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História Quase H2O - Máscaras.


Escrita por: laia017

Notas do Autor


Isso foi uma canseira ( Desculpem, agora não deu para colocar as imagens de como elas são, mas prometo que no próximo eu coloco. )
Revisado.

Capítulo 50 - Máscaras.


Fanfic / Fanfiction Quase H2O - Máscaras.

Yura - Meninos... o que... o que...

Tae - Nós... estávamos tendo uma discussão na praia com um dos amigos delas.

Minhyuk - Vocês mais uma vez.

Jimin - Não é bem isso, Senhor...! - Ele diz totalmente com seus olhos cheios de lágrimas. - Pode não acreditar, mas estávamos lá para proteger as meninas, todos nós. Mas ela não queria ouvir, não queria discutir como quase todo mundo queria. Quando foi conversar com esse amigo aconteceu, possivelmente pelo estresse. Desculpem.

Se levantou e foi apressando para a porta, saindo da sala, nenhum de nós se atreveu à ir atrás dele ou dissemos algo, apenas continuamos por lá. Ao tempo de ver o Doutor voltando.

Doutor - Sua filha irá viver, não passa sinais que irá perder a vida.

Minhyuk - Mas há chances, não?

Doutor - Há sim... uma pequena porcentagem. Agora teremos que realizar outra cirurgia para a retirada do sangue acumulado.

Yura - Posso ver minha filha... - Pediu em prantos. - me deixe vê-la.

Doutor - Sinto muito, Senhora Kim, mas não posso. Apenas mais tarde, a cirurgia apenas irá tomar uma hora, após isso poderá vê-la.

Yura - Sim...

{ Uma hora depois...}

Layne - Vamos... - Olhava para uma folha seca na qual a deixei em cima do assento, mantendo meus olhos fixos sobre nela. Mas minha aflição apenas aumentou quando ele estava se desfazendo na minha frente. - Não...

Tae - Pare de se esforçar.

Layne - Não vou parar até conseguir curar algo.

Tae - Nós tentamos ontem e só destruiu as coisas, então melhor não fazer nada.

Layne - Eu quero. - Insisti, voltando a encará-lo, aflita.

Tae - Ontem também quis e não conseguiu nenhum progresso. Por favor, Layne, se fizer algo...

Layne - Mas...

Tae - Vai comer alguma coisa, você ficou horas sem comer.

Layne - Todos aqui ficaram horas sem comer.

Yura - Tem razão...

Olhamos para trás, vendo ela apoiada no batente da porta.

Yura - Melhor comerem algo, eu e meu marido ficaremos aqui enquanto ficam fora.

Thais - Não, Senhora.

Yura - Vão, por favor. 

Jin - Vem gente, Layne.

Layne - Eu preciso...

Tae - Não precisa nada.

Me puxou pelo braço, me levantando e me levantar até a saída da sala, saindo junto de todos.

Tae - Não faça nada, Layne.

Layne - Eu penso no bem dela.

Yngrid - Todo mundo aqui tá, Layne. Deixa isso de lado e vamos.

Todos seguiram para o refeitório do hospital mas fiquei pelo corredor, pensando no que poderia fazer. Tirando dos meus pensamentos, meu celular que tocou. Logo o atendi.

Layne - Oi, Adam.

Adam - Onde está? Tem uma sessão.

Layne - Eu sei... mas uma amiga minha sofreu um acidente e não pude ir embora.

Adam - Lamento por isso, mas deve vir. Você mesma sabe o quanto trabalhou para conseguir isso, Layne.

Layne - Eu sei, mas agora o bem dela é mais importante pra mim. Se for substituída, tudo bem.

Adam - Posso comunicá-los sobre isso e adiar a sessão.

Layne - Valeu, Adam, você é o melhor.

Adam - Eu sei. Mais tarde te ligo para te comunicar sobre.

Layne - Sim. - Desliguei a chamada e olhei para a porta da sala de espera. - Eu sinto que devo fazer algo, e ninguém vai me impedir...

Thais - Eu tô aqui, sabia?

Layne - Hããã... - Prendo o ar para o pulmão e olho para ela, assustada. - Oi.

Thais - O que você está planejando fazer, Layne? - Perguntou, cruzando os braços.

Layne - Só...

Apenas ficamos trocando olhares silenciosos, comigo tentando explicar mas nada saía.

Thais - Não vai tentar nada. Tae já disse isso.

Layne - Eu sei que posso fazer isso, só preciso de mais esforço.

Thais - Se fizer algo pode colocar ela em mais perigo.

Layne - Não acredita em mim, Thais?

Thais - Não é questão de acreditar, Layne... Até agora, nossos poderes já nos prejudicaram demais, usá-los num momento desses...

Layne - Ah... só vamo comer. - Digo, desanimada.

Mais tarde, já na noite, resolvi sair do hospital para voltar em casa e me lavar, ainda tendo a mesma ideia em mente, coisa que nenhum deles me confiava.

Layne - Mas eu vou. - Digo, saindo da porta do banheiro já vestida. - Mas uma ajuda não faz mal, e qual delas vai me ajudar?

Desço as escadas com as ideias já plantadas na mente, onde surgiu o Livro entre elas, e sorri olhando para a porta. Desconfiada que o Adam estivesse pela casa, olhei em volta como quem não queria nada e corro na direção da porta e a abro, colocando a cabeça para fora e ver a casa deles na minha frente.

Layne - É agora!

Saio e tranco a porta, começando a ir na direção da casa deles olhando para os dois lados da rua. Chegando em à casa deles, tento abrir, mas, estava trancada.

Layne - Era óbvio que ia tá trancada, né?! Beste! Mas, como uma última solução.

Deixo minha mão em frente à maçaneta, deixando o vento surgir em volta de mim. Friso mais meus olhos, colocando mais força sobre ela, concentrando ao máximo para que destranque a porta, coisa que era difícil para mim mesmo dominando metade dos meus poderes.

Sentindo o vento ficar mais tenso sobre aquela porta, a mesma se destrancou, escancarando com tudo para dentro e bater contra a parede. Fico imóvel do lado de fora, olhando a situação que deixei a porta.

Layne - Meu Deus, brigada por não quebrar essa porta. - Agradeço á ele ao passar para o lado de dentro da casa. Logo fechando a porta, vou correndo diretamente para as escadas, subir, e ir para o quarto dela. - Tá... o Livro. Sei que invasão de privacidade mas preciso... Lais.

Passo meus olhos pelo quarto inteiro antes de encostar em algo e começar a procurar, dando uma leve rodada nele: vejo o Livro no final de uma estante presa à parede. Dou um pulo na cama dela para poder pegar esse Livro.

Layne - Isso, venha. Preciso de você, querido. - Me sento, destravando o Livro e o abro. - Certo... Livro, eu sei que você ouve, então, pode me guiar nessa aventura de como me controlar?

O mesmo começou a folear as páginas lentamente até chegar numa página sem nada escrito.

Layne - Como é?! - Encaro a folha, calada. - Nem sei o que dizer, viu.

Deixo minha mão sobre a folha, suspirando alto, já sentindo cheiro de derrota; no mesmo estante, começando a sentir um formigamento crescer sobre minha mão e a subir pelo meu antebraço. Encaro a folha e a minha mão, assustada, tentando tirar mas simplesmente não conseguia por estar colada diretamente à folha, em instantes presa ao Livro começou a ficar dormente.

Layne - Ei... pode parar agora. - Seguro, com minha mão livre, o Livro para puxá-lo, mas nada. - Por favor!

A dor começou a surgir, aparecendo as mesmas veias negras de antes que se alastraram pelo meu braço. Me levanto, no desespero, para tirar aquilo de mim, então, o Livro tomou viva própria e ficou suspenso ao ar, ficando imóvel na minha frente sem me permitir afastar; sentindo que, quanto mais puxava, mais a dor se tornava intensa e insuportável, na medida de começar a gritar...

Layne - AAAAAHH!!

Layne Off

Tae On

Tae - Eu devo ir, mãe. Você e o pai vão ficar por aqui aguardando noticias dela.

Minhyuk - Mas e você?

Tae - Eu vou aproveitar tomar um banho e comer algo. Mal conseguir comer a comida do hospital. 

Ouvimos um suar de alarme e alguns doutores que estava passando pelo corredor, imediatamente, correram para em direção às portas que levavam para as salas de cirurgia.

Tae - O que aconteceu? - Pergunto para uma mulher que saiu da porta onde ficavam o corredor.

Enfermeira - Parece que alguém entrou em convulsão.

Tae - Quem? - Pergunto. já preocupado.

Enfermeira - Uma... - Pensou antes de dizer. - garota, eu acho. Preciso ir.

Me deixou para entrar pela passagem.

Yura - Taehyung... não está achando que é sua irmã? - Perguntou, ainda com a voz falha e fraca.

Tae - Nessas alturas, já acho qualquer coisa. - Me levanto, começando a caminhar pela sala, preocupado. Me assusto quando Jungkook entrou na sala, assustando, com os olhos atônitos. - Jungkook?

Jungkook - Tem... você... aqui...

Tae - Fala como uma pessoa normal!

Jungkook - Lá fora. - Pois sua mão no meu braço para me puxar, sem me tirar do lugar. - Agora...

Tae - Mãe, pai, já voltoo!!

Me puxou para fora da sala, apressado, quase correndo pelo corredor.

Tae - O que aconteceu?

Jungkook - Eu vi a Layne... ela... ela estava estranha.

Tae - Essas meninas são estranhas.

Jungkook - Foi como se ela estivesse no encanto da Lua Cheia!

Tae - O quê?!

Nós paramos e nos encaramos, confusos e perdidos.

Tae - Hoje não tem Lua Cheia.

Jungkook - Mas é como estivesse. Estava andando com o olhar fixo para frente e um ar estranho. Quando chamei ela, nem me olhou!

Tae - E as outras?

Jungkook - Também saíram mas já disseram que estavam vindo.

Tae - Chama os outros meninos! - Nisso, meu celular apitou e logo o peguei e atendi. - Jimin?

Jimin - Você não vai gostar nada disso, Tae... - Comunicou, apressado e nervos.

Tae - Jimin... não me diz que é sobre a Layne?

Jimin - É, sim... E-e, ela fez uma coisa com a Yngrid...

Tae - Onde você está?! - Pergunto, voltando a ter a preocupação atingir o limite mais uma vez.

Jimin - Perto da loja do IPhone.

Tae - Ótimo! Jungkook, vai! Jimin, vou chamar os outros meninos. Fica no mesmo lugar que você está!

Jimin - Vem logo, já estamos começando a chamar atenção.

Desligo a chamada seguindo Jungkook para fora do lugar, já vendo Thais vindo tranquilamente saindo do seu carro.

Jungkook - Thais, você viu a Layne?! - Gritou para ela, desesperado.

Thais - Não! Por quê?! - Gritou, começando a vir até nós, mas logo vimos Layne aparecer atrás dela.

Tae - THAIS!!

Corremos até ela, mas antes de conseguir: Layne pois sua mão sobre a cabeça dela que no mesmo estante, desmaiou.

Tae - Jesus.

Passou por cima da Thais para começar a vir na nossa direção, sem nos olhar, tecnicamente.

Jungkook - Layne! Pode parando! - Ficou ao meu lado e apontou para mim. - Se quiser machucar alguém, machuca ele.

Tae - Belo amigo que tenho! - Digo, sem desviar meu olhar do dela. - Layne! Seja lá o que estiver fazendo...

Layne - Saiam...

Sinto uma forte brisa antes de ser jogado, igual ao Jungkook, para o chão. Com a queda, deixou meu corpo dolorido e mal pude me colocar em pé.

Tae - Layne! - Olho para ela que desapareceu diante dos meus olhos. - Ah, não.

Jungkook - Ela vai até a Lais.

Tae - Provavelmente! - Me levanto mesmo sentindo meu corpo mole. - Fica com a Thais e eu vou procurar ela.

Jungkook - Tá!

Corremos em direções opostas, com ele indo até ela e eu para a entrada do hospital. Olhava para todas as direções possíveis, desesperado, mesmo sabendo que estava invisível.

Tae - Você não vai fazer nenhuma besteira, Layne!

Corro para as escadas que levavam para cima, onde minha irmã estava num dos quarto, o lugar mais óbvio dela ir. Chegando novamente na sala de espera, encontro os meus pais, chorando ainda mais tensos.

Tae - O que aconteceu? - Pergunto, já sentindo meu coração desacelerar pela corrida e sentir um frio percorrer meu corpo.

Minhyuk - Sua... s-sua irmã... - Dizia, em prantos e soluços, sem conseguir continuar. Escondeu seu rosto com suas mãos, com os cotovelos apoiados em suas coxas.

Tae - Appa... - O chamo com a voz falha. - não me fala que ela...

Minhyuk - Ainda não sabemos, o doutor nos informou cinco minutos atrás.

Tae - Mas...

Quando olho para entrada, vejo uma silhueta transcendente passar pela porta que se abriu.

Tae - Não...

Pensei em correr até ela, mas os médicos que estavam passando por ali iriam me parar. O que deveria fazer era esperar, com minha preocupação e ansiedade, desviada dentre ambos os lados. Após alguns minutos, os meninos entraram na sala.

Tae - O que foi?

Namjoon - Elas estão bem, mas onde a Layne foi?

Tae - Onde acha que ela foi?

Doutor - Com licença.

Olhamos para ele.

Doutor - Precisa saber do responsável sobre uma garota.

Yura - Que garota?

Doutor - Encontrei uma garota desmaiada ao lado de sua filha... que aparentemente e estranhamente, não está com nenhum inchaço no rosto.

Minhyuk - Como, mas avimos, seu rosto...

Doutor - Não está mais. Mas agora preciso saber dos responsáveis daquela garota, é uma modelo se não me engano.

Tae - É a Layne? - Pergunto, subitamente, e ele me olha. - Ela queria ver a Lais de qualquer jeito, desculpa por ela.

Doutor - É melhor ligar para o responsável dela, está mal. - Estendeu seu celular que o peguei.

Tae - Sim.

Yura - Como minha filha está?

Doutor - Fora de perigo... - Respondia as perguntas, mais confuso que antes. -, ainda precisamos fazer mais alguns exames para saber.

Tae - Exames? - O encaro, receoso.

Doutor - Sim. Até.

Namjoon - Tudo bem. - Sussurrou para mim. - Nos exames que fizemos, nada de anormal saiu. Apenas se tirassem alguma parte da pele, unha, sairia algo suspeito.

Tae - Quando tocam na água?

Namjoon - Sim.

Tae - Ainda bem... mas eu preciso ligar pro Adam, sabe senha dela?

Namjoon - Como vou saber?

Tae - E o Hoseok?

Namjoon - Com o Jungkook.

Tae - Tô indo.

Deixo ele para ir até a porta, para procurá-lo.

Tae Off

Thais On

Puxei o ar para os meus pulmões com certa dificuldade ao abrir os meus olhos e me ver num quarto de um hospital, deitada numa cama. Olho para os lados calmamente e vejo meus pais do meu lado, chorando desesperado.

Thais - Mamãe... - Minha voz mal soa, me sentindo fraca.

A mesma veio até mim, segurando na minha mão com força e trêmula.

Camila - Ainda bem... Ainda bem. Fiquei com tanto medo.

Mais lágrimas escorreram pelo seu rosto, tocando o meu com sua mão que estava fria e trêmula enquanto me olhava com apreensão e alívio.

Camila - Como se sente?

Thais - Bem... - Fecho os meus olhos pelo peso que eles tinham, mas logo volto a abrí-los para poder olhar dentro dos olhos dela. -, só com o corpo fraco.

Michel - Não sentiu falta de ar?

Thais - Por que sentiria falta de ar? - Sorri, minimamente, querendo dar um alívio para eles e demonstrar que estava bem. - Faz dias que não sinto falta de ar...

Camila - Que bom... 

Michel - Doutor disse que sofreu um ataque repentino no corpo que foi desconhecido para eles. Disse que foi sorte sua o Jungkook estar lá quando aconteceu.

Thais - Jungkookie...

Camila - Sim... todos seus amigos ajudaram.

