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História Quase Sem Querer - C.A.V. Parte 1


Escrita por: princetri

Notas do Autor


Gente, esse capítulo sobre a CAV foi dividido em 3.

Não vou me esticar muito aqui, mas peço que vocês leiam as notas finais, por favor. <3

Capítulo 37 - C.A.V. Parte 1


Fanfic / Fanfiction Quase Sem Querer - C.A.V. Parte 1

Lauren POV



 Ao chegar em Manchester, eu senti vontade de enfiar minha cabeça em um buraco, ao encontrar a Diane na saída do aeroporto, porque só então eu me lembrei que ela tinha falado pra irmos juntas, ela veio sorrindo em nossa direção e quando ela estava perto o suficiente resolvi falar.


— Diane, desculpas, eu esqueci completamente sobre virmos juntas. - Falei.


 Ela fez um gesto com as mãos, para sinalizar que não tem problemas, deixou um beijo na bochecha de Emma e outro na minha.


— Ainda temos quatro horas de viagem pela frente. - Ela disse, fazendo uma cara de tédio.


 Desde do início, a CAV sempre é realizada na Floresta de Dean, que fica a quatro horas de Manchester, os anciões quase nunca saem de lá, além deles, apenas membros de 2 dos 5 clãs, moram por lá, os Aceldama e os Nosferatu.



Aceldama: São os vampiros que se acham superiores aos humanos e se negam a viver uma vida normal, como se fosse um deles.


Nosferatu: São os vampiros com a aparência digamos que fora do padrão dos humanos, eles são literalmente monstruosos, no geral evito encarar muito eles, embora a maioria não seja muito agressiva, eles têm uma força descomunal.


Ambrogio: É o clã dos anciões, a palavra significa “Imortal”, acho um pouco prepotente da parte deles escolher esse nome, eles são sim duros na queda, mas imortal mesmo, nem um de nós somos, mas claro que guardo esse pensamento só pra mim.


Fierce: Nesse clã só ficam os “soldadinhos” dos anciões, eles são os responsáveis por trazer informações para eles, informações sobre nós que escolhemos levar uma vida o mais normal possível, e sempre que algum sai da linha ou quebra a nossa regra de se manter oculto para os humanos, eles trazem essa informação até os anciões. Eu espero sinceramente que não tenha nem um deles por perto de mim nesses últimos meses.


Hidden: O clã que eu e a Emma fazemos parte, vampiros que levam uma vida como humano, dentro do possível, claro.


 

 A voz de Emma e Diane me tiraram dos meus pensamentos e eu tornei a realidade, elas conversavam sobre alguma coisa da faculdade enquanto colocavam as malas dentro de um táxi, como Emma já tinha colocado a minha, apenas entrei no banco de trás, poucos minutos depois elas também entraram, Diane no banco da frente e Emma ao meu lado.


— Parece que faz um tempão que a gente saiu daqui e foi pra Los Angeles. - Ela disse, olhando pela janela do carro.


— Acho que essa foi a melhor decisão que tomei em anos. - Eu disse, lembrando de Camila.


— Tenho certeza que essa foi a pior decisão que tomei em anos. - Retrucou.


 Quando ela disse isso, dei um tapa em sua perna, o que a fez me olhar com raiva.


— Sua vida é me contrariar, Emma. - Falei impaciente. 


— Eu não posso mais ter uma opinião diferente da sua? - Ela perguntou no mesmo tom.


 Antes que eu respondesse, Diane pigarreou do banco do passageiro.


— Ainda estamos em um táxi. - Ela disse, olhando pelo espelho retrovisor.


 Emma bufou e foi para mais perto da outra porta, quase se fundindo a ela, e como consequência ficando o mais distante possível de mim. O carro parece ter demorado mais tempo do que o normal, para chegar até Lydney, a cidade mais próxima da Floresta de Dean, de lá sempre seguíamos a pé.


