está?

Yngrid - O que acha? Horrível. Foi uma vergonha enorme.

Thais - O sentimento de proteger os filhos, algumas vezes faz isso.

Yngrid - Mas num é desculpa pra fazer isso. - Dou uma pausa na conversa para ouvir vozes altas vindas de baixo. - Ótimo, tão discutindo por minha causa.

Thais - Depois conversa com eles, principalmente, com sua mãe.

Yngrid - Só depois, agora quero relaxar. Fazer uma coisa na banheira.

Thais - Tranca a porta primeiro.

Yngrid - Eu sempre tranco. Então, amanhã a gente se vê?

Thais - Acho que sim, se você for.

Yngrid - É lógico que vou, oshi, menina, tá doida?

Thais - Então até, e se cuida.

Yngrid - Tu também, pelo amor de Deus. - Desliguei a chamada e olhei para a tv. - Agora é só esperar pelo meu hambúrguer.

Mesmo com a tv alta, ainda escutava os dois lá em baixo.

Yngrid - Vem assim. - Peguei o controle e aumentei o som. - Agora sim!

Yngrid Off

Lais On

Tae - Vai mesmo pôr seus dedos nessa água?

Lais - Se disser as palavras corretamente, minha Cauda não vai aparecer.

Tae - Em todo o caso. - Se levantou, para ir até a porta e a fechou. - Comece, antes que nossos pais descubram que estamos aqui.

Respiro calmamente, deixando o meu dedo próximo à água, começando a circulá-la e dizendo as tais palavras.

Lais - Que esse espelho em minha mente, se torne presente... - Repito três vezes a mesma frase, abaixando meus dedos sobre a água. Na quarta, senti a água tocar a ponta dos meus dedos me deixando apreensiva, continuando a repedir as palavras.

Tae - Lais...

Acabando de recitar, paro e tiro minha mão rapidamente de perto da água, logo a secando.

Lais - O que aconteceu?

Tae - É um espelho normal no fundo da banheira.

Lais - Pega pra mim.

Tae - Com sua licença.

Segurou meus braços para me puxar para trás, abrindo espaço para poder pegar o espelho. Ouço as inúmeras gotas sendo respingadas sobre a água na banheira, indicando que já havia tirado.

Tae - Não tem nada de mágico nele.

Lais - Pega uma borda pra ele, sabe que nossa mãe têm várias.

Tae - Já peguei... Mas, como fez isso?

Lais - Isso o quê?

Tae - Isso aparecer? Acho meio que impossível fazer feitiços mas, você faz.

Lais - Só... faço. Agora tenho que falar algumas palavras. Já colocou?

Tae - Bem aqui.

Sinto sua mão sobre a minha e a pôr sobre a borda do espelho.

Tae - O que vai falar, menina? E cuidado, viu?

Lais - Tá tudo bem. - Suspiro, fechando os meus olhos e me concentrando. - Senhora da Lua. Você que tudo vê e tudo sabe. Consagro este espelho com teus raios brilhantes e clamosos, para que me guie dentre minha magia e minha vida.

Com palavras, a densidade que estava sentindo reparou para as minhas mãos, num formigamento. Junto á essa densidade, toda área em volta dos meus olhos começou a doer, sentindo a região aquecer e algo escorrer por eles e descer pelo meu rosto, como se fosse lágrimas.

Tae - Não... Pode parando.

Sinto algo sobre meu rosto, a pouco o deixando a baixo do meu rosto.

Tae - Não precisa dizer que está doendo.

Lais - E-está. - Respondo com dificuldade, ainda sentindo a sua dor e o línquido quente escorrer pelo meu rosto.

Tae - Então para, por favor.

Atrás dos meus olhos ainda ardiam, mesmo com o passar dos minutos, aquilo não passava.

Tae - Thais disse para não fazer, também disse.

Lais - Agora vai ficar falando isso pra mim...? - Puxei o espelho, querendo de todos os sentidos poder ver o que ele pode me mostrar. - Tae... o que você vê?

Tae - Só nuvens brancas e cinzas se mexendo, mas são pouco visíveis...

Lais - Eu consegui? - Perguntei em dúvida.

Tae - Ainda pergunta, seus olhos sangraram outra vez. - Dizia num tom de choro.

Lais - Não precisa ficar assim... e-eu estou bem. Agora... me mostre...

Tae - Pensa duas vezes.

Lais - Me mostre o que tenho em mente... - Pensava em ver Christian escrevendo a tal da Carta para Luna. - Tae... eu sei que tá acontecendo uma coisa, sinto algo nas minhas mãos.

Tae - As nuvens começaram a se mexer.

Sinto o objeto, lentamente, ficar mais leve entre as minhas mãos, tanto que aos poucos o mesmo foi se soltando delas indo para cima.

Tae - Essa coisa voa também?

Lais - Ele está parado?

Tae - Aham... - Suas mãos apertaram meus braços. - Jesus!

Lais - O que foi? - Perguntei, querendo mais que nunca ver.

Tae - O... o Jimin...

Lais - Imaginei o Christian... é o Christian.

Tae - Eu só conheço um Christian, e ele é mais alto e loiro.

Lais - Me fala o que ele está fazendo? Por favor.

Tae - Ele está chorando e escrevendo numa folha, sentando numa mesa... - Explicava, mas deu uma breve pausa para assistir o que acontecia no outro lado. - Ele se levantou e deixou a carta.

Lais - Consegue pegar?

Tae - Ficou doida? Se ele ver? E se é que conseguimos.

Lais - Não custa tentar. Por favor, Tae, preciso ver o que tem nessa Carta.  E se ela disser como ela Luna sumiu...? Em?

Tae - Vou tentar, mas não prometo nada... - Tirou suas mãos do meus braços e foi na direção do espelho. - agora você, vem aqui... Nossa, que estranho.

Lais - Já está com a mão dentro?

Tae - Isso saiu bem errado.

Lais - Eu sei.

Com os segundos se passando, começo a balançar minhas pernas por ansiedade.

Lais - Então?

Tae - Espelho vai mais um pouco para frente... Eita!

Lais - Pegou?

Tae - Sim...

Lais - Lê ai mesmo.

Tae - Como?

Lais - Lendo, possivelmente escreveu em coreano.

Tae - Um coreano antigo...

Lais - Mas é coreano!

Tae - Vai ser fácil trazer ele pra cá.

Lais - E se causar um efeito borboleta? Já viu filmes sobre viagens no tempo?

Tae - Já, mas é uma carta.

Lais - Já viu Doutor Estranho? Quando ele tá vendo uma folha usando a Joia do Tempo e apareceu uns troço na frente dele. Isso é como mexer no tempo, tirar algo que pertence ao tempo, pode causar algo ruim.

Tae - Tá, espera...

Lais - Então...?

Tae - Escritas bem lindas, Lais.

Lais - Lê miséria?

Tae - Minha Linda Luna... agh, isso é tão meloso.

Lais - Tenha uma namorada e vai descobrir.

Tae - Como você?

Lais - Continua.

Tae - Me deixastes... - Parou de ler, pois escutamos passos. - Ele está vindo.

Lais - Logo agora?

Tae - Pronto.

Lais - Que saco. - Caminho para frente, e com a certeza de que ele estava por ali, estendo minhas mãos pra cima para o pegar, mas paro quando ouço alguém falar: " Ãnh "?. Jesus...

Tae - ELE É MUITO PARECIDO COM O JIMIN!!!

Lais - Cala a boca, filha da puta!

Christian - Luna?

Lais - Fudeu.

Christian - Luna!!

Tae - Fecha o espelho! Ele tá vindo! - Tomou o espelho das minhas mãos.

Apenas ouvi o barulho de algo ser caído na água com força.

Tae - Ele viu a gente.

Lais - Da próxima vez...

Tae - Lais...

Lais - É sobre a Luna... só tenho que... ver.

Tae - Lais...

Lais - Oi?

Tae - Eu... acho que não vai ter uma próxima vez... - Explicou com hesitação.

Lais - Não me fala que quebrou o espelho?

Tae - Não é bem quebrar... mas é... sumir.

Lais - Ãnh?

Tae - Só tem a borda dele no fundo da banheira.

Lais - Falha-me Jeová da Glória!

Lais Off

Yngrid On

Yngrid - Eu tô indo! - Dou passos largos e apressados até a porta.

Marcela - Yngrid!

Paro de frente à ela, mas não viro para minha mãe, vendo um sorriso crescendo no rosto dela, me deixando confusa.

Marcela - Tenha um bom dia na Universidade.

Yngrid - Hmm? - Franzi, desconfiado. - O quê... Você tá deixando que eu vá pra aula?

Marcela - Você tem que ir, mais tarde vamos para a Psicóloga, depois, se quiser, pode ir ver suas amigas, mas sem ficar tão tarde da noite, está bem?

Yngrid - Tá... tá sim. - Respondo meio desvairada, apalpando a porta para encontrar a maçaneta e abrir a porta. - Até mais tarde.

Marcela - Até.

Saí de casa, anestesiada, já vendo o carro da Thais, com as duas dentro, em frente de casa. No caminho até elas, ainda estava confusa que mal falei com elas.

Thais - O que tem? Aconteceu alguma coisa?

Yngrid - Não... pela primeira vez que tudo aconteceu, ela deixa de boas eu ir pra Universidade.

Lais - Milagres existem e falando em milagres... meus pais acharam uma " solução " pro meu problema.

Thais - Sério, isso é bom. - Respondeu, voltando a dirigir.

Lais - Mais ou menos, eles precisam fazer exames em mim pra saber da minha saúde.

Thais - Melhor ainda.

Lais - Mas querem tirar partes de mim, Thais... como meu sangue, meu rim..

Yngrid - O quê?! - Seguro nos assentos para me puxar a ir para frente, ficando entre os dois assentos para encará-la, assustada.

Lais - O rim é uma brincadeira, mas se acontecer algo com meu sangue? E se quiserem ver algo mais em mim?

Thais - Na Universidade têm laboratórios de medicina, não tem?

Yngrid - Lógico que sim... Thais.

Thais - Vamos pedir ajuda pro Namjoon, se isso for te relaxar.

Lais - Não relaxa... também fiz o troço ontem.

Thais - Você ficou louca?!

Lais - Eu sou retardada... meus olhos não param de doer, foi difícil esconder isso do Tae.

Yngrid - Sangrou outra vez?

Lais - Sim, mas foi pouco, umas gotas.

Thais - Eu disse pra não fazer... - Respondeu, suspirando logo depois. - Descobriu algo sobre essa Carta?

Lais - Não... só usamos uma vez e ela sumiu na água.

Thais - Você não vai fazer isso outra vez.

Lais - Só depois que eu fizer essa cirurgia... se der certo?

Yngrid - Vai dar certo, vai por mim.

Lais - Torço pras duas também.

- Na Universidade -

Todos - VOCÊS O QUE?!!

Tae - Ela é teimosa.

Yngrid - Não vão começar logo agora, minha cabeça dói.

Hoseok - O espelho sumiu na água e só sobrou a borda dele. - Disse, rindo.

Thais - Isso, riam dela antes do sangrando no olho.

Jimin - O quê?

Lais - Vamos esquecer disso, vai. Joon, você pode fazer um favor pra mim?

Namjoon - Posso.

Lais - Nos deixa usar o laboratório de medicina! - Juntou suas mãos e fechou meus olhos, pedindo.

Namjoon - Para?

Thais - Fazer uma coisa... e você precisa estar presente nesse tempo.

Namjoon - Hmm... - Nos encarou, desconfiado e um sorrisinho malicioso de lado.