Thais - Disse que podia confiar neles.

Michel - Eu sei... - Abraçou minha mãe por trás, para juntar suas mãos com as nossas. -, o mais estranho foi que aconteceu a mesma coisa com a Yngrid.

Thais - A Yngrid! - Tento me sentar pelo choque, mas minha mãe pois sua mão sobre mim, me fazendo deitar novamente.

Camila - Fica calma, ela quanto Lais e Layne estão fora de perigo.

Thais - Layne?

Camila - Ela foi encontrada desmaiada ao lado da Lais, na mesma condição que você. Disseram que quando acordarem, vão fazer algumas perguntas, fazer exames.

Thais - Exames? - Pergunto, já assustada. - Não precisa de exames.

Michel - Para ver se encontram algo anormal.

Thais - Anormal? - Riu de desespero. - Que dilema.

Camila - Ainda bem que está bem, filha. - Me abraçou. - Esses tempos estão sendo difíceis pra você.

Thais - Logo vai passar, Mãe. - Acaricio seu braço, também a mão de meu pai.

Michel - Cremos que sim, estava se recuperando tão bem.

Thais - Aham...

Alguém bate na porta e depois entrar, revelando ser o doutor.

Doutor - Como vão?

Camila - Bem, ela já acordou. - Respondeu o mesmo, se soltando do abraço e limpando as lágrimas do seu rosto.

Doutor - Bom, Senhora, preciso fazer algumas perguntas e tirar algumas amostras de sangue.

Thais - Amostras?

Doutor - Não vai doer nada.

Thais - T-tá, de boa.

Fechei os meus olhos, rezando que não saia nada de anormal.

Thais Off

Yngrid On

Yngrid - Ai, ai, ai, ai...

Doutora - Nem está doendo.

Yngrid - Não é você, Senhora, que está com uma agulha no braço... Desculpa ser tão grossa, é que quando me encontro em situações como essa, eu acabado falando o que vem na mente e acabo sendo grossa.

Doutora - Tudo bem, também sou assim. - Tirou a agulha do meu braço e se levantou. - Agora acabou.

Yngrid - Livre estou! - Me sentei, comemorando.

Doutora - Nem tão depressa assim, ainda está em observação acaso aconteça novamente.

Yngrid - Tenho certeza que não, Senhora.

Doutora - Sua palavra contra a dos médicos.

Yngrid - Aff! - Me deito novamente.

Marcela - Não seja assim, Filha.

Doutora - Devo ir, devemos analisar isso o quanto antes. - Saiu da sala, nos deixando sozinhos.

Marcela - Devemos conversar. - Cruzou os braços, levantando sua sobrancelha enquanto me olhava séria.

Yngrid - Pai?

Roberto - Não adianta puxar pro meu lado, sabe que ela é quem manda.

Marcela - Obrigada, querido. Agora, Yngrid.

Yngrid - Antes que fale que a culpa são dos meninos, quero que ressaltar que não tava com eles no momento que desmaiei.

Marcela - Nós sabemos.

Yngrid - Não importa o que acha...! - Fico em silêncio, encarando eles, surpresa. - Como é?

Marcela - Um amigo seu, chamado... - Pensou antes de continuar. - Jimin... eu acho, disse que te encontrou sendo aparada por umas pessoas.

Yngrid - Jimin... Ãnh? Valeu, anão.

Marcela - Conversamos e eu acreditei nele.

Yngrid - Agora acreditam que eles não tem nada a ver com os fatos recentes que aconteceram com a gente?

Roberto - Ainda suspeito pelo seu... " sequestro ".

Yngrid - Hmmm... - Nego. - Não.

Marcela - Nem tão depressa assim.

Yngrid - Mãe...

Marcela - Mãe, nada. Ainda não estou confiante o suficiente neles... menos no Taehyung, porque ele demonstrou...

Yngrid - Lá vem com essa história. - Reviro os olhos.

Marcela - É difícil não acreditar, encontramos ele aqui quando entramos.

Yngrid - Sério?

Roberto - Quase bati nele.

Marcela - Novidade, querido. Agora você precisa descansar, já são uma hora da manhã, vai dormir. Agora, por saber que está bem, eu posso respirar em paz.

Yngrid - Vocês que precisam dormir! Trabalham amanhã!

Roberto - Podemos tirar um dia de folga pra ficar com você. - Veio até mim, beijando minha testa. - Dormir, mocinha.

Yngrid - Posso comer? - Pergunto, fazendo minha cara de gato de botas.

Marcela - Seu olhar não funciona comigo.

Pelo outro lado, vejo meu pai me olhando com os olhos brilhantes enquanto me olhava, caindo na minha armadinha.

Marcela - Amor... não.

Ambos se olharam, com ela negando.

Yngrid - Por isso que odeio hospitais!

Roberto - Quer que eu conte uma história? - Se sentou numa cadeira do lado da cama, sorrindo.

Yngrid - Preferia meu celular.

Roberto - Vou ficar beeem triste. - Intristeceu seu olhar, fazendo um bico.

Yngrid - Então conta, papito!! Faz tempo que não ouço suas histórias loucas.

Roberto - Era uma vez...

Yngrid - AISI!!

Marcela - Eu vou adorar essa história. - Disse, abrindo um saco de batatas e se sentando na cama e começar a comer,.

Yngrid - Você vai comer na minha frente? Logo na cara de pau.

Marcela - Vou. - Respondeu, antes de pôr uma batata na boca e morder.

Yngrid - Depois tu me paga!

Yngrid Off

 Layne On

No momento que abro meus olhos, vejo Taehyung me olhando com raiva e seus braços cruzando. Mas minha confusão me impedia de sentir incomodava, e pela pouca fraqueza que sentia, mal me importei com sua raiva.

Layne - O quê...

Tae - Eu que pergunto! Fui para casa e encontrei o Livro jogado no chão. Pode me explicar isso, dona Layne?

Layne - Antes que você diga mais alguma coisa, quero que saiba que eu não sabia o que estava fazendo...

Tae - Então lembra?

Layne - Como não vou me lembrar...? Eu fiz aquilo tudo sem poder parar.

Tae - O que fez com o Livro?

Layne - A pergunta certa é o que ele fez comigo?

Franziu seu olhar, confuso.

Layne - Eu pedi pra ele me ajudar, então, foleou até páginas em branco. Quando toquei, minha mão ficou presa e começou a doer, igual ao que aconteceu na noite de Lua Cheia na festa irresponsável da namorada do seu amigo quando isso tudo começou! E quando tentei tirar. as veias escuras apareceram no meu braço.

Tae - Você puxou a magia do Livro?

Layne - Não sei... mas depois disso, não conseguia mais me controlar e tudo que pensava era ir até a Lais, curar ela. Eu sentia uma impressão familiar naquilo, como se fosse o próprio Livro me comandando a fazer, ele queria que eu chegasse até ela e a curar... - Explicava pensativa.

Tae - Fez o certo então...

Layne - E como ela tá?

Tae - Não se recuperou cem por cento, mas já é o começo. Seus olhos voltaram ao normal e seu rosto está sem inchaço.

Layne - Que bom... - Sorri, aliviada, fechando os meus olhos e dando um suspiros longo. - Muito bom. E vocês ainda não queriam que eu fizesse algo.

Tae - Olha seu histórico.

Layne - Isso não tem graça...

Então lembrei do Adam, e me sentei brutalmente na cama.

Layne - E o Adam?!

Tae - Está lá fora, contrariado porque queria conversar com você sozinho.

Layne - Ah... ainda bem. - Me deitei, relaxada.

Tae - Se sente bem?

Layne - Sim... não sinto nada de dor, só cansado mesmo.

Tae - Nossa, um milagre aconteceu! - Se desapoia da parede e foi até a porta. - Tenho que ir, quero ver minha irmã.

Layne - Dá um oi pra ela e diz que foi eu quem mandou.

Tae - Vou sim.

Layne - Pras meninas também, depois do que fiz com elas.

Tae - Mas... por que fez isso com elas? - Perguntou, confuso.

Layne - T-tem uma coisa que eu ainda não contei pra vocês sobre meus poderes.

Tae - Layne...? - Me olhou, desconfiado.

Layne - Não é nada que machuca alguém, prometo, Tae.

Tae - Depois me conta.

Layne - Até!

Ele saiu me deixando sozinha.

Layne - Valeu, Senhor!

Layne Off

Lais On

Acordada, me pergunto o que havia acontecido comigo. Tentando me lembrar da última coisa que aconteceu antes de perder a consciência, me lembrando era de estar com o Christian enquanto sentia uma dor imensa na cabeça e ao redor dos meus olhos.

Lais - A-alguém...? - Chamo por alguém e não ouço nada. Levanto minhas mãos até meu rosto, sentindo a bandagem ao redor da minha cabeça. - Ótimo... bom.

Relaxei na cama querendo voltar a dormir, mas ouço a porta se abrir com o sentindo de alguém entrar. Viro meu rosto para a direção, me deixando levar pela sensações de descobrir a tal pessoa, mas por algum motivo não as tenho mais, agora me deixando aflita e perdida.

Lais - Quem é...? - Pergunto, querendo uma resposta.

Christian - Eu...

Lais - Chris...

Por dentro, fiquei feliz mas um tanto magoada.

Lais  - O que faz aqui?

Christian - Possa ser que nenhum de vocês quer que eu esteja aqui, mas precisava ver como estava... Desde o momento em que tudo aconteceu, minha consciência não me deixa em paz nenhum momento. Só consegui vir agora.

Lais - Pela sua ex, que agora é atual outra vez?

Christian - Não vamos começar com isso? Queria ver se estava bem... Estou me culpando tanto, Lais.

Lais - Fico feliz por estar aqui, Christian, mas estou magoada, decepcionada demais com você... Agora que já sabe, deve ir, se algum deles te ver aqui...

Christian - Jimin é capaz de me matar... Ele me colocou vários hematomas no rosto.

Lais - Não só ele como todos, mas por que o Jimin? E como ele...

Christian - Se deixassem, iria desfigurar meu rosto.

Ouço um riso seu.

Christian - Aquele garoto pode ir até o espaço por você.

Lais - Você está bem...? - Pergunto, assustada e preocupada, me sentando na cama. - Christian...

Christian - Estou bem... Só, queria mesmo te ver e me desculpar. Devo ir agora.

Lais - Tá tudo bem. - Abro as mãos mãos para ele, querendo tocá-lo. Logo sinto suas mãos e as aperto. - Christian, pensa muito...

Christian - Ainda gosto dela...

Lais - Gostar...? Um gostar não é paixão...

Christian - Preciso ir.

Beijou minha testa, por cima da bandagem.

Lais - Até... depois.

Christian - Até.

Ouço a porta fechar novamente, me sentindo sozinha naquele quarto.

Lais - O que aconteceu...? - Perguntou para mim mesma, levando minhas mãos até a cabeça, acabando por me assustar quando a porta se abre.

Yura - Filha.

Lais - Omma?

Logo sinto seus braços me rodearem num abraço apertado.

Lais - Eu estou num hospital mesmo?

Minhyuk - Está. - Põe sua mão sobre minha cabeça, me puxando para mais um abraço apertado. - Como se sente?

Lais - Melhor - Desfaço o abraço, sentindo seu beijo na minha testa. -, bem melhor

Tae - O quão melhor?

Lais - Melhor. - Mesmo respondendo que sim, por dentro não estava... e ele sabia.

Doutor - Não está sentindo dor?

Lais - O estranho que não.

Doutor - Podem ir se afastando, devo ver como está os olhos dela, já que diz que não sente dor. Mas deve sentir algo.

Lais - Eu... - Paro para poder sentir. - sinto um formigamento nessa região ao redor do olho.

Doutor - Isso é comum após cirurgias, mas também dores.

Lais - Mas não estou com dores.

Doutor - Você com certeza é um caso único.

Lais - P-p-por quê? - Perguntei, já prevendo o pior.

Doutor - Você, menina, estava em uma situação que sua recuperação demoraria no máximo cinco meses há um ano.

Lais - S-sério?

Doutor - Sim, mas seu rosto desinchou de uma hora para outra e saiu do risco de vir a óbito. - Explicava, começando a tirar a bandagem da minha cabeça. - Só espero que seus olhos tenham uma esperança de serem recuperados.

Lais - Por quê? O que aconteceu com eles?

Doutor - O sangue tomou conta... não podíamos fazer nada no estado que estava, mesmo fazendo uma cirurgia. Preferimos esperar até que seu rosto desinchasse, mas já que não está mais.

Lais - Eu devo estar aliviada?

Todos - Sim.

Lais - Que ótimo. - Solto um suspiro, mas não aliviada.

Logo ele tirou a bandagem ao redor dos meus olhos e por falta de coragem, não os abri. Tocou meu rosto ao redor dos mesmos, região onde pensei que iria doer, mas nada aconteceu.

Doutor - Isso é impossível... - Disse num sussurro, espantado com algo.

Yura - O quê?

Doutor - A bandagem estava apertando seu rosto, deveria ter alguma marca ou uma vermelhidão.

Lais - Que coisa, em? - Digo, tentando descontrair, sem entender nada.

Tae - Talvez foi embora junto do inchaço.

Doutor - Sim, mas ainda sim iria ter alguma marquinha que seja. - Respondeu, sem retirar suas mãos do meu rosto.

Minhyuk - Devemos considerar como um milagre mesmo?

Doutor - Não sou uma pessoa em acreditar em milagres, mas já que estou vendo isso bem na minha frente... - Suspirou. - Devemos fazer mais alguns procedimentos em você. Sugiro que não abra seus olhos, a luz pode dar dores e incomodar seus olhos.

Lais - Aham. - Assenti.

Doutor - Podem ficar com ela, irei conversar com meu superior. Com licença.

Yura - Minha filha, está bem mesmo? - A mesma segurou meu rosto, me beijando sem parar. - Não sente nenhuma dor? Certeza?

Lais - Não, omma. Aigo.

Minhyuk - Isso é bom, muito bom. - Sinto seu abraço aconchegante novamente. - Devia comer, passou quase dois dias sem comer.

Lais - Dois dias?! - Repeti, em choque. - Nossa, é o nosso recorde.

Minhyuk - Eu disse quase.

Lais - Mas soprou como verdade.

Yura - Vai dormir agora, ficaremos aqui com você.

Lais - Não estou com sono mas com fome.

Yura - Não pode comer.

Lais - Aff. - Voltei a me deitar, contrariada.

Tae - Depois você come. Mãe, agora que vê que ela está bem, vai dormir.

Minhyuk - Sim, vá, eu fico olhando ela.

Lais - Você também deve dormir, appa. - Aperto sua mão.

Minhyuk - Não, não devo.

Tae - Deve... sentam ali, eu fico com ela.

Yura - Vou confiar em vocês...

{ Algum tempo depois }

Lais - Eles estão dormindo?

Tae - Então. - Se sentou na cama, pegando minha mão logo depois, a apertando com firmeza. - Como é bom ver você bem. Muitas coisas aconteceram enquanto você dormia.

Lais - Fala a primeira, não me deixa curiosa.

Tae - Parece que a Layne foi possuída pelo seu Livro endemoniado e te curou.

Lais - Como é? - Digo, quase abrindo meus olhos.

Tae - Não faça isso... não sabemos se seus olhos estão bem.

Lais - Que coisa chata... Mas, é verdade?

Tae - Foi... Eu acho que vou abaixar a luz do quarto. - Se afastou de mim para abaixara luz.

Lais - E a outra coisa?

Tae - Ela fez algo com as meninas que fez as duas desmaiarem no meio da rua.

Lais - Ein?! - O pouco alívio que sentia, ele se foi ao saber.

Tae - Elas estão bem. Acordaram quase agora. 

Lais - E ela?

Tae - Também... tem mais algo sobre ela e os poderes que ainda não sabemos.

Lais - Não me fala que vai ficar em cima dela pra descobrir?

Tae - Vou sim, ela te curou, Lais... mas tinha os poderes do Livro com ela, isso pode ter ajudado de alguma forma.

Lais - Depois converso com ela... É só isso? Fala que sim.