— Sinceramente, não sei o que tantos de vocês ver nessa cidade tão sem graça nessa época do ano. - O taxista disse, quando parou o carro.


— Qual é, olhe em volta, nós podemos conhecer toda a cidade apenas virando a cabeça. - Eu disse, fingindo estar empolgada com isso.


Ele riu.


— Vocês jovens têm minhocas na cabeça.


 Ri internamente ao ser chamada de jovem por ele, sendo que eu tenho muito mais que o triplo da idade dele. Ele foi embora com um sorriso de orelha a orelha pela gorda gorjeta que demos para ele, inclusive ele disse que hoje não trabalha mais, neguei com a cabeça, e fomos seguindo pelo caminho já muito conhecido por nós.


 Não importa quantas vezes eu viesse aqui, sempre iria me deixar se surpreender pelo tamanho da casa dos anciões, casa não, isso tá mais para um castelo de conto de fadas, em contrapartida a moradia dos Aceldama e Nosferatu são bem simples, e ficam espalhadas pela floresta, por entre as árvores, diferente da mansão que fica em uma área mais aberta. Para nós que não moramos aqui, têm umas poucas cabanas reservadas nessa época do ano, mas no geral não são o suficiente para abrigar a todos, e os nascidos sempre tem prioridade, o que eu acho uma tremenda babaquice, afinal somos todos iguais, mas ao menos eu sei que não vou ficar na trupe dos desabrigados, já que Emma é uma nascida.


 Diane se despediu de nós e foi em outra direção, dizendo que precisava encontrar com uns amigos, eu e Emma continuamos até chegarmos a uma das cabanas, que são formadas apenas por três minúsculos cômodos, uma sala, um banheiro e um quarto, mal entramos e a porta que tinha acabado de ser fechada foi aberta, quando virei pra ver quem era, revirei os olhos automaticamente, Alexa, ela é filha de Augustus, um dos nossos dez anciãos e faz parte do clã Aceldama, tive um envolvimento passageiro com ela no passado, o que quase custou a minha vida.


— Eu não podia deixar de lhe agradecer pessoalmente. - Ela disse, olhando diretamente para Emma. — Aquela foto virou um quadro para a parede do meu quarto. - Sorriu.


 Franzi o cenho e fiquei alternando o olhar entre elas duas, quando finalmente entendi do que ela estava falando bufei, a foto que Emma enviou minha como forma de vingança. Antes que eu pudesse dar uma boa resposta, senti uma vontade incontrolável de beijar Alexa, soltei as coisas que estavam nas minhas mãos e caminhei rapidamente em sua direção, a puxei para mim, e enquanto eu a beijava com um certo desespero, ouvi Emma fazendo uma contagem regressiva.


— Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois…


 Me afastei dela e no mesmo instante cuspi no chão. Alexa tem o poder de manipular mentes para fazer qualquer coisa que ela queira, felizmente ela não consegue manter esse domínio por muito tempo.


— Que merda garota, quando você vai parar de ser tão infantil? - Perguntei irritada.


 Como resposta ela sorriu passando a língua pelos lábios. Não demorou muito e ela começou a dar passos para trás, claramente forçados já que ela está com o semblante de irritada, quando ela passou pela porta, a mesma se fechou fazendo um barulho enorme.


— Poderia ter feito isso assim que ela entrou, né? - Perguntei, passando a mão na boca.


 A porta foi novamente aberta, já estava pronta pra gritar, mas quem entrou dessa vez foi a Dinah, nossa amiga.


— Eu esperava uma recepção mais calorosa, não essa cara de bunda de vocês duas. - Ela disse, colocando a mão na cintura.


 Eu e Emma fomos na direção dela ao mesmo tempo, o que resultou em um abraço triplo, antes de nos afastarmos ela deu um beijo demorado na minha bochecha e outro em Emma.


— Eu tenho vontade de bater na cara de vocês, por vim aqui só nos dias de CAV, vocês não me dão o devido valor. - Disse em um falso tom de mágoa.