Yngrid - Mente poluída. - Digo, batendo minha mão na mesa e apontando para ele.

Namjoon - Mas eu... eu não. - Negou, sínico, abrindo um outro sorriso.

Yngrid - Filho da puta.

Yoongi - Isso é muito suspeito.

Tiro meu olhar possuído do Namjoon para o pôr sobre Yoongi.

Yoongi - Que foi?

Yngrid - Fica na tua, SugaSuga.

Yoongi - Nunca mais me chame assim.

Tae - O que vão fazer?

Lais - Coisas.

Jungkook - Aí depende do tipo de coisas que são.

Yngrid - São coisas!

Ouvimos o sinal tocar e todos nós levantamos.

Yngrid - Vamos te encontrar no final dos nossos horários, beleza. - Aviso à eles.

Namjoon - Beleza.

Voltamos para o prédio ao lado, nos separando para irmos às nossas salas. Chegando, encontro Balvin que estava sentado no seu lugar de sempre.

Yngrid - Oi. - Digo, me sentando do seu lado.

Balvin - Oi. Está bem?

Yngrid - Na medida do possível, sim. - Arrumo minha bolça sobre a mesa.

Balvin - E suas dores? - Tirou seus olhos do seu livro para mim. - Continuam fortes?

Yngrid - De hora em hora. - Retribuiu o olhar. - Por quê? 

Balvin - Só queria saber.

Yngrid - De nada.

{ Quebra no tempo }

- No refeitório -

Estava deitada no gramado e olhando para o céu, com as duas sentadas do meu lado.

Thais - Agora... - Bateu sua mãos sobre a mesa. -, que você tinha o espelho que tudo vê...

Lais - Agora não temos mais ele.

Thais - Pra quê foi me lembrar?

Lais - Sorry.

Yngrid - Não foi sua culpa, foi do Taehyung que colocou o espelho de volta na água.

Lais - Procurei no Livro se tinha uma explicação e encontrei.

Thais - Qual?

Lais - Não podíamos ter colocado o espelho no lugar de nascença dele, ou seja, na água da banheira.

Thais - Que poético.

Yngrid - E onde será que os meninos estão?

Lais - Que seja. - Se levantou, com ajuda da sua bengala. - Eu vou ir pra minha sala.

Thais - Eu levo você.

Lais - Precisa não, eu sei ir sozinha. - Passou por nós e caminhou tranquilamente até os degraus, subindo eles sem preocupação e ir até a entrada do corredor.

Yngrid - Nem parece que não pode enxergar. - Comento, acompanhando ela com o olhar até entrar no prédio.

Thais - Mas quem vê de fora, estranha. Como todo mundo dessa Universidade: " Ela não estava cega "? - Imitou nossos colegas.

Yngrid - Deixem que fale, não é problema de ninguém.

No momento em que bate o sinal, fui para a Biblioteca. E por lá, sim, senti a dor na cabeça voltar que me apoiei nas estantes.

Yngrid - Calma... calma. - Dizia para mim mesma

Carol - Yngrid?

Yngrid - Ah! - Calmamente, me viro para ela, passando minha mão na cabeça. - Carol.

Carol - Esta bem? - Perguntou, preocupada.

Yngrid - Estou... estou sim. - A dor que me fazia fraca, mal me deixava responder.

Carol - Vem, precisa se sentar.

Ela pois meu braço por cima do seu ombro e segurou na minha cintura para me guiar até uma das mesas ao fundo da biblioteca. Me ajudou a sentar sobre a cadeira e se sentou do meu lado logo depois.

Carol - Tomou seus remédios?

Yngrid - Quando eu não deixo de tomar? - Respondo, nos fazendo rir.

Carol - Espero que você melhore logo.

Yngrid - Carol, eu não quero falar sobre o meu estado de espírito que às vezes se libera do meu corpo... - Respiro fundo e encaro a garota. - Como vai você? Nem conseguimos conversar direito.

Carol - É, com tudo que eu preciso fazer, ajudando o Fábio. Mas isso me ajuda sabe.

Yngrid - As coisas com a sua mãe não estão bem?

Carol - Estão indo para melhor, na verdade, mas ainda sinto uma tensão entre nós... ainda mais com meu padrasto. Eu juro que tento da melhor forma possível e aqui, eu me relaxo.

Yngrid - Estando do lado daquele homão da porra, tudo parece mais relaxante. - Digo, abrindo meu sorriso psicopata maliciosa para ela, a olhando endiabrada.

Franziu sua feição ao ver a minha, se inclinando pouco para trás, assustada.

Carol - Seu olhar... eu juro que nunca mais vou querer ver ele outra vez.

Yngrid - Filha, tu pode se acostumar! Porque, todos vão ver essa belezinha aqui! - Sorrio, apontando para meu rosto. - Mas... é sério... Ainda, neh.

Carol - Yngrid - Pôs seus livros sobre a mesa e arrastou sua cadeira para se aproximar mais de mim. -, eu não consigo!

Yngrid - E as nossas conversas, rapariga?!

Carol - As conversas são as conversas.

Yngrid - Um conselho: Pega aquele homem de jeito quando estiver sozinha com ele!

Carol - Não. - Negou, mas logo parou ao olhar para algo atrás de mim, que a paralisou.

Yngrid - Carol, eu estou falando bem sério! Ou outra mulher vai aparecer e tirar aquele pedaço de mal caminho de você!

Carol - Y-Yngrid...

Yngrid - Sabe, eu tento, tento mesmo levantar o astral de vocês mas vocês não colaboram, porra! Assim fica difícil te defender!

Carol - Cacete, Yngrid.

Yngrid - Cacete uma pinóia, Carol! Agora eu fiquei puta mesmo! - Bato minhas mãos na mesa para levantar. - Eu vou ir até ele e contar que você...

Carol - Cala a boca! - Voou para cima de mim, e pois suas mãos por cima da minha boca.

Yngrid - Fi#$%! - Eu me debato contra ela, mas ao escutar uma voz atrás de mim, eu paro e arregalo os olhos, encarando diretamente os de Carol que não estavam tão diferentes de mim.

Fábio - Eu não queria interromper essa conversa... de novo.

Simultaneamente, nos viramos para ele com ela tirando suas mãos da minha boca.

Sorri para ele, num disfarce para limpar o meu constrangimento, e aceno.

Yngrid - Oi... Fábio.

Carol - N-nós só estávamos... conversando sobre...

Fábio - Não precisa se justificar, Carol, a sua vida pessoal não é da minha conta. - Respondeu, sem algum incomodo, enquanto vinha até a mesa e deixando algumas pastas.

Seguia ele para analisar cada movimento, tentando detectar alguma reação fora do normal, e nada.

Carol - Ah... é. - Respondeu sem ânimo.

Volto a encarar dela, dando um tapa com as costas da minha mão no seu braço.

Yngrid - Ânimo mulher!

Fábio - Eu preciso que você revise o conteúdo dessas pastas. Eu vou estar ocupado, aconselhando alguns alunos que ficaram com horários à mais.

Carol - Tá. - Respondeu, desanimada, tentando disfarçar para enquanto puxava as pasmas com sua mão.

Fábio - Está tudo bem, Carol?

Carol - Ah, sim, eu estou ótima! Não precisa se preocupar. - Responde com ironia.

Fábio - Sim. Eu preciso deles revisados antes das quatro. Pode terminar até lá?

Carol - Claro que sim.

Fábio - Ótimo. - Sorriu. - Eu vou estar esperando na sala quando acabar. Até.

Ele se retirou, nos deixando num ar confuso.

Carol - Isso é uma pista.

Yngrid - Que pista?

Carol - Ele mal se importou com o que a gente conversava.

Yngrid - É, eu percebi. - Assinto, encarando a feição tristonha dela. - Não é o fim do mundo, sabe. Ele pode ser um ótimo ator.

Carol - É melhor eu desistir.

Yngrid - Como vai desistir se você nem tentou.

Carol - E como a nossa amizade vai ficar quando eu me declarar pra ele? - Perguntou, um tanto desesperada.

Yngrid - Pensa por um lado. Ele é mais velho, tem mais experiência e mais cabeça, não vai pensar como um adolescente e parar de falar com uma pessoa só por ter descoberto que essa pessoa como dele. Na verdade, alguns da nossa idade pensam assim.

Carol - Sou meio insegura, Yngrid.

Yngrid - Não vai descobrir se não tentar... - Sorrio para ela que retribui. - Tenho certeza que ele não vai te deixar... como amiga.

Carol - Valeu.

Yngrid - De nada. Quando se trata dessas coisas, eu sou ótima no que faço! Menos comigo mesma!

Nós rimos pouco alto, mas um - sshiiiii - nos fez parar por estarmos numa biblioteca.

Carol - Agora tenha que revisar essas pastas.

Yngrid - Eu até ajudaria, mas eu tenho que estudar.

Carol - Seus estudos primeiro, Yngrid. Vá lá.

Yngrid - Já volto.

Yngrid Off

Lais On

Fábio - Aqui...

Sentia suas mãos sobre o tecido que segurava, costurando ela.

Lais - Fábio, eu disse que posso fazer isso, não se preocupa.

Fábio - Como pode fazer, Lais, se não... ah... - Suspirou. - Desculpa pela...

Lais - Isso não me incomoda, Fábio. O que me incomoda é o fato das pessoas quererem me ajudar sendo que eu posso fazer. - Tomo a agulha e o tecido das suas mãos. - Posso me virar.

Fábio - Eu ainda não compreendo como você consegue fazer isso... E fazer aquele vestido maravilho e lindo ali atrás.

Lais - Segredos jamais serão revelados. - Respondo, continuando com a costura e sorrio.

Fábio - Você atiçou minha curiosidade.

Belinda - Já terminei meu horário, Fábio. Posso sair?

Fábio - Sim... Pode deixar as coisas aí, depois eu arrumo.

Belinda - Claro. Lais, saiba que eu te admiro muito por... realmente tentar. Nossa, como você é linda! - Diz, rapidamente, que mal entendi.

Fábio - Belinda, fecha a boca.

Belinda - Tá, desculpa... Foco! Nos vemos amanhã, Lais...

Lais - T-tá bem.

Belinda - E qualquer coisa que precisar, pode me ligar, tá!

Após ouvir sua voz, ouço um estrondo.

Belinda - Ai...

Fábio - Belinda, você está bem?

Belinda - Estou. Até.

Fábio - Até amanhã.

Lais - Ai... - Fecho os meus olhos, constrangida. - Desculpa por isso, Fábio. Ela sempre me chama de linda.

Fábio - Não é atoa que chama atenção de todos que olham pra você.

O silêncio tomou a sala, nos fazendo lembrar do episódio da sua confissão.

Fábio - Escuta...

Ouço um arrastar de cadeira e percebo o mesmo se sentando do meu lado. 

Fábio - Aquele sentimento que tinha de você... - Suspirou. - confesso que... 

Lais - Fábio.

Fábio - Não possuo mais... mas ainda é uma menina muito linda.

Lais - Valeu. - Agradeci sem jeito.

Fábio - É só que... me sinto confuso quando olho pra você e... e outra pessoa. Não que eu esteja interessado nessa outra pessoa, não estou, mas, a forma como ela age comigo, como me olha, entrega muita coisa e, às vezes, eu te comparo comigo.

Lais - Eu devo considerar isso ruim?

Fábio - Não... não, mas é inevitável, entende. Sei que ela gosta de mim, apenas por esses detalhes que me incomodam um pouco: fico deprimido por não poder corresponder. Ela é uma garota tão legal.

Lais - E o que te impede?