Tae - Aparentemente sim.

Lais - Obrigada.

Tae - Pelo quê?

Lais - Sei que me protegeu de qualquer coisa que podia me entregar.

Tae - Todos nós fizemos isso, prometemos, não é. - Se aproximou, dando um beijo na minha testa. - Agora, vá dormir.

Lais - Já disse que não tô com sono, caralho. Mas pode me trazer comida.

Tae - Não...

Lais - Aigoo!

Tae - Talvez amanhã.

Lais - Eu posso esperar.

Lais Off

Thais On

{ Dois dias depois }

Thais - Ainda não tirou isso do seu rosto? - Perguntei, a vendo com a bandagem ao redor da cabeça, tapando seus olhos enquanto entrava no carro.

Lais - Eu prefiro ficar com eles do que ficar com os olhos fechados me dando mais vontade de abrir eles. - Se sentou no bando de trás e fechou a porta.

Yngrid - Eu concordo - Entrou em seguida e fechou a porta, antes de pôr o cinto. -, também queria abrir meus olhos.

Thais - Sabe como são as pessoas na Universidade. Curiosas. Principalmente as colegas dela. - Liguei o carro para finalmente irmos.

Lais - Yngrid, pode tirar essa caceta de mim? Eu tenho o óculos contra a Luz da Lua bem aqui pra usar.

Thais - Eu pensei nisso agora.

Yngrid - Vai ser melhor... - Tirou o cinto e se virou para trás, começando a desenrolar. - Já pensou que você pode enxergar e tá com os olhos fechados atoa?

Lais - O doutor já disse isso, e disse que se eu abrir eles num lugar com luz, como hoje, pelo sol, já era visão, por eles estarem bem sensíveis.

Yngrid - Hmm, faz sentido.

Chegando em frente ao campos, estaciono meu carro na vaga de sempre, tiro o meu cinto para finalmente sair e ajudá-la a sair.

Thais - Cuidado. - Seguro seu braço enquanto a Yngrid segurava a porta do carro, a obrigando a abrir sua bengala. - Deve usar isso.

Yngrid - Ela pode usar os dons dela. - Diz, fechando a porta.

Lais - Eu não tenho mais.

Yngrid - Como é?! - A encarou, surpresa.

Lais - Eu testei... e caí, testei de novo e caí de novo, não tenho mais. - Suspirou. - Se eu estiver cega mesmo, agora ferrou.

Thais - Se não estiver...

Eu e Yngrid segurávamos seus braços enquanto íamos direção ao portão, para entrar no famoso campos

Thais - Deve ter algo, não?

Lais - Talvez.

Aos entrarmos, sentimos os ventos mais fortes passarem por nós que fazia balançarem as folhas das arvores e os arbustos, algumas folhas que estavam caídas no chão e passarem por nossos pés. Apreciei o momento, podendo respirar o ar puro sem aquela coisa no meu rosto depois de tanto tempo.

Thais - Finalmente livre!

Lais - Nóis chegou cedo demais, então, borá ficar no gramado como a gente sempre fica, sentindo a brisa desse dia calorento!

Yngrid - Poética.

Ficamos próximas do degrau, nos sentamos e encostando as costas no gramado preso à ele, mas, me deito na coxa de Lais.

Thais - Que suavidade.

Lais - Pois bem... mas agora pensando, o que vou fazer? Já que não tenho mais o meu pressentimento ativo.

Yngrid - Tem certeza que não quer ir embora? Porque, eu vejo uma propensa bem enorme de você se fuder hoje se ficar.

Lais - Não quero faltar... mesmo me sentindo mal.

Thais - Faz igual à mim... mesmo querendo participar das aulas, tenho que ver o Christian.

Yngrid - Isso não responde em nada.

Thais - Responde sim. Mesmo me sentindo mal, eu quero pensar mais além dos meus sentimentos. É o meu futuro que está em jogo, meninas, e não num cara que... Aff! Melhor nem dizer, já vem o estrese me atacando.

Yngrid - Isso mermo, é essa Thais que conheço! Empoderada!

Thais - É melhor nós entrarmos, já vai bater o sinal e temos que levar essa coisinha pra aula. - Me sento, tirando minha cabeça do seu colo.

Lais - Podem me deixar na sala de costura, vou ver o que faço.

Yngrid - Tem mesmo certeza, filha...?

Lais - Yngrid.

Yngrid - Tá bem, não pergunto mais.

Nos levantamos, segurando ela pelos braços para guiá-la para dentro do prédio, não deixando de conversar besteiras com as duas, como sempre. Andando pelos corredores da vida, acabamos por nos encontrarmos com ele acompanhado da sua ex, agora, atual.

Faço o que hà daia fazia, ignoravá-os com toda a minha ignorância e raiva e possuia, mas ainda continuando conversar alto e rir pelo corredor sem mudar nada, até virarmos o corredor.

Lais - Eu sinto algo no ar... - Comentou, desconfiada.

Yngrid - Vai por mim, não quer saber.

Lais - Não escondam segredos de mim! Já temos o bastante pra uma vida!

Chegamos na sua sala, já tendo alguns alunos presentes mas meus olhos foram diretamente para Carol que estava sentada junto do Fábio sem passar de sorrir e conversar.

Yngrid - Ah... ela disse que queria me contar algo mas não sabia o que era...

Lais - Nossa! - Levou sua mão até sua testa, a batendo levemente. - Com tudo que aconteceu, eu esqueci disso completamente.

Thais - Fala agora.

Lais - Não posso, estamos rodeados.

Carol - MENINAS!

Yngrid - Opa, suave, irmã! Tudo na paz? - Fez o sinal de V com seus dedos para ela.

Carol - Eu quase não entendo nada do que você fala.

Yngrid - Vai por mim, você não é a única.

Lais - Eu preciso entrar!

Thais - Eu te levo.

Lais - Não, eu posso ir sozinha.

Yngrid - Dá mais dois passos e você dá de cara com a parede.

Lais - É muito errado eu rir de mim mesma? - Perguntou, começando a rir.

Thais - Não mesmo.

Carol - Eu te levo... - Veio até nós, confusa, encarando Lais. - Você está bem? Não tive tempo de te visitar, eu tenho estudos aqui e em casa, acreditem. Agradeça o meu avô.

Lais - Uhum, sei... - Assentia, sorrindo da sua forma estranha. - Hi, hi.

Yngrid - Miga, cê tá bem? Os remédios tão fazendo o efeito contrario do que deveriam fazer?

Thais - Vamos deixar ela nas suas mãos e nas mãos da Belinda que está vindo.

Lais - Oi, beh! - Sorriu, acenando para ela que parou ao lado da Carol.

Belinda - Oi, lind... quero dizer, Lais.

Carol - Não começa. - Segurou no braço dela e a puxou calmamente para dentro da sala. - No intervalo nos encontramos. Quero conversar com vocês.

Yngrid - Hmmm. - A encarou, desconfiada.

Thais - Nós temos que ir agora, ou vamos chegar atrasadas.

Yngrid - Eu mal posso esperar!

Lais - Tchau, meninas!

Após deixá-la e me separar da Yngrid, segui para a minha, querendo não demonstrar para as meninas os incomodada por vê-lo com ela.

Thais - Meu Deus, me ajuda a ficar acordada. Me dê forças, pai! - Digo, passando minhas mãos pelo meu coque de cabelo, acabando por desmanchá-lo. Deixo ele solto e bagunçado por preguiça de arrumar. Entro na sala e não me deparo com ele por não estar no seu lado. Aliviada, me sento, soltando um suspiro alto.

Angélica - Thais.

Levo meu olhar para ela.

Thais - Sim.

Angélica - Está bem para refazer a prova?

Thais - Sim. Mas... posso fazer na biblioteca? Juro que não irei pegar nenhum livro para me ajudar só... - Olhei para a entrada e o vejo entrando com ela. - Não quero ficar aqui...

Angélica se virou para olhar que o que estava encarando, vendo que seria os dois.

Angélica - Entendo. Pode ir. Christian... - O chamou, se distanciando de mim para ir até eles, encarando os dois, rígida. - E bem, quem é você?

Alivi - Alivi, só vim dar uma olhada na Universidade.

Angélica - Sei. Mas não permito que nenhuma pessoa que não seja um dos meus alunos fique na minha aula. Por tanto, não pode ficar aqui, querida, pode se retirando. E você, Christian, sem reclamações. Entre e vá se sentar no seu lugar.

Christian - Senhora...

Angélica - Andando.

Via tudo de longe enquanto eu me levantava e arrumada a alça da minha bolça no ombro. Esperei os dois saírem da entrada da sala para poder sair de fininho.

Já estava finalmente na biblioteca, fazendo a prova com toda a calma que me restava e todo o sono de duas noite mau dormidas, algo que mal contei para as meninas.

Alivi - Foi você, não foi?

Sua voz me tirou a concentração, mas mal a encarei.

Alivi - Você não tem nenhum direito.

Thais - Pode sair, por favor. Estou fazendo minha prova. - Respondo com paciência, continuando a escrever.

Alivi - Não! - Bateu sua mão por cima da folha. - Você pode ter ficando com meu Christian, mas sou eu quem ele ama.

Senti uma pontada no meu peito antes de parar de escrever.

Thais - Acha que isso pode me atingir? - Retruco, sem demonstrar alguma feição enquanto levava meu olhar para ela. - Já enfrentei coisa mais séria do que perder um macho, coisa que alguém como eu dá o foda-se e pisa por cima. Agora, estou no meio de uma recuperação que vai me colocar num patamar acima da minha vida, então, se me der licença.

Tiro sua mão de cima da prova para continuar a escrever.

Yngrid - Vaka-Aranha peluda!

Paro de escrever ao ouví-la: chegou até nós e a emburrou para deixá-la longe da mesa.

Yngrid - Sabia que ar daqui ficou mais poluído depois que você chegou, querida?

A garota ficou quieta e a encarando, raivosa.

Yngrid - Mexa com a Thais de novo e você vai querer voltar rapidinho pro fígado da sua mãe, onde nunca deveria ter saído!

Alivi - Ah.

Yngrid - Vaza.

Sem dizer nada, passou por ela, apenas indo embora.

Thais - Obrigada. - Agradeci, batendo minha testa sobre a prova.

Yngrid - De nada. Continua fazendo sua prova e eu vou tá aqui do lado sendo sua guarda costas. - Cerrou os punhos e se virou para ir até a saída, saiu sorridente.

Thais - Só não mata ninguém!

Thais Off

Lais On

Lais - O terno tem que combinar com o vestido, Yoongi. - Apalpava o tecido do seu terno, sobre a parte do seu antebraço que prendia com o alfinete.

Yoongi - O terno não precisa ser apenas terno?!

Lais - Sim, mas conta com a textura, o tom, e também uma florzinha do lado que deixa um certo charme. - Explico, sem muita animação, concentrada. Pegando uma agulha que estava ao lado.

Yoongi - Flores? Tinha que ser.

Balançou seu braço pela irritação, me fazendo espetá-lo com a agulha.

Yoongi - Ai! Você não deveria fazer isso com um óculos que mal dá pra ver um palmo à sua frente.

Lais - Eu sei... - Deixo de costurar e ponho a agulha em cima da mesa, desanima. - Não posso ficar sem fazer nada por isso... preciso tentar.

Yoongi - Olha, eu não queria te deixar triste.

Lais - Não deixou, só não sei se ao abrir meus olhos minha visão vai voltar... - Disse, colocando as minhas mãos em frente do rosto, segurando o meu choro. - Se isso realmente acontecer, eu vou ter de desistir disso... Eu nem sei como estou conseguindo costurar sem luz.

Yoongi - Hey... - Pois suas mãos nos meus ombros. - Tenta agora.

Lais - Não posso.

Yoongi - Não tem mais ninguém aqui além de nós dois. Posso fechar as cortinas para a luz não entrar... mas nem está entrando.

Lais - Não precisa, Yoongi.

Yoongi - Quer saber se sua visão voltou ou não?

Lais - Mas...

Ele me larga e se afasta, logo escuto sons ao meu lado.

Lais - Yoongi?

Yoongi - Falta mais uma... e pronto.

O sinto se sentar à minha frente, segundos depois levou suas mãos até meu óculos e o tirou, mas continuei de olhos fechados.

Yoongi - Está tudo mais escuro e a porta está bem fechada. Abre os olhos.

Lais - Tenho medo, Yoongi.

Yoongi - Seu amigo está aqui. - Suas mãos seguraram a minha, demonstrando sua segurança. - Não precisa ter medo, Marrenta.

O mesmo me fez sorrir antes de me pôr coragem e abrir meus olhos. Os abro lentamente, temendo o pior; apenas enxergo pequenos feixes de luz e uma silhueta a minha frente.

Yoongi - Consegue ver...?

Vejo o mesmo se inclinar para frente.

Yoongi - Não há nada anormal com seus olhos... apenas pequenas manchas vermelhas.

Lais - Sério mesmo que é só isso?

Yoongi - Não confia em mim?

Lais - Confio. - Assinto, sorrindo.

Yoongi - Mas ainda não respondeu se consegue ver?

Lais - Apenas pequenas coisas, até sua silhueta.

Yoongi - Não está tão escuro aqui, eu te vejo com clareza, mas já é um pequeno passo. Continua protegendo seus olhos e logo vai poder enxergar, Marrentinha.

Lais - Obrigada, Yoongi.

Yoongi - Sou demais, eu sei.

Bato nos seus ombros, rindo juntos.

Yoongi - Mesmo assim, vai poder me ajudar com esse terno?

Lais - Carol e Belinda já estão me ajudando. As duas sumiram, não?

Yoongi - Bom saber. E não faço ideia.

Lais Off

Thais On

Christian - O que fez com Alivi?

Paro de caminhar, mantendo minha visão para a máquina de lanches à frente.

Christian - Responda, Thais. - Dizia em seu tom calmo.

Thais - Acho que não está com moral para falar comigo. - Respondo, grosseira, tendo a coragem de o olhar, mas logo desvio para a janela e ver o campos e o prédio ao lado.

Christian - Quem não está com moral aqui é você...

Suspiro, fechando os meus olhos para controlar o meu nervosismo.

Christian - Por que fez aquilo com ela?

Thais - Do que você está falando? - Levo meus olhos até ele, confusa.

Christian - Um roxo no ombro dela.

Thais - Meu Deus... - Bocejo de sono, não dando importância.

Christian - Pode me explicar?

Thais - Não vou gastar palavras com você, Christian. Tenho mais o que fazer. - Respondo, logo passando por ele, mas me impediu ao me segurar pelo pulso e me virar de frente à ele, me obrigar a olhar diretamente nos olhos. - Christian!

Christian - Você não pode fazer isso só pelo motivo de não ser seu... - Em seu olhos, saltava a irá que estava de mim.

Thais - Como pode achar que fiz algo com ela?

Christian - Não é meio óbvio, Thais?

Thais - Você me conhece, e mesmo com situações como essa, eu nunca machucaria alguém, nem por você! Deveria saber disso, até mesmo pelo meu estado de recuperação que nem podia vir hoje, mas vim.

Christian - Como vou acreditar?

Thais - Foi você mesmo quem me disse sobre ela com lágrimas nos olhos... - Respondo, tocando numa memória que eu sei que o machuca, sem me importar. - Agora estou fazendo a mesma coisa, dizendo pra você com lágrimas nos olhos (Mentira). Não fiz nada com ela.

Christian - Então quem deveria ser?

Thais - Eu que vou saber. Yngrid estava comigo e... - Refleti e desvio meus olhos dos dele. - ai não.

Christian - Yngrid... deveria ser.

Thais - Solta meu braço.

Sinto o mesmo firmando ainda mais sua mão sobre meu pulso.

Thais - Vai apertar até machucar... - Retorno a o encarar. - Se deixar alguma marca em mim, eu juro que vou decepar a sua mão!

Christian - Mal tem coragem de matar uma mosca.

Thais - Um simples gesto e sua mão congela completamente... Sem volta.

Christian - Não teria coragem de fazer isso comigo.

Thais - Quer apostar pra ver?