 Dinah é do mesmo clã que a gente, porém a namorada dela, Normani, é membro dos Aceldama (se acha superior), então ela resolveu morar aqui também.


— Desculpe Jane, Alexa passou aqui antes de você, e eu ainda não aprendi a lidar com esses seres que o ego são maiores que meus anos de vida, como você consegue? - Emma perguntou, fazendo uma careta.


— Você sabe, o amor nos faz suportar tudo. - Dinah respondeu e piscou o olho pra ela. — Mas e você, Jauregay, já tá brincando com fogo de novo? Vulgo Alexa.


— Você sabe que ela fica atrás de mim. - Revirei os olhos.


 Emma se sentou no sofá da sala, então me sentei ao lado dela, e de imediato ela se afastou de mim, claramente ainda está com raiva por nossa breve discordância no táxi. Dinah alternou o olhar entre nós duas e se jogou no pequeno espaço vago entre a gente.


— Amo essa relação de amor e ódio de vocês. - Passou um braço por cima de cada uma de nós, e nos puxou pra mais perto dela. — Não vou mais soltar vocês, eu me recuso. - Disse com uma voz manhosa.


— Você é tão sentimental, Jane, não me deixe diabética com todo esse doce. - Emma respondeu em um falso tédio. 


 Dito isso, Dinah me soltou e se agarrou ainda mais a Emma, o que fez ela bufar, aproveitei pra me levantar e ir até minha mala em busca do meu celular, quando acendi a tela, pude constatar que está sem área.


— Sinceramente, não sei como vocês conseguem viver longe de toda a civilização. - Falei, segurando o celular pra cima, tentando fazer com que tivesse ao menos um ponto de sinal.


— Nós somos civilizados, sua ridícula, e você já deveria ter se acostumado, o sinal só pega perto da mansão dos anciões. - Dinah respondeu, bufei e joguei meu celular dentro da mala novamente.


 Quando tornei a olhar pra elas, Emma estava com a cabeça no colo da Dinah, e com o rosto afundado de encontro a sua barriga, fiquei sufocada só de ver, Dinah está falando alguma coisa em tom baixo pra ela.


— Pelo visto eu sobrei. - Falei, antes de sair pra dar uma volta.


 

Emma POV


 

 Quando ouvi a porta batendo, eu soube que Lauren já tinha saído da cabana, então tirei meu rosto da barriga da Dinah, que eu tinha colocado ali no mesmo instante que senti lágrimas romperem por meus olhos, sem nenhum aviso prévio, como se estivessem esperando um colo amigo, sem ser o da Lauren. 


— O que está acontecendo, meu bem? - Dinah perguntou, passando a mão pelo meu rosto. — Desde que passei por aquela porta, notei seus olhinhos tristes.


 Passei a mão no rosto, e tentei controlar minhas emoções. 


— Ela… ela encontrou uma pessoa, Dinah. 


— Qual é Watson, você sabe que ela sempre enjoa e retorna pra você. - Segurou minha mão entre as suas.


— Não, não dessa vez, ela não está só apaixonada ou encantada por essa garota, ela ama ela Dinah, ela ama uma outra pessoa. - Falei, sentindo um nó na minha garganta, e mais lágrimas descendo pelo meu rosto. 


— E você fez o quê? Você já falou pra ela sobre seus sentimentos? - Perguntou. 


Neguei com a cabeça.


— Não, nem vou, ela não me ama, eu não quero fazer papel de ridícula.


— Você não vai saber se não tentar. - Ela disse e eu ri sem humor.


— Eu acho que é melhor continuar sem saber. - Me sentei. — Eu quero ir embora.


— O quê? Mas você acabou de chegar. 


— Não, não daqui. - Sequei mais uma vez meu rosto. — Ir embora dela, eu preciso de distância, sabe? Pra dar um fim nisso que sinto, se eu continuar por perto eu nunca vou conseguir apagá-la de mim, eu não consigo desviar meus sentimentos para um outro alguém, não com ela perto.