Fábio - Meu sentimento, o olhar que tenho sobre ela... Apenas vejo ela como minha amiga, minha aluna, uma pessoa que confio e que me salvou de um tiro... Isso para mim é muita coisa. Apeguei um apreço por ela que não possui segundas intenções, ainda mais por conhecer a mãe dela. Quando comecei a me dar conta disso, eu espero a cada dia o momento que ela vai se declarar e-e eu não sei o que vou dizer à ela sem magoá-la.

Lais - Da uma chance.

Fábio - Não posso fazer isso.

Lais - Por quê?

Fábio - Por que... Por...

Lais - Ela ser sua aluna e que estuda na mesma sala onde você dá aula... - Respondo, voltando a costurar e sorrindo.

Fábio - Como você sabe?

Lais - Já saiu com ela? Num encontro sem você saber?!

Fabio - N-não que eu saiba.

Lais - Vocês homens são tão lentos. Eu sei que ela é a Carol, vocês ficaram muito próximos e eu fico bem feliz por isso.

Fábio - Não posso fazer isso com ela.

Lais - Por quê? Por você ser o professor e ela, sua aluna. Quando se declarou pra mim, você: " Foda-se meu cargo "!

Fábio - Eu entendo.... mas... para ser sincero, eu...

Lais - Você nada... - Suspiro, cansada. - Só tenta... abre uma brechinha, pequena que seja, mas tenta um pouco ver ela com outros olhos: prestar atenção nos olhos dela, cabelos, seus jeitos, manias, gostos, conversas que ela puxa com você. E se você não conseguir... não diga algo muito duro pra ela quando chegar o momento que ela se confessar pra você.

Fábio - Não prometo nada, Lais... mas... vamos deixar o tempo passar.

Lais - Agora ela é a minha amiga, não faça ela chorar.

Fábio - Claro... Foi bom desabafar com você.

Lais - Não têm um amigo para fazer isso? 

Fábio - Já deve conhecer a cabeça de um homem, Lais.

Lais - Nem preciso dizer... Mas, creio eu que são amigos da sua idade e não tem uma cabeça tão suja como alguns que eu conheço.

Fábio - Na verdade...

Lais - Não continue!

Após o fim do meu horário, me despedi do Fábio e saio da sala, me encontrando com a Carol no corredor.

Carol - Está saindo agora?

Lais - Da aula sim, vou ficar mais um pouco da Universidade.

Carol - E-e o Fábio... ele.

Lais - Siiim... - Assenti, sorrindo. - Sozinho...

Carol - Ãnh... - Suspirou de nervosa.

Lais - Olha, tá tudo bem... Vai com tudo pra cima dele.

Carol - Até você.

Lais - Agora eu estou atrasada. Boa sorte! - Passo por ela, continuando a percorrer o corredor e logo encontrar as meninas já indo até o laboratório.

Yngrid - Será que vai ter uma caveira?

Thais - É uma laboratória de medicina, e não de ciências! E já chegamos.

Yngrid - Caralho, meu irmão! - Exclamou, entrando na sala antes de mim.

Antes de entrar, ouço meu celular tocar, e o pego do meu bolço.

Lais - Quem é? - Pergunto, mostrando a tela para a Thais.

Thais - Layne.

Lais - O que ela quer? - Pergunto, antes de atender. - Oi.

Layne - Pode sair agora?

Lais - Como assim?

Layne - Eu tô no campos da Universidade, esperando vocês.

Lais - Não vai dar pra gente sair agora, temos uma coisa pra resolver.

Layne - Pelo amor de Deus, Lais, me ajuda! - Pediu, desesperada.

Lais - Eu num tô entendo...

Layne - Só sai... quero conversar com um alguém se não vou explodir!

Lais - Espera uns minutos que eu saio.

Layne - Aí depende dos minutos que você vai demorar.

Lais - Só espera! - Desliguei. - Ela quer que eu vá conversar com ela.

Thais - Mas precisamos de você.

Namjoon - Tudo pronto. Podem entrar... YNGRID, NÃO TOQUE AÍ!!

Thais - Ótimo, temos mais alguns minutos com a Lais aqui.

Yngrid - Venha, Senhora.

Suas mãos pegaram as minhas, prontas para me puxar pra dentro da sala, onde me colocou sentada numa especie de poltrona.

Yngrid - Faça rápido.

Namjoon - Só tem problema.

Thais - E qual é?

Namjoon - Eu não sei o que vocês querem.

Lais - Meus pais querem que eu faça alguns exames para poder fazer uma cirurgia nos olhos.

Namjoon - Isso é mal. Onde é o lugar?

Lais - Não sei, Tae deve saber, pergunta pra ele depois. Mas ele disse que nesse lugar, para poder fazer uma cirurgia, devem fazer exames primeiro.

Namjoon - Se for no lugar que estou pensando... fudeu pra você.

Thais - Ótima ajuda, Namjoon.

Namjoon - É um centro famoso por aqui, um lugar que muitos do meu curso vão querer trabalhar depois que se formarem. Lá eles tem de tudo, e também um lugar perigoso pra vocês.

Lais - Ótimo, não ajudou em nada só piorou.

Yngrid - Fala que tem salvação, porque se ela for fazer essas exames, a casa caiu.

Namjoon - Aqui tem o necessário para fazer exames.

Thais - Que Universidade mais verdadeira, em?

Namjoon - É sim. Lais, primeiro temos que tirar uma amostra de sangue.

Lais - Só pra começar?

Namjoon - Sim.

Lais - Mas a Layne tá lá fora me esperando.

Namjoon - Ela vai ficar lá por algumas... mais... minutos. Foi mal, isso demora mesmo.

Yngrid - Eu ligo pra ela.

Lais - Isso vai doer?

Namjoon - Depende da sua sensibilidade.

Lais - Tá bem frágil. - Respondo num choro.

Namjoon - Então vai doer.

Lais - Hhmmm.

Thais - Tudo bem, eu fico aqui com você. - Sua mão segurou a minha.

Namjoon - Se isso funcionar e não aparecer nada de anormal, você vai poder fazer os exames tranquilamente.

Lais - Aham.

Lais Off

Layne On

Layne - Lais, anda logo, não tenho muito tempo! - Digo, andando de um lado para o outro, ansiosa.

Yoongi - Oi.

Layne - AH! - Dei um mini pulo para trás e me viro para ela. - Nunca mais faça isso, Min Yoongi!

Yoongi - Foi mal. Foi mal. Mas me surpreendeu sua presença nesse lugar. - Abre um sorriso sorrateiro de canto. - Por acaso veio me ver?

Layne - Claro que não, Min Yoongi! F-foi só duas vezes e tchau! - Respondo meio alto, tentando disfarsar meu nervosismos por ele estar ali.

Yoongi - Por que está nervosa?

Layne - Não tô nervosa, não sei de onde você tirou isso? - Cruzo meus braços, desviando meus olhos para os olhar, tentando ao máximo não olhar para ele.

Yoongi - Então, o que faz aqui?

Layne - Conversar com Lais, algum problema?

Yoongi - Não... nada, você faz o que quiser da sua vida, garota mimada.

Layne - Agora sou uma garota mimada? - Encaro ele, erguendo minha sobrancelha.

Yoongi - Sim... gosto de te provocar, mimadinha. - Diz, se inclinando para mim, deixando sua voz rouca.

Pela aproximação, meu corpo todo se arrepiou e senti o famoso frio no estômago.

Layne - Te odeio.

Yoongi - Bom saber que me ama.

Layne - Sínico! - Rosno, olhando dentro dos seus olhos por segundos, que foram os suficientes para me deixar concentrada apenas nas suas órbitas escuras, intensas e tão brilhares. Então, lembrei dos meus pensamentos que há tempos estavam na minha cabeça, que agora, encontrando ele apenas uma única vez ao dia.

Yoongi - Para de me olhar assim. - Diz, incomodado, desviando seu olhar de mim para o gramado.

Layne - Por quê?! - Pergunto, sorrindo zombeteira.

Yoongi - Seu olhar mexe comigo. - Responde após um longo suspiro, voltando a me encarar.

Layne - Hm... Legal. - Virei meu rosto para o outro lado, fingindo não me importar.

Yoongi - Nos vemos depois.

Layne - Espera! - Grito, com o mesmo que me olhou curioso, e com sorriso no rosto. - Por que tá sorrindo?

Yoongi - Eu sinto que vai me fazer uma pergunta bem interessante.

Layne - Bom... é quase uma pergunta.

Yoongi - Prossiga, sou todo ouvidos...

Layne - Eu... - Mal começo e fechei os meus olhos, negando com a cabeça.

Yoongi - Você...?

Layne - Eu quero...

Estando prestes à dizer, meu celular toca.

Layne - Salva pelo gongo! - Comemoro e ponho minha mão dentro do meu bolço para pegar meu celular.

Yoongi - Se for assim, melhor me dizer outra hora, Gatinha. - Sussurrou em tom rouco e sorri com minha reação. Passou por mim para ir até a Universidade, deixando meu coração batendo descontroladamente.

Layne - Para com isso! Sua Puta! - Levo minha mão até meu peito, batendo levemente no lugar. Logo depois, atendi a ligação. - Oi, Yngrid!

Yngrid - Não vai dar pra vocês se encontrarem.

Layne - Por quê?!

Yngrid - Tem umas coisas acontecendo que... bem... complicadas.

Layne - Eu entro, posso adiar umas coisas e tirar o meu dia de folga. - Digo, começando a ir na direção do lugar. - Onde cêis tão?

Yngrid - No Laboratório medicinal.

Layne - Alguém se machucou?

Yngrid - É só... vem aqui logo, mulher!

Layne - Já tô chegando! - Desligo a chamada continuando a ir até o prédio, perguntando para algumas pessoas que passavam por mim em qual direção estava o laboratório. Segui o caminho pelos corredor extensos até passar por uma porta e ver as meninas junto ao Namjoon: Lais estava sentada e com uma agulha no braço. - O que é isso?

Lais - Uma história bem longe que eu não quero contar. - Responde, com os olhos fechados.

Layne - Vocês estão bem? Faz algum tempo que não nos víamos.

Thais - Muitas coisas acontecendo, Layne.

Layne - Eu sei... e não posso fazer nada pra ajudar.

Lais - Só ficando com a gente tá de bom tamanho... ai. - Dizia em quase choro.

Namjoon - Não se mexa muito.

Yngrid - Precisa de tudo isso pra fazer um exame?

Namjoon - Precisa.

Lais - Por que queria falar comigo, Layne?

Layne - Namjoon, você não vai contar nada pra ninguém! Beleza!

Namjoon - Depende.

Layne - NAMJOON!!

Namjoon - Está bem... não conto.

Thais - Não me fala que é pela sua festa?

Layne - Claro que não... quase. Vocês são as amigas mais confiáveis que eu tenho na vida, por isso que eu quero que vão, já disse isso né?

Yngrid - Sim... - Estendeu um saco que segurava na mão. - Bolinho?

Layne - Agradecida. - Fui até ela e peguei o bolinho, apressando para o morder. - Também, Lais, eu amei o vestido que fez pra mim. Não sei como fez, mas... porra.

Lais - De nada. Foi só por isso?

Layne - Não... na minha festa barra baile, eu quero que todos os meus convidados vão com um par.

Thais - Estou fora.

Namjoon - Nem é assim, Thais.

Thais - Minha relação com Christian está mais no poço junto da Samara, então vou sozinha.

Layne - Como minhas damas, precisam estar acompanhadas.

Lais - Posso ir com UMA acompanhante. De preferencia alguém que não seja no nosso convívio social?

Thais - Belinda...