Agora, tudo o que vejo refletir em seus olhos era o espanto pela minha reação.

Thais - Mas, aposto que não. Então me solta.

Christian - Não quero a gente assim.

Thais - Foi você quem escolheu.

Christian - Eu preciso de você... - Levou as suas mãos até meus braços, me segurando com firmeza enquanto se aproximou e se inclinou para ficar mais próximo.

Thais - Você é um cara de pau de continuar me dizendo isso! - Puxo meus braços para me afastar, mas ele não permiti. - Christian, por favor...

Christian - Não se afasta de mim... - Seus suspiros estavam desgovernados, seus olhares afoitos para mim. - Me sinto perdido... sem você... s-sem as meninas.

Thais - Chris... você precisa de ajuda.

Christian - É de você que eu preciso.

Thais - Christian... - Franzi o cenho, completamente desnorteada enquanto o encarava. -, eu juro que não entendo mais... Não te entendo mais.

Christian - Muito menos eu... - Percorreu suas mãos pelos meus braços, os pondo sobre os meus ombros, subindo mais, deixou suas mãos sobre o meu rosto encarando diretamente meus lábios. - Você faz isso comigo.

Thais - Você está com ela...

Juntamos nossos olhos, ambos complexos.

Thais - Não me diga que quer nós duas. - Complemento, ficando nervosa, colocando minhas mãos sobre as suas e as segurando. - Não fala isso pra mim.

Christian - Só... - Deu-se mais um passo para frente e inclinando-se para mim, diminuindo a distância entre nossas bocas. - só quero...

Jungkook - O que você está fazendo?!

Ao chegar, ele me puxa para longe do Christian, colocando-se na minha frente.

Jungkook - Por que não vai com sua namorada? Ela está procurando você. - Se virou para mim, encarando preocupado ao meu devaneio. - Está tudo bem?

Thais - S-sim... - Sentia todos os mistos de confusão ainda mantendo meu olhar perdido sobre ele que se apoiou na parede, estando na mesma condição que eu.

Jungkook - Vamos.

Fui puxada por ele que me levou até o refeitório, o caminho inteiro reclamando e xingando Christian e eu, calada. Ao entrarmos, fomos direto para a mesa onde Yngrid estava sentada com Tener e a Belinda, e a primeira coisa que repararam foi no estado.

Yngrid - E aí, micla. - Diz, após mordeu seu sanduíche.

Jungkook - E aí, é o caralho.

Yngrid - Christian, presumo?

Tener - O cafetão de novo?

Belinda - Cafetão? - Perguntou, confusa.

Yngrid - Longa história.

Continuei no silêncio, até sentir seus olhares para mim que aguardaram uma resposta.

Thais - Sim... Parece que a namorada dele apareceu com um roxo em alguma parte do corpo. - Viro lentamente meu olhar para ela, fixamente.

Yngrid - Vá saber se ela tá colocando outro chifre nele. Aí sim, eu vô é tirar uma com a cara dele.

Thais - Yngrid!

Yngrid - Tá bem! Eu emburrei ela, mas não foi tão forte pra fazer um roxo no corpo dessa guria.

Jungkook - Temos duas possibilidades, Primeira: Trepou com um cara que deixou isso nela. Segundo: Se machucou para fazer Christian pensar que foi uma de vocês que a machucou.

Simultaneamente, viramos nossos olhares, surpresos, para ele.

Yngrid - Desde quando você pensa, Jungkook?

Jungkook - Jogar jogos eletrônicos também exerce seus cérebro.

Thais - Acredito na segunda.

Yngrid - Duas.

Alivi -  Aqui está!

Thais Off

Yngrid On

Me virei, encaro ela de baixo antes de me levantar e ficar na sua frente.

Yngrid - Quem é a Puta?

Alivi - Para com isso.

Christian - Yngrid. - Me chamou, pouco sério.

Lili - Foi essa... - Me analisou de cima à baixo. - coisa.

Yngrid - Não me compare com o Penywise, querida.

Tener - Eu adoro as respostas dela. 

Christian - Tinha necessidade de fazer isso com ela?

Yngrid - Cê é doente, garota? - Perguntei, debochada, passando minha língua nas paredes da boca e cruzando meus braços. - Porque parece, com essa cara de defunta que tem.

Christian - Yngrid, só quero parar de discutir.

Yngrid - E eu admiro a sua completa paz e calmaria que sente agora... - Apontou para ela. - E você! Agora paramos pra pensar, me sinto ótima, faz tempo que não tretava. Que saudade!

Jungkook - Christian, não acha que isso já cansou? Não venha tirar satisfações pela discussão que elas tiveram.

Christian - Não quero aumentar e nem tirar satisfação... Apenas que vocês se deem bem.

Yngrid - Jamais na vida vou me associar com tamanho... - Também a analisei da cabeça aos pés. - projeto de laboratório que veio do mesmo casco de barata do meu ex!

Christian - Yngrid...

Alivi - Eu vou te quebrar ao meio, garota. - Se colocou mais à frente.

Yngrid - Você acha que pode me colocar medo só por se achar namorada do Christian: um Cafetão aposentado que veio fudido pra cá.

Thais - Ela voltou com isso de novo.

Yngrid - Só não voltei, como eu voltei com a minha teoria, ex chefe cafetão! - Encaro ele, séria. - Tu sabe que tô certa, num sabe.

Alivi - O que essa menina está falando?

Yngrid - " O que essa menina está falando "? - Repito, imitando seu sotaque italiano. Em seguida, riu. - Vai por mim, tem dias que estou pior.

Jungkook - Confirmo.

Yngrid - Eles se acostumam, até o Christian que me levou para um restaurante caaaro, menina. Fiz todo mundo passar vergonha naquela porra. Mas pelo menos, o Christian daquela época, gostava. - Encaro ele, subitamente.

Christian - Eu não...

Alivi - Vamos voltar ao assunto.

Yngrid - Minha filha, tu ainda tá aqui? Cê ainda não aprendeu? Aqui é: Bam-Bam! - Estralei meus dedos para a esquerda e para direita. - Se não se tocar, fica de fora falando sozinha.

Alivi - Você fez isso em mim? - Disse, mostrando o roxo no seu ombro.

Yngrid - Deus do céu. Dá um nervocalm pra essa daqui que ela tá precisando, Jesus?

Alivi - Posso te denunciar, garota.

Yngrid - A policia daqui é uma porra. Não é novidade pra ninguém. Só quero é ver quando alguém fazer alguma coisa...

Alivi - Cadela...

Levanto minha minha mão para ela, pronta para matar, mas Thais se levantou e a pegou, me fazendo a baixar.

Thais - Agora chega...

Alivi - Olha, ela fala.

Thais - Deus, dai-me paciência, por favor.

Lais - O REFORÇO CHEGOU!! - Passou do lado deles e se sentou na mesa. - O que tá acontecendo?

Jungkook - Está com o rosto meio vermelho?

Lais - Tô bem.

Yngrid Off

Lais On

Lais - Calma...

Estava saindo da sala, apalpando a parede e batendo a bengala pelo chão.

Lais - Como não gosto disso... não sinto nenhuma segurança como antes.

Continuei caminhando no corredor na mesma situação, quando encontrada algo na minha frente, me desviava e depois continuava no caminho. Com apenas segundos que tentava me acostumar, com um medo cresceu dentro de mim por me sentir um alvo fácil para qualquer um. Sentindo uma presença atrás de mim que me fez parar por receio.

Jimin - Até assim você me sente, dona Lais.

Lais - Jimin... ai, obrigada. - Digo, aliviando meu medo e me apoiando na parede.

Jimin - O que foi?

Sua mão se pois no meu ombro e outro no meu rosto, acariciando a região com seu polegar, se colocando na minha frente.

Lais - Não, Jimin...

Jimin - Não posso ficar um pouco com você?

Lais - Não.

Jimin - Chata.

Lais - Só me leva pro refeitório.

Jimin - Claro que levo.

Estando virando um dos corredores, paramos por ouvirmos gemidos que ecoavam pelo lugar.

Lais - Jimin...? - O chamo com a voz fina.

Jimin - Não me chame que não são meus... - Sussurrando.

Lais - J-Jimin... eles... - Mal conseguia falar de nervosa.

Jimin - Eu não vou poder fazer nada.

Lais - Mas...

Eu e ele começamos a discutir, apenas gesticulando com a boca; só mexia a boca e balançava meus braços.

Jimin - Shiuu.

Colocou sua mão em cima da minha boca, me calando. Também coloquei minha mão em cima da mão dele, e escutamos.

Carol - Awn... F-Fábio.

Fiquei mais agitada do que imaginada, balançando meus braços e dando mínis pulos, ansiosa. Queria sair dali o mais rápido possível.

Lais - É a Carol com o Fábio... - Sussurro para ele, ainda com a voz fina e ainda mais constrangida.

Jimin - Para de falar e vamos sair daqui. - Diz em sussurros, segurando firme minha mão.

Nisso ouvimos, os seus gemidos se tornaram mais altos e intensos.

Jimin - Lais, e se eu te falar que o Diretor está vindo...?

Lais - O quê...? J-Jimin!

Começamos a discutir como antes, enquanto, também, apontava para o Diretor.

Jimin - Você quer parar de apontar?! - Pegou a minha mão e a abaixou, juntando com a sua. - Eu sei que ele tá vindo!

Lais - Fala baixo!

Jimin - Pronto. - Abaixou seu tom. - E o que vamos fazer?

Lais - Vai lá distrair o Diretor.

Ouvimos outro gemido.

Jimin - Ma-

Lais - Vai logo. - Puxo ele que o faz ficar de costas para mim, ponho minhas mãos nas suas costas e o emburro. - Anda logo!

Jimin - Mas como?

Lais - Dá seu jeito, disgrama.

Jimin - Me chamou de quê! - Se virou para mim.

Lais - Vá. - Emburro ele novamente, antes de seguir os sons que vinham do meu lado.

Jimin - Oi, Diretor! Podemos conversar por um instante.

Diretor George - Não posso, estou ocupado.

Dei grito interno, no interior.

Jimin - Mas Diretor, só vai gastar só uns cinco minutos do seu tempo.

Esperei suas vozes ficarem mais distantes para dar batidas na porta.

Lais - Fábio.. Carol! - Dei um mini grito ao chamar o nome da minha amiga, depois, pulei de apreenção. - Jesus, me abençoe!

Não queria entrar, mesmo não vendo nada, sabia o que estavam fazendo e isso me deixava sem jeito.

Lais - Como vou fazer...? - Criei coragem e bati fortemente na porta, depois me virei, colocando as mãos no meu rosto, mesmo não vendo nada, apenas para esconder meu nervosismo.

Não ouvia mais nada, então me virei para porta e falei muito rápido.

Lais - Fábio... Carol, o Diretor tá vindo, ele vai ouvir vocês. - Dizia numa voz chorosa e por vergonha. - Então, podem parando com a putaria e sair!

Carol - Lais...? - Me chamou do outro lado da porta.

Lais - Não, sou o fantasma do verão passando. Claro que sou eu! Saiam daiiii... - Dei pulos consecutivos. - Porque o Jimin não vai segurar o Diretor por muito tempo!

Depois disso, fiquei encostada na parede de frente à porta, com os braços cruzados e balançando minhas pernas, esperando os quatro aparecerem, de ambos os lados virem.

Jimin - Lais interrompeu a diversão de vocês? - Zombou, rindo.

Lais - Tarado! - Bato a bengala na sua perna.

Jimin - Aiii.

Lais - Eu posso não ver, mas ainda escuto!

Jimin - Eu vou cobrar.

Lais - Não sei com o quê?

Jimin - Ah... - Ficou em silêncio por segundos. -, não sabe o que estou fazendo agora.

Carol - Ele não está fazendo nada.

Jimin - Estraga prazeres!

Diretor George - Bom dia.

Todos - Bom dia.

Fabio - Bom... obrigada por... nos avisar. - Agradeceu em sussurros.

Jimin - Atrapalhar, quer dizer.

Levantei minha mão que segurava a bengala, lentamente, então a abaixei e: PÁ!. Novamente mais uma dor.

Jimin - Au!

Lais - Isso é tão util. - Balanço a minha amiga entre minhas mãos.

Jimin - Não balança isso perto de mim!

Carol - Para de graça, Jimin, deixa a Lais. Sabe que ela fica com vergonha.

Senti os seus braços em minha volta, me apertando.

Carol - Por que veio? - Pergunto, pouco alterada.

Lais - Eu só queria comer no refeitório e esperava encontrar você! Puta! Disse que queria me falar uma coisa, mas e-eu vejo que vou ir pra lá sozinha!

Carol - Não, eu te levo. Deixa os dois ai. Eles se entendem bem, não! - Pois suas mãos nos meus ombros pronta para me levar. - Quero conversar com as minhas amigas.

Fabio - M-m-mas, Carol.

Carol - Depois conversamos!

Jimin - Eu vou dar uma volta!

Fabio - Pode ficando aqui, Park Jimin!

Jimin - Eu nem sou seu amigo!

Lais Off

Thais On

Lais - Nada.

Yngrid - Isso aqui ainda é uma conversa? Porque eu realmente não sinto mais adrenalina de dar na cara dela. - Apontou para a garota.

Alivi - Como é que é?

Christian - Chega. Alivi, me espera lá fora!

Alivi - Christian!

Christian - Me espera!

Os dois trocaram olhares, tensos.

Yngrid - Isso, seja uma cachorra obediente e obedeça seu macho! - Diz, acompanhando ela com o olhar.

Tener - Eu me classifico para ter essa vaga.

Lais - Menino, para de fogo no rabo! - Encarou ele, o repreendendo.

Christian - Eu sei que não foram vocês... mas...

Yngrid - Não acha que está passando os limites da trouxice humana? - Perguntou, fazendo ele se calar. - Na humildade, mermo.

Christian - Então é assim? Eu quem não quero brigas entre nós e vocês continuam com as brigas.

Thais - Sim! É assim! - Me levanto, já nervosa, ficando entre ele e a Yngrid. - Foi você que quis assim! Então aguenta as provocações vindas dela e das meninas, porque de mim, você só vai ter o silêncio.

Deixo eles, passando por ele e saindo para o corredor: saio do prédio para dar uma caminhada ao ar livre, para respirar e tirar a tensão que sentia. Passando pela área detrás do prédio, percebo estar sendo seguida e paro.

Alivi - Você não perde por esperar.

Thais - Estou morrendo de medo de você. - Respondo e continuou meu caminho.

Thais Off

Yngrid On

Yngrid - Ela marca...

Carol - E dá um tiro!

Lais - Kabom!

Batemos nossos punhos fechados uns nos olhos, encarando ele.

Jungkook - Vou ir atrás dela. - Pegou sua bolça em cima da mesa enquanto encarava feio para Christian. Passou por nós e seguiu para fora.

Yngrid - Sobrou nóis... - Aponto para ele e depois para mim mesma. - Acho que sua moral tá bem aqui, viu, no dedo mindinho do pé.

Christian - Por que continuam com isso?

Lais - Como Thais disse: você quis assim.

Christian - Só não contra-ataque com... - Passou seus olhos nos três atrás da gente. - aquilo.

Tener - Uma marreta? É bem capaz delas usarem contra você e ela.

Christian - Eles... - Apontou para eles, pensativo.

Lais - Não, Christian. Não faça uma coisa dessas. - Diz, entre os dentes.

Yngrid - Se quiséssemos, já teríamos feito há tempos, Christian. O querer aqui, já tá no céu.

Lais - Agora vai com ela. Aposto que está perdendo um tanto de tempo aqui com a gente.

Christian - São minhas amigas.

Yngrid - Agora somos suas amigas?! - Exclamo, franzindo pela confusão. - Devo lembrar o que você disse na sua venda!

Christian - Aquilo... - Fechou seus olhos.

Yngrid - Uma hora você diz uma coisa, outra hora diz outra! Assim não dá pra te defender! Bom, não dá pra te defender há um tempão, né?

Lais - Esquece esse assunto tá, Christian. E repense o que você quer realmente. A gente vê que você não tá legal. - Levou sua mão até o rosto dele, passando seu indicador pela barba rala. - Quando quiser conversar... eu ainda tô aqui.