 Dinah coçou a cabeça.


— Você tem certeza disso? Desde que ela foi transformada, ela nunca viveu totalmente sozinha, Emma.


— Ela não é uma criança, Dinah, ela sabe se virar só, e isso vai ser melhor pra nós duas, eu fico com raiva dela do nada, mesmo que eu saiba que ela não faz as coisas de propósito, sabe? E eu não quero isso, ela tá feliz com a Camila, eu não tenho o direito de ficar com raiva por isso, nem quero ficar. Eu só preciso de coragem pra deixá-la.


— Não concordo com você não querer dizer a verdade pra ela, mas se você acha que isso vai ser melhor pra vocês… Você pode até vir passar um tempo aqui com a gente. - Propôs. 


— Agradeço a oferta, mas dispenso passar mais de uma semana convivendo com o super ego da sua namorada. - Falei. 


— Vocês implicam demais com a minha namoradinha, tem piores do que ela. - Ela disse, cruzando os braços.


— Eu sei. - Dei um beijo em sua bochecha e me deitei novamente com a cabeça no seu colo. — Mas por hora eu dispenso, me fale como vão as coisas por aqui.


 Dinah começou a contar as novidades que tinham ocorrido durante o ano, inclusive coisas que eu não fazia questão de saber, tipo ela ter conseguido transar com a Normani na cama de um dos anciões e pular pela janela, depois de quase terem sido pegas. Só notei que fazia muito tempo que ouvia as histórias dela, quando Lauren entrou pela porta e eu pude ver o céu completamente escuro.


— Pelos Deuses e Demônios que devem existir por aí. - Dinah disse, e levantou de súbito do sofá. — Eu tenho coisas pra fazer. - Me deu um beijo e se afastou.


 Na porta ela deu um beijo na Lauren, e antes de sair, nos obrigou prometer ir na sua casa.


 Lauren continuou parada no mesmo lugar, olhando pra mim, depois de alguns minutos assim, ela deu as costas e foi em direção ao banheiro, me levantei e fui em direção ao quarto, eu marquei de encontrar com Logan e Ezra hoje a noite, mas a minha cabeça está a ponto de explodir, então resolvi só me deitar.


 Percebi quando Lauren parou na porta do quarto, mas se manteve calada, não demorou muito pra ela entrar, fez a volta na cama e se abaixou na minha frente.


— Eu não sei o que eu fiz, nem o porquê você está com raiva de mim, mas me desculpa? - Falou com a voz serena. — Não gosto quando você me ignora. 


 Eu não disse nada, fiquei apenas a olhando, seus olhos claros, olhando atentamente para mim, em busca de resposta, por eu permanecer calada ela se levantou, mas antes que ela se afastasse segurei em sua mão. 


— Deita aqui comigo vem. - Pedi, ela sorriu e no mesmo instante se jogou em cima de mim. — Eu disse pra deitar comigo, e não em cima de mim, sua gorda. - Reclamei. 


 Ela riu e rolou para o outro lado da cama.


— Você sabe o que eu acabei de descobrir? - Perguntou. 


— Não, não sei qual fofoca você já foi atrás. - Respondi. 


— Eu não fui atrás de fofoca. - Revirou os olhos. — Ela veio até mim.


— Aham, claro.


— E é sobre mim, então não é bem uma fofoca, enfim, os anciãos já sabem que sai na capa da VOGUE. - Falou, prendendo o lábio inferior entre os dentes.


— E…?


— E que já foi me informado que eles vão querer falar comigo antes de irmos embora. - Contou.


 Lá vem bomba.


Notas Finais


Eu tô SUPER insegura, pra escrever sobre esse universo da Lauren, então POR FAVOR, me digam o que acharam e o que eu posso melhorar neles, como eu já disse ele vai ser divido em três e eu preciso muito que vocês opinem, pra que eu saiba o que fazer e o que não fazer.

Thanks. <3


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