Lais - Como é?

Thais - Não é segredo pra ninguém que ela tem um crush em você.

Lais - É eu sei... mas ela é do meu convívio social.

Yngrid - Ela tem amigas... e uma delas é da minha sala, e já me perguntou se você tinha um alguém. É bem suspeito, não acha?

Lais - Nem sei quem é.

Layne - Vai, não tenho que mandar em nada.

Yngrid - Vamos agilizar as coisas aé, né?

Lais - Layne, e o seu par...?

Layne - Prefiro não responder sua pergunta. - Cruzo os meus braços, encarando o chão.

Lais - Já sei, Min Yoongi.

Namjoon - Olha a Terceira Guerra Chegando! KABOOM!!

Layne - Isso não tem nada a ver... Yoongi e eu, não combinamos.

Yngrid - Mas na guerra, sim, combinam.

Layne - Por mais que seja atraente, cante bem... - Digo e elas me olharam com cara de espanto. - Pelo amor de Deus, Putas!

Namjoon - Pode se abrir Layne, vai.

Olhei para ele com minha sobrancelha levantada.

Namjoon - Ou então não.

Layne - Não sei, meninas... ele e eu discutimos... muuuuito, mas, é isso que me faz querer ficar perto dele.

Yngrid - Mais uma.

Layne - Ele tem se mostrando ser mais... - Tentava completar, mas acho que empaquei.

Thais - Ser mais...?

Layne - Diferente e de uma certa maneira... carinhoso mas de um jeito bruto que só ele tem... - Explicava, tendo a imagem dele na minha cabeça e sorrindo feito uma boba.

Lais - Ele nunca é carinhoso.

Yngrid - Vamos ligar para ele.

Layne - NÃO!!

Yngrid - Por que não?

Lais - Pra quê você vai ligar pra ele?

Yngrid - Pra trollar a Layne.

Layne - Pode me tirar dessa história aí!

Yngrid - Shiiuu.

Layne - Não quero.

Yngrid - Eu vou ligar. - Pegou o próprio celular.

Layne - Tu num é doida.

Yngrid - Minha filha, se tu me conhecesse direito...

Pego o celular da sua mão e me afasto.

Yngrid - Devolve.

Layne - Não!

Yngrid - Ele não vai te matar se ligar, sabia?

Layne - Então reza pra Deus que vou ligar! - Começo a digitar o número dele, depois coloco o celular na orelha.

Namjoon - No fundo você tem vontade de falar com ele, né.

Layne - Cala a sua boca, Namjoon.

Thais - Está chamando?

Layne - Está. - Respondo, nervosa.

Yoongi - Oi.

Layne - AAII!! - Desliguei de supetão ao ouvir sua voz, que quase derrubei o celular no chão.

Yngrid - Doida. Por que desligou na cara dele?

Layne - Nervosismo, talvez. Vergonha na cara.

Thais - Liga de novo.

Layne Off

Yoongi On

Controla as músicas que passava na rádio enquanto conversava com Hoseok, até sentir meu celular tocar.

Hoseok - Yoongi, eu posso mexer... - Apontou para a mesa de controle.

Yoongi - Nem morto. - Pego meu celular do bolço e vejo que Yngrid era quem me ligava, resolvendo atender logo depois. - Oi.

Layne - AAAH!!!

Com seu grito, quase solto meu celular pelo susto, percebendo que a mesma desligou a chamada.

Yoongi - Essa menina é maluca mesmo.

Hoseok - Que foi?

Yoongi - Yngrid me liga e desliga na minha cara... mas nem parecia ser o grito dela.

Hoseok - Por quê?

Yoongi - E você pergunta para mim?

Hoseok - Liga de volta.

Yoongi - Devo?

Hoseok - Min Yoongi, com medo de ligar para uma garota, te desconheço.

Yoongi Off

Layne On

Layne - Meninas!! - As chamo, ouvindo o toque do celular e vendo que ele me ligava de volta.

Todas - Oi.

Layne - Yoongi, tá ligando.

Yngrid - Atende, porra.

Layne - Não quero atender.

Yngrid - Me dá essa porra aqui!

Dei o celular para ela que atendeu, arrumou seu cabelo antes de pôr o aparelho do lado da orelha.

Yngrid - Oiii, Suguinha.

Yoongi - Por que me ligou?

Yngrid - Aahh... é que...

Yoongi - Perdeu a língua?

Yngrid - Layne...

Corro até ela e pego o celular da sua mão e o tampou com a minha.

Layne - Tá besta, sua Puta?

Yngrid - Para de frescura no rabo. Me dá isso aqui! - Se levantou para vir na minha direção. Também me levantei e me afastei. - Layne!

Layne - NÃO!! - Saí correndo da sala e continuando no corredor.

Yngrid - Layne, me dá isso aqui!!

Nós duas começamos a correr uma atrás da outra.

Layne Off

Yoongi On

Yoongi - Yngrid? - Pergunto por ela e tudo que escuto são chiados e gritarias das meninas.

Hoseok - E agora...?

Yoongi - Uma gritaria... - Respondo, tirando meu celular da orelha para poder ver a tela.

Hoseok - Ah... - Respondeu em suspiro, nervoso.

Yoongi - Hoseok, você está bem? - Pergunto, sem desviar meus olhos da tela do celular e ainda ouvindo os gritos.

{ Dentro da ligação }

Yngrid - LAYNE SUA PUTA!! ME DÁ O CELULAR, AGORA!!!

Layne - EU NÃO VOU TE DAR NADA!! SEI QUE O CELULAR É SEU, MAS AGORA NÃO É O MOMENTO APROPRIADO PRA VOCÊ FICAR COM ELE!!!

{ Fora da ligação }

Franzindo enquanto ouvia, pois ouvia suas vozes dublicadas.

Yoongi - Tá dublicada. Você ouve, Hoseok?

Hoseok - Ãnh... não, huhum! - Negou, freneticamente, olhando algo atrás de mim.

Yoongi - Briga de garotas, adoro. - Sorri e volto a pôr o celular na orelha para ouvir.

Layne - Eu acho que a gente pode parar de ficar correndo, feito duas Vakas lokas no meio do corredor da sua Universidade!

Yngrid - Com uma condição!

Layne - Qual?

Yngrid - Você fala o que quer com o Yoongi.

Yoongi - Elas não estão percebendo que estão falando Inglês? Oi meninas, eu estou ouvindo...!

Yoongi Off

Layne On

Layne - Que merda, em!

Yngrid - Vai falar ou não?

Layne - VOU SIM!! - Pus o celular de volta ao lado da orelha. - Oi, SugaSuga.

Yoongi - Escutei meu nome, não só o meu nome como uma discussão inteira. O que vocês estão fazendo?

Layne - V-você estava ouvindo?! - Perguntei, assustada.

Yoongi - Tudo, até porque, estavam discutindo numa língua que eu entendo... das brigas.

Layne - Que parte?

Yoongi - A parte que Yngrid fala que você tem que falar alguma coisa comigo. Posso até desconfiar que seja a mesma coisa que queria me contar no campos mas seu nervosismos não permitia. É confuso, vindo de uma garota marrenta que diz que não gosta de mim.

Layne - Para de tirar uma com a minha cara, Yoongi! E sim... - Respondo, sentindo meu coração bater forte. -, tenho mesmo.

Yoongi - Fala, Mimada...

Tirei o celular do ouvido por um instante.

Layne - Ele me chamou de mimada! - Digo, raivosa.

Yngrid - E só por isso você fica assim? - Perguntou, apoiada sobre a parede e me olhando, rindo.

Layne - Sim, me dá vontade de passar a cara dele no asfalto! Mas ao mesmo tempo dar beijos.

Yngrid - Que melosidade. - Revirou os olhos e se afastou da parede para sair. - Vou deixar os dois sozinhos.

Layne - Tá... - Deixo ela ir primeiro para continuar a falar com ele. - É que... eu queria saber, se você quer ser o meu par para a minha festa...

Quase dou um salto ao ouvir os gritos das meninas de dentro da sala: - AAAALELUIIIAAAAA, SENHOOOOR!!!

Layne - Querem calar a boca, Disgrama!!! - Grito, mas volto a dar atenção para ele. - Yoongi... fala alguma coisa, pelo amor da minha Jesuissa!

Layne Off

Yoongi On

Hoseok - O Yoongi, você está bem, cara?

Fico imóvel com o celular, processando o que ela tinha proposto, sentindo o como quanto aquilo mexeu tanto comigo que meu sorriso não se desfazia do meu rosto.

Hoseok - Que sorriso é esse, Yoongi?

Yoongi - Nada. - O respondo, coçando minha cabeça.

Hoseok - O que ela falou? - Perguntou, tirando seu celular o bolço e o dar atenção, antes de arregalar seus olhos.

Yoongi - Se eu queria ser o par dela na festa de aniversário.

Hoseok - Fala que aceita, idiota! Fica aí parado sem falar nada.

Yoongi - Layne, ainda está aí?

Layne - Sim. Então. Aceita?

Yoongi Off

Layne On

Yoongi - Aceito.

Layne - Aceita... - Ao ouvir, a felicidade me impregnou e não me fez desfazer o sorriso tão cedo, mas logo trato de me conter e a voltar a ser a Layne que conhecia. -, é melhor mesmo, não iria aceitar um não.

Escuto mais uma vez os gritos vindos de dentro da sala.

Yoongi - Ai caralho.

Layne - É... dá pra ouvir dai, né?

Yoongi - Pelo menos temos uma plateia.

Namjoon - E QUE PRATEIA!!

Yoongi - Hmm? Você está do lado deles para escutarem?

Layne - Eu não... Suas Puta, parem de gritar! - Grito para elas e depois volto a conversar com ele. - SugaSuga.

Yoongi - Fala.

Layne - Você... depois você me encontrar para vermos o seu terno.

Yoongi - Terno?

Layne - Sim. Você acha que vai com qualquer roupa?

Yoongi - Não. Mas tem que ser com terno?

Layne - Sim.

Yoongi - Então, depois a gente vê para resolvermos isso.

Layne - Tchau. Estou desligando.

Yoongi - Já deveria ter desligado... Ah, essa não...

Layne - Que foi, Yoongi? - Pergunto, preocupada.

Yoongi - Hoseok!

Hoseok - Desculpa, eu meio que nos coloquei no ar! Não foi a minha intenção!

Layne - Como é que é?! - Grito, surpresa. - A gente está no ar agora?

Yoongi - Agradeça ao Hoseok por todos estarem ouvindo nossa conversa...

Layne - Agora todos ser testemunhas que quando eu encontrar o Hoseok, eu irei matá-lo! Ate, Yoongi! - Desliguei a ligação, e mesmo envergonhada, irritada com o fato das pessoas terem ouvido o meu pedido, eu sorria feito uma boba, sentindo meus pés fora do chão.

Yngrid - Uuuhh!

Paro em frente à porta, encarando cada um deles que me encarava num sorriso debochado de canto.

Layne - Ouviram tudo, não?

Yngrid - Bom... não só a gente como umas duas mil pessoas. - Assentiu ao me dizer, olhando para a tela do celular da Thais. - É... E depois que desligaram, os números aumentaram e agora você está nos assuntos mais comentários do twitter e também no site da rádio. Nossa, mulher, tu é conhecida mermo pra ficar nos assuntos mais comentados.

Arregalo meus olhos e perco o movimento das minhas pernas que me faz trombar para frente, mas me sento numa cadeira, totalmente em choque.

Layne - Puta que pariu!