Yngrid - Só ela! Sigam-me às minhas vadias!

Tener - Posso pôr as minhas mãos em... - Parou em frente ao Christian, esfregando suas mãos e o encarando maliciosamente.

Belinda - Tener, realmente você não tem limites! - Puxou ele pelo cabelo. - Desculpa, cafetão.

Tanto ela quanto o Tener, riram ao seguir a Lais e a Carol.

Christian - Você realmente espalhou a minha segunda identidade. - Disse, dando um riso de lado.

Por um momento, eu senti falta das nossas conversas, mas logo tratei de esquecer como elas eram boas e só lembrar das cagadas que fez.

Yngrid - Não venha mocinho! - Aponto meu indicador na cara dele, a balançando sem controle. - Q-que não vai me comprar com isso!

Christian - Sinto falta da sua amizade.

Yngrid - Eu poderia perguntar: escolha ela ou eu. Mas acho que a resposta é evidente, então eu vou me salvar de uma vergonha ainda maior. Até! - Passo por ele para ir atrás dos outros. - PIMPA! Consegui sair por cima!

Yngrid Off

Thais On

Thais - Minhas costas. - Pulei na cama, reclamando pela dor que sentia.

Lais - Sai, que vou dormir aqui! - Também pulou na cama, ficou do meu lado. - Não quero levantar!

Yngrid - Eu vou me enfiar no meio! - Pulou em cima de nós, se remexendo até criar um espaço para poder ficar. - Melhor.

Thais - Minhas costas...

Yngrid - Já que vamos dormir aqui, que tal pedirmos pizza e...

Thais - Estou com sono. - Enfiei minha cabeça no meio do travesseiro. - Talvez amanhã.

Lais - Então você vai comer ela fria.

Thais - Pizza fria no café da manhã? Já quero.

Yngrid - Vá dormir, vamos tá lá em baixo, puta?

Lais - Mostre o caminho!

Thais - Tá bem.

Elas saíram do meu quarto e com o sono de três dias mal dormidos, dormi rápido.

~ Sonho ~

Aos olhos para as estrelas infinitas pelo céu, enquanto sentia a brisa correndo pelos meus cabelos esvoaçantes. Com isso, acabei por fechar meus olhos e a cantar ao sons do vento.

Sr. Heitor - És por cá que fica, Pequenina.

Abro meus olhos e o miro, surpreendida.

Mila - Senhor.

Sr. Heitor - Prossiga a cantar, essa melodia estava esplendida.

Prossegui continuamente a mirá-lo, a ponto do mesmo acabara a me olhar, encantado.

Sr. Heitor - Não me mira deste jeito, Pequenina.

Mila - Perdão. - Retiro meu olhar de tua pessoa para a pôr novamente sob às finitas estrelas. - Por qual motivo estás por cá?

Sr. Heitor - Deve saber da resposta.

Mila - Não devia cometer isto, Senhor.

Sr. Heitor - Lhe incomoda se desejo estar perto de ti?

Mila - Não. Mas... há possibilidade de... 

Sr. Heitor - Continue...

Pus meus olhos aos dele, notanto sua aproximação.

Sr. Heitor - És tão bela, Pequenina... - Levou tuas mãos para meu rosto, aventurando-se em adentrar seus dedos pelo meu couro cabeludo, emaranhando os fios. Retornou sua mão gentiu para meu rosto, pressionando teu polegar suavemente pelos meus lábios.

Mila - Senhor... - Seguro em tua mão.

Sr. Heitor - Shiiu. - Inclinando-se, colou sua testa junto a minha. - O que sinto, Mila... não posso explicar por meras palavras que poderiam sair sem sentido de minha boca.

Mila - Heitor...

Sr. Heitor - Meu desejo és ter seus lábios junto aos meus. Desejo tanto... - Murmurou, piedoso.

Seus lábios estavam, perigosamente, centímetros de distância aos meus, misturando seus suspiros cálidos ao meu. Iria me entregar à este sentimento que acrescia mais e mais dentro de mim?

Mas não.

Isso não.

Presava pelas consequências que viriam.

Me levanto, dando-lhe as costas.

Mila - Me perdoe. Não poderei realizá-lo. - Lhe digo, fazendo meu coração se partir em pedaços novamente.

Sr. Heitor - Sinto... Me perdoe, Pequenina.

O miro ir até teu cavalo.

Sr. Heitor - Posso lhe acompanhar até tua moradia?

Mila - Irá ser um incomodo.

Sr. Heitor - Está contigo nunca és um incomodo, Mila.

Retornamos à minha moradia, com ele me acudindo a descer de seu cavalo.

Sr. Heitor - Entregue...

Retornamos a ficar perto um do outro, de frente um ao outro.

Sr. Heitor - Pense, mais uma vez. Lhe peço, com todo meu ser. Pelo meu amor a ti. - Pronunciava com teus olhares formosos e brilhantes mirando diretamente os meus, me causando tremores.

Mila - Até ao amanhecer, Senhor.

Me dirigi ao caminho de minha porta, querendo regressar ao teu lado e selar meus lábios aos dele e nunca, jamais, os soltar. Mas compreendo que isto era o melhor para mim.

~ Sonho ~

Acordo numa quase queda da cama.

Thais - Heitor...

Fecho os meus olhos e apenas tenho as feições do Heitor na minha mente, que eram idênticas às de Christian. Desde o momento em que acordei, meu coração estava descontrolado no peito.

Yngrid - Que foi, menina? - Perguntou, sonolenta, se mexendo no colchão.

Thais - Eu sonhei.

Yngrid - Estranho. Eu não.

Lais - Calem a boca, desgraça, quero dormir.

- Na universidade -

Estava caminhando pelo campos, relembrado do Sonho e do sentimento de Mila pelo Heitor que era reprimido pela mesma e por todos que rondavam a garota, menos as suas amigos. Ao ver Christian ao entrar na sala, sentando, que lia um livro qualquer antes de começar a aula, me senti exatamente o mesmo.

Thais - Por que isso, meu Deus? - Pergunto ao entrar, receosa, na sala, indo para o meu lugar de sempre, quieta.

Christian - Se... se quiser sentar em outro lugar... pode ir. - Diz, sem tirar os olhos do livro.

Thais - Não vamos causar uma agitação por uma coisa pequena, tá. - Respondo, arrumando as minhas coisas.

Christian - Está bem. - Em sua voz, um misto de alegria e alívio soou.

Acabar sonhando com os eventos, das memórias, que aconteceram com Mila, só piora as coisas.

Voltei a caminhar pelos corredores da Universidade, lendo um dos Livros antes de ir à biblioteca. Acabando por não prestar atenção por onde andava e me esbarro em alguém e deixo cair meu óculos.

Thais - Desculpa. - Me abaixo para pegar o óculos que caíram.

Alivi - Não, a desculpa é toda minha.

Thais - Hum? - Levanto meu rosto para ela antes de me levantar com o óculos na mãos: estava junto com várias outras garotas que me rodearam. As olhada com a sobrancelha arqueada, confusa, mas calma.

Alivi - Não nos olhe assim. - Deu mais um passo à frente e pegou meu livro. - Isso vai ser mais uma diversão... só que para nós.

Thais - Me deixa em paz. - Tomei meu livro das mãos dela e me virei, dando de cara com outra garota me assustando um pouco. - Você não vai querer fazer isso.

Alivi - Melhor você ficar quieta.

As mesmas vieram até mim e seguraram meus braços e taparam a minha boca para que não pudesse gritar, dando a sorte delas e meu azar que ninguém nos viu. Me arrastaram para os fundos, onde não havia ninguém. Me jogaram contra a parede com força, batendo as minhas costas e minha nuca.

Thais - Por que está fazendo isso? - Perguntei, sentindo a dor da pancada, logo sentindo dor se espalhando no meu corpo, juntamente da pequena falta de ar.

Alivi - Imaginei que ele iria mesmo arrumar alguém para passar o tempo e tentar me esquecer, mas não imaginei que seria uma como você, sua vadia! - Me puxou pelo meu cabelo e o levou para cima, dando um soco certeiro no meu rosto. - Agora você vai aprender a não mexer comigo.

Puxou meu cabelo para trás, deixando sua face à frente da minha.

Lili - Eu disse que iria ver. E ai de você contar para alguém que foi eu.

Thais Off

Lais On

Lais - FÁBIOOOO!! - Abro a porta com tudo, mas não ouço nada. - Eu já posso imaginar que a Carol tá aqui?

Carol - Acertou.

Lais - Na próxima, tranquem a porta. Brigada de nada. Eu volto depois. - Dou meia volta para sair, me acomodando com a bengala.

Carol - Lais.

Lais - Pergunto mais tarde. E se quiserem se pegar, tranquem a porta, pelo amor de Deus.

No momento em que fecho a porta, sinto uma pontada no meu peito que me desequilibra e para me apoiar, uso a bengala e a porta deixando a presença ruim dominar meu peito. Aquilo instantaneamente me fez pensar na Thais.

Lais - Thais...

Sem pensar duas vezes, tirei meu óculos e abri meus olhos lentamente para me acostumar com a claridade, não tendo a visão boa mas o suficiente para poder enchergar, e pela primeira vez em tempos eu enxergo novamente aquele corredor da Universidade tão familiar que fazem meus olhos lagrimejarem: parecia que agora, todas que cores estavam mais vivas que antes, mesmo sendo corres neutras.

Saindo da minha recuperação, começo a correr pelos corredores daquele andar procurando por ela, sentindo o mesmo sentimento ruim crescendo no meu peito que me desesperava ainda mais: a procurei nas salas, refeitório, em todos os cantos do prédio mas não a encontrei.

O medo me tomou por inteira ao sair para o corredor de fora e olhar para o campos com uma mínima esperança de encontrá-la, e nada.

Yngrid - Lais!

Me puxou por trás, nos fazendo ficar frente à frente.

Yngrid - A Thais... - Arregalou seus olhos ao me ver sem o óculos e de olhos apertos. - Você tá com os olhos abertos! Pode coloca isso!

Lais - Você também sentiu isso? - Seguro sua mão, a olhando, desesperada, saindo do assunto. - Responde, sinceramente.

Yngrid - Sim, e posso falar com todas as palavras que tô morrendo de medo.

Lais - Também.

Saímos para o campos.

Lais - Vamos dar a volta no campos.

Yngrid - Tem certeza que pode?

Lais - Eu vejo pouco, mas posso me virar.

Yngrid - Então, vou por aqui.

Lais - Eu vou por ali.

Seguimos caminhos opostos: vasculhava todos os cantos possíveis daquele lugar. Num instante, vejo Alivi junto à umas garotas, gargalhando enquanto saíram atrás do prédio ao lado.

Desconfiada e com um péssimo pressentimento, desviei o caminho e fui para trás do prédio, entrando no meio de toda a mata que tinha por ali.

Lais - Thais! Tu tá aí?! - Perguntava por ela, desviando dos galhos e os tirando da frente do meu rosto com ajuda das minhas mãos. - Pelo amor de Deus, te procurei por toda a Universidade!

Yngrid - Thais... THAIS!!

Seus gritos ecoaram pela mata em desespero.

Lais - YNGRID?!! - Corri na direção da sua voz em meio a mata, passando por algumas árvores e arbustos até sair e as encontrei: Thais estava estirada sobre um arbusto, com seu corpo repleto de hematomas. Corri até as duas, fora de mim por ver Thais daquele jeito, ficando do seu lado. - Quem isso com você.

Yngrid - Ela tá desmaiada. - Explicou, entrando no seu choro e segurando as mãos dela. - Thais...

Lais - Thais acorda... - A balançava levemente, enquanto deixava cair algumas lágrimas. -, pelo amor de Deus, abre os olhos.

Yngrid - Temos que chamar os meninos.

Lais - Eles vão querer matar a pessoa que fez isso. - Respondo, voltando a encará-la.

Yngrid - Até sei quem...

Ficamos segundos em silêncio, já tendo a resposta na ponta da língua.

Lais - Alivi não faria isso.

Yngrid - Tá mermo duvidando da vadia? Pensa, quem nesse exado momento poderia fazer mal à ela...? Hmm?!

Lais - Tá. Vamos levar ela pra enfermaria e lá conversamos.

A levamos o mais discreto possível a espreita pelos corredores. Foi impossível. Todos ao redor, olharam para nós, confusos, comentando pelo seus grupos de amigos. Foi assim, até chegarmos e entramos na enfermaria.

Enfermeira - O que aconteceu? - Perguntou, surpresa, ao entrarmos com Thais nos nossos braços.

Yngrid - Também não sabemos.

Lais - Pode ver como ela está? - Perguntei, ajudando Yngrid à colocá-la na cama.

Esperei, encarando a enfermeira enquanto andava em círculos pelo quarto, apreensiva sobre Thais. A pouco, os meninos entraram num pulo na enfermaria, assustados.

Jungkook - Quem foi?! - Gritou, apontando para Thais.

Enfermeira - Shii! - Pois seu indicador na boca e voltou ao seu trabalho.

Lais - Como souberam?

Yoongi - As coisas aqui voam.

Jin - Quem pode ter feito isso com ela?

Yngrid - Não temos que pensar muito pra saber quem foi. - Com seus braços cruzados, se virou para nós, com medo estampado na face.

Jimin - Aquela garota não faria isso?

Yngrid - Faria. - Respondeu seca. - Eu mato ela. Junto dela, o Christian.

Enfermeira - Vocês querem se acalmar? A enfermaria é pequena demais para tantas pessoas. - Explicou, se virando para nós.

Jungkook - Eu não vou.

Tae - Vou atrás dele. - Avisou, antes de se virar para a porta.

Lais - Christian não participou disso. - Digo, e ele para. - Eu sei disso.

Yngrid - Mas a namorada sim. - Se virou para mim, confirmando.

Lais - Ainda não temos certeza. - Encaro ela, retrucando.

Yngrid - Mas eu tenho! - A mesma foi até os meninos, passando por eles e saiu da sala.

Lais - Yngrid!

Jin - Melhor ela esfriar a cabeça sozinha.

Lais - Vocês não conhecem ela mesmo, né? Ela vai fazer alguma coisa contra Alivi. - Explico e vou até a enfermeira. - Enfermeira, pode deixar eles aqui, por favor. Vou atrás da Yngrid.

Tae - E você nem deveria estar com seus olhos abertos.

Lais - Mas ele estão bem. - Passei por ele, junto dos outros para sair. - Já volto.

Enfermeira - Só se ficam quietos.

Todos - Sim, Senhora.

Lais Off

Yngrid On

Yngrid - Filha da puta, cadê você?! Fi de rapariga! - Dizia para mim mesma, correndo pelos corredores e acabando indo para fora, onde, atravessando o corredor, a vi junto com Christian e mais algumas pessoas: estavam discutindo em berros. - Como pude ser sua amiga, Christian?

Abro minha mão, direcionando a mesma para o lado esquerdo; em instantes, as rajadas dos ventos fortes levantaram as folhas que estavam no gramado, os conduzindo para voarem ao redor; pus mais força sobre a pressão e os ventos aumentaram, percebendo os mesmos se calarem e olharem ao redor pela mudança no tempo.

Desviei meu olhar para as árvores, que estavam atrás deles, movimentando minha mão em círculos: os seus gravetos, folhares, dançaram conduzidos pelas ventanias que circulavam ao redor, causando os famosos túneis de vento. Subitamente, coloco meu olhar sobre ela, com fúria; levo os túneis de ventos, carregadas de demais folhas, para sua direção, tão densamente que a fez cair para trás e ser levada (arrastada) pelo gramado.

Christian começou a procurando algo pelo campos, até que para seu olhar confuso para mim. Dei um sorriso sínico e com ódio. Ponho minha mão livre na direção da fonte, virando a palma para cima: levanto uma coluna d'água e jogo, bruscamente, num jato, na sua direção, que o acertou e o fez ir com tudo para trás.