Yngrid - Agora todo mundo vai se iludir com um possível relacionamento com você e o cara do rádio, que no caso, é o nosso amigo: Yoongi... Que agora está mais conhecido como SugaSuga. - Zombou, começando a rir junto dos outros.

Layne - Ilusão... - Encaro eles. - A minha ilusão tá guardado no cofre de diamante lá em casa, querida.

Yngrid - Uma frase que vai para meu comentário apoiando a causa.

Thais - Você tá na minha conta.

Yngrid - Ótimo, vou poder fazer duas campanhas! Dizendo que sou amiga próxima dos dois e com certeza, vou atualizar todos seus fãs sobre tudo que acontecer com vocês! - Explicou, digitando rapidamente com um sorriso largo.

Layne - Eu tô perdida. - Fixei meus olhos para o nada, com um turbilhão de pensamentos na cabeça e entre eles, estava um que me dizia que estava fudida. - Eu já prevejo a imprensa no meu pé... e pior, o Adam.

Thais - Como queria ver a cara do Yoongi.

Namjoon - Não é só você.

Layne - Ele vai matar o Hoseok.

Lais - Já acabou aí, Namjoon?

Namjoon - Ainda faltam mais, desculpa.

Layne - Se pudesse fazer alguma coisa... - Disse pra mim mesma encarando a Lais, tendo na mente que eu podia fazer algo. - É... isso.

Yngrid - Tá falando sozinha? Agora a fama tá mexendo com a sua cabeça, miga? Yoongi mexeu deveras com você.

Layne - Eu preciso ir. - Ao me levantar, escuto meu celular tocar. - Já prevejo a desgraça.

Lais - Agora? Literalmente, você acabou de chegar.

Layne - E, literalmente, deu merda e agora preciso ir. Depois a gente se fala! - Me virei para a porta.

Yngrid - O Puta! Meu celular!

Layne - É mermo! - Voltei até ela e entreguei o celular. - Adiós!

Saio correndo pelos corredores, enquanto procurava o número do Taehyung para ligar para o mesmo.

Tae - O que foi?

Layne - É assim que fala comigo?

Tae - Você não é muito de me ligar.

Layne - Sinto muito por ter uma vida bem ocupada em plenos 16 anos!

Tae - Fala o que quer?

Layne - Me ajudar.

Layne Off

Lais On

Lais - Dois dias até ficarem prontos. - Digo à ele ao me sentar do seu lado.

Tae - Por que não me disse?

Lais - Pensei que você ia negar.

Tae - Não ia, até porque, não encontrei ninguém.

Lais - Que pena.

Tae - Pena, se nesses exames que o Namjoon faz não sair nada de anormal, você pode fazer os exames lá e fazer a cirurgia.

Lais - Mas Namjoon disse que lá é arriscado pra nós. Quando digo nós, quero dizer, eu e as meninas.

Tae - Nada vai acontecer, vai ver. Deve estar com fome, ficou quase o dia inteiro na Universidade.

Lais - Quero lámen.

Tae - Apimentado?

Assenti.

Tae - Espera aqui.

Lais - E onde ia?

- Na universidade -

Lais - Obrigada, Carol, por me ajuda com o outro vestido da Layne. - Agradeço, sentindo tocar a minha.

Carol - De nada. 

Lais - E você é convidada também. Vai pra festa?

Carol - Tem que ir com par.

Lais - Não sabe com quem vai?

Carol - Não, e você?

Lais - As meninas me falaram que a Belinda tem um " Crush " em mim. Nem notei, sabia? - Comento, irônica.

Carol - Ficou interessada?

Lais - Não falei isso...

Carol - Como amiga dela... eu altamente confirmo que ela é louquinha por você. Toda a vez que você passa, só falta babar em cima de você.

Lais - Eu também, quase babei nela quando ela chegou na sala, sabe, aquela mulher toda tatuada, quem é que não queria?! Até os meninos ficaram babando em cima dela.

Carol - Agora você pode... - Cantou.

Lais - Que dilema... - Suspiro. - Bom, podemos ir na festa barra baile juntas, que maravilha, não vou ficar sozinha!

Carol - Para isso nós temos que fazer essas vestidos... Fábio até comentou um pouco assustado sobre isso...

A sinto se aproximar de mim.

Carol - Ca, entre nós, como você faz?

Lais - Segredo.

Carol - Não diga a mesma coisa que folou pra ele.

Lais - É sério, não posso contar.

Carol - Ela está enganando todo mundo? Pode falar se estiver, não vou te incriminar. Faria a mesma coisa para observar aqueles que pensam que eu estou sem visão.

Lais - Não... é só... Como uma intuição que tenho, bizarro, né?

Carol - Tipo um super poder?

Lais - Não diria assim, mas... - Respondo com pouco medo, mas acabo continuando. - é. Não conta pra ninguém, tá?

Carol - Minha boca é um túmulo!

Fábio - Carol.

Com sua voz que estava mais alterada que o normal, me tomo num susto que pulei da cadeira, parando todos os meus sistemas.

Fábio - Desculpa.

Lais - Santa Jesus, Maria José!! - Trombo minha cabeça para frente até bater minha testa na mesa. - Acho que perdi os movimentos do meu corpo.

Carol - Lais, você está bem?

Lais - Claro! - Fiz um joia com a mão. - Continuem, fingem que nem tô aqui.

Carol - Eu posso ajudar em mais alguma coisa? Ou os meus relatórios não estão bons?

Fábio - Sim, eles estão excelentes, mas não é sobre isso que vim tratar com você... Quero falar com você às sós...

Sua voz me pareceu estar bem nervoso, era nítido para nós.

Carol - Aconteceu algo tão sério, Fábio? Nossa. - Se levantou. - Já volto, Lais.

Lais - Tenha pressa não. Eu cuido dos vestidos... - Falo, sabendo que os dois se dirigiam até fora da sala. Dou um sorriso de vitória nos lábios. - É agora, Senhor! Se acontece, a Yngrid vai pirar!

Lais Off

Carol On

Acompanhei ele pelos corredores num silêncio que me incomodava, que por dentro estava me preocupando pela sua reação séria e nervosismo ao entrar na sala. Podia sentir meu coração falhar e dar pulos brutos, querendo salta para fora do meu peito de tão tensa e nervosa que fiquei.

Descia as escadas na mesma condição, estando atrás dele: apenas encarava os seus fios negros levemente bagunçados, seus ombros que eram fortemente marcados pelo seu terno azul da prússia juntamente apertado, justado perfeitamente em seu corpo; percorria os meus olhos sobre toda a maravilha que era seu corpo esbelto, que me deixou ainda tensa e mais nervosa: minha respiração descontrolada, a quentura no meu corpo aumentando drasticamente.

Apenas me dando conta de que havíamos chego na biblioteca ao percebê-lo se virar para mim com o olhar perdido sobre os livros; se apoiou sobre a estante, soltando um breve suspiro pesado e longo, deixando suas mãos dentro dos bolsos da calça e cruzando suas pernas.

Fico de frente à ele, o olhando confusa.

Carol - F-Fábio... eu ainda não entendi.

Fábio - Eu menos ainda... - Sussurrou, ainda mantendo seus olhos longe dos meus.

Carol - Você está com algum problema que não seja o seu trabalho? Se for, pode confiar em mim... Sou sua amiga e estou para ajudar.

Fábio - Imagino que, para dizer isso... não seja nada fácil, não?

Carol - O quê? - Franzi, ainda mais confusa. Balancei levemente minha cabeça para tomar o foco. - Ah... Fábio...

Fábio - Demorou... e muito para perceber os sinais que estavam na minha cara esse tempo todo...

Pela primeira vez que chegamos, ele me encarou; era dúvida que rondava o seu olhar por baixo daqueles óculos.

Fábio - Você tinha que ser sequestrada... espancada... - Sua voz, explicava, falha, sem desviar seus olhos dos meus. - se colocar na minha frente para levar um tiro por mim... para poder ver o brilho nos seus olhos quando eles me veem.

Carol - Do que... você está dizendo...? - Tendo manter minha voz firme mas era impossível, sob seu olhar e as suas falas.

Fábio - Eu estou confuso sobre isso... sobre o que sente por mim, sobre o que eu sinto por você. Mas ontem... com a nossa saída para aquele bar, apenas piorou, admito. - Abaixou seu olhar para o chão, pensativo. - Me permitir me abrir para você, tentar te ver como uma mulher incrível que você é... eu senti um receio, um medo tão bruto que não me coube ao fazer isso, e o que mais me chocou... foi pelo fato de que eu... eu gostei do que senti.

Anestesiada, era assim que estava: tudo em minha volta, simplesmente parou, e só o que via era o meu professor à minha frente com sua voz  grave que invadia os meus ouvidos, mantendo a minha atenção toda para si: meu olhar atônito para ele, meu corpo, agora, relaxado, sem ter algo percorrendo a minha cabeça a que causou num querer de dar um passo para sua direção.

Fábio - Por que gosta de mim, menina? - Voltou seus olhares, perdidos, para mim. - Eu não sou ninguém que mereça esse tipo de sentimento... ainda mais, merecer que leve uma bala por mim... A imagem daquele dia ainda me assombra, ainda por pensar que poderia ter morrido. O que eu tenho que chame tanto a sua atenção... 

Carol - É o homem mais atencioso, calmo, companheiro, confiável, se veste bem... - Sorria ao responder, sem parar meus passos curtos e lentos até ele. -, é maravilhoso em tudo que faz, compreensivo...

Fábio - Não sou nada disso que fala. - Negou, calmamente.

Carol - S-se preocupa com seus alunos, faz um belo trabalho com...

A minha mente simplesmente parou ao me perceber estar à centímetros do seu rosto; mantive meus olhos vidrados nos seus lábios finos rodeados pela sua barba rala, os desejando como nunca que me faz morder meu lábio inferior, me imaginando tê-los nos meus.

Fabio - Não faça isso na minha frente... - Sussurrou, pondo suas mãos sobre a minha cintura, as apertando na região;

Me estremeci com seu toque, sentindo o arrepio percorrer o meu corpo ao sentir estar colado ao seu. Fecho os meus olhos ao ter a sensação da sua respiração quente e acelerada se juntar com a minha. Levo as minhas mãos pelo seu blazer, desabotoando o mesmo para me permitir as pôr dentro e poder sentir mais suas formas, que me fizeram o prensar ainda mais contra a estante e fincar minhas unhas sobre seu abdômen, ouvindo o mesmo arfar com meu toque.

Fábio - O que está fazendo?

Carol - Ah...

Acabo soltando um curto e manhoso gemido ao sentí-lo se roçar mais em mim, me apertando mais contra si: passeando suas por todas as minhas curvas até as parar, apalmando as minhas nádegas. Soltando mais um ao sentir os seus lábios selarem meu pescoço, fazendo uma trilha de selos até a minha bochecha, se aproximando lentamente da minha boca. Fincava ainda mais minhas unhas por cima de sua camisa social: as levei até seu pescoço ao mesmo apertar fortemente a minha bunda.

Fábio - Diga... agora. - Mandou, selando o lado da minha boca, antes de coçar seus lábios nos meus.

Carol - Eu sou louca por você.

Fábio - Eu sei...

Atacou a minha boca, dando início à um beijo agressivo que judiava meus lábios: prendeu o meu inferior entre seus dentes que o puxou e o sugou com vontade; fazendo o mesmo com a minha língua, mas com mais delicadeza longe dos toques das suas mãos... e das minhas que puxava os fios negros com força e arranhava sua nuca para deixar marcas na região.

Fábio - Põe essa língua gostosa dentro da minha boca.

Ao dizer, se abaixou para ficar do meu tamanho enquanto aventurou suas mãos para as minhas coxas: as apanhou para me pegar em seu colo, se virando, batendo as minhas costas na estante, me prendendo entre ela e seu corpo que dominava o meu como desejava, fazendo ele sentir sensações prazerosas, querendo mais do que simples toques ou beijos.

Carol Off

Lais On

Lais - Não deveria ter ido ver os dois... mas eu consegui!! - Comemorava, feliz, começando a dar pulos livres pelo corredor até me esbarrar em alguém que me segurou, me deixando uma sensação familiar entre sentir suas mãos em mim. Sentindo seus dedos percorrerem meu queixo, terminando em seu polegar posto sobre meu lábio. - Jimin... para com isso.

Jimin - Como consegue saber que sou eu pelo meu simples toque? - Sussurrou, ao abrir um sorriso. - É bom saber que diferencia os meus toques dos outros.

Lais - É você... por ser você. Mas se afasta. - As tiro da minha cintura e do meu rosto para poder me afastar. - Tenho que ir, antes que o Fabio me veja fora da sala.

Jimin - Queria falar com você sobre...

Melissa - Jimin, por que saiu andando me deixando sozinha?

Jimin - Fui no banheiro e me encontrei com ela.

Lais - Bom, tenho que ir para sala e terminar de fazer os dois vestidos.

Belinda - Oi, Lais. - A mesma segurou o meu braço, pegando uma mecha do meu cabeço e o pôs para trás. - Eu te procurei por todo o lugar, onde estava?

Lais - Na sala...! - Respondo quase num grito e com a voz fina, por mentir.

Belinda - E como veio parar aqui?

Lais - Uma longa história...

Belinda - Oi, gente... Eu vou levar ela, beleza?

Melissa - Pode ir, sem problemas.

Lais - Tchau.

A mesma me guiou pelo corredor, ainda segurando meu braço e tagarelando sobre seus amigos, me levando de volta para a sala.

Lais - Obrigada, Belinda.

Belinda - De nada. Carol me disse que estavam fazendo uns vestidos para alguém...

Lais - Sim, mas como ela ficou ocupada e muito provavelmente vai demorar...

Belinda - Posso ajudar?

Sinto ela se sentando do meu lado.

Belinda - Tenho mãos bem maravilhosas...

Com a plena certeza, ela disse com outro sentido.

Lais - Tá... tá bem, pode sim. - Respondo, sorrindo de nervosa. - Depois que terminar esses dois principais, vou ir até em casa pegar um vestido tão velho da minha mãe... eu tenho plano para ele.

Belinda - Renovar ele?

Lais - Sim, até fiz uns esboços de vários modelos, quer ver?

Belinda - E você... como?

Lais - Não me pergunte pois é segredo, e não poderei revelar.

Belinda - Pensei que... pela sua condição de agora não conseguisse.

Lais - Às vezes as ideias precisam ficar na mente do que em um papel... mas... eu não iria parar com os meus desenhos.

Belinda - Bela frase. Eu posso ver?

Lais - Está no meu caderno de desenhos. Tem de tudo nesse caderno, é uma pena que as folhas estejam acabando. Tenho ele há dois anos. Ele está aqui em cima.

Belinda - Já tenho ele aqui e... nossa... Você é tão boa...

Lais - Valeu.

Tendo não ligar, não saber, mas a mesma ao dizer: " Você é tão boa... ". Me comia com seus olhos.

Lais Off

Thais On

Thais - Se concentra, Thais. Você têm que fazer essa prova... Não pensa em mais nada, só foca na merda da prova! - Digo para mim mesma com os olhos fechados.

Francisca - Thais...

Forcei o lápis com meu polegar, e com o susto, acabei quebrando sua ponta. Olhei para ela com ódio.

Francisca - É que... deixa quieto.

Como era prova, podíamos sentar fora dos nossos lugares abitais. E toda a hora, desviava meu olhar da folha para Christian que estava concentrado na prova, diferente de mim.

Não podia me distrair, tinha que fazer essa prova em paz!

Ao terminar, saí da sala sentindo que não fui nada boa nessa prova. Não consegui me concentrar em nada com tudo que estava se passando comigo e essa coisa no meu rosto mal me ajudava.

O restante do tempo que tinha, fiquei na biblioteca lendo algum Livro, até vejo ele entrar e, subitamente, olhar para mim. Mas desviou ao perceber que também o olhava.

Thais - Filho da mãe. - O xingo baixo, mas tinha que tomar uma atitude, não podia deixar as coisas assim. Ele também era meu " Amigo " e sabe de tudo, mesmo eu dizendo para ele pensar no que queria, mas tudo me preocupada.

Dei mais uma última olhada quase chorando por não ser ''quase'' correspondida por ele que sai da biblioteca.

Thais - Esse tempo ele mudou muito comigo e nem me olha direito. Por isso que estava daquele jeito!

Yngrid - Tem algo beeeem suspeito aí detrás!

Levanto meu olhar para ela e a vejo pôr suas mãos na cabeça e se forçando à algo.

Yngrid - Se eu pudesse.

Thais - Nem pense em fazer isso, nós mal usamos nossos poderes por isso, você sabe.

Yngrid - Eu sei... só queria poder ajudar, vendo o que tem na mente dele.

Thais - Layne disse que os poderes estão " Afastados " de nós. Mesmo que nos esforçamos, não vamos conseguir usar.

Yngrid - Sabe o que me deixa com raiva?

Thais - Posso fazer uma lista.

Yngrid - Um delas, é que eu sinto falta daquele filho da puta! Se afastou demais da gente, nem falar um oi fala! Nem serviu falar tudo aquilo pra ele! Só gastei saliva.

Thais - É difícil deu gostar de uma pessoa e querer algo a mais com ela. É mais difícil ainda é gostar assim de alguém que foi seu amigo e ele não querer nada sério com você, e se afasta por motivos que só Deus sabe! - Coloquei minhas mãos na frente do meu rosto e o bati na mesa. - Agora posso me chamar de trouxa mais uma vez.

Yngrid - Vem aqui. - Pois seu braço por cima dos meus braço e me puxou para um dos seus abraços de urso. - Não chora por homem nenhum! Você sempre me dizia isso e agora é você quem vai chorar!

Thais - Podia imaginar isso de qualquer um menos do Christian...

Yngrid - Ele nos contou sobre a última namorada dele... 

Thais - Mas isso não é desculpa... Talvez possa ser um pouco. Também sinto falta do meu amigo Christian, daquele que se preocupava. Se eu vou chorar agora, vai ver por uma perda de um amigo precioso.

Yngrid - Aquele filho da puta do caralho!

Thais - Não precisa ficar com raiva dele por minha causa.

Yngrid - Ah, marreu fico. Ele também pode ser meu amigo, mas tem coisas que não podemos deixar passar pela goela sem dizer nada! Eu não levo desaforo pra casa, tu sabe! - Bate suas mãos na mesa antes de se levantar.

Thais - Onde vai?

Yngrid - Conversar com ele, maaaais uma vez, pra ver se as minhas palavras entraram por um ouvido e saíram pelo outro.

Thais - Não. - Seguro seu braço e a puxo para voltar a se sentar. - Fica!

Yngrid - Thais, tu sabe que se fosse a Lais, iria do mesmo jeito, né?

Thais - Eu sei, mas..

Yngrid - Eu vou dizer umas coisas na cara dele! Isso pode a vir destruir nossa amizade? Talvez, mas você também é minha amiga e não vou deixar que ele faça isso com você! Você fica aqui, mar se quiser pode pegar qualquer coisa no refeitório, que depois que voltar, vou comer. - Voltou a se levantar e se virou, pegou sua jaqueta e saiu pela saída. - Saia da minha frente!

Lais - Ai!

Yngrid - FOI MAL!

Escutava seus gritos do corredor.

Lais - Oshi... - Ela entrou na biblioteca e veio diretamente para mim. - O que deu nela?

Thais - Foi conversar com o Christian.

Lais - É treta? - Se sentou no lugar que antes era ocupado pela Yngrid.

Thais - Muito provavelmente.

Lais - Eu vou junto.

Thais - Não se atreva... Fica comigo.

Yngrid - PUTA QUE PARIU!! - Gritou ao entrar na biblioteca.

Todos - SSHIIII!!!

Yngrid - Foi mal! - Veio até nós, se sentando ao lado da Lais.

Lais - O que aconteceu?

Yngrid - O filho da puta é um gênio! Ele fugiu!

Thais - Não me admira.

Thais Off

Yngrid On

Saí de casa depois de chegar de mais uma sessão para caminhar um pouco pelas ruas, respirar um pouco, sozinha, sempre num trajeto final que era a praia, mas meio do caminho, encontro os meninos com mais alguns amigos.

Yngrid - E aí? Tchau. - Digo, passando por eles.

Tae - Onde vai uma hora dessa? Já está escurecendo, sabia?

Yngrid - E você não é meu pai pra me dizer isso! Ai... - Respondo um pouco agressiva demais, o que me fez sentir uma pontada na cabeça que me fez parar e vir junto uma fraqueza no corpo. - Já era cedo demais pra achar que não iria mais ficar assim! Na sessão eu fui ótima!

Namjoon - Fica calma.

Yngrid - Calma é o caralho! Queria ficar em paz, sem ter um martelo martelando a minha cabeça e deixar de ter a vontade de dizer umas verdades na cara de um amigo bem ferrado nas minhas mãos! Que felizmente, não é nenhum de vocês! Agora, saíam da minha frente! - Passei por eles em passos calmos mas parei ao lado de um cara que segurava um Skate. - Me empresta?

Garota - Pega tudo que quiser de mim.

Yngrid - Eu agradeço. - Pego skate na sua mão, jogo no chão e subo no mesmo, começando a me puxar por ele. - Assim é bem melhor!!

Dirigi aquela coisa pelas ruas, virando as esquinas mal movimentadas até virar a última que me dava a visão da avenida, o calçadão, a praia e por fim, o mar. Atravesso todo o curso até chegar à praia, pisar na areia e deixar o Skate por baixo do braço para caminhar, sentindo os ventos com o gosto e o cheiro da água salgada.

Fecho os meus olhos e continuou a caminhar, até os abrir e avistar a venda do Christian, sempre cheia. Suspiro, profundamente, tirando qualquer pensamento que me fizesse querer ir atrás dele.

Yngrid - Respira... pensa em cavalos marinhos... eles são tão pequeno... - Fixava meu olhar possuído na sua direção que atendia seus clientes, e aquilo apenas aumentava minha vontade de dar na cara dele. - Não vá... não vá, se segura. O mar tá logo na sua frente e você...

Tener - Oi, amiga, vamos até a venda do gato bonitão!

Yngrid - AH! Mas eu vou! Mas sem fazer esforço! - Digo, começando a ir na sua direção, determinada a dar um esborro. Já em frente, logo dava uma rasteira para tirar aquelas pessoas da minha frente. - Sai da frente que atrás tem gente, porra!!

Passo as minhas mãos no centro de duas pessoas, as afastando para me dar espaço e chegar até o balcão: bato minhas mãos sobre ela enquanto eu o olhava, com meu olhar psicopata.

Yngrid - Por que, Christian?! - Praticamente grito, sentindo os olhares incrédulos de todos para mim. - E o que vocês tão olhando? Circulem, anda-lê!

Christian - Seu olhar sempre é um assombro para quem tem a atenção dele.

Yngrid - É bom mermo que tu ache isso... Christian! - Pronuncio seu nome, imitando um sotaque Italiano. -  Eu perguntei: por quê?!

Christian - Se for falar da Thais...