Todos ao redor encararam aquilo, arregalados e atônitos. Percebendo a movimentação, abaixo a mão que controlada os jatos, voltando com a atenção para a Vadia, controlando, novamente, outra coluna e lançando para ela, continuando a ser arrastada pelo gramado, apenas parando ao ser chocada numa árvore: a prendi nele, formando uma bolha d'água em volta da sua cabeça. A segurava sem pôr muita força, mas era o suficiente para mantê-la pressa, tentando sair, se debatendo contra a árvore com algumas, muitas, pessoas indo até ela e tentando ajudá-la: batia suas mãos contra a água, mas nada adiantava para se soltar.

Lais - Yngrid, o que você tá fazendo?! - Pegou no meu pulso, mas não abaixei meu braço.

Yngrid - Solta, Lais. - Mantinha meu olhar enfurecido para ela, sem controle dos meus atos.

Lais - Não! Mesmo que seja ela a culpada, você não pode fazer isso!

Yngrid - E por que não? Viu o que ela fez com a Thais?

Lais - Mas isso te faz ser igual a ela!

Olho para ela com os olhos marejados, logo depois abaixo meu braço, parando com aquilo.

Yngrid - Eu só queria que tudo isso não tenha acontecido com a Thais...! - Me viro de frente à ela, passando minhas mãos nos meus olhos, limpando a pouca água que surgiu. - Depois de tudo que passamos.

Lais - Eu sei. Eu também.

Olhamos na direção dela que estava sendo ajudada pelos demais colegas, e Christian afastando, inteiramente molhado, apenas observando todos ajudarem a namorada.

Yngrid - Não vou perder meu tempo com eles.

Lais - Vamos voltar antes que dê merda... - Põe sua mão sobre meu ombro para me levar. -, mais do que já deu.

Voltamos para a Enfermaria, ainda agitadas pelo que fiz, mas a pouco energia da minha ação foi indo embora e colocando no lugar o medo e a preocupação, esperando ela acordar. Mas já iria bater o sinal para o inicio da aula, mas eu dei um foda-se e fiquei com ela junto do Jungkook, sabendo que depois eu iria me fuder para recolocar os meus horários em dia.

Thais - Ah... - Gemeu de dor enquanto acordava, se movimentando minimamente na cama.

Yngrid - Thais. - Me levantei e fui até ela, ficando do lado da cama.

Thais - Onde...

Jungkook - Enfermaria. Está bem?

Yngrid - Como pode perguntar isso? - Pergunto, nervosa, encarando ele. - Olha o estado dela?

Thais - Estou bem...

Yngrid - Mar num tá bem mesmo. - Volto minha atenção para ela.

Jungkook - Às vezes não entendo nada o que você fala.

Yngrid - É português, querido. Agora... - Me inclinei para ficar mais próxima dela. -, foi a puta da Alivi que fez isso, não foi?

Thais - Se dizer que sim, você pode fazer algo com ela.

Jungkook - Ela já fez.

Levo minha mão até sua nuca, batendo na região com força.

Jungkook - Ai! - Pois suas mãos por cima da sua cabeça.

Yngrid - Não era pra contar, infiliz! - O repreendo, encarando a parede.

Thais - O que você fez?

Voltamos a nos encarar.

Yngrid - Depois te conto, precisa descansar.

Jungkook - Quer alguma coisa pra comer? Está com sede?

Thais - Estou bem, Jungkook. Só com um pouco de dor.

Yngrid - Aposto que essa dor não é nada comparado com a dor sentia nos músculos.

Thais - Uhum... - Assentiu.

Yngrid - Pode pegar uma lata de refrigerante pra mim, Jungkook?

Jungkook - Você mesma pode pegar.

Yngrid - Vai logo. - Abro minha mão na sua direção, sorrindo pra ele.

Jungkook - Tô indo. - Deu as costas para nós e foi correndo para fora.

Thais - O que quer falar?

Yngrid - Foi por pouco que não matei ela...

Thais - O quê? - Arregalou seus olhos, pronta para me dar um sermão.

Yngrid - Tava com tanto ódio que não via mais nada na minha frente e quase aconteceu. Lais chegou primeiro e me fez parar.

Thais - Ficou doida?

Yngrid - Sou mais evoluída: Retardada o nome.

Thais - Para de brincadeira, isso é sério. Se matasse ela.

Yngrid - Nem ia dar merda, ninguém ia desconfiar que fosse eu.

Thais - Christian iria, de nós três.

Yngrid - Foda-se ele.

Thais - Ele ainda é nosso amigo...

Yngrid - Só pra ti e pra Lais, porque pra mim... bate a cara, senta e chora, porque ele já me perdeu.

Ouvimos alguém bater na porta com pouco de força.

Yngrid - Quem é?!

Thais - Não estamos na sua casa, tem que abrir.

Yngrid - Que merda. - Me levantei da cadeira e fui até a porta. - Olha se for...

Parei de falar quando vi Christian do outro lado.

Yngrid - É só falar no demônio que ele aparece.

Christian - Precisamos conversar.

Yngrid - Meu filho, nóis num tem nada pra conversar. Simples.

Christian - Poderia ter matado ela.

Yngrid - Não me arrependeria.

Christian - Por que fez isso?

Yngrid - Fala sério que ainda não sabe que sua namoradinha fez com a Thais? - Dou um espaço e aponto para ela que ainda estava deitada na cama. Desviou os olhos de mim e olhou para ela, com um olhar triste, confuso, revoltado. - Não adianta olhar pra ela. Aliás, nem deveriam tá aqui pra começo de conversa.

Christian - Alivi não faria isso.

Yngrid - Então você não conhece sua namorada, pelo visto.

Christian - Conheço muito bem... - Volto a me olhar, mais confuso do que tudo. - Não... não mesmo.

Yngrid - Não quero detalhes sobre cobras. A questão é; saia daqui antes que eu dê mais uma vez de retardada que sou e te mando pelos ares.

Christian - Não faria isso.

Yngrid - Hmm. - Assenti e me afasto da porta, abrindo minha mão, com a palma para cima, na direção da porta e a levo para a minha esquerda, fechando a porta com tudo, depois a trancando. - JÁ FIZ!

Christian - Para de se comportar como criança! Eu só quero que ambos os lados parem de conflitos.

Yngrid - O sujo falando do mal lavado, que lindo. Se olhe primeiro antes de falar de mim! E não! Ela que começou e eu vou terminar! Que aguente as consequências. E Christian, vai pastar! Seria um enorme favor que varia pra mim, obrigada! - Depois de segundos, percendo pelo outro lado que se foi. - Vai tarde!

Thais - Não precisa falar com ele assim.

Yngrid - Eu falo... não quero ele perto de você. Sei que não mando em você, mas... depois de tudo isso que tá acontecendo, já é demais. Não acha?

Ela suspirou e me olhou atentamente.

Thais - Não se deixa abater por ela, está bem?

Yngrid - Só por você. - Concordei com a cabeça e logo batem de novo na porta.

Thais - É o Jungkook.

Yngrid - Já era hora, viu, Jeon!

Yngrid Off

Lais On

Diretor George - Isso não é a primeira fez que acontece isso.

Lais - Então, acredita em mim? - Perguntei em dúvida, o olhando franzindo minhas sobrancelhas.

Diretor George - Acredito. Me fale mais dessa garota.

Lais - Não sei quase nada. Só que namora com... um ex-amigo meu...

Diretor George - Entendo. E Thais tinha alguma relação com esse ex amigo?

Lais - Sim, por isso que essa Alivi fez isso.

Diretor George - Acredita que por esse motivo, fez o que fez? Ou pode ter outra hipótese?

Lais - Não... foi isso, Senhor, tenho a plena certeza disso.

Diretor George - Vou ir vê-la agora. - Se levantou, arrumando os botões do seu terno. - E também, é bom vê-la recuperada.

Lais - Obrigada, Senhor.

Saímos da diretória, comigo atrás dele, seguindo caminho para a enfermaria. Encontramos a enfermeira a tratando, revelando estar já acordada, mas eu esperei do lado de fora junto com os meninos.

Tae - Está mais calma? - Perguntou ao vir até mim, preocupado.

Lais - Não... E agora, eu vou ter uma pequena conversa com aquela garota e com o Christian. - Aviso, passando por ele e voltando a andar pelo corredor.

Jimin - Vamos com você!

Lais - Precisa não! - Respondo, me virando para eles. - Quero conversar sozinha com eles. Mas, precisamente, os dois separadamente.

Christian - Estou aqui.

Dou um quase pulo, tremendo meu corpo inteiro, vendo os dois olharem para ele com uma face nada boa. Me viro para ele, na mesma condição.

Christian - Que falar sobre o que aconteceu hoje?

Lais - Ah... Meninos. - Digo e os mesmo passaram do meu lado para irem embora.

Hoseok - Estamos de olho, viu! - Diz para Christian ao passar ao seu lado.

Esperei eles virarem o corredor para começarmos a conversar.

Christian - Vocês são doidas? Quero dizer, eu sei o quão são, mas aquilo lá fora foi demais. Eu sei que ela não fez...

Lais - Então você tá dizendo que a Thais tá mentindo na cara dura?

Christian - Não coloque palavras na minha boca. Não duvido dela, mas... a Alivi.

Lais - É, já tô vendo que tu já tá comendo na palma na mão dela. Sabe, eu vi uma foto que ela postou no Instagram momento depois que encontramos a Thais estirada num arbusto atrás do prédio. Escreveu um textão, relatando o enorme amor que sente por você e sabe o lugar onde vocês estão? - Dizia com um entusiasmo falso e com ódio transparecendo na voz, enquanto o encarava e o mesmo abaixou seu olhar, quieto. - Num iate com taaantas pessoas sentadas numas mesas, tudo trabalhado na luxúria, e vocês dois... nossa, nem preciso dizer nos looks que vestiam. E mais... foi na época que seu cabelo tava trabalhado na reta. Eu reconheci de longe! Agora eu sei do motivo dela querer tanto você. Olha o golpe o baú!!

Christian - Lais...

Lais - Era assim também quando ainda moravam na Itália? Até posso imaginar a desgraça que podia ser!

Christian - Eu entendo a sua raiva.

Lais - É o melhor que você pode fazer mesmo, porque eu tô é tão puta que podia fazer pior que a Yngrid! 

Christian - Não brinca com isso... Eu sei que não...

Lais - Tá bem, ótimo, acredite nela e depois não venha querer chorar no meu colo depois que descobrir a verdade! E nem no colo você pode chorar, né... porque... - Perdi meus olhos na parede e depois os coloco de volta nos de Christian. - Tem uma coisa que eu quero dizer pra você, agora analizando a sua situação que não surpresa pra ninguém.

Christian - O quê?

Lais - Tu é trouxa. - Digo, abrindo um sorriso largo. - E não é primeira fez que eu digo.

Christian - Dá uma chance pra ela se explicar.

Lais - Deveria conhecer mais sua namorada... Foi ela, Christian. Thais nunca mentiria, você sabe mais do que ninguém.

Christian - Só não sei o que pensar... - Sussurrou, abaixando seu olhar para o piso. - Ela me puxa de um lado, vocês de outro...

Lais - Mesmo depois da canalhice que você fez, depois de tudo... - Encarava seu rosto que mal me retribuía o olhar. - eu ainda considero você meu amigo, posso ser uma trouxa por isso mas posso fazer o que se eu gosto de você, caralho! Mas, eu não posso fazer você acreditar numa ou na outra, quem deve tomar essa conclusão é você mesmo... E se conhece mesmo essa garota como diz... então como você pode falar que ela não arrepentaria uma outra garota por sua causa se ela te ama tanto?

Passei do lado dele para ir embora.

Christian - E se não for...

Lais - Acabamos! Porque, eu não me controlar se você dizer o contrario... - Me viro para ele, olhando acima dos seus ombros. - Eu sei que lá no fundo, por mais fundo que seja, você sabe que a gente tá certa...

Dou um giro para ir embora dali, antes que eu fale mais algo pra ele.

A tarde passou e logo o céu começou a escurecer, dando início à noite agitada que iria começar. Ainda estávamos na enfermaria resolvendo a situação ao lado da Thais. George foi falar com os pais dela por telefone sobre o que aconteceu. Sabendo como são, iria ter uma treta.

Thais - Não precisava disso. - Diz, sentada na cama, encarando perdida a parede do outro lado da enfermaria.

Yngrid - Se falar isso de novo, eu vou dar na sua cara.

Thais - Meus pais vão até o inferno pra achar quem fez isso.

Lais - Isso que pais devem fazer. - Respondo, logo após sinto meu celular tremer antes de tocar sua música. Logo o peguei no bolço e vejo quem era antes de atender. - Ah, Omma.

Yura - Por que ainda não veio?

Lais - Uma coisa aconteceu com a Thais e eu estou bem preocupada. Só vou mais tarde.

Yura - O que aconteceu?

Lais - Acho que a mãe dela vai falar pra você. Pode ficar tranquila.

Yura - Certo. Manda melhoras pra ela.

Lais - Minha mãe te mandou melhoras.

Thais - BRIGADA!

Lais - Ouviu?

Yura - Sim. Tchau filha.

Lais - Bye, Omma. - Desliguei a chamada e voltei a dar atenção pra ela. - Tá melhor?

Thais - Estou.

Yngrid - Posso dormir aí? - Se jogou do lado dela. - Só vou acordar amanhã.

Thais - Fala que não vai vir?

Lais - Não. Prefiro deixar espaço pra vocês.

Jungkook - Cheguei!

Olhamos para ele ao vê-lo entrar.

Yngrid - Tu cale a boca ai que eu quero ir dormir, cacete.

Jungkook - Nem são sete horas e você já quer dormir?

Yngrid - Você me conhece, Jungkookie!

Lais - Acho que já posso ir. Jungkook tá aqui e vocês duas vão ficar juntas.

Yngrid - Tu é doida de confiar no Jungkook?! - Se sentou na cama e apontou para ele.

Jungkook - Por quê? - Pois sua mão no peito, fingindo mágoa. - Magoou.

Yngrid - Vou dormir.

Lais - Até amanhã pra vocês duas. - Me levantei da cadeira e vou até a porta. - Pra tu também, Kookie.

Jungkook - Tchau.

Thais - Conversamos pelo celular.

Lais - Aham!

Saio da sala e fecho a porta, logo escutando os risos vindos deles que me fizeram sorrir, indicando ela estavam bem. Caminho pelos corredores para ir até fora, saindo do corredor de fora para sair ao campos.

Namjoon - Já vai ir? - Perguntou ao vir até mim, ficando do meu lado.

Lais - Sim. Elas vão ficar e eu vou aproveitar e dormir, hoje foi agitado demais, até para os meus olhos. Preciso de um descanso longo.

Namjoon - Posso te levar até em casa?

Lais - Claro que sim! - Aceito, acompanhando até a entrada da universidade, encontrando Carol no caminho junto da sua mãe. - Oi, Cah. E oi mãe da Carol.

Zora - Olá, crianças.

Carol - Ainda está aqui?

Lais - Eu acho que todo o campos soube o que aconteceu com a Thais, então...

Carol - É, né? Fui visitar ela e... nossa. Quem faria isso?

Namjoon - A nova namorada do Christian.

Carol - Aquele projeto mal feito vindo da Itália? - Diz, cruzando seus braços.

Namjoon - Essa eu gostei.

Lais - É. Mas agora ela tá bem. Está em boas mãos por isso estou indo para descançar.

Zora - Posso levar os dois, não vai ser um problema.

Namjoon - Não queremos incomodar, senhora.

Zora - Não vai incomodo ajudar os amigos da minha filha. - Continuou, sorrindo, indo em direção ao carro em frente. - Vamos.

Carol - Vem... - Puxou minha mão e a do Namjoon para irmos até o carro.

Fomos o caminho inteiro jogando as conversas no ar, mas sem colocar o assunto sobre em envolvimento com o Fábio, principalmente por estarmos na frente da sua mãe e do Namjoon.

Lais - É aqui. - Digo e a mesma para o carro enquanto tiro o cinto. - Obrigada pela carona, Tia Zora.

Zora - Eu acho que posso me acostumar com Tia Zora.

Namjoon - Posso descer aqui.