Yngrid - É isso mermo, amigão! Vou falar dela, vou falar da " amizade " que a gente pode... ainda... não sei, ter, não é meixxxmo! - A dor na cabeça surgiu novamente, mas não me incomodou tanto como antes. Cruzo meus braços e mantenho o olhar psicopata de antes para ele. - Por que, Christian? Pela terceira vez!

Ele não respondeu, mesmo com o meu olhar para ele.

Yngrid - Não vai responder... Sério mermo? E aquilo tudo que nóis... eu e tu, conversamos na humildade? Agora eu vejo que era tudo lorota cuspida da sua boca, mermo! Conversa de cabra safado! E agora, eu vou reanimar aquilo que eu achava de você que há tempos eu não dizia! Cafetão aposentado, fugido pra outro país, vindo de uma máfia diretamente da Itália!! - Dizia com meu jeito de malandra. Então, abro minha mão, com raiva, em cima do balcão; ao sentir sua pressão, as rajadas de ventos vieram diretamente para sua venda, fazendo alguns, muitos graus de areia voarem para nossa direção e eu apenas apreciando. - Quer mais ou isso já tá bom?

Escutava os gritos de todos atrás de nós, e pelo canto do olho: todos correndo para longe da venda, procurando se onde se protegerem.

Christian - Yngrid, para. - Diz, na mais plena calmaria e de olhos fechados para proteger seus olhos dos graus de areia. - Sabe o quão é difícil limpar aqui dentro!

Yngrid - Então, muito bem feito! - Fecho minha mão e parando com os ventos. Deixo o skate em cima do balcão e passo caminhando para o lado e ir na direção da porta da venda. Entrando, fecho a porta e o encaro furiosa. - Cê tá querendo morrer jovem, né Christian!

Christian - O que é isso, Yngrid? - Se virou para mim, ainda calma.

Yngrid - O que é isso, você, Chris?! - Aponto para ele, hestérica, bem diferente dele. - E eu não sei como você num tá irritado?!

Christian - Não quero discutir com você. E estou no meu trabalho.

Yngrid - Você me conhece muito bem pra saber que, sim, vai ter uma discussão se você não cooperar! E também, não vou sair daqui até conversar sobre esse assunto que... eu sei que você precisa de um tempinho, mas porra, fugir de mim daquele jeito?

Christian - Eu não fugi.

Yngrid - Não discuta comigo!

Christian - E-eu... ainda preciso pôr os meus pensamentos me ordem. Eu juro que tô tentando, Yngrid, mas...

Yngrid - Mas... mas... Chega de mas, Christian. Eu tenho a plena consciência de que eu não posso cobrar nada de você, eu sei disso, mas eu penso na minha amiga, e por mais que ela diga... o que ela disse pra você, eu sei que por dentro ela tá mal, ainda mais por você ter se comportando tão diferente na hora que ela precisa. - Me aproximo dele, tentando estender o assunto. - Você pode me contar o que tá fazendo você ficar assim? Pode confiar em mim.

Christian - Eu confio em você... - Pois seu olhar para fora, perdido. - É em mim que eu não confio.

Yngrid - Menino, você tem que se tornar um filósofo porque, cada coisa poética que diz.

Christian - Eu não estou brincando... simplesmente não consigo.

Yngrid - Pode dizer pra mim.

Christian - Ah... - Se virou para mim, pronto para dizer, mas rapidamente fecha sua boca e abaixa sua cabeça. Põe sua mão no seu pescoço, parecendo agoniado. - Não consigo.

Yngrid - Christian.

Christian - Chega disso, Yngrid. Vai embora daqui.

Yngrid - Sabe que eu não vou ir até você.

Christian - EU NÃO QUERO!! - Gritando, bate seu punho fechado com força sobre a mesa em frente à abertura, me olhando com raiva, tirando totalmente a calmaria que o circulava.

Com o som alto, me assusto e dou um passo para trás, com receio pelo que vi no seu olhar: era a primeira vez que via um vazio nos seus olhos, sem o brilho constante que os via nos seus olhos esverdeados, num ódio que também, era fora do normal.

Christian - Se você continuar... e-eu... eu não sei o que... ah... - Fechou seus olhos, expressando dor pela sua feição. - Chega, Yngrid.

Yngrid - Hm... Obrigada por isso, Christian, de coração. Me mostrar como realmente é, depois de tanto tempo.

Christian - Sempre fui assim, vocês que não viam.

Seu tom grosseiro, frio, rude, bruto, me tirou a visão de carinho, cuidado, afeição, ternura, delicadeza, paciência que desde o começo, tive dele. E foi ali, por ali que caiu a fixa de tudo para mim.

Senti os meus olhos marejarem, encarando o meu, até então, amigo.

Yngrid - Não... você não é assim, e nunca foi, e mesmo que você... poderia ter escondido esse seu lado bem perfeitamente que ninguém reparou... Era um dos meus melhores amigos que eu nunca imaginava que iria ter, umas das pessoas em que eu mais confiava... - Desviou meu olhar para o lado, tentando conter minhas lágrimas. - Mas, se você nunca se considerou e nunca nos considerou também... 

A pontada na minha cabeça voltou, dessa vez forte que me fez trombar para trás, mas consegui me segurar numa cadeira posta do meu lado: tudo que sentia era uma porta para que as marteladas continuassem a me perturbar.

Yngrid - Se é assim. Vou passar por aquela porta e ir embora como quer. Mas saiba que... pode esquecer da minha amizade e da oportunidade que dei à você... a mesma coisa digo das meninas. E vá viver sua vida como você quer sem cobranças. - Ainda com o corpo fraco, me solto da cadeira e me viro para a porta. - Pelo menos não conte nada à ninguém sobre nós, isso é a última coisa que peço.

Ponho minhas mãos na maçaneta da porta e a giro para abrí-la e poder sair, batendo a porta logo atrás de mim com lágrimas descendo dos meus olhos com a tontura e a fraqueza me dominarem ainda mais. De repente, esbarro numa garota que vinha na direção da venda.

Garota - Desculpa, não te vi.

Yngrid - Tudo bem.

Continuei a andar em passo lentos para ir embora, desejando por mim que nenhum surto me aconteça depois dessa conversa com ele. Mas paro, ainda ao lado da porta, por ouvir ela gritar:

Garota - Amor!

Arregalo meus olhos e me viro com tudo para o lado, esquecendo, completamente, das minhas fraquezas: curiosa, com um gesto em frente ao peito, me torno invisível, e vou até a porta onde a abro, vendo, por uma fresta, ela beijando o Christian com ele retribuindo de bom grado.

Yngrid - Thais tava certa. - Sussurro, chocada, continuando olhando a cena com o olhar atento.

Christian - Alivi.

Alivi - Shiu...

Calou a boca dele com mais um beijo, puxando ele para um canto da venda.

Estava tão perplexa no lugar que mal me importei com a cena dos dois quase comendo no lugar, mas o que me chamou a atenção, foi uma tatuagem que ela tinha no braço que me era familiar. Fixei meus olhos sobre a tatu, tentando puxar na mente doída para lembrar em qual local onde eu tinha visto. E como num estalo, eu a reconheci...

O choque me caiu por terra ao lembrar que volto o caminho pela praia em êxtase, mantendo meus olhos paralisados para frente, ainda sem acreditar que Christian teve a coragem de voltar com ela depois de tudo que fez com ele?

Jungkook - Opa.

Me esbarro nele, e sem ligar, continuou caminhando, reparando que já estava na rua antes da esquina de casa.

Jungkook - Y-Yngrid... - Voltou até mim e pegou nos meus braços, me balançando levemente. -, o que aconteceu para você ficar assim?

Yngrid - Ele... Christian... Jungkookie... - Dizia entre pausas, saindo da minha paralisia e deixando as lágrimas descerem.

Jungkook - Yngrid... - Me puxou para um abraço, acariciando as minhas costas com suas mãos. -, você está me assustando.

Yoongi - Isso é TPM...

Mal tinha percebido Yoongi por ali.

Tener - Amiga... não me fala que te drogaram depois daquela chuva de areia!

Abro os meus olhos e o vejo por cima do ombro do Jungkook, vir junto das minhas amigas.

Lais - O que aconteceu?

Yngrid - Christian... ele...

Jungkook - O que ele fez?! - Desfez o abraço para me olhar nos olhos, agora, nervoso. - Eu juro que se ele fez alguma coisa com você, ele não passa dessa noite!

Yngrid - Eu... - Aponto para nós três, ignorando os outros. -, você e você, somos umas completas trouxas. Um oscar para nós, uuuhhh...

Comemoro, sem ânimo, enquanto ainda sentia as mãos dele me segurarem.

Thais - O que isso quer dizer?

Yngrid - Que... ele...

Tener - Menina, senta e respira, pelo amor de Deus, não quero que passe mal!

Ambos me colocaram sentada na calçada.

Thais - Agora fala com mais calma... - Diz, se sentando do meu lado, preocupada, deixando sua mão confortante no meu ombro. - Yngrid...

Yngrid - Christian é um belo de um ator... um belo. - Comentava com a falha e choro. - Você estava era certa o tempo todo!

Thais - O quê...

Yngrid - Sabe, aquela amiguinha que, provavelmente, você viu se abraçando com ele um tempão atrás...? - Pergunto, virando meu olhar choroso para ela.

Thais - Ah... - Sua respiração se descontrolou e sua feição se enfraqueceu. - Sei...

Yngrid - E também... se lembra quando ele nos mostrou uma foto da ex que eu, pessoalmente, mandei ele rasgar e jogar fora?

Yoongi - Quando envolve ex...

Hoseok - Cala a boca, Yoongi, acabei de chegar.

Jungkook - Vocês dois, shiu!

Thais - Não fala que é ela? - Sua voz falhou, e seus olhos se encheram de lágrimas rapidamente, negando com sua cabeça.

Yngrid - Desculpa... - Digo, olhando dentro dos seus olhos, magoados. -, é sim.

Lais - Ele não...

Yngrid - Fez... bem debaixo dos nossos narizes. Era por isso que a Thais sentia tudo perto dele!

Thais - Onde viu ela? - Pergunto, com a voz amarga e seca, mantendo seus olhos perdidos sobre o asfalto.

Yngrid - Vi ela entrando na venda dele. E depois... escutei a vagabunda chamar ele de: " amor ". Voltei e vi eles... na... já deve pensar, miga. - Levanto meus olhos para os outros amigos deles que estavam participando da conversa.

Tae - Chega de palhaçada, vocês podem ir!

Garoto - Eu ver ouvir o resto.

Hoseok - Elas não são suas amigas, então, ralem o pé daqui!

Encaro eles indo embora pela rua iluminada pelos postes de luz que acabaram de ser acessas, sentindo o meu corpo pesado por tudo que sentir.

Thais - Ele voltou ela enquanto... nós dois. - Sussurrava, ainda chorando. - A garota que traiu ele com o melhor amigo... É por isso que ele está assim...?

Jimin - É ele quem é trouxa, não?

Yngrid - O importante é que... ele não está nem aí pra gente. Se perdeu nossa amizade, tá cagando pra isso... Soube quando eu vi a reação dele pela minha insistência... nossa insistência. Coitada daquela mesa que quase virou duas. 

Escuto o seu soluço, o mesmo que acabou comigo mais ainda.

Yngrid - Se ele quer assim, o problema é ele! Não quero mais chorar por amigos que perdemos, e nem você Thais, chorar por ele. Ele não merece! Ele nunca mereceu a nossa amizade! - Passo minhas mãos sobre meu rosto para limpar as lágrimas que caíam.

Lais - Descobriu mais alguma coisa que devemos saber? - Também estava com sua voz de choro.

Yngrid - Esquecem do Christian que a gente pensava que conhecia... ele... não é aquilo que demonstrava ser. Eu vi o quão vazio ele é era pelos olhos dele. Meio que tinha revolta também.

Jungkook - Eu vou quebrar a cara dele! - Bateu sua mão na outra ao passar por nós.

Tae - Acha que vai sozinho! - O seguiu.

Thais - Vai lá.

Jin - Meninos!

Yngrid - O quê?! - Encaro ele, surpresa.

Yoongi - Porradaria!

Lais - Jungkook, Taehyun, voltem aqui! - Gritou para ele, se virando para os meninos.

Tener - Ai amiga. - Ficou do lado dela, passando suas mãos levemente pelas suas costas. - Se eu saberia que esse homem fosse assim, eu jamais teria permitido que se aproximasse dele.

Thais - Então, por que foi embora?

Tener - Não foi só você que faria de tudo pra ficar com o boy.

Subitamente, o encaramos, curiosas e o repreendendo com o olhar.

Tener - Mas eu não vou encher mais a cabeça de vocês com a minha história deprimente.

Thais - Você foi embora por causa de macho?! E não falou nada pra mim?!

Tener - Olha a musculatura!

Thais - Foda-se a minha musculatura!! - Diz em palavras altas, tentando se livrar da dor, deixando mais lágrimas caírem. - É outro lugar que dói mais.

Yoongi - Eu estou indo ver a 'treta', como vocês falam. - Passou na nossa frente mas se virou para nós antes de ir. - Olha, eu sinto muito por tudo que estão passando por causa daquele desgraçado, mas eu... vou!

Yngrid - Você volta aqui!

Namjoon - Eu também sou louco de querer ir atrás dele e o matar, mas eu penso no depois. Agora precisamos ir atrás deles.

Lais - Vão, é melhor.

Jimin - Fiquem aqui, tá. Vamos impedir uma morte.

Ele e os outros saíram correndo pela rua, atrás dos amigos.

Hoseok - Meu estômago até treme apenas por pensar que hoje pode morrer alguém... - Se sentou do nosso lado. - Estou do lado de vocês!

Yngrid - Thais... melhor ir pra casa.

Negou, continuando quieta e chorando.

Yngrid - Você não deve chorar por ele.

Thais - E o que posso fazer? Sorrir como se tudo estivesse bem?

Layne - Eu posso matar ele!

Tener - Todos vocês surgem do nada, em?

Hoseok - Você se acostuma.

Yngrid - Só eu que acho que os meninos vão tretar com Christian? Todos contra um é corvadia.

Layne - Tem razão. Jungkook acaba com ele.

Tener - Nossa, aqueles braços.

Yngrid - Não precisa dizer em detalhes as formas geométricas daquele ser na minha frente, favor.

Lais - Hoseok, Tener, vocês ficam aqui com a Thais e eu, Layne e a Yngrid vamos atrás deles!

Tener - Gente, por mais que eu queira consolar a minha amiga, eu também quero ver o circo pegar fogo.

Hoseok - Eu sou totalmente contra.

Layne - Póoo. Pohpóoo!! - Imitou uma galinha.

Hoseok - Você está referindo à quê, Layne?

Layne - Se a carapuça serviu.

Lais - Vocês querem parar de palhaçada! Meninas, vamos.

Thais - Não. - Se levantou rapidamente. - Vocês ficam e eu vou!

Lais - Thais.

Thais - Eu preciso olhar dentro dos olhos dele... - Explicou, olhando dentro dos olhos ela. - Não me empeçam de fazer isso.

Layne - Não vou ficar de fora se quiser!

Yngrid - Então todas vamos?

Tener - Pode feminino em ação!

Hoseok - Nós vamos ficar por trás.

Tener - Foda-se!

Thais - Vamos.

Yngrid Off

Thais On

Jungkook - Com que cara você pode dizer aquilo pra nós, EM?! - Gritava, se segurando para ir para cima dele.

Christian - Melhor vocês irem embora, não acham?

Thais - Melhor mesmo! - Grito, passando pelo calçadão e entrando na praia, tomando os olhares de todos que viam a briga. Aproximo, analisando friamente a garota, me colocando à frente de todos com minha cabeça erguida.

Jungkook - Como pôde, Christian...?

Lais - Meninos, vamos embora!

Jungkook - Eu não vou embora!!

O meio veio até mim, parando ao meu lado.

Jungkook Primeiro temos que resolver um assunto predente com esse cidadão.

Yngrid - Vai por mim, isso não vai adiantar de nada, até eu sei! - Gritou, atrás de nós.

Alivi - É, escutem ela.

Continuei a encará-la sem alguma feição, apenas lembrando das vezes em que a via na entrada no Parque antes do Christian entrar.

Lais - E quem é você para vir aqui, dizer amores pro Christian depois do que você fez?!

Alivi - Olha... uma ceguinha... - Debochou com um sorriso. -, agora ficou emocionante.

Tae - Garota! Você lave sua boca! - Iria para cima dela ao passar por nós, mas o outros o seguraram.

Alivi - Christian... eles querem me bater. - Se fingindo, se juntou ao Christian, o abraçando.

Tal o mesmo que estava quieto, apenas desviando seu olhar do meu.

Yngrid - Mais que Puta!

Thais - Não... deixa ela! Isso é uma vergonha para os dois, não se rebaixe.

Alivi - E quem é você para entrar nesse assunto? 

Thais - Sou umas das pessoas que ficaram do lado dele quando ele mais precisou...

Yngrid - Olha o cavalo!

Lais - Pode jantar mais ela, tá, ninguém aqui liga!

Thais - E onde você estava? Trepando com o melhor amigo dele?

Christian - Chega, Thais! - Deu um passo a frente na minha direção, mas Jungkook junto do Yoongi ficaram na minha frente. O mesmo parou no lugar, nos encarando.

Jungkook - Encoste um dedo nela, Christian, e você morre.

Layne - Depois de anos, a Puta aparece e volta pro trouxa.

Yngrid - UM ESTREMO TROUXA!!! - Gritou para todos ouvirem.

Christian - Não quero discutir isso! Vão embora.

Lais - Discutir é o de menos, Christian! - Passou por nós para ir na direção dele. - Como pode voltar para uma pessoa que te traiu, te abandonou?!

Christian - Isso só desrespeito à mim, Lais.

Jimin - Mas isso não quer dizer que pode tratá-las como tal, covarde! Olhe o que fez com a Thais?! A garota que mais ficou do seu lado quando precisou e agora faz isso?! Não estou dizendo para que fique com ela, mas aja como um adulto e a encare de frente! Não foi homem para ficar com ela? Seja um e a encare! - Iria na direção de Christian enquanto dizia com os punhos fechados, mas Lais o impede.

Lais - Não faz isso, Jimin... por favor.

Alivi - Escute sua namoradinha ceguinha.

Jimin - Cachorra. - Deu um impulso para ir na direção dela.

Lais - Jimin! - Segurou em seus braços, e o fez ir para trás.

Jimin - Por que defende ele? - A encarou, confuso.

Lais - Mesmo com tudo, eu ainda não consigo acreditar que o Christian... ele não é assim! Sempre foi verdadeiro com a gente, eu sei disso! - Se virou para ele. - É meu amigo e não vou sair daqui até ele cair em si!

Jimin - Esquece ele. Já não fale mais apena prosseguir com uma amizade como essa. Vamos embora daqui, Linda!

A mesma foi até ele e segurou sua mão.

Lais - Christian... não faz isso com você mesmo. Lembra das coisas que você contou pra gente com lágrimas nos olhos, por causa dessa garota e das pessoas que te deram as costas!

Christian - CHEGA!!

O mesmo a emburra, a fazendo cair no chão. Foi tudo tão rápido que, quando a vejo, em seus olhos, estavam escorrendo sangue.

Tae - Lais!

Ambos corremos até ela em pleno desespero, chegando a faltar o ar, mas mesmo assim vou até ela. Com todos atônitos por vê-la assim, mal prestamos a atenção por Jimin que foi até Christian, o agredindo: lhe deu socos consecutivos sem o mesmo poder revidar.

Namjoon - Jimin, para com isso!

Ele correu até o amigo e o tirou se cima de Christian, agora com vários hematomas no rosto.

Jimin - ME SOLTA, NAMJOON!!

Thais - Chama alguém, por favor... - Digo com a voz trêmula, com meu corpo inteiro tremendo ao ver ela daquele jeito.

Namjoon - Ela precisa de espaço, gente, vai.

Nós nos afastamos e eu olhei para os dois que olhavam para eles.

Yngrid - Um parabéns! Pela sua pessoa! Pelo seu ser que apareceu em nossas vidas pra destruir e afundar um sentimento da minha melhor amiga!! - Gritava para ele, revoltada.

Alivi - Olha aqui!

Yngrid - Memorion!! - Disse, levantando a mão para garota que caiu desmaiada no chão. - Ter uma amiga que sabe umas bruxaria cerve pra isso.

Thais - Você...

Christian - O que você fez?

Yngrid - Ela só está dormindo! Mas tudo bem, fique calmo, a palavra trouxa ainda vai continua acompanhado de mais dois galinhos na cabeça!

Christian - Olhe o que diz?

Yngrid - E olhe como age! Você acabou me perder a minha confiança, pelo menos o resto que tinha! Minha amizade e o que mais...?

Thais - Chega... Yngrid - Puxei seu braço sentindo o meu peito pesar.

Yngrid - Não! A pior parte... - Olhou para a Lais. - A Lais ainda acreditava que poderia continuar com sua amizade...

Jungkook - Chega, a ambulância está chegando e vocês duas fiquem calmas, antes que o mesmo aconteça com vocês.

Nos puxou para ficar longe daquele da região e esperar a ambulância perto do calçadão que demorou apenas minutos para chegar, continuamente chorando.

Layne - Vai ficar bem, parem de chorar.

Yngrid - Como vai ficar bem...? Os olhos dela sangraram de novo.

Layne - Mas vai...

Thais Off

{ 16 horas depois }

Layne On

Via todos na sala de espera com as cabeças baixas e sem dizer nada ou olhar uns aos outros, num ar sombrio e tenso. Com mais alguns minutos que se passaram, os médicos vieram e todos o olharam em desespero.

Yura - Doutor... me diz o que aconteceu? - Perguntava em pleno pânico e lágrimas, abraçada com seu marido.

Doutor - Sua filha sofria de hemorragia nos olhos que era constante. O que me era estranho e um caso desconhecido, é o caso que antes essa hemorragia não afetava diretamente seus olhos, o que poderia ser bom para poder voltar a enxergar. Mas agora...

Minhyuk - O quê...? Diga...

Doutor - Dessa vez o caso se tornou mais grave, Senhor. A hemorragia se tornou mais agressiva na região do olho, juntamente em seu rosto inteiro, está inchada e com dificuldade de respirar. Mas a parte mais afetada é em seu olho, ficou completamente tomado pelo sangue e não tivemos como salvar.

Sua mãe quase perde o equilíbrio mas seu marido a segura, a fazendo sentar.

Doutor - Não há chances dela recuperar sua visão... sinto muito.

Todos nós começamos a chorar juntamente da sua mãe e seu pai, me dando o pesar de que poderia ter feito algo para ajudar. Sou tirada dos meus pensamentos com um alarme e ele voltando a correr para dentro da porta nos deixando mais uma vez.

Nenhuma de nós diz nada sobre, apenas mantínhamos as cabeças baixas e os suspiros de choro no ar.

(Continua...)


Notas Finais




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