Carol - Nada disso, você vai descer na frente da casa! Até amanhã, Lais! E valeu por hoje. - Piscou abrindo um sorriso para mim.

Lais - Há, há! - Riu por saber o que era. - De nada, miga. Até amanhã.

Saio do carro e aceno para eles enquanto iam embora. Solto um suspiro longo e olho ao redor, tendo a minha visão da minha rua e depois volto a olhar para a frente da minha casa, feliz por ter novamente a minha visão. E como esperado, os meus pais ficaram na mais plena felicidade de me verem enxergando novamente junto do meu irmão que não paravam de sorrir.

Deixo ele no andar de baixo para ir ao meu quarto, cansada, depois vou para o banheiro e tomar um banho relaxado. Entro na banheira depois de enchê-la com a água quente para relaxar o meu corpo.

Lais - Meu pescoço. - Passei minhas mãos pelo meu pescoço, massageando a região. - Que vida.

Mergulhei na banheira, ficando submersa por algum tempo até escutar uma voz conhecida.

Voz - Lais.

Com o assusto, me remexi na água e subo apressada. Assustada, olho ao redor do banheiro.

Lais - Quem...? Escutei...

Voz - O LAIS!!!

Lais - AAHH!! - Coloquei minhas mãos na boca para parar o grito.

Voz - Está gritando, por quê?

Lais - Não é meio óbvio...? - Engulo seco, continuando atenta aos lado. - Mas quem é você?

Voz - Você.

Lais - Eu? - Retruco, franzindo por estar confusa.

Voz - Você.

Lais - E você?

Voz - Você.

Lais - Tô perguntando quem é você.

Voz - Somos...

Lais - Luna?

Voz - Não sou Luna... mas, ela fui.

Lais - Para tudo. Voz da minha cabeça, tu aparece do nada pra falar disso e... - Alguém bate na porta, me interrompendo.

Minhyuk - Lais, está falando com quem?

Lais - No celular com minha amiga.

Minhyuk - Tem certeza?

Lais - Appaaaa.

Minhyuk - Já compreendi...

Esperei ele ir embora para continuar.

Lais - Ei... Cê tá aí...? Ôooohh. Tá, minha consciência tá pregando uma peça comigo ou tô louca?

No dia seguinte, após uma bagunça na nossa sala de bate-papo, fui para Universidade cedo para termos mais tempo pra conversar. Chegando lá, a coisa já estava pegando fogo: os pais dela de um lado e Alivi e o Christian do outro lado com o Diretor George no meio, separando os quarto, mas estava mais para separar a Alivi de perto da família da Thais.

Lais - Fudeu. - Coloquei minha bolça por cima da minha cabeça para poder passar no corredor, atrás deles.

Camila - Lais!

Me pegou pelos braços e me colocou na frente de si, ficando na frente de todos.

Lais - Oi! - Os cumprimento com a voz fina.

Alivi - Por que ela?

Camila - Foi ela, Lais?

Lais - O que tá acontecendo? - Pergunto, confusa... me fingindo de uma.

Christian - Acho que sabe muito bem o que está acontecendo, Lais? - Disse, cruzando seus braços e me olhando profundamente. - Eu...

Lais - Sim, foi ela! - Respondo rápido, apontando para Alivi, mas olhava para o Christian do mesmo modo que me olhava. - Agora me solta, Tia.

Camila - Sim... mas depois vamos conversar.

Lais - Sim. Licença. - Arrumo minha bolça ainda encarando Christian, depois a putiane que me encarava com sua cara de cachorro atropelado.

Alivi - Como pode me incriminar de uma coisa que não fiz?

Lais - Porque Thais disse! - A afrontei, me aproximando dela, mas o diretor se intromete entre nós duas, impedindo, talvez, uma guerra. - Você é mais feia do que imaginava, só de te ver tão perto, minha visão já fica ruim e olha que ela está incrível!

Alivi - Pessoas mentem.

Lais - Como você? - Retruco, cruzando os meus braços e a olhando debochada. - Golpe do baú.

Yngrid - Essa passou bem na ponta da sua bunda.

Me viro para o lado, olhando a menina que estava do lado do pai da Thais.

Lais - De onde cê veio?

Yngrid - Lais, não sei se você tem idade suficiente pra saber disso. Mas quando um homem e uma mulher...

Lais - Não nesse universo! Deixa quieto. Vou ver a Thais.

Yngrid - Acho que você vai ter uma complicação.

Lais - Por quê?

Ela olhou para todos e sorriu, vindo até mim e me puxando para longe deles.

Lais - Vamos deixar vocês discutirem.

Christian - Eu vou com vocês.

Yngrid - Ixi filho, tu num é mais do meu convívio social!

Lais - Christian, não começa a discutir com ela.

Camila - Christian... Mas como queria te dar umas... - Levantou suas mãos na direção dele, revoltada.

Diretor George - Como estava dizendo, podemos ir para minha sala.

Yngrid - Borá - Me puxou para dentro da Enfermaria onde os meninos estavam, menos Thais.

Lais - Que porra aconteceu? - Olho para todos, surpresa e confusa. - Eu entro pra visitar a menina e a menina não tá!

Yngrid - Thais sumiu no meio da noite.

Trombei minha cabeça para o lado, desacreditada, com quase os olhos arregalados, com ela me seguindo com agonia.

Yngrid - Acordei umas quarto horas da manhã, estou sem dormir até essa hora procurando aquela puta nessa porra Universidade. Nessa porra de cidade, até fui pro mar procurar ela mas não achei.

Lais - Cêis sabem que os pais dela, o Diretor e os outros tão do lado daquela porta? - Aponto para a porta.

Yngrid - Eles foram pra direção.

Lais - Foda-se... Foram pra Mako?

Hoseok - Sim, todos nós alugamos barcos, lanchas e fomos mar a dentro. Morrendo de medo, no meio da escuridão antes do sol nascer, mas eu fui... - Explicou quase num choro.

Lais - Sabe que podemos ir muito mais longe da costa não sabem?

Tae - Sabemos. Se fossemos mais longe, iriamos nos perder.

Lais - Existe uma coisa chamado Gps, Google maps.

Tae - Caralho, como não pensei nisso? - Disse, irônico.

Yngrid - Vamo parar de putaria e borá procurar a Thais de novo. Antes que os pais dela venham e...

Lais - Vamo logo! - Puxei ela pelo braço, gritando para os outros virem com a gente. Quando abri a porta, dei de cara com o Christian que nos fez parar a tempo, sentindo eles se trombarem atrás de mim quase me fazendo cair para frente. - Ai, galera, ameniza aí detrás!

Christian - Thais sumiu?

Jungkook - Agora se importa? - Passou por ele com o celular na mão.

Yngrid - Tô indo com ele! - Seguiu o Jungkook para fora.

Yoongi - Vai ficar falando com ele ou vai vir?

Lais - Vou ir.

Christian - Respondem!

Lais - Olha, sua moral tá em Marte com seu ego inflado. E de brinde sua namoradinha! - Me virei para os meninos.

Yngrid - Tá bem, vamo fazer assim. Eu e Lais vamos procurar ela na água e vocês aqui.

Lais - Ahh! - Levantei meu dedo. - Um probleminha que inclui pais de Thais.

Yngrid - Puta merda, é mermo.

Namjoon - Eu fico com Hoseok, já que ele estava tão cansado.

Hoseok - Valeu. - Bateu sua mão na cabeça dele.

Yngrid - Você sabe que vai ter que ajudar a distrair eles, né?

Hoseok - Melhor Taehyung ficar no meu lugar, ela é bom no que faz.

Tae - Vão logo. - Suspirou ao responder.

Os dois entraram de volta na enfermaria, e nós fomos correndo pelo corredor, em grupo.

Chegando à praia...

Yngrid - Vocês procurem ela em todo o lugar!

Corremos para o mar. Nadando rapidamente pelas águas, em todas as direções possíveis, procurando por ela.

Lais Off

Tae On

Tae - É falso. - Disse, batendo na mesa.

Namjoon - Você não sabe o que os dois estão falando?

Tae - Eu sei o motivo.

Diretor George - Vocês quatro podem sair, tenho que conversar com os pais. Depois vamos conversar com Thais.

Namjoon - Como quiser, Senhor.

Saímos da sua sala, deixando eles para trás.

Alivi - Quem são eles?

Tae - Tenho o direito de não te responder. - Respondo, descemos as escadas junto do Namjoon.

Christian - Por que estão aqui?

Namjoon - Também temos direito de não responder.

Layne - Seus filho da Puta! - Gritou ao chegar do nosso lado, nervosa. Batendo nos nossos braços com força.

Namjoon - Nossa, mas sua mão... - Comento, passando minhas mãos na região onde ardiam.

Layne - O que aconteceu ontem? Não tínhamos combinado... - Para de dizer ao analisar as nossas feições preocupadas. - Que cara de enterro são essas? E aqueles dois... Nossa, eu vou pegar a vadia!

Seguro ela antes de poder ir até a garota.

Layne - Não defende ela, Kim Taehyung! - Se voltou de mim, arrumando suas roupas.

Tae - Não estou devendendo.

Namjoon - Aconteceu algo sério para não irmos ontem.

Layne - Eeee...?

Tae - Vem aqui. - Me aproximo dela para contar o que aconteceu no ouvido dela.

Layne - Filha da puta! - Gritou, olhando para Alivi.

Alivi - Porque todo mundo fica me incriminado sendo que foi outra garota.

Layne - Não se faça de inocente na frente desse... desse... - Analisou o Christian que estava cala e a observada. - Desse poste bombado!

Alivi - Chris... por que seus amigos são assim? - Fingiu um choro e se enficou nos braços dele que em momento algum retribuiu.

Layne - Posso matar ela?

Namjoon - Você vai presa.

Layne - Posso morar no mar. Ninguém me encontrar mesmo.

Christian - Os outros foram procurar a Thais.

Layne - Agora tá preocupado...? - Perguntou sem pensar, mas reflitiu o que disse e surtou. - Pera! Thais sumiu?!

Tae - Sim. - Assinto.

Layne - A coisa é séria então.

Namjoon - E não imaginamos quem seria o motivo disso? - Disse, virando lentamente seus olhos para Christian.

Layne - E por que estão aqui?

Tae - Distrair os pais dela porquê ela sumiu...

Layne - Nisso eu sou boa. É só pegar uns tranquilizantes, colocar em água ou num suco, café. Fazer eles beberem e PÁ! Desmaiados.

Tae - Você me assusta.

Layne - Meu querido, já rodei quase o mundo inteiro pra aprender umas girimbadas.

Alivi - Deveria, você é modelo.

Layne - Ninguém te intrometeu na conversa, Cruella! - Apontou para ela antes de se virar e descer as escadas. - E fique bem longe de mim, querida.

Tae off

Jungkook On

Jungkook - THAIS!! - Gritava por ela, enquanto corria pelo Cair a procurando dela. - THAIS!!

Depois continuei a busca na pista de skate.

Jungkook - THAIS!!

Yoongi - Você está me fazendo passar vergonha?

Jungkook - Foda-se você, Yoongi.

Jungkook Off

Yngrid On

Yngrid - Ela num tá aqui! - Olhava em volta da gruta, até na areia. - Sem pegadas recentes.

Lais - Agora é a hora pra entrar em desespero?

Yngrid - Sim.

Yngrid Off

Layne On

Layne - Ela... Ela... Tá no banheiro.

Camila - Eu vou ir...

Layne - Não... - Pus minhas mãos em frente à ela, a impedindo de entrar. -, ela não quer que alguém veja os ferimentos.

Camila - Por que sinto que está mentindo? - Perguntou, franzinhdo desconfianda, cruzando seus braços.

Layne - Eeeeuu, mentindo...? - Aponto para mim. - Pra vocêêêê. Jamais!

Camila - Então sai da frente da porta.

Layne - Disse que Thais tava no banheiro. - Abri a porta para mostrar o quarto para ela e depois fechá-la. - Viu. Agora venha, tia.

Coloquei meu braço em volta dos ombros dela e a fazer caminhar comigo pelo corredor.

Layne - Podemos conversar sobre a vida.

Camila - Minha filha foi agredida.

Layne - Isso deve ser bem desesperador.

Camila - Não sabe o quanto.

Christian - Podemos conversar, Senhora? - Perguntou ele ao parar na nossa frente.

Camila - Eu estou muito decepcionada com você, Christian.

Layne - Cê sabe da treta? - Pergunto para ela, sem desviar meus olhos dele.

Camila - A namorada dele é a agressora.

Christian - Senhora. Ela disse para mim que não foi ela.

Camila - Então minha filha está mentindo?

Comecei a balançar minha cabeça e com careta, imitando a Raven.

Camila - Te recebi na minha casa, confiei minha filha à você e é isso que faz?

Christian - Senhora.

Camila - Duvidando dela...? A amizade dela não é nada pra você?

- Agora a barra tá pesada pro lado dele. - Pensei.

Camila - Decepção. Isso me dá uma prendizado para nunca confiar nos futuros predentendes das nossas filhas só por parecerem um bom rapaz entre os cantos! - Suspirou, raivosa, e se virou para mim. - Quando Thais voltar, me chama.

Tae - COMO VOCÊS AINDA NÃO ACHARAM ELA!! FICAMOS A METADE DA MADRUGADA PROCURANDO ESSA MENINA E ATÉ AGORA...!!!

Arregalo os meus olhos e me inclino para o lado, vendo os dois passaram pelo corredor, distraídos.

Namjoon - Tae se acalma.

Layne - Gente, corta... - Sussurro, passando minha mão sobre o pescoço.

Tae - Como vou me acalmar...? Thais Sumiu! - Respondeu, ainda segurando o celular ao lado da orelha.

Michel - Repete.

Fecho os meus olhos e levo minha mão até minha testa, batendo contra a mesma.

Camila - Layne... - Me chamou com sua voz mais rouca e arrastada, parecendo estar posuída. - Fala... agora.

Layne - Ah. - Abro os meus olhos, nervosa, trocando olhares duvidosos contra o Christian.

Camila - Se for pra mentir, nem fale.

Layne - É que ela queria ir pro... pro... - Me viro para ela, tentando pensar numa resposta.

Camila - Pro...?

Layne - Sea World! - Falei a primeira coisa que veio na minha cabeça.

Camila - O que essa menina quer no Sea World?

Layne - Num sei. - Dou de ombros. - Ela gosta de animais, não...? Então... ela pode estar lá para ver os golfinhos! Ela não ajudou a resgatar alguns? Ou está ajudando a comunidade para se recuperar... ou não.

Camila - E vocês estavam tentando nos distrair?

Christian - Era basicamente isso.

Layne - Traidor duplo! Ninguém tá falando com você!

Camila - Vamos para o Sea então. - Segurou meu pulso e me puxou. - Querido, vamos.

Layne - Meninos... - Chamei eles enquanto era puxada por ela.

Tae - Temos um problema aqui, gente...

Layne Off

Yngrid On

Após voltarmos para a terra, fomos andando pelo calçadão, ainda mais preocupadas por não conseguimos achá-la.

Yngrid - Ela não está água.

Lais - Ela pode estar mas não encontramos.

Paramos no meio do calçadão e nos encaramos.

Yngrid - O mar é imenso, ela pode estar em qualquer lugar que não tenhamos ido.

Jungkook - MENIIIINAAAAAAAS!!

Viramos nossos olhares na sua direção; vinha correndo pelo calçadão como um flash. Diminuiu a velocidade, parando na nossa frente, totalmente cansado, respirando pesadamente.

Jungkook - Temos um pequeno problema.

Lais - Novidade...

Yngrid - Que merda aconteceu?

Jungkook - Meio que o Taehyung disse que a Thais sumiu na frente dos pais...

Yngrid - Puta merda. - Fecho os meus olhos, preparando o meu discurso para a polícia.

Jungkook - Então, a Layne disse que ela foi para o Sea World.

Yngrid - Layne?! - Exclamo, voltando a olhá-lo.

Jungkook - Sim.

Lais - O Parque Marinho... PARQUE MARINHO!!

Yngrid - Ai, sua puta. - Pus minha mão na orelha.

Lais - Pensa! - Se virou para mim. - Um lugar que ainda não procuramos.

Yngrid - Parque Marinho?

Lais - Então?

Yoongi - Que merda ela taria fazendo lá?

Yngrid - Só indo atrás dela pra saber.

Jungkook - E está aberto?

Lais - Ele abre oito horas e... - Puxou o pulso do Jungkook para ver a hora no seu relógio de pulso. - São oito e ponto.

Jungkook - As nossas aulas.

Yngrid - Foda-se as nossas aulas.

Lais - E os outros?

Yoongi - Foram na frente.

Atravessamos os lugares numa corrida só, chegando no Parque quase mortos e sem ar. Logo, vimos os seus pais, mais a Layne e os meninos na entrada, comprando os ingressos para entrarem.

Lais - Ubá! - Puxou todos nós para trás, nos escondendo atrás de uma parede.

Yngrid - O que eles estão fazendo aqui?

Jungkook - Esqueci de dizer.

Lais - A gente podia vir preparado.

Me inclinei na parede para vê-los que agora estavam entrando.

Yngrid - A barra tá limpa.

Saímos de trás da parede e corremos até a entrada, também comprando os ingressos para entrar. Entramos logo atrás deles, andando de fininho pelo caminho, entre as demais pessoas no lugar.

Hoseok - AHH!!

Todos - AAH!!

Yngrid - Calem a boca, porra.

Yngrid Off

Tae On

Layne - Para!

Paramos no caminho num susto e olhamos para ela.

Namjoon - Que foi?

Layne - Estão ouvindo?

Ficamos em silêncio com a sua pergunta, intercalando nossos olhares para os rostos de todos.

Tae - Está doida?

Camila - Não temos tempo.

Layne - Não... uma música Br tá tocando aqui. - Começou a dançar.

Tae - E essa agora? - Pergunto, olhando confuso para ela que começou a dançar.

Layne - Seu amoooor me pegooou! Cê bateu tão forte com o teu amor. Nocauteoooou, me tonteoooou. Veio à tona, fui à lona, foi K.O. TANTAHTATAHATAAA!! - Cantava altamente e dançava, chamando a atenção para todos nós, nos envergonhando.

Namjoon - Estamos passamos vergonha, Layne.

Layne - Vergonha é meu sobrenome.

Layne Off

Lais On

Lais - Vamos borá. - Digo baixo, indo procurar Thais separadamente deles.

Rodamos o lugar, procurando por ela e nada de a encontrarmosm, nem os fiapinhos do cabelo dela.

Yngrid - Tão ali. - Me puxou para trás, nos escondendo atrás de um arbusto. - Eles tão saindo do sub-solo.

Lais - Então Thais num tá lá... Em que lugar... - Disse para mim mesma, pensando nos lugares daquele Parque.

Yngrid - Thais, onde cê tá?

Olho para o lado sentindo um vento fraco passar por mim. Desconfiada, olho para a Yngrid que retribuiu, pensando e olhando uma no rosto da outra, logo sorrimos.

Yngrid - Tá pensando a mesma coisa que eu?

Lais - Não estou pensando em comigo...

Yngrid - Fala sério, né...

Corremos para a direção do Tanque onde Rifi fica junto dos outros golfinhos. Chegando pelo da entrada, olhamos para os lados antes de passarmos pelo portão e fechá-lo, antes de irmos até o tanque.

Yngrid - Meu Deus, Jesus, Maria José. Diga que Thais tá aqui?

Ao nos aproximarmo, percebemos a água se movendo estranhamente e uma cauda de um dos golfinhos aparecendo na superfície.

Lais - Ótimo, agora podemos nos desesperar.

Alivi - O que fazem aqui?

Yngrid - É a voz do coisa ruim? - Perguntou, olhando para os lados e ignorando a existência dela atrás de mim.

Alivi - Vi vocês entrando.

Lais - Não deveria estar aqui. - Respondo, me virando de frente à ela.

Alivi - Por que não? É onde meu namorado trabalha com... esses golfinhos idiotas.

Yngrid - Sem querer nos cabar, mas é graças à nós que o Rifi ainda tá aqui. Na humildade mermo, querida, sem me achar.

Alivi - Eu não ligo. Só o que quero é... - Ela para e olhava para frente, parecia pensar. - Não, depois.

Lais - O que tá aprontando? Pensando em algo novo? Ou vai fazer o mesmo com a gente o que fez com a Thais?

Alivi - Já disse que não fiz nada. - Respondeu, fazendo sua voz azeda e falsa.

Yngrid - Para de cagar pela boca e fale, Puta! Com a gente esse disfarce - Apontou para seu rosto, balançando rapidamente seu indicador na frente do seu rosto. -, essa carapaça, essa Máscara velha cagada pelos pombos de magé, não funciona!

Alivi - Vocês não falam coisa com coisa, né? Por isso que Christian me escolheu.

Lais - Quer um prêmio da vida agora?

Yngrid - Como Christian pode ficar com uma desgraça como você? - Disse, olhando se cima a baixo para ela. - Mas vejo que ela é um daqueles homens que não conseguem seguir em frente e vivem no passado.

Alivi - Simples. Ele me ama, ele me quer e não vou deixá-lo tão cedo.

Lais - Sempre fala de você... Mas ama ele?

Alivi - Amar trás bastante problemas.

Yngrid - Por que tá com ele? Traiu ele com o melhor amigo.

Lais - Como eu disse... Golpe do baú.

Yngrid - Só falta querer engravidar também.

Alivi - '' Estou tão arrependida disso, meninas. E muito obrigada por ficar com ele esse tempo todo''. - Respondeu, falsamente, abrindo seu sorriso largo.

Yngrid - Que palhaçada é essa, em? É loka, só pode.

Alivi - É assim que falam comigo quando agradeço por ficarem com ele... - Continuava com seu jeito de boazuda falso, fingindo estar magoada.

Yngrid - Merece um oscar, sabia.

Lais - Eu vim pra Setealém ou tô sonhando? Porque isso é o pesadelo de putas, onde você é a protagonista. - Olho para a água e vejo Rifi quieto, com seus olhar fixo sobre nós. Até me tremeu a base quando o vi todo sério, sendo a primeira vez que o vejo assim.

Alivi - Sério. Tá bem.

Yngrid - Tititi-lêlêlê. Ela é uma vaka falsa demais e que eu vou te matar agora! - Andou até ela mas parou quando ouviu a voz dele.

Christian - Por que são assim? - Passou do nosso lado. - Ela só...

Lais - Tendi. - Bato levemente no ombro da Yngrid. - Atuação: Isso se chama; que a protagonista é ela.

Christian - Só estava agradecendo.

Yngrid - Agradecendo um ovo, Christian. Ela é uma fingida e você é mais trouxa, de brinde com mais dois calombos na testa por ela.

Volto a olhar para a água e vejo um ponto se mexendo muito, depois Rifi aparecer nadando pela margem e se aproimar de nós, ficando de barriga para cima e levantar sua Cauda.

Lais - Deixa, Yngrid... - Sorrio ao vê-lo bater a Cauda sobre a água, levantando os respingos e molhado ela. - Um ponto para Rifi!!

Yngrid - Isso. Só não faça na gente...

Alivi - Christian. - O chamou com sua voz enjoada.

Christian - Rifi, de novo não... - Passou sua mão pelos seus cabelos, os bagunçando. Parecia cansado.

Lais - De novo. - Zombo, rindo junto da Yngrid. - Mais mil pontos para você, Rifi! Depois eu pego uma lulinha bem gorda para te dar, tá!

Christian - Ele não pode fazer isso.

Lais - Ele é brincalhão, você sabe muito bem.

Ouvimos mais uma batida na água, dessa vez, molhando seu próprio treinador.

Seguro o riso, junto da Yngrid.

Lais - Viu.

Yngrid - Thais... - A chamou baixo.

Lais - Thais? - Encaro ela, confusa, que olhava para o tanque.

Yngrid - Tá na água...

Alivi - Tudo bem. - Olhou pro Rifi, deixando nítido sua raiva para ele que mal se sentiu intimidade.

Yngrid - Se fizer algo com ele, vai se ver comigo.

Alivi - Tento ser legal e é isso que ganho?

Lais - Tadinha. Quer um lencinho?

Alivi - Ggggrrr!! - Bateu seu pé no chão e saiu correndo na direção do portão, emburrada, acabando por me molhar com uns pingos que respingaram no meu tornozelo.

Lais - Valeu. - Troco um olhar para a Yngrid antes de correr para o tanque e mergulhar. Após a água parar de borbulhar ao meu redor, dou de cara com a Thais que sorria minimamente.

Fomos para a superfície, dando um abraço apertando nela.

Lais - Sua puta!

Thais - Ai... ainda dói.

Lais - A gente te procurou por toda a parte! - Digo, soltando o abraço e a encarando séria. - Nunca mais some assim.

Thais - Desculpa por preocupar vocês.

Yngrid - Eu vou te matar! - Diz ao sair da água e nos abraçar. - Tava escondendo minha preocupação pra não preocupar mais a Lais. Vou te matar se fizer isso de novo.

Thais - Só queria pensar fora daquela sala... estava me sufocando. Queria vir pra água.

Lais - Ligasse pra gente.

Thais - Desculpa.

Yngrid - Tudo bem. Não faça isso por outras pessoas, nem por nós duas...

Thais - Está bem.

Olhei para trás e vi Christian indo embora, com um ar pesado.

*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Thais - Mas, que horas são?

Yngrid - Pra quê quer saber?

Thais - Hoje é a Festa da Layne.

Yura - É sim. Então moças, podem levantar.

Lais - Ainda é cedo.

Yura - Ela está lá em baixo, esperamos as moças para saírem com ela.

Yngrid - Manda ela esperar.

Thais - Para de moleza, menina. Vamos levantar.

Yura - Devia convidar ela para dormir aqui mais vezes.

Lais - Eu vou.

Descemos para sala, ainda cansadas, encontrar ela animada e risonha conversando com meu appa.

Lais - Por que nos acordar uma horas dessas?

Layne - Pelo que sei, hoje é a minha festa, e vocês são minhas convidadas de honra.

Yngrid - Menina se me acordou só por causa disso, adiós. - Deu meia volta para subir a escada. - Vou ir dormir.

Layne - Não!

Thais - Yngrid, volta.

Yngrid - Aff. - Reclamou, voltando a descer e parando no último e se apoiando no corrimão.

Layne - Temos que ver os vestidos, maquiagens, sapatos. Lembrando que vamos trocar as roupas três vezes, então...

Thais - Se é assim... vou pegar minhas coisas. - Se virou para subir as escadas.

Yngrid - Como você pode tá de bom humor...? Volta aqui, Thais! - Correu atrás dela.

Layne - Parece que ela está mais melhor.

Lais - Só por fora... mas as coisas ainda estão tensas.

Layne - Imagino.

Saímos de casa e fomos obrigadas a entrar na van em frente da sua casa, logo indo à caminho para nosso destino.

Thais - Spar?!!

Adam - Vamos voltar três horas. As cabeleireiras e maquiadoras vão vir às três e meia. Seus vestidos estão prontos e arrumados para a festa.

Yngrid - Tamo indo para um desfile ou algum filme?

Layne - Se são minhas convidadas de honra, precisam ter o melhor cuidado.

Yngrid - Uuuuuh. - Sorriu, se ajeitando no assento. - A mamãe gostou.

Lais - Não precisava.

Yngrid - Eu quero um refrigerante.

Adam - Está no frezzer logo do seu lado. - Diz, sem tirar seus olhos do tablet.

Yngrid - Prestativo ele. - Comentou, indo pegar sua bebida.

Thais - Ela está amando isso.

~~ Mais tarde ~~

Lais - Estão colocando velas nos lustres? - Pergunto, encantada com a visão. - É até familiar.

Yngrid - Não é só pra ti.

Thais - E ainda vão perguntar de onde estamos familiarizadas com isso?

Layne - As velas são de longa duração. - Explicou ao vir até nós. - Agora, vamos a la preparación para la fiesta! 

(Continua...)


Notas Finais


Os vestidos e Máscaras.

Layne: Vestido - https://i.pinimg.com/564x/36/b8/b4/36b8b4d73b171fa591e649c673a7052c.jpg

E Máscara - http://2.bp.blogspot.com/-808emoY7D08/T2Oxmyyj4HI/AAAAAAAANnk/KiEIfw6BrrY/s640/mascaras-giirl-instagram-brushes-illustra%2525252525C3%2525252525A7%2525252525C3%2525252525B5es-fuck-yeahhgif-download-FREBIEScandy-imagens-tumblr-nails+tumblr-cute-candy-brushes-photoscape-by-thata-schultz012.jpg

Lais: Vestido - https://ae01.alicdn.com/kf/HTB1SnVuHVXXXXcFXpXXq6xXFXXXD/Simples-e-elegante-querida-fora-do-ombro-vestidos-Maxi-longo-sereia-Formal-grande-trem-Vestido-De.jpg

E Máscara - https://http2.mlstatic.com/mascara-preta-baile-festa-debutante-renda-pronta-entrega-D_NQ_NP_744901-MLB20442460856_102015-F.jpg

Thais: Vestido - https://i.pinimg.com/564x/a3/45/e3/a345e3227802a463c2a4549b763f218a.jpg

E Máscara - https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/6c/da/9b/6cda9b0ed4522700bc3576682a84f986--venetian-masquerade-masquerade-ball.jpg

Yngrid: Vestido - https://i.pinimg.com/564x/e8/30/78/e830787d629eac49b4ec47304810b601.jpg

E Máscara - https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/564x/db/26/49/db264950f434dc29fbd08b03e98f9800.jpg

As roupas dos meninos são as que foram na premiação da Billboard.

Jimin - https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/564x/bb/3b/1b/bb3b1b0ff526c053157501e4e7a5750d.jpg,

Suga - https://i.pinimg.com/564x/6f/d1/e5/6fd1e597820775796e9b5b9bdc440599.jpg

Tae - https://i.pinimg.com/564x/44/66/02/446602533ccadff0cc8b8aba91a8996b.jpg

Jin - http://img-ovh-cloud.zszywka.pl/1/0645/thb_8196.jpg

Hoseok - https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/564x/c0/0a/e5/c00ae53c9ca8217540be0c32319aeb97.jpg

Namjoon - https://2.bp.blogspot.com/-QI6h8LbYaqk/V-A7N0FMC8I/AAAAAAAACLk/_XiXx9zkiG48zc90Bt_9aqly1VXMQEGSQCLcB/s1600/5206-1.jpg

Jungkoook - https://3.bp.blogspot.com/-8nSgL2srkVw/V-vggqzkz2I/AAAAAAAAFoo/s7iJ4nTSdJQfMUNWiSE-msqLsoYnbY33wCLcB/s1600/mascara%2Bveneziana%2Bmasculina%2B50%2Btons%2Bmais%2Bescuros%2Bchristian%2Bgrey.jpg

Carol: Vestido - https://i.pinimg.com/564x/01/11/ed/0111edb1c85e088977178fafeb791f0e.jpg

E Máscara - https://3.bp.blogspot.com/-MszXiczm3XY/WFk52TKK0jI/AAAAAAAAF5E/NnxKQIhlJociJEOthwsLG0yJ8ho2t2RtQCLcB/s1600/anastasia%2Blace%2Bmascara%2Brenda%2Bprata%2Bcom%2Bcristais.jpg

Melissa: Vestido - https://i.pinimg.com/564x/f1/02/b2/f102b27167e31bb6d6696c23136bb416.jpg

E Máscara - https://ae01.alicdn.com/kf/HTB1FKe3PXXXXXbMXFXXq6xXFXXX5/Women-Beautiful-font-b-Venetian-b-font-font-b-Masquerade-b-font-Ball-Fancy-font-b.jpg

Fabio - https://www.dhresource.com/0x0/f2/albu/g3/M00/3A/E9/rBVaHFSBTVSAIepAAAGVQwo_EME777.jpg

Christian - https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT67KnSmWfT4T5hOWjQzBYlnFeiYarn476ewY3VS8bSQSCOOmx1

Obrigada por lerem.


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